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15 de março de 2016

QUADRILHAS DOS FAROESTES - BANDIDOS INVADEM CARSON CITY


Certos filmes gastam fortunas com o elenco de apoio contratando artistas famosos com a certeza de atrair mais público. Mas há outras produções que, por feliz coincidência, formam o elenco repleto de coadjuvantes, muitos dos quais mais tarde se tornam astros. Esse foi o caso de “Cidade do Mal” (City of Bad Men), western da 20th Century-Fox que conta com um time de atores que no cinema ou na TV ganharam fama e fortuna. Esse faroeste que Harmon Jones dirigiu em 1953 reuniu diversos coadjuvantes como membros das quadrilhas de bandidos que chegam a Carson City por ocasião da disputa do título de campeão de boxe na categoria dos pesos-pesados. E a cidade fica povoada de malfeitores cujo único interesse é ficar com o produto da renda da disputa esportiva. Dale Robertson, o próprio herói do filme, é o líder de uma quadrilha composta por Leo Gordon, Lloyd Bridges, John Doucette e os mexicanos Rodolfo Acosta e Pascual García Peña. Uma segunda quadrilha tem como chefe Richard Boone que, entre outros bandidos tem Robert Adler. A terceira quadrilha que invade Carson City é comandada por Don Haggerty que tem como braço direito Alan Dexter. Não bastasse todos esses homens maus e I. Sanford Joley chega também a essa cidade de Nevada. Tantos bandidos conhecidos e alguns deles muito talentosos tornam “Cidade do Mal” uma atração a mais para os cinéfilos.

Richard Boone se tornou um dos mais requisitados atores para interpretar vilões e seu tipo durão fez com que ele protagonizasse de forma única a série de TV clássica “O Paladino do Oeste” (Paladin). Boone atuou ainda na série western “Hec Ransey” e no “The Richard Boone Show”. Difícil dizer qual seu melhor papel no cinema, mas Boone nunca esteve tão cínico e cruel como em "Hombre".
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Dale Robertson foi uma aposta da Fox que queria fazer dele o principal galã do estúdio, o que acabou não acontecendo. Robertson passou então a atuar prioritariamente em westerns B, até que a televisão o levou para estrelar por seis anos (200 episódios) a série “Tales of Wells Fargo”, dando a Robertson uma fama que não chegou a conhecer no cinema.
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Lloyd Bridges é hoje mais conhecido como pai do consagrado Jeff e do também ator Beau Bridges. No cinema desde os 20 anos, Lloyd teve importante participação em “Matar ou Morrer” (High Noon), mas foi também na televisão com a série “Aventura Submarina”, interpretando o mergulhador Mike Nelson, que Lloyd se projetou definitivamente.


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O violento na vida real Leo Gordon chegou a cumprir pena na prisão de San Quentin. Posto em liberdade passou a atuar em filmes, sempre dando muito trabalho aos mocinhos como por exemplo John Wayne em “Caminhos Ásperos” (Hondo). Leo Gordon foi ainda um bem sucedido escritor e 28 de suas histórias viraram filmes de cinema ou televisão.
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Rodolfo Acosta e Alfonso Bedoya foram os dois mais conhecidos bandoleros mexicanos de Hollywood. E Acosta, antes de ser tornar hombre malo era galã no cinema do México, beijando as mais lindas atrizes. Bedoya faleceu aos 53 anos de idade e Acosta aos 54 anos e depois deles nunca mais Hollywood importou de além do Rio Grande vilões tão característicos.
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A fisionomia de John Doucette lembrava um pouco a de Ernest Borgnine. Por isso mesmo seria difícil Doucette se tornar galã no cinema, tendo de se contentar em interpretar tipos característicos. Com a mesma facilidade que era homem mau, este excelente ator podia ser respeitado cidadão. Abandonando o cinema, Doucette passou a lecionar Arte Dramática em sua própria escola, a ‘Stagecoach Acting Scool’.


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I. Stanford Joley e Pascual García Peña
Entre os demais bandidos de “Cidade do Mal”, cujo título original é muito apropriadamente “City of Bad Men”, estão alguns atores menos conhecidos, mas cujo rosto é bastante familiar aos espectadores. Este é, mais especificamente, o caso de I. Stanford Joley, ator que apareceu em 368 filmes, segundo o IMDb, entre cinema e televisão. Isaac Stanford Joley é lembrado por ter participado dos mais importantes seriados da Republic Pictures, assim como mais de uma centena de westerns B, invariavelmente como homem mau. O engraçado Pascual García Peña já havia atuado em dúzias de filmes no México quando tentou a sorte em Hollywood, não conseguindo, no entanto, fazer carreira na terra do cinema. Retornou então ao México retomando carreira em seu país.

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