UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

9 de setembro de 2024

TOP-TEN WESTERNS DE PAULO ANTÔNIO LUI

 


      O Shopping Jaraguá, em Indaiatuba, cidade do interior de São Paulo, possui em sua entrada, em forma de praça, uma bela fonte, local que recentemente recebeu o nome de ‘Praça Paulo Lui’. Poucas homenagens são tão merecidas como essa prestada a um homem que por décadas e décadas têm levado entretenimento e cultura através do cinema à população indaiatubense. Paulo Lui é o simpático e atencioso senhor responsável pelo Cine Topázio (Multiplex), no Shopping Jaraguá em Indaiatuba. Há uma diferença entre ser proprietário de cinema e ser exibidor e Paulo Lui ilustra com perfeição essa diferença. Cinema é um empreendimento como outro qualquer, porém deixa de ser assim quando se pensa em cinema com amor, amor de toda uma vida, amor herdado do pai, Guerino Lui e que ‘Seu Paulo’ (ou ‘Paulinho’, como muitos o chamam) não só jamais perdeu mas sim desenvolveu de um modo ímpar que emociona a quem conhece mais inteiramente essa sua longa jornada. Daí a razão que leva a chamar Paulo Lui de ‘Exibidor’, rótulo que merece apenas quem, como ele, faz programações que atendam a faixas de público específicas sem jamais se preocupar com a bilheteria. Tendo esse modo de pensar como princípio, Paulo Lui criou para seu querido Cine Topázio diferentes tipos de programação de filmes entre eles a ‘Manhã Nostálgica’, a ‘Quarta Charmosa’ e o ‘Cine Materna’. E ainda abriu espaço para o Cineclube Indaiatuba, para o Festival de Filmes Italianos e para a sessão ‘Faroeste e Afins’.

 

Inauguração da Praça Paulo Antônio Lui,
no Shopping Jaraguá, em Indaiatuba

      Uma das sessões mais concorridas entre as criadas por Paulo Lui é a ‘Manhã Nostálgica’, na qual os grandes clássicos do cinema podem ser revistos com toda a qualidade de som e imagem que os modernos equipamentos do Cine Topázio produzem. As cabeças brancas certamente dominam essas sessões, mas muitos jovens também acorrem para poder ver a beleza desses filmes em tela grande. E aí está a razão principal que levou Paulo Lui a criar esse segmento de programação: quase todo cinéfilo tem em sua estante seus filmes ‘de cabeceira’ no formato de DVD, muitos exibidos em home-theaters com televisores de até 80 polegadas. Nada, porém, se compara a ver ou rever um filme em tela grande com os recursos que a moderna tecnologia oferece, ou melhor, que Paulo Lui nos presenteia. À parte a questão do deslumbramento que é assistir a esses filmes nas sessões programadas por Paulo Lui, há ainda o aspecto do seu incansável trabalho filantrópico. O ingresso em muitas dessas sessões é um quilo de mantimentos não perecíveis que ‘Seu Paulo’ encaminha para as entidades assistenciais que sobrevivem graças a pessoas como o querido Exibidor do Cine Topázio.

 

Paulo Antônio Lui diante de uma das salas
do Multiplex Cine Topázio

      De Guerino Lui o ‘Sr. Paulo’ herdou a paixão pela arte de representar que o levou a quando mais jovem liderar diversas atividades teatrais. A administração do Cine Alvorada, empreendimento anterior da família Lui, exigia quase todo o tempo de Paulo Lui e a arte teatral teve que ser posta de lado, até porque não deixava de ser o cinema uma das mais importantes formas de comunicação artística. Assim, ao lado dos filmes que atraíam o grande público, Paulo Lui admirava os filmes chamados ‘de arte’, quase sempre mais difíceis para o grande público. E esse segmento até hoje é brindado com filmes como o clássico italiano “Arroz Amargo’ (1949) programado para este setembro de 2024. E quem mais, senão Paulo Lui poderia abrir espaço para o gênero western, praticamente esquecido pelos produtores mas que sobrevive na lembrança de muitos que teimosamente o cultuam. A cada dois meses os fãs lotam uma das salas do Cine Topázio para rever clássicos como “Os Brutos Também Amam” e outros de igual quilate e mesmo westerns-spaghetti como “Companheiros” têm espaço nessas sessões. Ele próprio, o Exibidor Paulo Lui, é fã de westerns uma vez que pertence a uma geração que teve a felicidade de ver nas telas dos cinemas os mocinhos como Roy Rogers, Rocky Lane e Hopalong Cassidy e, mais tarde, exibindo em seus cinemas, faroestes estrelados por John Wayne, Clint Eastwood, Gary Cooper e outros grandes atores que cavalgaram pelo Velho Oeste. ‘Seu Paulo’ gentilmente atendeu à solicitação para relacionar os seus dez westerns preferidos, que são os seguintes:

 

Cowboys da confraria dos cowboys paulistas
durante uma sessão Faroestes e Afins

  1.º) Rastros de Ódio (The Searchers), 1956 - Dir.: John Ford

  2.º) Os Profissionais (The Professionals), 1966 - Dir.: Richard Brooks

  3.º) Os Brutos Também Amam (Shane), 1953 - Dir.: George Stevens

  4.º) Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven), 1960 - Dir.: John Sturges

  5.º) Era uma Vez no Oeste (C’Era Una Volta Il West), 1968 - Dir.: Sergio Leone

  6.º) Sem Lei e Sem Alma (Gunfight at the OK Corral), 1957 - Dir.: John Sturges

  7.º) Duelo de Titãs (Last Train from Gun Hill), 1959 - Dir.: John Sturges

  8.º) Revanche Selvagem (The Scalphunters), 1968 - Dir.: Sydney Pollack

  9.º) Ninho de Cobras (There Was a Crooked Man), 1970 - Dir.: Joseph L. Mankiewicz

10.º) Sublime Tentação (Friedly Persuasion), 1956 - Dir.: William Wyler

 

Burt Lancaster, Lee Marvin, Robert Ryan e
Woody Strode em "Os Profissionais"


3 comentários:

  1. Bela homenagem ao Sr.Paulo Lui

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  2. Bem merecida homenagem a pessoa que é e pelo amor, que tem, pelo cinema.

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  3. Grande amigo Sr Paulo Lui. Leu a matéria e gostou demais.Este homem é de um valor incrível.Curte o cinema,apesar dos seus 80 e poucos anos.E faroeste é sua paixão! Parabéns Darci pelo texto.

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