Há exatas duas décadas um western não fica entre os dez filmes de maior bilheteria do ano. A última vez que isso aconteceu foi em 1991 com o western-comédia “Amigos, Sempre Amigos”, em que o veterano Jack Palance teve participação como coadjuvante ganhando até um Oscar. Olhando-se as listas anuais dos filmes que mais levaram público aos cinemas, isto desde o início do cinema falado, percebe-se que os faroestes de modo geral não podem ser considerados sucessos de bilheteria. Esporadicamente alguns deles foram os campeões em algumas temporadas e isso aconteceu apenas por três vezes desde 1929, ou seja, nos últimos 82 anos, o que sem dúvida é pouco. Mas uma análise mais completa leva a perceber que em 59 desses 82 anos não havia nenhum western entre os dez campeões anuais de bilheteria. Parece inacreditável diante de tantos e tantos faroestes que o tempo se encarregou de transformar em obras-primas do cinema ou em verdadeiros clássicos do gênero. A pesquisa que segue foi feita com dados disponíveis na Wikipedia, números que diferem muitas vezes dos resultados publicados pela revista “Variety” ou daqueles da Chronicle of the Movies, editado em colaboração com a Kobal Collection.
CAMPEÕES DE BILHETERIA - Os três faroestes campeões foram “Viva Villa!”, de 1934, western que biografou Pancho Villa (Wallace Beery), daquele jeito que só o cinema norte-americano é capaz de fazer, com direção de Jack Conway. Em 1969 Hollywood romanceou a vida dos foras-da-lei Butch Cassidy e Sundance Kid interpretados pelos galãs Paul Newman e Robert Redford e todo mundo foi ao cinema assistir a esse filme de George Roy Hill intitulado “Butch Cassidy” aqui no Brasil. Por sinal esse é o faroeste que mais arrecadou no mundo todo em todos os tempos, segundo as estatísticas do Box-Office Mojo. O terceiro grande campeão foi a comédia-western “Banzé no Oeste”, de 1974, dirigida por Mel Brooks e com o judeu Gene Wilder e o negro Cleavon Little como os mocinhos do escrachado faroeste.
QUATRO WESTERNS VICE-CAMPEÕES - Costuma-se dizer que ser vice e ser nada é a mesma coisa, mas não deixa de ser uma honra ser o segundo filme de maior bilheteria no ano, o que apenas quatro westerns conseguiram ao longo da história do cinema falado. O primeiro vice-campeão foi o épico “Cimarron” que em 1931 foi também o vencedor do Oscar de Melhor Filme do Ano. “Cimarron” foi estrelado por Richard Dix e dirigido por Wesley Ruggles. Dez anos depois, em 1941, Errol Flynn interpretou de forma inesquecível a descaradamente irreal biografia do General Custer em “O Intrépido General Custer”, com direção de Raoul Walsh, filme que foi o segundo mais visto daquele ano. Em 1946 Gregory Peck e Jennifer Jones arrastaram-se sob o sol e arrastaram o público romântico para os cinemas em “Duelo ao Sol”, de King Vidor, transformando esse faroeste no vice-campeão de bilheteria do ano. A última vez que um western foi vice-campeão de arrecadação foi em 1963, “A Conquista do Oeste”, filme produzido no processo Cinerama, cujos ingressos custavam o dobro de um ingresso normal. Com elenco all-star e diretores do calibre de John Ford, Henry Hathaway, George Marshal e Richard Thorpe (este último não creditado), “A Conquista do Oeste” foi lançado em 1962, mas apenas em 1963, quando chegou aos cinemas normais, aqueles sem equipamento para projetar um filme em Cinerama, é que conseguiu ser o vice-campeão do ano.
JOHN WAYNE, SEMPRE SUCESSO -Medalhas de Bronze, ou seja, terceiros colocados em público, apenas dois westerns conseguiram: “Rio Vermelho”, de Howard Hawks e com John Wayne, em 1948 e “Os Brutos Também Amam”, de George Stevens e com Alan Ladd, em 1953. Com presença em seis filmes da lista, John Wayne é o ator mais constante nos westerns de sucesso, seguido por Errol Flynn e Lee Marvin, com quatro participações. Com três participações James Stewart e Jack Palance. E o lendário Clint Eastwood somente apareceu uma vez e ainda assim num western que está mais para musical. A surpresa é descobrir que Michael Curtiz é o diretor que com três westerns mais vezes apareceu nas listas anuais que mais espectadores levaram ao cinema, seguido por John Ford e Henry Hathaway com dois filmes e meio cada um (o meio se deve a “A Conquista do Oeste”. Entre as mocinhas, longe de ser uma típica heroína dos faroestes, Olivia de Havilland, apareceu nos quatro faroestes de Errol Flynn, ator com quem contracenou oito vezes. Vale a pena conhecer quais são os 28 faroestes que conseguiram a proeza de ficar entre os dez mais vistos nos anos de seus lançamentos e certamente o leitor vai notar a ausência de westerns como “Matar ou Morrer”, “Sete Homens e um Destino”, “Vera Cruz”, “Da Terra Nascem os Homens” e tantos outros que foram incontestavelmente grandes sucessos, mas não o suficiente para ficar, no ano de seus lançamentos, entre os dez campeões de bilheteria. Eis a lista:
1929 – 8.º – “No Velho Arizona” (In Old Arizona), de Irving Cummins, com Warner Baxter.
1931 – 2.º – “Cimarron”, de Wesley Ruggles, com Richard Dix.
1934 – 1.º - “Viva Villa!”, de Jack Conway, com Wallace Beery.
1939 – 4.º - “Uma Cidade que Surge” (Dodge City), de Michael Curtiz, com Errol Flynn; 6.º - “Jesse James”, de Henry King, com Tyrone Power e Henry Fonda.
1940 – 5.º - “A Estrada de Santa Fé” (Santa Fé Trail), de Michael Curtiz, com Errol Flynn; 8.º - “Caravana de Ouro” (Virginia City), de Michael Curtiz, com Errol Flynn e Randolph Scott.
1941 – 2.º - “O Intrépido General Custer” (They Died with Their Boots on), de Raoul Walsh, com Errol Flynn
1946 – 2.º - "Duelo ao Sol" (Duel in the Sun), de King Vidor, com Gregory Peck.
1948 – 3.º - “Rio Vermelho” (Red River), de Howard Hawks, com John Wayne.
1953 – 3.º - “Os Brutos Também Amam” (Shane), de George Stevens, com Alan Ladd e Jack Palance.
1956 – 6.º - “Rastros de Ódio” (The Searchers), de John Ford, com John Wayne.
1957 – 9.º - “Sem Lei e Sem Alma” (Gunfight at the OK Corral), de John Sturges, com Burt Lancaster e Kirk Douglas.
1959 – 9.º - “Onde Começa o Inferno” (Rio Bravo), de Howard Hawks, com John Wayne e Dean Martin.
1960 – 5.º - “O Álamo” (The Alamo), de e com John Wayne e com Richard Widmark.
1962 – 10.º - “O Homem que Matou o Facínora” (The Man Who Shot Liberty Valance), de John Ford, com John Wayne, James Stewart e Lee Marvin.
1963 – 2.º - “A Conquista do Oeste” (How the West Was Won), de Henry Hathaway, George Marshall e John Ford, com grande elenco.
1965 – 7.º - “Dívida de Sangue” (Cat Ballou), de Elliot Silverstein, com Lee Marvin; 9.º - “Shenandoah”, de Andrew V. McLaglen, com James Stewart.
1966 – 8.º - “Os Profissionais” (The Professionals), de Richard Brooks, com Lee Marvin, Burt Lancaster e Jack Palance.
1969 – 1.º - “Butch Cassidy” (Butch Cassidy and the Sundance Kid), de George Roy Hill, com Paul Newman e Robert Redford; 6.º - “Os Aventureiros do Ouro” (Paint Your Wagon), de Joshua Logan, com Lee Marvin e Clint Eastwood; 7.º - “Bravura Indômita” (True Grit), de Henry Hathaway, com John Wayne.
1970 – 7.º - “O Pequeno Grande Homem” (Little Big Man), de Arthur Penn, com Dustin Hoffman.
1971 – 7.º - “Mais Forte que a Vingança” (Jeremiah Johnson), de Sydney Pollack, com Robert Redford.
1974 – 1.º - “Banzé no Oeste” (Blazing Saddles), de Mel Brooks, com Gene Wilder e Cleavon Little.
1990 – 4.º - “Dança com Lobos” (Dances with Wolves), de e com Kevin Costner.
1991 – 10.º - “Amigos, Sempre Amigos” (City Slickers), de Ron Underwood, com Billy Crystal e Jack Palance.
Darci,
ResponderExcluirTai uma curiosidade para a qual eu ainda não tinha tido atentado. Dos três campeões, eu não vi “Viva Villa!”; quanto aos outros dois, são westerns interessantes, cada um dentro de suas características, mas nenhuma obra-prima, na minha opinião. Obras-primas do gênero não tiveram esse êxito. Vai entender! Alguns westerns notáveis estão na lista dos dez, como O Homem que Matou o Facínora, Rastros de Ódio, Dança com Lobos, O Intrépido General Custer, mas falta muita coisa boa, como Matar ou Morrer. O fato é que o critério das multidões geralmente não é o da qualidade; mas a concorrência sempre foi muito dura também, o que é um consolo para os amantes do gênero. Outro alento (que não serve pra amante do western “de raiz”) é que o grande campeão de todos os tempos é inegavelmente um filme meio western: E o Vento Levou.
Abraço!
Lemarc
LeMarc, a matéria tem apenas o cunho de curiosidade uma vez que até as fontes são contraditórias. Essa do Wikipedia foi a mais completa que encontrei e mesmo assim é difícil entender algumas ausências de faroestes que foram sucessos mesmo quando de seus lançamentos.
ResponderExcluirHá quem considere E o Vento Levou western, isto num critério de enorme abrangência. Se for usado esse critério teríamos uma curiosa lista de filmes do gênero western, quer dizer, duvidosamente faroestes...
Um abraço - Darci
PS - Como você chegou ao blog?
Devemos fazer uma cruxial consideração quanto aos faroestes andarem tão afastados dos topos dos filmes; O GENERO WESTERN É APENAS UM CONTRA TODOS OS OUTROS GENEROS DE FILMES EXISTENTES.
ResponderExcluirSómente em se ter tal visão por este ângulo, já dá para se ponderar nos resultados destas análises.
E, quando um faroeste chega a participar de um top-ten, ele deve ter sido um faroeste de fato, apesar de não ter assistidos muitos deles de 40 para tráz.
Para o faroeste, temos de louvar o ano de 1969, com 3 fitas encaixadas na pesquisa.
Grandes injustiças com Os Imperdoáveis, Da Terra Nascem Os Homens e Matar ou Morrer. E até com A Face Oculta, uma fita muito vista, mas que não bateu no pilar dos dez.
Um fato que me intriga é Rastros de Ódio. Sempre soube que foi um filme que nasceu sem nome (quis dizer sem créditos para o sucesso. Foi, na época, um filme comum) no conceito geral e ainda assim andou em 6o. lugar em 1956!
Acho que precisamos rebuscar mais fatos conhecidos a respeito, já que andar entre os 10 mais rentáveis não é estar sem credibilidade, sem conceito, ser dado pela critica como um filme qualquer.
Como isso, se o publico disse ao contrário nas bilheteirias?
E veja-se que ele ficou logo depois da metade dos melhores!
Então ele sempre foi considerado um filme BOM, já que o publico se mira por demais nas informações dos criticos.
Com todo crétido para Curtiz, pelas 3 estadas e, mais ainda para o Duke, que andou encaixado por lá em 6 oportunidades.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, essa lista é meramente para efeito de curiosidde. Não pode ser levada a sério. Se bem me lembro, O Homem que Matou o Facínora ficou apenas uma semana em cartaz quando foi lançado aqui em São Paulo no Cine Paissandu. Tive a felicidade de ver esse filme nessa semana. Depois foi para os cinemas de bairro e apesar de dois grande nomes no elenco (Lee Marvin ainda era pouco conhecido) pouca gente assistiu. E lá está ele em 10.º lugar em 1962. Está certo que esses dados se referem às bilheterias dos Estados Unidos, mas mesmo assim é uma surpresa. E Michael Curtiz, apesar dos bons faroestes que fez (até Os Comancheiros, seu último filme), não pode ser chamado de diretor de westerns. Era sim, pau para toda obra. Perceba também que os três campeões são: dois filmes biográficos que não resistem a nenhuma investigação mais séria quanto à realidade dos fatos que apresentam e uma debochada comédia passada no Velho Oeste onde os dois mocinhos (judeu e negro) vão embora ao final, em direção ao pôr-do-sol, numa... limusine. Foram os westerns campeões, os três bastante longe dos mais legítimos faroestes.
ResponderExcluirDarci
Lemarc,
ResponderExcluirÉ como eu disse e volto a afirmar; O FAROESTE É APENAS 'UM' GENERO DE FILME DENTRE INUMEROS QUE EXISTEM.
Portanto, pode estar aí tanta disparidade e tantos fantasticos faroestes de fora destas listas.
Mas veja se concorda comigo quanto ao assunto Rastros de Ódio.
Veja meu comentário e me diga se é ou não estranho o que comento e chamo a atenção.
Forte abraço
Jurandir_lima@bol.com.br
Darci;
ResponderExcluirSimplesmente espetacular a foto da apresentação. Perfeita e parabens. Veja se demora mais um pouco mais com esta aí.
Sabe, Darci? Estou estranhando o Peixoto não ter dado as caras ainda! Vamos, gaucho, fala.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, vox populi, vox dei.
ExcluirGlória a curiosidade de Butch Cassidy nas alturas...
Darci e Jurandir, embora a quantidade de astros, nem a sequência de Ford se salva em A Conquista do Oeste. Podia ser um curta com mais um ótimo vilão de Eli Wallach.
Ah, o povo...
Ivan, eu diria que o segmento de Ford foi bastante infeliz e não faz jus ao nome do diretor. De resto até gosto do filme como mera diversão e visão norte-americana da tal conquista do Oeste. Marshall e Hathaway eram bastante bons. Hathaway até poderia ser alçado ao panteão dos maiores diretores norte-americanos, tivesse ele deixado uma marca mais pessoal que não fosse aquela de filmes com muita ação de boa qualidade. Não só westerns, mas também policiais.
ResponderExcluirDarci
Jurandir, creio que Karl Malden mereça a homenagem. Vai ficar até o final do mês.
ResponderExcluirUm abraço - Darci
Darci;
ResponderExcluirObservei seu comentário, de 23 de marco, ao responder ao amigo Peixoto sobre o Henry Hathaway.
Va começando a me entender, pois vou ser longo como sempre, mas quase tudo o que ele, Hathaway, fez entrou nas graças de todos e nunca li nada que pusesse máculas em suas obras.
Calma, calma. Sei que não disseste isso.Leia tudo primeiro.
Não foi um De Mille, um Mann, um Wyler, um Zinneman, um Kazan ou outros mais famosos, apesar de andar muito perto de todos.
Porém, apenas os outros se tornaram mais famosos porque seus filmes alcançaram marcas anormais, sucessos estrondosos, foram premiados com criticas positivas. E crítica é tudo, sabes disso.
Entretanto, não podemos deixar de, nós mesmos, como bons cinéfilos e entender algo de cinema, deixar de dar gratos elogisos a muitos dos seus trabalhos, apenas porque a critica não o pôs lá em cima como fizeram com os outros.
Vejamos então, para eu não cair em contradições e ficarem sem valores meus pontos de vista ou minhas colocações;
Quem pode dizer que Bravura Indomita não foi um filme tão bom quanto O Preço de um Covarde, um Legião Invencível, um Na Encruzinhada dos Facínoras, ou um Legião de Herois?
Conhece alguém que viu Torrentes de Paixões, com Cotten, Monroe e Paget e fala algo de mal daquela pereita pelicula?
Pois foi o Hathaway quem a dirigiu.
Quem pode falar, qualquer coisa sequer de negativo, de Os Filhos de Ketie Elder? Não queria nem citar, mas vou por A 23 Passos da Rua Baker, um filme denso, bem feito, muito bom e muito querido. Temos Nevada Smith, um excelente faroeste e temos O Beijo da Morte, o debut de Widmarck no cinema. Temos A Raposa do Deserto, temos também Poquer de Sangue!
Você assistiu a Meu Coração Tem Dois Amores, com Susan Hayward e Stephen Boyd? Pois assista e me fale sobre ele.
E temos muito mais boas e inesqueciveis peliculas do Hathaway e que, somente não foram louvadas como o incompreendido O Homem que Sabia Demais, porque Alfred tinha um nome e Hathaway somente era conhecido e querido por nós.
Então ele deixou sim, muitas coisas boas. Se elas não tiveram os aplausos e os muitos comentários que, por exemplo, O Cidadão Kane, é porque a critica é assim. Execram o que é bom para por no ceu algo que merecia apenas estar por aqui no chão.
Lamento mas, nos meus pontos de vistas e na minha parca visão de um cinéfilo, Hathaway foi sim, um grande diretor e deixou muitas obras que ainda vemos com enorme prazer.
E o que quer dizer isso de ainda vermos suas obras?
Qualidade. Claro: porque ninguém vai por nada num DVD para assistir que não tenha um minimo de valor, de qualidade, de bom.
Entendi sua posição. Você acha que ele fez bons filmes de ação, muitos gostosos de ver, quew tem até uma filmografia aceitável, mas jamais deixou uma obra que ficasse, por exemplo, para a eternidade. Algo mais ou menos assim.
Não acho que para se ter qualidade precise-se deixar nada para esta tal posteridade. Vejo seus filmes hoje com o maior prazer. E filmes que ele fez há 40 ou 50 anos.
E olha; não me responde com indigestão, não. Estou somente pondo minha visão sobre o bom artesão Henry Hathaway.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, tenho o Henry Hathaway em alta conta. Você enumerou bastante nem algus de seus excelentes filmes que qualquer grande diretor gostaria de ter feito. O homem era bom de fato e você sabe que Fúria no alasca é daqueles que dá vontade de colocar entre os vinte melhores westerns, de tão espetacular e engraçado que é.
ResponderExcluirDarci
Olá, Darci!
ResponderExcluirRealmente uma ótima iniciativa tua publicar as maiores bilheterias do gênero. Aqui vão algumas considerações de minha parte:
John Wayne apareceu 7 vezes na lista, e não 6, como disse Jurandir.
Não sei quanto a "Viva Villa!", que ainda não vi, mas realmente não posso concordar com você sobre "Butch Cassidy estar bastante longe dos mais legítimos faroestes". É evidente que trata-se de um western acima da média, do contrário não seria arroz de festa em tantos Top-Ten publicados aqui neste site, sem falarmos na fama que possui a começar pelo estrondoso êxito de bilheteria. Sendo assim é um western tão legítimo quanto The Searchers, Stagecoach, etc...
O épico "Cimarron" sem dúvidas merecia uma resenha aqui no WCM, não só por ser um vice-campeão de bilheteria em seu ano, mas principalmente por ser o primeiro do gênero a faturar o prêmio mais importante do cinema, o Oscar de Melhor Filme. Eis aqui outro legítimo western.
Na verdade, sobre o ano de 1939, o 4º colocado foi Jesse James, e Dodge City ficou em 12º. Segue abaixo a lista com as 10 maiores bilheterias de 1939, o melhor ano do cinema:
1º) - ...E o Vento Levou (Gone With the Wind), de Victor Fleming.
2º) - O Mágico de Oz (The Wizard of Oz), de Victor Fleming.
3º) - A Mulher Faz o Homem (Mr. Smith Goes to Washington), de Frank Capra.
4º) - Jesse James, de Henry King.
5º) - E as Chuvas Chegaram (The Rains Came), de Clarence Brown.
6º) - Sangue de Artista (Babes in Arms), de Busby Berkeley.
7º) - Ao Rufar dos Tambores (Drums Along the Mohawk), de John Ford.
8º) - Gunga Din, de George Stevens.
9º) - As Aventuras de Stanley e Livingstone (Stanley and Livingstone), de Henry King.
10º) - Adeus, Mr. Chips (Goodbye, Mr. Chips), de Sam Wood.
Victor Fleming, pela MGM, e Henry King, pela Fox, são os únicos a figurarem 2 vezes na honrosa lista.
Aquele abraço!