O western “O Último Tiro” (Firecreek)
de 1968, dirigido por Vincent McVeety, narra como cinco pistoleiros infernizam
um lugarejo chamado Firecreek e são enfrentados por um único homem, um
simplório rancheiro interpretado por James Stewart. O grupo é liderado por
Henry Fonda que comanda o quarteto formado por Jack Elam, Gary Lockwood, James
Best e Morgan Woodward. O excepcional ator Henry Fonda é bastante conhecido dos
fãs de faroestes, assim como Jack Elam. Num plano inferior junto a esse público
especial estão James Best e Morgan Woodward, seguidos por Gary Lockwood.
Henry
Fonda (1905-1982) – Larkin
é o líder dos pistoleiros, homem que considera um trabalho normal alugar suas
armas para criadores que lhe paguem mais na guerra entre eles. Henry Fonda
participou em inúmeros westerns clássicos, dois deles dirigidos por John Ford,
de quem foi por algum tempo o ator preferido depois de comover os espectadores
como Tom Joad em “Vinhas da Ira”, também de Ford. Porém Fonda é mais lembrado
por sua criação como o bandido Frank de “Era Uma Vez no Oeste” (C’Era Uma Volta
Il West). Muitos acreditam que Sergio Leone foi o descobridor do ‘homem mau’
que havia em Fonda, mas antes o grande ator havia interpretado o pistoleiro
Clay Blaisedell em “Minha Vontade é Lei” (Warlock), em 1959 e Larkin neste “O
Último Tiro” (Firecreek).
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Jack
Elam (1920-2003) – Norman
não comete nenhum ato maior de violência, mas assiste passivamente o jovem Earl
agir com sadismo. O mesmo Earl gosta de zombar de Norman, fazendo alusão à sua
condição de velho impotente. Um dos mais conhecidos e queridos vilões do
cinema, Elam amadureceu e passou a interpretar tipos engraçados e simpáticos
com seu olhar enviesado devido a um acidente sofrido na adolescência. São
muitos os westerns clássicos dos quais Elam participou, invariavelmente sendo
morto na maioria deles. O mesmo ocorre em “Firecreek”, com a diferença que sua
morte neste filme é bastante violenta, quando, para se defender, Johnny Cobb (James
Stewart) enterra um garfo de feno na barriga de Norman.
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Gary
Lockwood (1939) – Earl é
o mais jovem dos pistoleiros e também o mais inquieto, provocador e raivoso.
A estreia cinematográfica do californiano Lockwood ocorreu num pequeno papel no
faroeste “Minha Vontade é Lei”. A seguir participou, entre outros e sempre como
coadjuvante, de dois filmes estrelados por Elvis Presley e ainda de “Clamor do
Sexo”, de Elia Kazan. Chegando aos 30 anos Gary Lockwood parecia condenado a atuar
como convidado em séries de TV, até que em 1968 voltou ao faroeste com “Firecreek”.
Nesse mesmo ano Gary teve, enfim, a grande e esperada oportunidade como um dos
dois astronautas de “2001: Uma Odisséia no Espaço”. Ainda assim sua carreira
não deslanchou, mesmo porque era um
filme de Stanley Kubrick’. Gary continua em atividade aos quase 80 anos de
idade.
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James
Best (1926-2015) – Drew
é o pistoleiro um tanto abobalhado e que sofre um violento castigo ministrado
por Earl. E é Drew quem tenta seviciar uma índia, sendo morto com um tiro nas
costas. Em 1950 James Best começou no cinema com participações em “Winchester
73” e em “Cavaleiros da Bandeira Negra” (Kansas Raiders). Apesar de boa pinta, James
Best não conseguiu a mesma projeção de Rock Hudson e Tony Curtis, jovens atores
que a Universal lançava naqueles filmes. Best atuou, sempre como coadjuvante, em
inúmeros westerns até que atingiu enorme sucesso na série de TV “The Dukes of Hazzard” na qual interpretava o estabanado Sheriff
Roscoe P. Coltrane. Concomitantemente com sua carreira James Best ministrava
aulas de Arte Dramática.
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Morgan
Woodward (1925) – Willard
é o mais discreto dos pistoleiros, saindo de cena arrastado por seu cavalo com
o pé preso ao estribo da sela. Este texano alto (1,91m) estreou no cinema
em 1956 no western “A Odisséia do Oeste” (Westward Ho, the Wagons) e não parou
mais de fazer pequenas participações no gênero, no cinema e na televisão. Na TV
Morgan fez parte do elenco fixo da série “Wyatt Earp”, em que interpretou o
delegado Shotgun Gibbs em 81 episódios. Na série “Bonanza” Morgan substituiu
algumas vezes Ray Teal como xerife de Virginia City. A mais marcante presença
de Woodward no cinema foi como o violento Boss Godfrey, tomando conta dos prisioneiros
sem nunca tirar os óculos escuros e sempre pronto a maltratar Paul Newman em “Rebeldia
Indomável”.
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