UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

13 de abril de 2012

TOP-TEN WESTERNS DE EDSON PAIVA


Edson Paiva é apaixonado por faroestes e essa é uma das razões que faz dele um dos mais fiéis seguidores do blog WESTERNCINEMANIA. Edson é mineiro de nascimento, da cidade de Rio Pomba e formou-se Professor de História pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Reside e trabalha em Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro e foi de lá que Edson nos enviou sua lista de dez melhores westerns.

Edson fez questão de esclarecer que os dois primeiros filmes da lista o encantam de tal maneira que serão sempre os dois preferidos. Os quatro faroestes listados entre a terceira e a sexta posição são também de grande predileção para Edson, embora de tempos em tempos possam ter suas posições alternadas. Da sétima à décima posição Edson diz que são aqueles que neste momento ele decidiu relacionar entre os dez melhores, podendo eventualmente dar lugar a outros faroestes que relacionou complementarmente. Edson confessa que teve dificuldades em relacionar o 7.º, 8.º, 9.º e 10.º colocados em razão de admirar bastante os faroestes da lista anexa. Eis o Top-Ten Western de Edson Paiva:

1.º) ERA UMA VEZ NO OESTE (C’Era Una Volta Il West), 1968 – Sergio Leone

2.º) RASTROS DE ÓDIO (The Searchers), 1956 – John Ford

3.º) ONDE COMEÇA O INFERNO (Rio Bravo), 1959 – Howard Hawks

4.º) MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (The Wild Bunch), 1969 – Sam Peckinpah

5.º) SETE HOMENS E UM DESTINO (The Magnificent Seven), 1960 – John Sturges

6.º) OS BRUTOS TAMBÉM AMAM (Shane), 1953 – George Stevens

7.º) OS PROFISSIONAIS (The Professionals), 1966 – Richard Brooks

8.º) O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA (The Man Who Shot Liberty Valance), 1962 – John Ford

9.º) QUANDO OS BRAVOS SE ENCONTRAM (Valdez is Coming), 1971 – Edwin Sherin

10.º) O HOMEM DOS OLHOS FRIOS (The Tin Star), 1957 – Anthony Mann


29 comentários:

  1. Ótima lista e grandes faroestes lembrados.
    Edson, coloquei Stagecoach entre os meus cinco favoritos, sendo esta a diferença. Concordamos nos outros quatro.
    Mas este teu Top-Ten despertou a vontade de rever o filme e Dean Martin cantando, inicialmente a capella, My Rifle, My Pony and Me. Devo ser o único que gosta mais da "segunda mão de tinta" do próprio Hawks em El Dorado.
    Antes de ir para o inferno, vou assistir Rio Bravo e se for o caso, mudar essa opinião. Com um pecado a menos, ainda que à beira do abismo, quem sabe não viverei a eternidade pelo menos em um paraíso infernal.

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    1. Esqueci minha própria lista! Big Country está em quinto e Wild Bunch em sexto.

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    2. Ivan, "El Dorado" é sim um filmaço. Mas acho que você sempre fará mesmo parte de uma minoria preferindo-o a "Rio Bravo". Veja-o de novo e se penitencie mudando de ideia meu amigo.
      Quem sabe assim você alcança a salvação?

      Edson Paiva

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  2. Eu gostaria de aproveitar a oportunidade que o Darci me ofereceu brindando-me com esse privilegio de, mesmo neófito, estar entre tantos veteranos fãs de westerns, para falar um pouco de meu preferido entre todos.

    Não sou fanático pelos faroestes italianos. Mas gosto de muitos. E compreendo perfeitamente as críticas daqueles que apreciam mais os realizados nos EUA. Mas sempre vi “Era Uma Vez no Oeste” não como um “western-spaghetti” e sim como um WESTERN. Ponto final.
    Para alguém que nunca tivesse visto um bang-bang na vida eu indicaria essa obra-prima de Sergio Leone, mais “Shane” e “No Tempo das Diligencias”, como filmes indispensáveis por possuírem todos os elementos que constituem a historia desse filão cinematográfico.
    O filme de Leone não é uma parodia ou mera copia oportunista dos westerns americanos como boa parte dos faroestes "made in Italy". E penso ser infinitamente superior aos demais do próprio Leone, também muito bons e verdadeiros clássicos como, por exemplo, “Três Homens em Conflito”, um filme adorável e que não canso de rever.
    “Era Uma Vez no Oeste”, como já foi dito por muitos críticos, é uma espécie de testamento do cinema-western. Temos nele todos os clichês e personagens do gênero, excetuando apenas a presença de combates com tribos indígenas, algo que nunca os italianos colocaram na tela. Raramente vimos tribos de índios em bang-bang italiano. Pelo menos não em algum memorável.

    Era Uma Vez no Oeste”, é um verdadeiro trabalho de mestre-relojoeiro, com todas as peças se encaixando de forma magistral. Não é uma sátira, parodia ou comedia. É uma belíssima homenagem que pretende desde o titulo, e ao meu ver consegue, prever o fim da historia do bang-bang como gênero de cinema.
    No mais, temos personagens e atores em momentos inspirados. Henry Fonda está soberbo como sempre, causando ainda mais impressão por fazer algo nunca antes visto em seus faroestes: um vilão cruel e impiedoso. Jason Robards é um triste bandido romântico pelo qual é impossível não se apaixonar. Gabriele Ferzetti é um vilão(?) trágico cujo personagem nos mostra a transformação de uma época, liderando com a força do dinheiro e da corrupção a chegada do progresso e das mudanças via ferrovia. Até Charles Bronson se sai magnificamente bem, superior talvez a Eastwood na “Trilogia dos Dólares”. E Claudia Cardinale? Desnecessário seria ela interpretar, dada a sua beleza. Mas ela defende bem seu papel. E temos ainda uma galeria de coadjuvantes de luxo fantástica.
    Tudo é construído lentamente, sem pressa. Um filme visual, com um mínimo de diálogos, explorando até mesmo autênticas locações norte-americanas como o sagrado “Monument Valley”, terra de Ford. Não vou ser redundante falando da sublime trilha sonora do Moricone e de como ela conduz o destino dos personagens de Bronson e Fonda até o sensacional duelo final.
    Não, “Era Uma Vez no Oeste” não é um bang-bang italiano. É um WESTERN. Um dos mais belos e, para mim, o melhor de todos.

    Edson Paiva

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    1. Bela análise, Edson, merecida homenagem para este faroeste, obra-prima de Leone.
      Vi Rio Bravo uma única vez e há um bom tempo. Esta honrosa posição na tua lista só aumentou a vontade de revê-lo, bem como conhecer Valdez Is Coming.
      El Dorado pareceu-me fluir com mais leveza e ousar: John Wayne recua em seu cavalo de "marcha-ré" (esta bela cena é original?), com medo de um tiro, mas quem finalmente atingiu o mito é uma mulher! Uma bala nas costas do Duke e uma ferida no coração do xerife alcoólatra, obra de outra dama.
      Um abraço.

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  3. Caro Edson,

    você se diz neófito nesta área, mas demonstra muito bom conhecimento para um, digamos, iniciante. bela lista. Não sei se estou certo, mas parece que sua camisa tem um Tex, ou seja, você sabe do negócio. Estou com você quanto ao Sergio Leone e ao seu magnífico Era uma vez no Oeste. EU colocaria Matar ou Morrer na primeira lista... mas, enfim, não é mole escolher diante desses filmes.

    Abraço!

    Lemarc

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  4. Olá, LeMarc
    Por modéstia o Edson se disse neófito, mas você percebeu que neófito algum seria capaz de elaborar uma lista como a dele. Estou com você quanto a Matar ou Morrer.
    Darci

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  5. Confesso que nunca vi ninguém defender com tanto empenho um filme como o amigo Paiva acaba de fazer com a fita de Leone, Era Uma Vez No Oeste.
    Quer dizer; de ver eu vi. Aliás, vejo sempre o nosso querido Darci defendendo, com unhas e dentes, seu filme predileto de John Ford, No Tempo das Diligencias.
    Mas isto é uma outra historia.

    Bem, caro Paiva: vou por o máximo de respeito em suas palavras e me esforçar para rever a fita de Leone. Não que a ache uma fita ruim. Não. Jamais a considerei assim. Mas não sou muito amante dela, embora a considera a dona de uma das mais belas trilhas sonoras do cinema. A musica de Morricone é um verdadeiro achado de tão bela.
    Imagine que a tenho gravado em coral e em instrumental. Cada uma é mais bela que outra. O italiano é um virtuoso. Parece que quando os filmes são de Leone ele tem um repente e cria suas mais belas trilhas. Quer ver outra? Ouça a de Quando Explode a Vingança e veja se tenho ou não razão.

    Mas, ainda pondo o querido amigo Darci no seio da questão, ele deu a ti uma oportunidade que não cedeu para nenhum outro, que foi autorizar cada um dispor de diretores e, de cada um deles, o participante expressar o que achou que eles fizeram de melhor.

    Verdadeiramente, achei bacana a idéia. Escolho os melhores diretores do genero e ao lado destes seleciono algumas de suas obras primas, depois de ter selecionado meus 10.

    Como a idéia pode ter sido sua e ele não a desejou podar, vou suspender a cobrança pelos mesmos direitos.
    Abraço, companheiro. Considere minhas ultimas palavras como um elo de sinalização para respostas e sugestões, apenas isso.
    Chego ao fim do meu comentário afirmando que considero sua dissertação de Era Uma Vez No Oeste uma preciosidade de escrita. Muito bem feita, detalhada e construtiva.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  6. Peixoto/ Darci;

    Darci;
    Acabo de assistir ao filme do Cimino, O Portal do Paraiso/80.
    Diga uma coisa para mim, amigo? Onde está o grande erro deste filme, se é que o amigo o assistiu?

    Peixoto;
    Concordo e gosto da "segunda mão de tinta". Também considero El Dorado mais filme que Rio Bravo.
    E sem dores de consciencia, já que ambos são do mesmo e ótimo Hawk's, não é um fato?
    A pergunta que fiz para o Darci serve também para ti.
    Abraço a ambos
    jurandir_lima@bol.com.br

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  7. Darci?

    Olha o gaucho! O homem está terrível nesta postagem! Observou quantas vezes o nome dele apareceu? Ou é ele falando ou é alguém falando dele ou sobre suas posições.

    O que achou da "segunda mão de tinta" do nosso poeta?

    Mas ele tem razão e, embora o Paiva não concorde com ele quanto a El Dorado, o Hawk's deixou o filme rodar mais de uma hora sem qualquer movimento! Prestem a atenção neste detalhe. O revi e agora e observei esta quietação longa e imperdoável, fato pouco observado e situação sempre salva pelo Brennan.

    Porisso El Dorado é melhor. Possivelmente, não em qualidade, mas em movimento, principalmente das jovens atrizes que atiram em todo mundo.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  8. Jurandir, na minha opinião Onde Começa o Inferno é um daqueles westerns memoráveis, do seleto grupo dos incomparáveis. Só a sequência de Dino e Ricky cantando My Rifle, My Pony and Me sob o olhar de felicidade de Brennan e o embevecido John Wayne vale por muitos filmes.
    Darci

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  9. Viu, Jurandir, a mesma cena que gosto e lembrei o Darci elogiou. Preciso rever Rio Bravo, mas por enquanto já tenho a ótima companhia do amigo baiano.
    Vi uma única vez O Portal do Paraíso, há mais de 25 anos certamente. Passou ontem no Cult, não é? Lembro de achar exagerado o massacre ao filme, mas minha nota foi seis. Como já foi elogiado por aqui e agora com a tua opinião, Jurandir, mais um faroeste para a lista de revisões.

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  10. Penso o mesmo que o Darci. Essa seqüência musical vale por muitos filmes. E a lentidão a que se refere o Jurandir serve para criar o clima necessário para as seqüências de ação. Não a vejo como erro ou algo imperdoável mas uma preparação para o clímax. Há uma tensão permeando toda a fita. Nem querendo eu consigo ver defeitos em "Rio Bravo".

    O Lemarc e o Darci colocariam "Matar ou Morrer" entre os 10 preferidos. Vi esse western pela primeira vez faz pouco tempo, uns cinco anos mais ou menos. Ele era certamente o grande faroeste entre os clássicos inquestionáveis que eu ainda não havia visto. A maior das lacunas. Não o havia assistido antes porque raramente, ou nunca, passava na TV. E em cidade pequena as locadoras não tem filmes antigos. Ainda mais faroestes.
    Criei uma expectativa enorme por ler tanto sobre ele e conhecer sua importância não só no gênero como na historia do cinema. Aí um dia, milagrosamente, apareceu uma copia na locadora aqui de minha cidade. Peguei-o como se tivesse encontrado o Santo Graal.
    Vocês já sabem o desfecho, ne? Gostei, achei bacana, realmente um dos melhores, mas não "senti" o filme. Era um excesso de informações e expectativas atrapalhando o olhar.
    Acredito que quando vir mais vezes ele me conquiste de verdade.

    Filmes que adoramos tem disso. Fazem parte de nossas vidas, os vimos muitas vezes e por isso passamos a cultuá-los ao longo do tempo.
    "Era Uma Vez no Oeste", por exemplo, lembro de ter visto doze vezes ainda no tempo da TV, nas madrugadas da Globo. Depois, com o dvd, perdi a conta. O mesmo vale para outros do meu top-ten, que assisti varias vezes.
    Mas "Matar ou Morrer" chegou muito tarde na fila. Até que está bem colocado. Porem terá de me cativar mais para galgar posições.
    Listas como essas são mais emocionais que racionais. Se daqui a alguns anos o Darci nos questionar sobre essas opções de agora certamente mudanças ocorrerão.
    Já que o blog vai durar muitos anos, fica aí a sugestão, Darci.

    Edson Paiva

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  11. Edson
    Há filmes que carregam consigo fama às vezes imerecida. Quando passei a me entender como cinéfilo iniciante, lá pelos 13 ou 14 anos, falava-se de três faroestes que eram reverenciados como a santíssima trindade do gênero: Duelo ao Sol, Matar ou Morrer e Os Brutos Também Amam. Demorou para que eu pudesse assisti-los, o que só veio a ocorrer em 1960. Naquele tempo dependíamos da boa vontade dos exibidores que programavam reprises de vez em quando. Depois de assistir aos três, somente Matar ou Morrer me deixou uma impressão mais forte, de clássico autêntico, filme seminal e o mais importante, não superficial. Duelo ao Sol foi uma decepção quase imediata. E veio então a invenção do século para os cinéfilos que foi o VHS e podia-se ver um filme quantas vezes quisesse e melhor analisá-lo. Mais que isso, descobrir que havia filmes que davam prazer em rever enquanto outros quanto mais eram vistos mais crescia o despontamento. Não assisti Rastros de Ódio nem no lançamento e nem na posterior reprise quatro anos depois. Só fui assisti-lo na TV nos anos 70 e ele já estava precedido de uma certa fama graças especialmente a Andrè Bazin e seus seguidores. Poucas vezes em minha vida sofri tamanho arrebatamento ao assistir a um filme, no caso um faroeste, como aconteceu com Rastros de Ódio. Depois, com o aumento do tamanho dos televisores, remasterização das cópias, imagem de alta definição e som que essas caixinhas redimensionam incrivelmente, pude sentir o que sentiram os espectadores que viram esse filme quando lançado aqui em São Paulo no Cine Art-Palácio, lançador de filmes de segunda linha. E a reprise foi lá também, naquele cinema que era conhecido como a Casa do Mazzaropi (todos os filmes do Mazza eram lançados no art-Palácio).
    Consegui assistir a Meu Ódio será Sua Herança num cinema de verdade (Espaço Unibanco, em 2003) quando foi exibido em um único dia num minifestival em comemoração o cinquentenário da Warner. Escolheram esse filme de Peckinpah mas poderiam ter passado Rastros de Ódio, o que infelizmente não aconteceu. Em 2006, no cinquentenário de Rastros de Ódio, esse filme de Ford foi exibido no Radio City Music Hall, em Nova York, forma maior de se se ver um espetáculo dessa magnitude e beleza plástica. Já assisti a todos esses filmes em cineclubes, com telinhas de 15 metros quadrados, mas não é a mesma coisa, até porque nosso projetores domésticos arruinam a qualidade dos filmes.
    Rio Bravo impressiona mais por aquela razão que o Ivan tão bem explicou outro dia: certos filmes que parecem mais lentos vão entrando por nossos poros até tomar conta totalmente de nossos sentidos. Como pode um faroeste de 140 minutos nos deixar tristes quando acaba, como é o caso de Rio Bravo?
    Matar ou Morrer é um western quase B. Grace Kelly era uma ilustre desconhecida e se ao invés de Gary Cooper o ator principal fosse, por exemplo, John Payne, o filme teria que ser redescoberto pelos Scorseses da vida. Lembrei da simplicidade de Matar ou Morrer para contrastar com as pretensiosas exuberâncias de Duelo ao Sol e Os Brutos Também Amam. Afora essa questão técnica, há todo aquele viés político da época, mas o que faz de Matar ou Morrer uma pequena obra-prima é que é daqueles faroestes que emocionam de verdade. Van Cleef, Bob Wilke, Lon Chaney, o covarde Harry Morgan, James Millican, Ian MacDonald (que chefia os badmen em Rio Bravo), a caliente Katy Jurado, aquela música de Tiomkin-Washington (do not forsake me, oh my darling)...
    Em tempo: Era uma Vez no Oeste é um filme deslumbrante, imagens e música.
    Um abraço - Darci

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  12. Darci, não posso como discordar de uma única de suas palavras no texto acima. Não tenho dúvida de que se houvesse assistido a determinados filmes, westerns ou não, numa tela de cinema o encanto seria outro. Lembro que "Apocalipse Now", a versão "Redux", foi relançado num cinema do Rio de Janeiro faz uns 7 anos. Copia nova, som digital, etc.
    Dei um jeito de sair daqui do norte-noroeste fluminense até la apenas para vê-lo. Cara, por mais vezes que já o tivesse visto antes, aquela foi como se fosse a primeira. Uma experiência maravilhosa! Fico a imaginar como seria ver todos os westerns clássicos de forma semelhante.

    Mas esperar anos e anos para ver um filme, ler muitas coisas sobre ele e nutrir muitas expectativas ao longo do tempo pode ser frustrante. A primeira vez que assisti a "Shane" foi assim também. Havia até lido aquele ensaio do Paulo Perdigao, o que aguçara ainda mais o desejo de assisti-lo. Isso já tem mais de 20 anos. Na segunda vez consegui me emocionar e com o tempo ele foi se tornando um de meus prediletos.

    Com "Rastros de Ódio" foi diferente: paixão de primeira. Assim como foi também com "Rio Bravo", "The Wild Bunch" e "Os 7 Magníficos". Curiosamente os vi pela primeira vez ainda garoto, sem quase nenhuma informação sobre eles.

    Toda essa conversa me fez querer rever "Matar ou Morrer". Esse é, alias, um dos bons motivos para sempre estar participando desse blog. Basta ler um artigo ou opinião e vem logo o desejo de assistir determinado filme.

    Edson Paiva

    P.S. Esqueci de responder ao Lemarc sobre a camisa que visto e que ele observou num comentário mais acima. Tex Willer, claro, Lemarc! Nos quadrinhos ele é indiscutivelmente o melhor.

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  13. Darci;

    Li seu comentário em resposta ao Paiva.
    Acaso o chefe dos badmen em Rio Bravo não era o John Russel, que é irmão do assassino preso pelo Duke?

    Veja você o que é cinema: comentaste que Matar ou Morrer te impressionou de imediato, enquanto Duelo ao Sol foi somente decepção. Claro que falamos da primeira vez que os viu.

    Comigo ocorreu justamente ao contrário. Quando vi Duelo ao Sol, isso no cinema em uma reprise lá pelos idos de 75. E o filme me encantou pelo seu visual, pelos cenários e por aquele final inesquecível.
    Achei as atuações de Peck e Jenifer algo impressionante, assim como o Lionel Barrymore. Já o Cotten nem tanto, embora sofra com o amor exagerado que o pai sente por Peck.

    Já com Matar ou Morrer, que vi muito garoto e depois na TV, somente me impressionei com ele e lhe dei o verdadeiro valor muito tempo depois.
    Isso, possivelmte e, conforme sugere o Paiva, por questão de muitas informações. Então vamos ver o filme cheio de expectativas e, no final, depois de ver um filme muito simples, sem duelos, sem tiroteios, com muitos diálogos, saimos da fita como se decepcionados.

    No entanto, olhando-o com mais profundidade, vemos que é um filme muito forte, um filme com Gary Cooper quase que como nunca numa interpretação, um filme com muitas boas caracteristicas e com um sentido moral bastante presente.

    No entanto não é, e não é mesmo, um filme para um adolescente assistir e sair da tela dizendo que viu uma maravilha.
    Matar ou Morrer é um filme para adulto. E adulto que tem bons sentidos, que tem visão, equilibrio e sensibilidade para discernir o bem do mal, o bom do ruim e o classico do trivial.

    Por todas estas razões que sugiro ao amigo Paiva que reassista a Matar ou Morrer. Tenho certeza que ele vai descobrir no filme muitas coisas que não conseguiu absorver da vez anterior.
    jurandir_lima@bo.com.br

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  14. Paiva,

    Havia feito um comentário pelo Mozzila, desta postagem. E quando a procurei para ver se havia alguma resposta a ele, observei que ele desaparecera. Tem acontecido muito isso comigo, de perder comentários. É horrivel!

    Vou ver se recordo o que falei e vou então resumir, embora já tenhamos trocado diversas falas nesta postagem.

    "Me impressionou tanto seu encando por Era Uma Vez no Oeste que eu, não apreciador demais desta obra, me sinto empurrado a ve-la mais uma vez.
    Possivelmente, já que 98% dos cinéfilos concordam com sua bela dissertação da fita, vou assisti-la sem a má vontade de outras vezes.

    Irei então procurar achar o que jamais captei de tão sedutor na obra do Leone, senão a belissima trilha de Morricone (a tenho gravada em voz e em instrumental. E cada uma é melhor que a outra. Demais estra trilha!).
    Aliás, parece-me que cada vez que Morricone recebe uma solicitação para fazer trilhas dos filmes de Leone, ele se reveste de algo extra normal de tal forma que só sai belezas.
    Nunca ele compôs tanto para um só diretor. Observe a trilha de Qdo. Explode a Vingança e Tres Homens em Conflito.
    Neste segundo, aquela musica que é tocada/cantada enquanto Lee Van Cleef manda aquele grandão soltar o cacete em Wallach no Campo de Prisioneiros. Aquilo ali é algo além de belo e é poesia pura!

    E é possivel que encontre no filme a grandeza que tanto comentam.
    Porém, conforme citaste em outro comentário, ir ver um filme depois de muitas informações, conselhos, falações, comentários e etc, normalmente termina atrapalhando um pouco. A expectativa com que vamos ver a fita é demais e terminamos não achando tudo o que foi ouvido de terceiros.

    Achei uma ótima idéia o que fizeste no quadro acima, colocando seus diretores prediletos de faroestes e ao seu lado suas melhores peliculas, dentro de sua visão, claro.

    Não tive a idéia de fazer isso, que coloco como genial postura, e seria uma sugestão que o editor, Sr. Darci, poderia abrir para os participantes de uma outra enquete ou top ten, conforme ele prefere chamar.

    Acredito que o leque de satisfação para os colaboradores seria bem maior, assim como a possibilidade de soltar mais dados sobre outro lado da pesquisa, que são os diretores preferidos de cada um. Apesar de já ter havido um top ten para
    tal direção.

    De qualquer forma foi uma boa idéia que fica aqui como sugestão para proximos trabalhos.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  15. Jurandir, não foi ideia minha o quadro a que você se referiu. Alias, nem sei como fazer aquilo. Isso é coisa do Darci!
    Tambem adorei. Ficou muito bacana mesmo!

    As trilhas do Morricone são sempre maravilhosas. A sequencia citada por você em "Três Homens e Um Conflito" (Deus meu, que titulo nacional absurdo!)é um bom exemplo.
    Mas nos filmes nao-westerns também encontramos verdadeiras obras-prima. Só para citar algumas das mais conhecidas, de filme americanos, existe algo mais belo que as trilhas de "A Missão", "Os Intocáveis" e "Era Uma Vez na América"?

    Meu amigo, não sei quando foi a ultima vez que assistiu a "Era Uma Vez no Oeste". Se foi ha muito tempo, existe uma boa chance de agora você ter uma melhor impressão do filme.
    Ficamos assim: você revisita o filme do Leone e eu faço o mesmo com "Matar ou Morrer".

    Edson Paiva

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  16. Jurandir
    Sei lá de onde fui tirar a idéia de Ian MacDonald como chefe dos bandidos em Rio Bravo. Claro que é John Russell, o Nathan Burdette. MacDonald esteve em faroestes famosos como Johnny Guitar e Minha Vontade é Lei, mas não em Rio Bravo. MacDonald chegou a escrever roteiros para faroestes.
    Obrigado pela correção.
    Darci

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  17. Grande Darci;

    Com tantas coisas para por para lermos, natural um engano aqui, outro ali. Afinal, para que existem os elencos de apoio?
    Para isto, não?

    Ademais, aquele não foi o assunto principal de meu email.
    Agora; não lembro do McDonald em Minha Vontade é Lei! Em J Guitar sim, mas no primeiro não recordo de sua presença.

    Darci? Como é o nome, real, do irmão de Burdette John Russel), o preso, o assassino que Duke grampeia? Já vi tantos filmes com ele e não sei o seu nome. Me informe numa proxima oportunidade.
    Abraço
    jurandir_lima@bol.com.br

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  18. Paiva?

    Recordo da trilha de Os Intocáveis, que somente depois de várias vezes assistido (e adorado a musica), foi que vim a saber que era do Morricone.

    Tenho gravado a Missão para assistir. Aliás, reassistir. Tb não havia prestado atenção à trilha. Agora vou fazer isso.
    Mas nunca assisti Era Uma Vez na America.

    Quanto à idéia do Darci, achei mesmo porreta.
    Até solicitei ao mesmo fazer semelhante em outros top ten.
    Fica com Deus
    jurandir_lima@bol.com.br

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  19. Jurandir, você deve estar falando de Claude Akins, o Joe Burdette de Rio Bravo, capturado naquela longa cena sem diálogos que abre esse western de Howard Hawks e ao final deveria ser trocado por Dean Martin. E Nathan Burdette é, claro, John Russell, magnífico ator de faroestes. Lembra dele em Cavaleiro Solitário, do Clint Eastwood?
    Darci

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  20. gostaria de apresentar a minha lista dos melhores westerns de todos os tempos. Meu nome é José Fernandes de Campos e meu e-mail é: jfcampos19@yahoo.com.br
    A minha relação é por ano e não por classificação, eu chamo de westerns do primeiro escalão. Vai só o titulo original por falta de espaço.
    STAGECOACH/1939
    THE OX-BOW INCIDENT/1943
    MY DARLING CLEMENTINE/1946
    RED RIVER/1948
    HIGH NOON/1952
    SHANE/1953 - este é o melhor de todos os tempos
    THE SEARCHES/1956
    THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE/1962
    THE WILD BUNCH/1969
    THE UNFORGIVEN/1992
    - Segundo Escalão -
    FORT APACHE/1948
    THE GUNFIGTHER/1950
    GUNFIGTH AT THE OK CORRAL/1957
    WARLOCK/1958
    THE BRAVADOS/1958
    RIO BRAVO/1959
    THE MAGNIFICENT SEVEN/1960
    ONE-EYED JACKS/1961
    THE STALKING MOON/1969
    THE OUTLAW JOSEY WALES/1976
    - A surpresa dos ultimos anos. UM FILMAÇO -
    OPEN RANGE/2003

    Um abraço á todos e podem enviar e-mails que responderei a todos. 25 de abril de 2012. Leio este site há muito tempo, mas é a primeira vez que escrevo.

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  21. Olá, Campos
    Que listas!!! Gostaria que você me passasse seu e-mail, escrevendo para darci.fonseca@yahoo.com.br
    Um abraço - Darci

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  22. Alista do Edson Paiva é boa. Discordo totalmente de colocar um western italiano no topo é demais. Aquela de demorar cinco minutos em um close, é coisa para critico e cinefilo do antigo Cinema Paissandu. Saiam do cinema e iam para o Scaramouche ou nno bar que tinha ao lado e ficavam discutindo fumando cachimbo e um copo de chopp a noite inteira. Era como assistir filme de Bergman e falar que entendeu. E tome bonequinho aplaudindo de pé no Globo, Os catedraticos do Jornal do Brasil dando cotação especial, pois queriam malhar mas não podiam porque o jornal ia perder a intelectualidade e assim ia. O que vale mais do que o filme e a antologica trilha do Morricone, este sim é que era o bom. Fazia qualquer filme fraco ficar bom e levar o publico ao cinema por que o comentário era só da música. Remember o filme KEOMA, que trilha. Um abraço a todos e como só conheci o site ontem, vou continuar a ler todos os top ten e comentar. Vou comentar também a lista acima de um leitor do site, do José.

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  23. Sou eu de novo, Donovan. Gostaria de saber do cinéfilo José o que levou ele a dizer que A FACE OCULTA é um filmaço. Outro western parado (falam que Marlon Brando ficava quase tres horas filmando uma paisagem, uma situação etc... cito o livro Marlon de uma coleção lançada por uma famosa livraria que tinha em São Paulo). José me explique este filme e o você viu nele. Forte Apache não é tão ruim, mas entrar num top-ten também merece exp-licação. Mas nem tudo é ruim. A NOITE DA EMBOSCADA (The Stalking Moon) é um daqueles filmes que merece ser revisto e analizado nos dias de hoje. Vi este filme no Cine Odeon que exibia filmes renegados pelas distribuidoras de baixo orçamento para publicidade. Que elenco. Que atuação do indio vilão e a expressão do menino índio. Darci e srs. que acompanham este site. Desafio a todos. Assistam e escrevam alguma coisa que vocês sabem sobre este filme. José vou mandar um e-mail para você para saber se você tem copia, material etc.. Quero dar parabens também para Josey Wales. GrandemJohn Vernon com seu vozeirão. A forma idiota (o papel pedia) de Sondra interpretar. Imperdivel. José, OPEN RANGE é o filme Pacto de Justiça com o Costner? Se você não responder pelo site vou entrar ni IMDB, mas acho que é. Vou enviar agora mesmo um e-mail para você. Abraço a todos.

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    1. Donovan, você já ouviu Hurdy Gurdy Man? Mande o e-mail para mim de qualquer maneira, pois tenho inclusive o filme original legendado e posso te emprestar. Tenho muitos livros sobre cinema e vale a pena você ver. Quanto a trilha sonora de KEOMA ela foi composta pelos irmãos De Angelis e não por Morricone. Trilha sonora é o meu forte. São 1500 vinis só de trilha sonora fora os cd"s. Todos em perfeita condições. Envio gravações para todo o Brasil. Entre em contato.

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  24. Donovan, esqueci de te agradecer por ter lido a lista. Sempre abro esta parte do site para ver se tem um comentário, mas só os atuais é que são respondidos. Aguardo teu e-mail

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  25. Eu não entendo nada de faroeste, mas se o Edson falou eu acredito!

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