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26 de fevereiro de 2011

"SHANE, COME BACK..." E SHANE VOLTOU...

David Carradine como Shane na TV
Extraordinário sucesso de público e crítica, “Os Brutos Também Amam” (Shane) teve refilmagens disfarçadas como “No Rastro da Violência” (The Quick and the Dead), de 1987, ou declaradas como “O Cavaleiro Solitário” (Pale Rider), de Clint Eastwood, rodado em 1985. Porém até agora não houve ainda uma nova versão cinematográfica do clássico de George Stevens. Quem se aproveitou da fama desse famoso western foi a televisão, pois em 1966 a ABC colocou no ar a série “Shane”. Para os fãs do filme estrelado por Alan Ladd, a série de TV chegou a ser quase um sacrilégio com as liberdades que tomou, entre elas que na série de TV o ‘Cavaleiro dos Vales Perdidos’ voltara para trabalhar no rancho de Marian que ficara viúva. Foram portanto atendidos os gritos que nunca deixaram de ecoar no Vale do Wyoming (“Shane, come back, mama loves you...”), pois Shane retornou e tornou-se quase um padrasto de Joey Starrett. Outra figura que não estava no filme era a de Tom Starrett (Tom Tully), sogro de Marian. David Carradine estrelou a série como ‘Shane’. Jill Ireland era ‘Marian’ e Chris O’Shea o pequeno ‘Joey Starrett’. Jill Ireland era então casada com David McCallun, vindo mais tarde a ser esposa de Charles Bronson na vida real. O tema musical da série, toda filmada em cores, era “The Call of the Far-Away Hills”, de Victor Young, composto para o filme de 1953. Mesmo com todos esses ingredientes a série “Shane” durou meros 17 episódios, sendo cancelada pela baixa audiência que teve. Certamente a enorme legião de admiradores de “Os Brutos Também Amam” não aprovou a nova composição das personagens criadas para a TV. David Carradine viria, anos depois, a fazer muito mais sucesso como o monge Shao-Lin Kung-Fu. Jill Ireland participaria de inúmeros westerns, quase sempre ao lado do marido Charles Bronson, até falecer em 1990 aos 54 anos. Quem jamais morrerá será a importância do verdadeiro “Shane”, sempre lembrado não só como um dos principais exemplares do gênero, mas como um dos mais poéticos filmes que Hollywood já produziu.

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