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17 de fevereiro de 2011

DORIS DAY, APAIXONANTE CALAMITY JANE

Ela não fez tantos Westerns como outras atrizes. Não cavalgava como Barbara Stanwyck (a Rainha do Western); não tinha o corpo de Jane Russell; não emocionou a garotada como Linda Stirling; não tinha a sensualidade de Dorothy Malone ou Virginia Mayo; não casou com cowboy como Dale Evans; não foi heroína da telinha como Amanda Blake ou Gail Davis; não tinha a maldade de Marie Windsor, todas grandes mocinhas do cinema. Mas nenhuma delas chegou perto de uma interpretação como a de Doris Day em “Ardida como Pimenta” (Calamity Jane). E mesmo as atrizes que antes ou depois de Doris interpretaram Calamity Jane conseguriram ser tão espetaculares. E olhem que muita gente boa viveu no cinema essa lendária personagem (Jean Arthur, Francis Farmer, Jane Russell, Yvonne De Carlo, Carol Burnett, Stephanie Powers, Ellen Barkin e Anjelica Huston, para não alongar a lista). Literalmente Doris arrasou, atirando, fazendo acrobacias em uma diligência, arrancando gargalhadas, dançando e claro... cantando maravilhosamente como somente ela sabia cantar. Tornou clássicas as canções de Sammy Fain-Paul Francis Webster “Black Hills of Dakota” e “The Deadwood Stage”, além de tornar inesquecível “Secret Love”, canção ganhadora do Oscar e que chegou ao n.º 1 do Billboard. Num território essencialmente masculino como o do Western, Doris venceu os durões sem perder a feminilidade. “Ardida como Pimenta” é aquele filme que leva o espectador à alegria e os fãs de Doris à felicidade suprema, merecendo ser assistido ao menos uma vez por ano.

2 comentários:

  1. Delicioso este filme. Ardida como Pimenta e No,No,Naneta, ambos de David Butler, mostra que o diretor tinha o talento da atriz sob seu controle. E então nos deu estes dois belos filmes. No entanto, apesar das gostosas fitas que Day fez para a Universal Int., principalmente ao lado do excelente Rock Hudson, ainda a prefiro em papéis dramáticos, onde eu a caracterizava de fato com uma grande atriz. Recordem-se dela em A Teia de Renda Negra, ao lado do muito bom Rex Harrison! Voltem um pouco no tempo e tragam à memória O Homem que Sabia Demais, com o imcomparável James Stewart. Certo que a fita nos deixa um pouco perdidos. Alguma falha na montagem ou um descuido de Hitchcock no desenrolar de sua historia. Mas não se pode negar que foi um filme de qualidade. Porem, nada se compara ao seu trabalho em Ama-me ou Rsquece-me. Um drama sem precedentes sob a batuda de Charles Vidos, e com interpretações intocáveis de Cagney, Cameron Mitchum e Doris Day. Esta fita, quando a vi pela primeira vez, me fez analisar de verdade tudo de bom que o cinema podia nos dar. Ele é um filme romantico, muito denso, violento e que nos bate no coração.
    Sim, que saudades dos filmes de nosso bom tempo. Podem me taxar de saudosista ou retrogado. Mas pouco vemos hoje que possamos taxar de UM BOM FILME. Mais ainda; estão tentando refazer tudo de bom que já foi feito. Porém não acertam a mão ou não têm o talento certo para tais empreitadas. Espero que o Vontade Indomita que vem por aí não me decepcione ou me faça sentir saudades do Duke. Sim, porque 3.10 to Yuma, que foi Galante e Sanguinário com Glen Ford, veio agora como Os Indomáveis. Mas foi uma decepção só.
    De qualquer forma louvemos ao talento da Doris Day com seus bons filmes, e fiquemos com a expectativa de Jeff Bridges em seu novo papel. Afinal ele é um ator que sempre dá conta do que lhes pôe nas maos. Quem sabe não teremos aí uma surpresa?! jurandir_lima@bol.com.br

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  2. Jurandir, tudo que a Doris Day fez no cinema foi beirando a perfeição, seja na comédia ou no drama. Em abril ela completará 87 anos. Será que desta vez a Academia vai pagar o tributo que o cinema deve a ela? - DF

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