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5 de agosto de 2011

LUCILLE BALL SALVA JOHN WAYNE DO PERIGO (6/8/2011 - Centenário de nascimento de Lucille Ball)


Lucille Ball participou de dois westerns em sua carreira, ambos dirigidos por George Marshall. O primeiro deles foi “O Vale do Sol” (Valley of the Sun), em 1942, em que Lucille atua com Dean Jagger e James Craig. No elenco de “O Vale do Sol” também estão Tom Tyler (como o índio Gerônimo) e o mexicano Antonio Moreno (como Cochise), além de Hank Bell e inúmeros atores dos Westerns-B. Em 1950 Lucille Ball participou do western-comédia “Um Conde em Sinuca”, estrelado por Bob Hope e com Bruce Cabot no elenco em que também estão presentes Hank Bell e seu gigantesco bigode. Depois de um início obscuro nos anos 30 e que se tornou promissor no anos 40, em 1950 a carreira cinematográfica de Lucille Ball parecia não ir a lugar algum e ela já estava com quase 40 anos. Veio então a sua decisão de fazer TV com o marido, o que fez dela uma milionária e possivelmente até hoje a personalidade feminina mais importante da televisão norte-americana. A série “I Love Lucy” que começara em 1951 conseguia índices estrondosos de audiência. Em 1953 havia nos Estados Unidos 15 milhões de aparelhos de TV e o programa de Lucille Ball chegou a ter onze milhões desses aparelhos sintonizados na série. Nas primeiras temporadas o programa “I Love Lucy” não costumava ter nomes famosos como convidados, até que Tennessee Ernie Ford, ator e cantor com forte ligação com a temática do Velho do Oeste, participou e ‘roubou a cena’ nos programas de Lucy e Desi Arnaz. Tennessee ainda participaria de mais um episódio. Daí em diante tornou-se comum no programa “I Love Lucy” a presença de atores famosos como Richard Widmark, William Holden, Rock Hudson, Cornel Wilde, Van Johnson, Harpo Marx, Orson Welles, Cesar Romero, Fred MacMurray e outros. Alguns atores característicos dos faroestes como Charles Stevens, Iron Eyes Cody, Dub Taylor e Will Wright também participaram do programa produzido pela Desilu Productions. Porém o mais famoso ator do cinema que participou da série semanal foi um cowboy chamado John Wayne.

Duke com Lucy
e Vivian Vance
LUCY SALVA JOHN WAYNE - No dia 10 de outubro de 1955, já em sua quinta temporada, a audiência de “I Love Lucy’ bateu recorde de audiência pois ninguém queria deixar de assistir o episódio chamado “Lucy and John Wayne”. Duke aceitou participar recebendo o piso de 280 dólares, igual ao de qualquer figurante do programa, mas a CBS se obrigou a promover o filme mais recente de John Wayne, que era “Rota Sangrenta” (Blood Alley). Ao final do episódio no Chinese Grauman’s (famoso cinema de Hollywood) vê-se que é esse o filme que está sendo exibido. A série “I Love Lucy” acabou em 1957, mas Lucille e o marido continuaram juntos na TV com o “The Lucy-Desi Comedy Hour”, que ficou no ar por três anos, terminando com o fim do casamento na vida real de Lucille com o cubano Desi Arnaz. Como Lucille desfrutava ainda de enorme prestígio, a Desilu passou a produzir o “The Lucy Show” que ficou no ar de 1962 a 1968. E foi justamente nessa série que Lucille Ball voltou a receber John Wayne em seu programa, no episódio que foi ao ar no dia 21 de novembro de 1966. Esse episódio foi simplesmente hilariante com a ação se passando num estúdio onde Duke está rodando um western. Lucy consegue se aproximar de Duke no set de filmagem e promove enorme confusão ao tentar ajudar John Wayne quando este, num saloon, sofre um ataque dos bandidos Chuck Hayward e Morgan Woodward. A atrapalhada fã de John Wayne consegue levar os atores e técnicos à loucura, mas pode ser visto no episódio que eles não conseguiam conter o riso com as loucuras da aloprada ruiva. Esse foi um dos grandes momentos de Lucille Ball na televisão e dos mais engraçados da carreira de John Wayne.

A desastrada Lucy atrapalhando o filme de John Wayne;
o ator com a faca na mão e a flecha atravessada é Chuck Roberson.

Lucille Bal ainda teria outra série na TV chamada “Here’s Lucy” levado ao ar semanalmente de 1968 a 1974, quando, após 24 anos fazendo rir os Estados Unidos inteiro, Lucille Ball afastou-se um pouco da TV, voltando em 1986 com a série “Life with Lucy” que ficou apenas um ano no ar. Eram outros tempos e Lucy despediu-se da televisão e da vida artística. Lucille Ball era prima da atriz Suzan Ball. A inesquecível Lucille Ball que completaria 100 de vida no dia 6 de agosto de 2001 (exatamente hoje!), faleceu aos 77 anos em 26 de abril de 1989 vítima de complicações cardíacas. Incomparavelmente Luciile foi a maior comediante da televisão norte-americana de todos os tempos. John Wayne

Um comentário:

  1. Infelizmente só vim a ter uma TV em 1971. Apesar desta não ser a desculpa para jamais ter visto, um sequer, episódio de qualquer das séries de Lucille Ball. Eu a conhecia, pois vi um filme com eles dois, não sei se foi o único, mas é aquele que eles vão de férias num trailer.
    Uma comédia engraçada e os dois tinham carisma, razão pela qual, depois de visto este filme me despertou a atenção dos dois e ainda vi alguma coisa com eles na TV (claro que em reprises).
    Lucille era mesmo uma mulher de sorte. Além de muito engraçada ela fazia rir sem fazer palhaçadas. Fazia sim trapalhadas e dizia coisas com nexo para o riso.
    Mereceu a sorte que teve na vida porque tinha talento. Ao lado do marido paraceram juntar a fome com a vontade de comer, pois o par dava mesmo certo, se combinavam, se completavam.
    Quanto aos episódios de Duke adoraria ver. Devem ter sido hilários, principalmente o segundo, quando ela atrapalha as gravações de um suposto filme que o Duke fazia.
    Enfim; já os perdemos. É sempre assim. O que é bom se vai cedo, mesmo ela tendo vivido 77 anos e ele por aí. Mas em nossa mente cinemaniaca, em nossos corações cheios de amor por nossos ídolos, esses herois deveriam viver para sempre, afim de trazer sempre alegria às nossa vidas, estas mais que pisoteadas por um contexto geral, contexto tal que nos remete a uma completa desqualificação e nos impõe o que não desejamos ser ou ter.
    Uma boa matéria. Uma materia saudosa e deliciosa, como muitas outras que nos transportam, que nos fazem viajar no tempo e, mesmo que por instantes, fazem nos sentir outros. Outros de bons e irretornáveis tempos.
    jurandir_lima@bol.com.br

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