Maureen O’Hara foi a mais perfeita leading-lady que John Wayne teve no cinema. Entendiam-se maravilhosamente bem nas filmagens numa das mais bonitas amizades entre um ator e uma atriz. Foram dirigidos por John Ford no singelo “Rio Grande”, no sublime “Depois do Vendaval” e no regular “Asas de Águia”. Em 1963 Maureen e Duke se reencontraram no engraçado “Quando um Homem é Homem” e “Jake, o Grandão” (Big Jake), de 1971, marcou o quinto e último encontro de Duke com Maureen nas telas. A ruiva atriz irlandesa está maravilhosa neste filme e para tristeza dos fãs sua participação é bem menor do que eles gostariam que fosse. Ver Duke e Maureen às turras num filme é sempre muito divertido, porém neste faroeste dirigido por George Sherman há pouco espaço para romance, sobrando violência do princípio ao fim.
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Maureen no relógio de Jake, um homem de muita autoridade. |
A HESITAÇÃO DE JOHN WAYNE - George Sherman foi retirado da semi-aposentadoria em que estava quando o amigo John Wayne o convidou para dirigir para a Batjac (produtora do Duke), mais um western aparentemente de rotina. John Wayne vinha de um grande sucesso de bilheteria que foi “Bravura Indômita”, seguido de três westerns menos memoráveis e que atraíram público menor do que o de costume. Sherman leu e gostou do roteiro do casal Harry Julian Fink e Rita M. Fink. Harry e Rita foram autores de inúmeros roteiros para a série “O Paladino do Oeste” e criadores de ‘Dirty Harry’, que ajudou a consagrar Clint Eastwood. Ao contrário de Sherman, John Wayne queria reduzir drasticamente as inúmeras sequências que, no seu entender, continham desnecessária violência. Sherman lembrou a Wayne que o cinema e o próprio gênero não eram mais os mesmos e os nada poéticos filmes de Clint Eastwood arrastavam grande público aos cinemas. Compartilhava da opinião de Sherman o próprio filho de John Wayne, Michael Wayne, responsável pela produção de “Jake, o Grandão” e afinal Michael e Sherman convenceram John Wayne a mudar pouca coisa no roteiro. O Duke confiava que as cenas de humor amenizassem um pouco o filme, tornando-o mais palatável para o gosto de seu público, aquele público composto de toda a família reunida. Para ajudar estariam no elenco muitos dos atores que acompanhavam o Duke há décadas, começando por Maureen O’Hara. Além da atriz participariam do filme Bruce Cabot, com quem John Wayne já havia feito outros dez filmes. Outros velhos companheiros de Duke que Michael Wayne contratou foram Harry Carey, Jr., John Agar, Hank Worden, os ‘Chucks’ Roberson e Hayward. Para completar o elenco, no segundo papel em importância, outro amigo de John Wayne, o arquivilão Richard Boone. Como o filme era da Batjac, os filhos Patrick e Ethan Wayne ganharam também papéis importantes. E foram todos para Durango, no México, para mais um faroeste que iria custar quatro milhões de dólares (hoje 23 milhões de dólares).
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Duke e o cão 'Dog' (acima);
John Wayne com o paletózinho usado em
tantos faroestes e que pelo tamanho deve ter pertencido a Alan Ladd. |
RESGATE DE UM MILHÃO - “Jake, o Grandão” surpreende e quase assusta desde o início pela crueldade com que o bando liderado por John Fain (Richard Boone), ataca a fazenda dos McCandless, assassinando dez pessoas para seqüestrar o pequeno Jacob McCandles (Ethan Wayne). Após o sequestro Fain exige um milhão de dólares, em notas de 20 dólares, pelo resgate do menino. Desesperada, a patriarca Martha McCandless recorre ao marido Jacob ‘Jake’ McCandless (John Wayne), de quem está separada há 18 anos. Jake, que andava pelo México e sequer conhece o neto, aceita reticentemente a ajuda de seus filhos James (Patrick Wayne) e Michael (Christopher Mitchum) e confia mesmo no velho apache Sam Sharpnose (Bruce Cabot). O quarteto parte para o local determinado para o pagamento do resgate acompanhado do cão de Jake, chamado ‘Dog’ e de uma mula em cujo lombo segue um enorme baú que leva o dinheiro. No momento do resgate o grupo se defronta com John Fain e seus homens, conseguindo aniquilar o sanguinário bando e libertar o neto de McCandles.
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Onde antes cavalos saltavam agora saltam motocicletas; primeiros automóveis ao lado de cavalos e cavaleiros; Chuck Roberson dirigindo um... Ranson Elis Olds; Duke na motoquinha. |
O CAVALO VENCENDO O AUTOMÓVEL - A ação de “Jake, o Grandão” transcorre em 1909, ou seja, num tempo em que o Velho Oeste passa por uma transição com o surto iminente de modernização. As diligências começam a ser trocadas por veículos de quatro rodas impulsionados por motor de explosão e o próprio cavalo é substituído por motocicletas. Modernos revólveres são carregados pela coronha e disparam oito tiros de uma só vez, enquanto os rifles ganham miras telescópicas com os quais se consegue matar um veado a 500 metros de distância. E o herói do filme (Jake McCandles) é um avô um tanto fora de forma mas com inquestionável autoridade diante dos filhos ou dos durões e malfeitores que surgem pela frente. Apenas diante da esposa Martha, com quem não vive, é que Big Jake fala menos grosso. Além do afastado marido, Martha pede ajuda aos Texas Rangers e estes com seus pioneiros veículos ficam pelo caminho enquanto assistem Big Jake seguir em frente... a cavalo. Se há algo que pouco mudou naquela fronteira do Texas com o México é a sanha de facínoras como John Fain para quem matar dois ou dez é a mesma coisa. E é esse homem que o destemido Big Jake deve enfrentar.
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Richard Boone invadindo a cavalo a sala dos McCanless; os bandidos Greg Palmer, Harry Carey, Jr. e Roy Jenson; Duke com os óculos. |
MESCLA DE HUMOR E VIOLÊNCIA - Diversas vezes no filme alguém diz a Big Jake: “Pensei que você tivesse morrido”, como que estranhando sua presença um tanto anacrônica. E a resposta é “That’ll be the Day”, a clássica frase que John Wayne pronuncia tantas vezes em “Rastros de Ódio” e cuja melhor tradução seria “pode esperar sentado”. A própria busca pelo neto em “Jake, o Grandão” remete àquele grande filme de John Ford. Outros westerns clássicos de John Wayne são citados, como “Caminhos Ásperos” com o cão da raça Groenendael (Pastor Belga) e os óculos que o envelhecido cowboy usa para ler, como havia feito em “Legião Invencível”, também de Ford. Referências à parte e mais que um western fora de seu tempo, “Jake, o Grandão” diverte com as tais modernidades e o faz absorvendo a linguagem menos contemplativa dos westerns clássicos. George Sherman realizou um filme que, sem deixar de ser um faroeste típico de John Wayne, pode satisfazer até mesmo os espectadores iniciados no gênero com as centenas de euro-westerns que tomaram o espaço dos faroestes produzidos nos Estados Unidos. Essa tendência pode ser percebida com os bandidos que são feios, sujos e malvados como os personagens quase repulsivos de Harry Carey Jr., Greg Palmer e mesmo Richard Boone. Sabe-se que Sherman adoeceu durante três das oito semanas de filmagens em Durango, quando John Wayne assumiu a direção. É bastante provável que esse fato tenha contribuído para que “Jake, o Grandão” tenha encontrado o quase perfeito equilíbrio com a mescla de humor e violência.
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John Wayne com Ethan Wayne; abaixo Patrick Wayne. |
AÇÃO DE PRIMEIRA CLASSE - Sendo feito em família, John Wayne até abusa das sequências em que ‘ensina’ seus filhos a serem homens de verdade, refutando até mesmo ser chamado de ‘papai’. Diz ao filho Patrick: “Você pode me chamar de pai, Jake, Jacob ou mesmo de son-of-a-bitch; só não me chame de papai”, ao mesmo tempo em que distribui belos socos em Patrick e em outra cena no abusado Christopher Mitchum. Os melhores momentos de “Big Jake”, no entanto são aqueles em que John Wayne e Richard Boone travam batalhas de palavras e ao final de vigorosa ação John Wayne mata pela primeira vez no cinema um bandido usando um garfo de apanhar feno. Admiravelmente encenadas, as brutais sequências de ação são o ponto alto deste western que contou com um time de fantásticos stuntmen como Chuck Roberson (dublando o cansado John Wayne), Cliff Lyons, Chuck Hayward, Dean Smith e até Buddy Van Horn, dublê oficial de Clint Eastwood. O cinegrafista William H. Clothier produziu, como de hábito, belíssimas imagens não só do cenário natural de Durango mas também das cenas de ação. O confronto final entre Big Jake e o bando de John Fain (Boone) acontece numa construção histórica em que o Exército de Pancho Villa chacinou 750 contra-revolucionários na Revolução Mexicana. O maestro Elmer Bernstein produz uma empolgante trilha sonora repleta de variações melódicas e instrumentais como só ele é capaz de fazer.
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Acima Bruce Cabot como 'Sam Sharpnose'; mais uma briga de Duke com Tom Hennesy; Hank Worden como chauffeur causando estranheza em John Wayne. |
ADEUS DE BRUCE CABOT - “Jake, o Grandão” foi o último filme de Bruce Cabot, o ator principal do inesquecível “King Kong” e amigo de John Wayne. Juntos atuaram em “O Anjo e o Bandido”, “Os Comancheiros”, “Quando um Homem é Homem”, “Hatari”, “Os Boinas Verdes”, “Heróis do Inferno”, “Jamais Foram Vencidos”, “Gigantes em Luta”, “A Primeira Vitória” e “Chisum”. Apenas a morte (câncer) de Bruce Cabot em 1972 findaria a grande amizade. Interpretando uma espécie de índio sidekick de John Wayne, Bruce Cabot se juntou a Howard Keel (“Gigantes em Luta”) e a Neville Brand (“Cahill, o Xerife do Oeste”), atores que como índios atuaram em westerns de John Wayne. O Duke queria provar que era amigo dos índios e sempre dizia que havia matado muito mais brancos que índios em seus faroestes. Assim como fazia John Ford, John Wayne elencou um grupo de competentes e veteranos atores em “Jake, o Grandão”. E que prazer é rever num mesmo filme Hank Worden, John Agar, Harry Carey Jr., o gigante Tom Hennesy (que já havia surrado John Wayne em “O Álamo”), John Doucette, Jim Davis e Roy Jenson. Dos filhos de John Wayne o conhecido ‘Pat’ e o garoto Ethan, nome dado em homenagem ao personagem de “Rastros de Ódio”. Ambos insistiram em carreiras no cinema mas com resultados pífios se comparados com o glorioso pai. John Ethan Wayne completou 50 anos em fevereiro último. Distante também do carisma do pai ficou Christopher Mitchum, que neste filme de George Sherman interpreta o filho mais novo de John Wayne, pilotando uma motocicleta. Maureen O’Hara, nos poucos minutos em que atua, ilumina a tela com sua beleza e talento. “Jake, o Grandão” é diversão garantida, tanto que em 1971 arrecadou 80 milhões de dólares (em valores corrigidos), fazendo de John Wayne o campeão de bilheterias daquele ano. O Top-Ten Moneymakers de 1971 foi completado por Clint Eastwood, Paul Newman, Steve McQueen, George C. Scott, Dustin Hoffman, Walter Matthau, Ali Mac Graw, Sean Connery e Lee Marvin. Em 1972 John Wayne obteria outro grande sucesso em sua carreira com “Os Cowboys”, comprovando seu nem sempre reconhecido talento como ator.
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Duke e Maureen no último encontro nas telas; abaixo o baú com um milhão de dólares
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Uma delícia de faroeste. Aquele início comparando os tempos "modernos" do início do século XX com o ainda selvagem Velho Oeste é um achado. O suspense criado até o massacre no rancho de Maureen "Linda" O'Hara é de prender a respiração.
ResponderExcluirDaí em diante é só diversão, com diálogos espirituosos, o Duke carismático como sempre, auto-crítico com sua conhecida imagem, e um veterano elenco coadjuvante prazeroso de se ver.
Como não gostar de "Big Jake"?
Incrível como John Wayne manteve até o fim o controle de sua icônica imagem. Ainda que com boas doses de ironia ali estava ele, após ter atravessado as décadas de ouro de Hollywwod, em plenos anos 70, firme na sela de seu cavalo e mantendo o gênero western, quase sepultado na década anterior, ainda vivo.
Em seus últimos filmes ele parecia estar se despedindo aos poucos, sem pressa, até encerrar dignamente a carreira com aquele testamento que é "O Último Pistoleiro". Merece um aplauso o cara que optou por esse singelo título brasileiro.
Quantos dos grandes mitos do cinema teve carreira tão longeva e saiu de cena ainda no auge, apesar do cansaço, da doença e da idade de forma tão honrosa? Ainda mais sendo um ator de filmes de ação e... westerns?
Existiram dezenas, talvez centenas, de atores melhores e com mais talento dramático que John Wayne. Não é difícil fazer uma lista.
Mas por tudo que ele significou para a indústria, para a bilheteria, para o cinema, para a imagem americana, para o western e para para os fãs ele foi, e é, o MAIOR de todos eles.
Edson Paiva
Só assisti a Jack, o Grandão uma vez. E foi no cinema no seu lançamento.
ResponderExcluirA TV, parecendo perseguir os amantes do bom western, jamais passou este lindo e delicioso filme do Sherman/Duke, pelo menos que eu visse.
Conforme descrito, Big Jake é uma lindeza de pelicula, apesar de ser mesmo um tanto muito violento. E fica visível nas fotos mostradas, que o Duke e a O'Hara se adoravam.
Pareceu mesmo que a idéia da familia Wayne era reunir toda aquela boa gente que trabalhou ao lado do Duke durante toda sua carreira.
Pena que muitos companheiros da longa jornada do Duke não mais estivessem vivos. Senão também estariam ali, tenho certeza.
Tanto que apenas um destes atores, no caso o Bruce Cabot,que se não me engano fez 10 filmes com o Duke, e dos quais 8 eu vi, este foi seu derradeiro trabalho, ou seja, sua despedida do cinema e da vida.
Foi como se a familia reunida disssem entre si; vamos depressa, antes que seja tarde demais, juntar todo esse pessoal nesta fita, como se num grato reconhecimento por tudo o que fizeram em suas carreitas e, principalmente, ao lado do Duke. E até que tinha um lugarzinho ali para o Holden, que ainda vivia, assim como o Marvin e até o Jimmy Stewart.
Big Jack é sim um bom filme. Porém, não o condisero o melhor da fase final da vida do Wayne.
Apesar de não falarem muito de Justiceiro Implacável, acho esta fita muito boa, assim como seu primeiro Cogburn, Bravura Indomita, dois anos antes de O Grandão.
De todo jeito tudo era o Duke, que ainda fez, após Jack, O Grandão, um dos melhores filmes de sua carreira, que foi o excelente Os Cawboys, do Rydel.
E ainda tem O Ultimo Pistoleiro, que é um filme profundo e onde o Boone tem a chance de trabalhar pela ultima vez com seu amigo Duke. Assim como Jimmy, que compartilhou com o grande Wayne o formidável O Homem que Matou o Facinora, o longo A Conquista do Oeste e também está em O Ultimo Pistoleiro.
Depois de Jack ainda tiveram Cahil e Os Chacais do Oeste. Dois outros filmes sem máculas, embora não caminhassem ao lado de Jack, Os Cawboys e Justiceiro Implacável.
jurandir_lima@bol.com.br
Paiva;
ResponderExcluirRealmente o sujeito que criou o titulo "O Ultimo Pistoleiro" fez um achado para esta boa e significativa pelicula. Perfeito o titulo. Não apenas para o filme como para o momento do Duke.
Ainda de acordo contigo ao citar que o Duke, mesmo nos anos 70, onde pareciam querer sepultar o faroeste, lá estava o nosso cawboy, mesmo doente, cansado, despedaçado, ali seguia ele, ereto em sua cela, brigando, disparando e ainda nos enchendo da alegria e prazer de ve-lo em ação.
Ainda de acordo quando enleva ser o genero faroeste um genero movimentado, vigoroso, violento, onde se precisa de boa dose de disposição para enfrentar tais maratonas.
Mas ali estava o Duke, fiel aos principios que lhe deu fama e nome, amante do genero que o mostrou para o mundo. Ali estava ele, firme como uma rocha, apesar de todos os pesares que já arrastava em seu cansado, desgastado e maltratado corpo pela vida.
E, apesar de sabermos que os dubles estavam ali, mesmo assim é de se observar que "eles sempre estiveram", quer antes ou naqueles momentos duros e difíceis da vida do nosso grande heroi.
Os dubles não são o fato, pois o fato é nosso John Wayne.
Nunca ouvi uma boa frase como; "O Wayne se despediu da vida com uma pistola na mão".
E, olhando-se bem e com carinho, caro Paiva, não parece estar este minha frase muito distante da realidad. Haja visto que O Ultimo Pistoleiro é de 1976 e o Duke nos abandonou para sempre em 1979.
A vida nos privou de novidades do nosso grande heroi, mas nos legou o trabalho de toda sua vida.
Grande abraço, companheiro
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, concordo com todas as suas palavras. Penso exatamente como você no caso desse filme e também sobre o fim de carreira de John Wayne.
ResponderExcluirDarci, você não teria nada em seus arquivos sobre "O Último Pistoleiro"? É um filme que merece um destaque no Westerncinemania, com detalhes de seus bastidores e toda a riqueza de detalhes comuns aos seus textos, não acha?
Fica a dica, meu caro.
Edson Paiva
Edson, excelente sugestão fazer uma postagem sobre esse último western do Duke com tudo que cercou as filmagens. Mais que todas as aventuras (e desventuras) de John Wayne, seu final de vida que começou em 1965 com a retirada de um pulmão foi emocionante.
ResponderExcluirDarci
Vou esperar ansioso, Darci. Certamente será emocionante conhecer os bastidores de "O Último Pistoleiro".
ResponderExcluirO filme já causa emoção e tristeza pois a estória do pistoleiro doente, em fase terminal, é a história do próprio Wayne. E o reencontro dele com o James Stewart em tal situação é de cortar coração. Personagem e ator em absoluta sintonia num adeus como nunca deve ter existido em toda a história do cinema.
Fico a imaginar um fã de John Wayne, ciente da doença que o acometia, assistindo a esse filme em seu lançamento. Deve ter sido uma tristeza só.
Edson Paiva
Puxa vida! Não sabia que Big Jake tinha sido um sucesso comercial. Na época, críticos de respeito como Goida, da minha terra (Rio Grande do Sul) e fã de faroestes clássicos (e, que, lembro torceu por Wayne, como eu, na festa do Oscar 70), julgaram um faroeste menor. Lembro de sua frase no Jornal Zero Hora: "-Toda mediocridade do mundo!". Bom, vinhamos de uma época de clássicos. Lendo agora a análise do Darci, entendi porque. Tinha um pouco de violência a la spaguetti western. Eu mesmo, na época achei "assim , assim". Me desculpem, era um "purista" do faroeste americano. Revi a poucos anos e, surpreso, achei um quase , quase um clássico. Os tempos tinham mudado e os westerns atuais sofriam do mal do pós-modernismo, onde as coisas acontecem por acaso, não ha caras topetudos, e a maldade é a lei, etc, etc...
ResponderExcluirEvaldo
Feito hoje este faroeste seria um clássico!
ResponderExcluirEvaldo
Olá, Darci!
ResponderExcluirMotivado pelo vídeo de Aurélio Cardoso, assisti ontem a este subestimado western. Foi uma grata surpresa, me agradou muito mais do que o esperado. Mistura a inocência de Roy Rogers (com o Dog fazendo o papel de Trigger como fiel companheiro) com a violência de Peckinpah, agradando, portanto, a todos os gostos e públicos. Não sei se você, como eu, notou também uma certa semelhança em um trecho da trilha de Elmer Bernstein com uma parte de Scarborough Fair de Simon & Garfunkel.
Um abraço!
Assisti (acho que conheci nos anos 80 na "Sessão Western" da Globo) em 2003 e revi em 2014 e hoje!
ResponderExcluirNão amo, mas gosto, e melhora do meio pra frente! Legal ver a família do JW presente!