“Butch Cassidy & Sundance Kid” foi concebido como projeto cinematográfico para estourar nas bilheterias. Só pelo script de William Goldman a 20th Century-Fox pagou 400 mil dólares, num orçamento final de dois milhões de dólares dos quais 750 mil dólares foram para a conta bancária de Paul Newman, o campeão de bilheteria da década de 60. Paul interpretaria ‘Butch Cassidy’ e para viver ‘Sundance Kid’ o estúdio pensou logo em Steve McQueen, que vinha do grande sucesso que foi “Bullitt”. McQueen queria ganhar mais que Newman e ter seu nome à frente nos créditos, o que não foi aceito e ficou de fora do filme. Depois dele a Fox contatou Warren Beatty (“Bonnie & Clyde”), que não aceitou a proposta. O papel de ‘Sundance Kid’ acabou ficando para Robert Redford, jovem ator que ainda perseguia um grande sucesso nas telas. Katharine Ross, que esteve no elenco do recente blockbuster que foi “A Primeira Noite de um Homem” (The Graduate) foi contratada para ser ‘Etta Place’. A excelente fotografia de Conrad L. Hall, a química perfeita entre Newman e Redford, a glamurização dos bandidos, o provocante triângulo amoroso, a romantização da história emoldurada pela bela canção de Bacharach-David, tudo concorreu para o enorme êxito do filme dirigido por George Roy Hill. Além de ganhar vários prêmios Oscar e outros no mundo todo, “Butch Cassidy & Sundance Kid” foi o campeão de bilheterias de 1969 e ainda hoje é o Western que mais rentável na história do cinema, tendo rendido até agora perto de 570 milhões de dólares (valores ajustados pela inflação). Antes Newman já havia participado de três westerns (“Um de nós Morrerá”/The Left-Handed Gun), (“Quatro Confissões”/The Outrage) e “Hombre”, enquanto Redford só havia participado de faroestes em séries de TV. Depois de “Butch Cassidy & Sundance Kid” ambos fizeram outros westerns, mas com resultados diferentes. “Roy Bean, o Homem da Lei”/ Judge Roy Bean e “Buffalo Bill e os Índios”, ambos estrelados por Paul Newman foram mal recebidos pelo público e pela crítica, ao passo que Robert Redford conquistava o público com “Willie Boy” (Tell them Willie Boy is Here) e “Mais Forte que a Vingança” (Jeremiah Johnson). Assim como Newman fizera muito sucesso nos anos 60, nos anos 70 foi a vez de Robert Redford ser o número um nos anos de 1974, 1975 e 1976, tudo isso certamente catapultado pela repercussão de “Butch Cassidy & Sundance Kid”, que foi um dos mais deliciosos Westerns de todos os tempos.
Vou fazer uso de minha constante sinceridade como faço em tudo em minha vida. Este filme nunca entrou no meu gosto, tanto que eu apenas o vi duas vezes. A primeira na ilusão de que iria me deleitar, o que não aconteceu. A segunda para tirar uma prova dos nove afim de observar se eu não estava sendo severo demais com a, apenas, assistível película. Mas não estava. Constatei isso e, no meu ver, foi uma das coisas mais fracas que, tanto o diretor Roy Hill (que me encantou em Golpe de Mestre) fez, como de Paul Newman (que considero seus melhores trabalhos em Rebeldia Indomável e Marcado Pela Sarjeta, como de Redford, um excelente ator e diretor de primeira, mas que ficou perdido na nesta fita como todos os demais, tendo feito outros bons trabalhos afora este como, por exemplo, o formidável Caçada Humana, de Penn, onde mais uma vez Brando mostra porque Hollywood lhe paga tão caro por seus trabalhos.
ResponderExcluirLamento a decepção que possa estar causando em muitos adoradores de Butch Cassid, mas é uma questão mera de gosto.
jurandir_lima@bol.com.br
Pela minha visão leiga, considro "Butch Cassidy & Sundance Kid" um dos mais belos filmes que assisti. Bem roteirizado e com ótimo enquadramento fotográfico, passeia por vários gêneros: aventura,romântico,ação, além de western, claro. A trilha musical, super bem colada no enredo, ainda hoje emociona. O desfecho final é absolutamente insuperável, sobretudo imprevisível onde talvez o que mais impressiona seja a ingenuidade suicida dos protagonistas. celestino.juridico@uol.com.br
ResponderExcluirOlá Celestino. Em emio a tantos westerns da mais alta qualidade, "Butch Cassidy" ficou com um honroso 27.º lugar. É um filme muito bonito de se ver e que tem fãs incondicionais. Bem-vindo ao Cinewesternmania.
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