Foi nas matinês do Cine Rio Branco, em
Ibitinga, SP, que Duílio Juliel Galli assistiu aos primeiros faroestes de sua vida.
Nascido em São Carlos, SP, Duílio mudou-se para a ‘Capital dos Bordados’ (como
Ibitinga é conhecida) com menos de um ano de idade, lá vivendo até os 14 anos.
Em Ibitinga Duílio estudou no Grupo Escolar Ângelo Martino e no Ginásio
Municipal Miguel Landim. A infância feliz de menino do interior, filho do
melhor alfaiate da cidade, era complementada com as emoções proporcionadas por
seus heróis da tela, entre eles Buck Jones, Hopalong Cassidy, Tom Mix, Charles
Starrett, Bill Elliott, John Wayne e Ken Maynard. Além dos filmes de mocinho,
Duílio vibrava com cada capítulo dos seriados que o Cine Rio Branco exibia nas
matinês dominicais.
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O Grupo Escolar Ângelo Martino e o Cine Rio Branco, locais inesquecíveis da infância do menino Duílio (na foto aos sete anos). |
Artista
plástico e esportista - Duas paixões entrariam na vida de
Duílio Galli, ainda na adolescência, o amor pela velocidade e pela arte. No
início dos anos 50 Duílio se tornou um campeão de motovelocidade, vencendo
inúmeras provas de motociclismo com sua Puch de fabricação
austríaca. E o talento artístico que se manifestou no jovem Duílio, o levou ser
aluno de Tarsila do Amaral, a célebre pintora e desenhista brasileira. Com Tarsila
como mestre, Duílio aprimorou seu estilo que se tornaria inconfundível,
exteriorizado também na gravura e na escultura. Duílio Galli rodou meio mundo
expondo seus quadros em inúmeros países, entre eles Itália, Portugal, Grécia,
Israel, Japão, China, Índia, Egito, Havaí, Taiti, Chile e Estados Unidos. Um
dos momentos mais importantes da carreira do artista Duílio Galli foi a
exposição de suas esculturas na 14.ª Bienal Internacional de São Paulo.
Organizador do Museu Municipal de Ibitinga, Duílio é o autor da Via Sacra
exposta na Igreja Matriz de Ibitinga.
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Duílio Galli repórter, autor de reportagens que correram o mundo como a da maior sucuri encontrada por ele no Brasil. |
Fã
de faroestes - Aos 83 anos de idade Duílio Galli é destacado repórter e
colunista dos órgãos de imprensa de Ibitinga, cidade para onde retornou na
década de 90 depois de morar por 40 anos em São Paulo. Residir nessa grande
metrópole não é das melhores lembranças de Duílio que sempre que podia botava o
pé na estrada, aventuras que resultaram em três livros de memórias, o primeiro
deles apropriadamente intitulado “Andanças de um Pintor Caipira”. Consagrado
artista e esportista, poeta e contador de ‘causos’, Duílio Galli jamais abriu
mão do prazer de assistir um bom faroeste, o que faz até hoje. Com exceção de
“No Tempo das Diligências”, que assistiu pela primeira vez em Ibitinga e que
revê sempre que pode, foi em São Paulo que Duílio assistiu a muitos faroestes,
dos quais selecionou dez que mantém vivos na lembrança. Esses filmes formam o
Top-Ten Westerns que o pintor caipira listou para o WESTERNCINEMANIA e que são
os seguintes: