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16 de março de 2011

PORQUE "O PASSADO NÃO PERDOA" FOI RENEGADO POR JOHN HUSTON

John Huston chamou “O Passado não Perdoa” (The Unforgiven) de um filho adotivo pois não o reconhecia como naturalmente seu. Por não gostar do resultado final desse western Huston sempre o desprezou, assim como desprezado este filme foi pela maioria dos críticos à época de seu lançamento. Com roteiro desenvolvido a partir de livro de Alan Le May, autor de “The Searchers” (Rastros de Ódio) e tendo o mesmo assunto como tema principal, ou seja, a intolerância racial, a United Artists deu a Huston não só uma boa história para filmar, mas também um excelente elenco. Burt Lancaster, Audrey Hepburn, Lilian Gish, Charles Bickford e Tony Curtis eram os nomes principais. Tony Curtis, porém, desistiu à última hora e foi substituído por Audie Murphy. Completaram o elenco John Saxon, Joseph Wiseman, Doug McClure, Albert Salmi, June Walker, Kipp Hamilton e Carlos Rivas como o índio Kiowa Lost Bird. A música foi entregue ao mestre Dimitri Tiomkin e a fotografia feita pelo experiente e renomado Franz Planner que pouco antes fora o cinegrafista de “Da terra Nascem os Homens” (The Big Country), outro western renegado por seu diretor (William Wyler). Com essa equipe e dirigido por John Huston acreditava-se que “O Passado não Perdoa” seria um retumbante sucesso e que passaria à história como um dos melhores faroestes de todos os tempos. Esperava-se um filme à altura de “Relíquia Macabra”, “O Tesouro de Sierra Madre”, “Uma Aventura na África” ou “O Segredo das Jóias”, indiscutíveis obras-primas dirigidas pelo rebelde diretor.  


Em sua biografia “An Open Book”, Huston afirma que não conseguiu dar ao filme a profundidade psicológica que pretendia, pois foi obrigado pelos produtores a transformar cada membro da família Zachary numa personagem heróica, com o que nunca concordou pois gostava em seus filmes de tipos mais humanos, mais realistas. À parte desse discutível argumento, todas as famílias de pioneiros que desbravaram o Oeste Selvagem não deixaram de ser figuras épicas da centenária epopéia dessa conquista que a literatura e o cinema tão bem retrataram, ainda que de forma quase sempre romanceada. Está certo que Ben Zachary (Lancaster) está longe da complexidade de Ethan Edwards, personagem também criada por Alan Le May e excepcionalmente retratada em filme por John Ford em “Rastros de Ódio”, mas cada personagem de “O Passado não Perdoa” acaba ganhando individualmente grande intensidade dramática e dando ao filme o tom exato que certamente deveria ter. Lilian Gish como Mattilda, a matriarca que nega o sangue índio de Rachel; Audrey Hepburn (Rachel) descobrindo dolorosamente a verdade da sua origem índia; Joseph Wiseman como o tenebroso confederado Abe Kelsey brandindo sua espada e vociferando a história do rapto da menina índia; Burt Lancaster escondendo compungentemente a origem da sua irmã, a quem, acreditando que ambos morreriam no ataque Kiowa, revela afinal o amor represado. E há ainda as personagens menores, igualmente perfeitas, com destaque para Carlos Rivas como o cacique Kiowa que quer resgatar a índia perdida para os brancos, situação inversa à da pequena Debbie em “Rastros de Ódio”. E assim como Scar/Cicatriz (Henry Brandon) naquele clássico de John Ford, o Kiowa Lost Bird é também mostrado com grande respeito e dignidade.

No entanto, a maior surpresa de “O Passado não Perdoa” foi Audie Murphy como Cash, um dos filhos de Mattilda, dividido entre o ódio pelos índios e a unidade da família. Esta foi a suprema atuação de Murphy nas telas, mostrando que podia ser bom ator, outra vez pelas mãos de Huston, como já havia feito em “A Glória de um Covarde” (The Red Badge of Courage). O tom grandioso que “O Passado não Perdoa” atinge e que tanto desagradou seu diretor é que faz dele um filme memorável, com imagens e música esplêndidas e um final emocionante com a família defendendo até o último alento sua propriedade e o amor pela índia seqüestrada ainda criança e transformada em adulta branca.

“O Passado não Perdoa” teve uma filmagem cheia de incidentes. Audrey Hepburn, sofreu uma queda do puro sangue árabe que montou no filme e quebrou algumas costelas, retardando a produção em quase um mês. Devido a essa queda ela sofreu um aborto pois estava em início de gravidez. Num dia de folga das filmagens Audie Murphy foi caçar patos e o barco em que estava virou e o maior herói norte-americano da 2.ª Guerra Mundial, que não sabia nadar, foi salvo por uma fotógrafa que estava próximo ao lago. Três técnicos que trabalhavam no filme morreram quando da queda de um pequeno avião que os transportava para as locações em Durango, no México. Talvez esses fatos tenham desgostado o excêntrico diretor, a ponto de ele menosprezar esse grande faroeste que é “O Passado não Perdoa”. Único western da maravilhosa Audrey Hepburn, um dos melhores dos muitos em que Lancaster atuou e certamente o melhor que John Huston filmou, desconsiderado, é claro “O Tesouro de Sierrra Madre”, que para muitos é também um western. Mas isso já é uma outra história...


12 comentários:

  1. Desculpe, amigo Darci, mas acho que vou parar de comentar para este blog. Está terrível!!! Faço longos e até bem feitos comentários e, quando mando, não é aceito e é apagado. Isto já ocorreu umas quinze vezes. Não sei o que há, mas algo não anda bem. Você sabe o quanto gostamos de comentar, falar de faroestes, cinema, etc. E o fazemos com o maior carinho. Então, na hora de implantá-lo, ele desaparece!" É terrivel!!! E o amigo já deve ter observado a falta de meus comentários nos ultimos tópicos. Mas eu os tenho feito. É que sempre acontece o mesmo; não é aceito e ele apaga simplesmente, desaparece.
    Que raiva!!!
    Abraço/Jurandir Lima

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  2. Assisti a este filme logo após seu lançamento, em 61/62, por aí. E o achei tão magnifico que o revi várias vezes, ainda no seu lançamento.Vejam como eu era e sou doente por cinema e, principalmente, por um bom filme.
    Aquela frase que Lancaster cita, logo após ter dado uma porrada no mestiço John Saxon, por este tentar se engraçar com sua "irmã", A Hepburn, se dirigindo aos demais e arrefecidos vaqueiros, com uma cara de não deixar qualquer dúvida de que ele não permitiria aquilo mais uma vez, que é; ALGUÉM MAIS VE ALGUMA PALHA NO CABELO DE MINHA IRMÃ?", vive eternizada em minha memória como se uma apologia, não intencional deste comentarista, a esta linda pelicula.
    Não vou aqui falar de desempenhos, porque o Lancaster, o cristal encantado doce e lindo da A Hepburn, a formidável Lilian Gish, o sempre correto C Bickford e demais atores da pelicula, são dispensáveis, já que são astros formidáveis e perfeitos. Quanto ao Audie Murphy tb vou me privar de falar, pois já fiz um comentário sobre o mesmo em um outro tópico, onde ressalvo ter sido este o melhor papel e desempenho de sua carreira. Mas vou falar do John Houston, sim. Vou falar e dizer que compreendo perfeitamente sua angustia por não conseguir dar ao bom filme o tom que ele desejava, independente de exigencias de produção mas, e, principalmente, por contigencias que ele não conseguia dominar. Vou logo começar dizendo que, nem mesmo por O Passado...ser uma excelente fita, ela não tem qualquer caracteristica com um Rastros de Òdio, Da Terra Nascem...,ou mesmo um Shane ou A Arvore dos Enforcados. E porque? Vamos ver com calma e análises pormenorizadas.
    (Atenção; vou dar seguimento a este tópico no comentario seguinte em função de sua dimensão)
    jurandir_lima@bol.com.br

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  3. Continuação Comentario O Passado Não Perdoa

    Houston tanto era um diretor como um cinéfilo como nós. Tanto fazia filmes como assistia a filmes. E deveria ser um fã de faroestes, embora, fazer este tipo de filme parece que lhe assustava, o fazia temer. E porque? Porque, com toda certeza, ele sabia que fazer faroestes não estava em seu sangue, em seu jeito de trabalhar, em algum tipo de fraqueza sua que, por sua espetacular consciencia, sempre se esquivava em dirigí-los. Isto por saber não conseguir dar à fita os ares que um faroeste precisava.
    Olhem o que Ford dizia; eu sou John Ford e faço faroestes. Mas o Ford não fazia apenas faroestes. Ford fez de um tudo. Tudo mesmo. E até, mesmo adorando criar westerns, para mim, no meu ver, seu melhor filme nunca foi um faroeste. Na minha apreciação seu melhor trabalho foi em Vinhas da Ira. Imaginem um homem que adorava fazer faroestes, e que dizia abertamente isso, entrar em outro gênero e fazer seus melhores filmes (vejam sua filmografia e constatem). Mas o Houston não tinha o calibre de um John Ford. Nem mesmo tinha o calibre para criar faroestes de um D Davis, de um Hathaway ou mesmo de um Walsh ou Hawks. Defeito? Não. Incapacidade profissional para a direção? Claro que não. O homem não nasceu com faroeste em suas entranhas para cria-los como diretor. Normal. Posso chamar a isto "estilo não receptivo dentro de sua arte de dirigir", ou seja, "um estilo de filme que não era seu melhor lado profissional. Uma derivação de criação onde ele não conseguia caracterizar, por exemplo, os filmes, da forma como ele dava SUAS carasteristicas aos seus demais bons trabalhos".
    Não sei se me fiz entender como desejava. Mas vamos adiante. Se for preciso, faço um COMENTÁRIO 3, mas vou expor o que imagino da forma como desejo que, quem leia, consiga seguir meu ponto de vista. "VEJAM; ISTO É O MEU PONTO DE VISTA".
    Então? Sigamos. É claro que Houston deu neste filme densidade profunda em todos os papeis dos personagens que compoe a fita. E deu sim. Cada um dos personagens de O Passado...têm seus problemas individuais, seus dramas, seus pesares, suas mágoas, seus ransos, seus medos, suas duvidas, seus segredos, seu desejo de vingança e etc. E tudo isso bem específico e mais que claro, uma vez cada um deles o demonstrar no desenrolar da fita claramente. E tudo isso apesar do magnifico diretor, viva e tenazmente, alegar renegar este filme, citando não ter conseguido dar aos seus personagens a profundidade psicologica que deseja dar.
    Mas deu. Deu e vocês podem comprovar isso revendo a fita e observando individualmente cada um dos personagens. Até o indio tem caracteristica psicológica muito funda, muito visível.
    Onde então viveu marcado na mente do nobre diretor que ele não conseguiu dar a tal profundidade psicologica nos seus personagens, se ele o fez, e o fez muito bem? Viveu sim, no seu amargo interior uma dor terrível por não ter conseguido infringir ao filme um ar caracteristico de um legítimo faroeste, possivelmente, como ele desejava que o fosse, e até como lutou para que assim ele saisse. Somente não o conseguiu. Fazer o que? Não digo que o diretor mentiu ao fazer a primeira alegação e esconder de todos o porque de sua renegação desta pelicula. Era uma dor que ele, fugitivo dos faroestes, guardaria para si para toda a vida. Como poderia ele, um diretor de sua qualidade e ovacionado por seus excelentes filmes, ficar marcado como um profissional que não conseguia dar a um faroeste a cara de um faroeste?
    (desculpem; mas, por seu distendido conteudo, concluirei num COMENTÁRIO 3)

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  4. Seguimento 3 de Comentário do filme O Passado Não...

    E esta, na minha opinião e visão, era a grande dor de Houston. Vejam em sua filmografia quantas fitas deste ramo ele dirigiu? Catem e verão apenas Tesouro de Sierra...,(que não é um legitimo faroeste), Os desajustados (apenas um filme rural), aquele outro com A Murphy, A Gloria de um Covarde e O Passado não... Este penultimo, com Audie Murphy, um filme mais que renegado pela critica e até pelos produtores. Além de não ser um faroeste propriamente dito, e sim um filme sobre a Guerra Civil americana e sem outros lados paralelos de um faroeste. Todos estes filmes são, não verdadeiramente faroestes, afora O Passado não..., que não arrasta as caracteristicas de legítimo um western. E isto, naturalmente e com certeza, como o diretor o desejou criar e não obteve o exito almejado.
    Conforme já falei; é O Passado...um filme ruim? Claro que não. Claro mesmo. É o filme desprovido da profundidade psicológica que o diretor alegou? Também não. Então vamos tomar como base 3 faroestes bem caracterizados como faroestes e fazer ligeiras comparações; Juramento de Vingança, Da terra nascem os homens e Rastros de ódio. Agora vamos lá;
    Aquele homem sobre o cavalo, fardado de confederado (Wiseman) e branindo aquela espada com ares de desequilibrado e fazendo aparições e depois acusações. Indago; tem aquele personagem caracteristicas de um homem que lutou pelo Sul e perdeu uma gerra miserável como aquela Guerra Civil o foi? Claro que não tem. Agora lembrem-se dos confederados de Juramento de Vingança e façam uma comparação com este de O Passado não...
    Outro; a residencia dos Zachary, aquela choupana bem fortificada, com currais na frente, um lago bem perto, muitos vaqueiros e, enfim, um cenário para ser considerado, e sem erros, um cenário de faroeste. E pergunto; o tem? Não parece faltar alguma coisa ali para se conotar uma casa de criadores de cavalos ou gado e uma cabana resistente o bastante para se proteger de qualquer tipo de ameaças? Algo que, talvez não consigamos explicar, assim como também não o sabe o nobre diretor, que faltou ali e que o esmoreceu. Está claro que isto faltou. O que? Nem mesmo o diretor sabia. Mas sabia o mesmo, Houston, que faltava, que seu filme parecia faltar uma perna. E então nunca citou isto e sim a falta de profundidade psicológica que desejava dar aos atores, mas que não lhe foi permitodo trabalhar à vontade.
    Agora vejamos; pode-se dizer que faltaram ares de um legítimo e bem caracterizado faroeste nos currais de Da Terra Nascem os Homens? Seus lagos e riachos, assim como a diferença de tipo do ator Charles Bickford em ambas as peliculas têm ou não têm vastas diferenças de caracterização? Visível que são desiguais os cenários e caracterizações! O Bickford é um mau ator? Claro que não, como também fez perfeito seu trabalho. Mas...
    Vamos mais; e a cabana quase destruida de O Passado...pode fazer frente à de Rastros de Ódio, quando Wayne chega e vê seus parentes mortos e a cabana semi destruida? E o ator Audie Murphy, que vimos tão bem travestido de cawboy e fazendo péssimos trabalhos nas suas dezenas de westerns B: no O Passado não Perdoa ele tem a mesma caracterização e tem seu melhor desempenho no cinama. No entanto, observem e concluam; não parece faltar algo na composição de Murphy ou em algo ao seu redor?
    (Comentario finalizado no seguimento seguinte)

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  5. Complemento do Comentário de O Passado não...

    Aquele indio, otimamente interpretado e com a sua aparição e trabalho sob o mais vigoroso controle, atuando bem e nos causando duplo sentimento simultaneamente, como medo e ao mesmo tempo admiração por sua conduta, comparemos: tem o mesmo alguma coisa, ao menos parecida, ainda que de longe, com o Scar de Rastros de Ódio? Mesmo que atuando bem, fazendo direito seu trabalho ele, nem a quilometros tem uma apresentação indigena vil como a de Scar. Nunca.
    E tudo isso Houston viu. Somente não era dono de traquejos suficientes para alterar uma situação, um clima, uma aparencia de algo que não fazia parte de sua forma de ser, de criar, de realizar, como desejou.
    Enfim; O Passado não Perdoa é um grande filme, uma realização rara em qualidade, um filme para ver e rever, mas que peca, e sem culpas, pelo tom westerniano que deveria ter, mas que, infelizmente, e para dor eterna do fantástico diretor John Houston, a película não captou.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  6. Amigo Jurandir
    Comparar qualquer western com "Rastros de Ódio" eu diria que é uma covardia. Porém, comparado o filme de John Huston com inúmeros outros westerns de status, ele compete de igual para igual. - DF

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  7. Olá, Darci.

    Não tinha ideia da rejeição de Huston a esse seu filme que também acho ótimo. O elenco que o diretor conseguiu arrolar, as sequências ágeis e de grande densidade dramática - a final é impressionante. Burt Lancaster está em grande forma. Audrey e Lillian Gish estão impressionantes. Como você bem disse, não daria pra fugir à heroicização na narração da epopeia de uma família de conquistadores.

    Abss
    Dani

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  8. John Huston e Burt Lancaster não se entenderam bem, além de Lilian Gish só ficar falando em D.W. Griffith... Mas é um filme que eu gosto muito.

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  9. Caro Darci
    Vou fazer uma afirmação e se não estiver correta, peço desculpas e sua correção. Sobre O Passado Não Perdoa, me recordo de ter obtido informações, que o filme foi um
    fracasso de bilheteria, que ocasionou o fechamento da produtora
    de Burt Lancaster e seu sócio. SC

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  10. Sidney, pelo que li em duas biografias sobre Burt Lancaster, O Passado Não Perdoa foi a chamada gota d'água. A Hecht-Hill-Lancaster vinha de sucessivos fracassos de bilheteria como Despedida de Solteiro, O Mar é Nosso Túmulo, Vidas Separadas, O Discípulo do Diabo e A Embriaguez do Sucesso, filmes que evaporaram os lucros conseguidos com Marty, O Último Bravo e Vera Cruz. Além disso havia os problemas pessoais entre os três sócios. Confesso a você que quando escrevi sobre O Passado Não Perdoa, o fiz mais preocupado com tentar demonstrar as qualidades do filme, qualidades inegáveis mas sempre desprezadas pelos críticos. Uma visão sobre a produção desse faroeste é uma ótima sugestão, especialmente para quem gosta de saber o que se passa nos bastidores dos filmes, às vezes histórias mais saborosas que os próprios filmes. Ainda assim penso que Lancaster se saiu bastante bem como produtor num tipo de negócio onde a ordem é ganhar dinheiro primeiro e fazer arte depois. Parece que ele tentou subverter essa ordem.
    Darci

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  11. como que eu posso baixar esse filme?

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  12. Não me lembro de ter assistido este filme no lançamento, década de sessenta. Somente o assisti agora em 2016, mas concordo com o diretor em não gostar do resultado final do seu filme, Apesar da grandiosidade do filme, a sua mensagem não atinge o espectador! É muito presente, para pouco passado!!!

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