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26 de outubro de 2011

HÁ 50 ANOS ERA LANÇADO "O ÁLAMO", DE JOHN WAYNE, EM SÃO PAULO

Cartazes de cinema do dia 28 de outubro de 1961 anunciavam o lançamento
da superprodução "O Álamo", dirigida e interpretada por John Wayne.
Minha lembrança de "O Álamo", lançado no Cine Normandie, que ficava
na Av. Rio Branco a alguns quarteirões da Cinelândia, era das enormes
filas que davam a volta ao quarteirão. A espera para comprar ingresso
foi de várias horas, num sábado em que só foi possível entrar na sala
de projeção do Cine Normandie na sessão da meia-noite. Interessante
notar no cartazete o preço do ingresso que foi majorado para 180 cruzeiros,
enquanto o Cine Comodoro (o mais caro da cidade pois exibia o processo
Cinerama) tinha o preço do ingresso estipulado em 150 cruzeiros.


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O Cine Olido reprisava (5.ª semana) "Duelo ao Sol", enquanto
"Psicose", de Hitchcock, era anunciado nos Cines Ipiranga e Astor;
o Cine Metro continuava exibindo "Duas Mulheres" com Sofia Loren;
Alain Delon prosseguia em cartaz com "O Sol por Testemunha";
o sucesso de Richard Widmark era "Caminhos Secretos".

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Outros filmes em cartaz há 50 anos em São Paulo eram "Pepe",
com Cantinflas; "Aventuras nos Mares do Sul", em Cinerama;
a maravilhosa Susan Hayward e James Mason estrelavam a comédia
"Eu, Ela e o Problema" (alô, Ivan, o 'problema' era Julie Newmar, a Catwoman);
Marlon Brando podia ser visto na reprise de "Desirée, o Amor de Napoleão";
Gordon Scott era o Rei das Selvas em "A Maior Aventura de Tarzan";
o esdrúxulo elenco de "A Vida Íntima de Adão e Eva" trazia Mickey Rooney,
Mamie Van Doren e o cantor Paul Anka; Edmund Purdom estrelava
"O Último dos Vikings" e havia ainda o horror em "O Ataúde do Vampiro".

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O cinema europeu estava representado na última semana de outubro de
1961 por Jean Marais em "O Corcunda"; Belinda Lee, Alberto Sordi e Renato
Salvatori estrelavam "Renúncia de um Trapaceiro"; Fritz Lang era o diretor
de "Os Mil Olhos do Dr. Mabuse"; Bernardette Lafont mostrava como era  o
"Amor Livre" e a estonteante Claudia Cardinalle era a estrela de
"Vidas Íntimas", que tinha no elenco Mylène Demongeot
 
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A bela italiana Giovanna Ralli era uma das "Camareiras Indiscretas";
o nudismo levava público ao Cine República em "Mr. Smith no Mundo Naturista";
outro filme para o público masculino era "Uma Noite no Tabarin";
o cinema japonês era representado por "O Corvo Amarelo" e "Lírio no Lodo".

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Mazzaroppi batia recordes de público com "Tristeza do Jeca" no seu cativo
Cine Art-Palácio; Maurício do Valle antes de ser Antonio das Mortes
era o principal ator de "Além do Rio das Mortes";
os fãs do cinema mexicano não podiam reclamar pois a rumbera
Maria Antonieta Pons estrelava "Nascida em Acapulco".

6 comentários:

  1. Fantástico, Darci. Verdadeiras relíquias com os títulos em português, muitas vezes omitidos ou confundidos com os de Portugal em vários sites.
    A Mulher-Gato pode ser apreciada no faroeste "Eu, Julie e Nenhum Problema"..., perdão, "O Ouro de Mackenna".
    Como curiosidade, em "Desirée" temos o fiel mordomo Alfred, Alan Napier. Acompanhado de Michael Rennie, Carolyn Jones, Cameron Mitchell de "Hombre", da série "Chaparral", etc.; Brando e claro, Jean Simmons, inesquecível no clássico e mais profundo faroeste de todos os tempos:
    "Da Terra Nascem os Homens".
    Um abraço.

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  2. Muito legal, Darci!
    Eu me lembro de ir à Biblioteca Nacional e ver muitos anúncios destes.
    Me diz uma coisa: vc me recomenda Fúria no Alasca, com John Wayne?

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  3. Oi, Dani, há uma análise, um vídeo e um post sobre os bastidores de "Fúria no Alasca" aqui no CINEWESTERNMANIA. Esse é um desses filmes que levantam qualquer astral nestes tempos bicudos em que vivemos... Um abraço - Darci

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  4. Uma nova viagem ao meu passado de portas de cinema para conferir os cartazes e ver se eram iguais aos que os jornais anunciavam.
    Uma loucura! Recordo que eram tantos lançamentos que eu não sabia qual ver primeiro. Mas, já na 4a. feira eu havia visto tudo. Tudo mesmo. Tinha então que voltar e rever os melhores. Isso era praxe semana sobre semana.
    Que tempos! Tempos onde ir ao cinema era o maior prazer dos brasileirinhos que hoje rondam a casa dos sessenta/setenta. Não importa, vivemos. Vivemos deliciosamente bem e ao nosso gosto. Vimos de um tudo que o bom cinema fez. E o resto é invenção.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  5. Muito bom, adorei ver esses cartazes, saudade de um bom cinema.... aqui na minha cidade não tem cinema, então a gente investe em dvd... home theater... tenho coleções de filmes, aos poucos vou montando e incrementando. E aproveitando, oi Daniele Moura, ví e reví Fúria no Alaska, um ótimo e divertido filme, fotografia exuberante, eu recomendo....o elenco, bem este é perfeito.... acho que vais gostar.

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  6. Cristiana, o que se chama de cinema atualmente é muito diferente dos cinemas dos anos 40, 50 e até 60 quando passaram a virar igrejas, supermercandos, estacionamentos ou bancos. Além do tamanho e de se localizarem todos em shoppings, ainda há os costumes dos frequentadores que não são lá muito respeitosos com os demais espectadores. E não vamos nem falar dos filmes e dos artistas que aí é covardia...

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