UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

10 de agosto de 2012

"DRAGÕES DA VIOLÊNCIA" (Forty Guns), AULA DE CINEMA DE SAMUEL FULLER



Samuel Fuller
Marilyn Monroe era o nome que a 20th Century-Fox exigia, em 1957, para interpretar Jessica Drummond em “Dragões da Violência” (Forty Guns). A atriz, no entanto, rejeitou fazer um western em preto e branco dirigido por um pouco conhecido diretor de filmes “B”. O chefão da Fox Darryl F. Zanuck ofereceu então o papel para Barbara Stanwyck que também recusou a proposta. Samuel Fuller, que havia escrito a história “Woman with a Whip” e seria o diretor do filme, procurou Barbara pessoalmente e disse a ela que jamais havia pensado em outra pessoa senão ela, Barbara, para interpretar Jessica Drummond. E explicou que essa personagem seria um misto de duas figuras históricas: Dora Hand, a mais graciosa pecadora do Oeste e Kate ‘Big Nose’ (Narigão) Fisher, namorada de Doc Holliday. Samuel Fuller convenceu Barbara e tiveram início as filmagens de “Dragões da Violência”. Fuller era um nome que chamara a atenção da crítica com o policial noir “Anjo do Mal”, de 1953, estrelado por Richard Widmark. Nesse tempo a crítica francesa comandada por André Bazin ainda não era tão respeitada no universo cinematográfico e o Cahiers du Cinemà não havia ainda se transformado na Bíblia dos críticos de cinema. Os resenhistas norte-americanos, por sua vez, não davam muita atenção a westerns ‘menores’ como “Dragões da Violência”. Mas Jean-Luc Godard e outros críticos da revista francesa estudavam a fundo filmes como este e outros de Samuel Fuller, colocando o excêntrico diretor norte-americano entre os mestres do cinema. Exageros à parte, Samuel Fuller era mesmo um diretor que não poderia passar despercebido e “Dragões da Violência” comprova isso.


Barbara e Barry Sullivan
HISTÓRIA DE AMOR, PODER E CORRUPÇÃO - Griff Bonnell (Barry Sullivan) e seus dois irmãos mais novos Wes Bonnell (Gene Barry) e Chico Bonnell (Robert Dix) são delegados federais (U.S. Marshals) que chegam à pequena cidade de Cochise, próxima de Tombstone. Eles devem cumprir um mandado de prisão contra Howard Swain (Chuck Roberson). Quem domina essa cidade é Jessica Drummond (Barbara Stanwyck) com sua escolta de 40 homens que trabalham para ela na sua propriedade, o ‘Rancho Dragoon’. Swain é um dos 40 homens dessa poderosa mulher. Jessica controla o sheriff Ned Logan (Dean Jagger) e o Juiz Macy (Paul Dubov), impondo a lei à sua maneira, acobertando a corrupção que a faz cada vez mais rica e poderosa. Griff Bonnel vai até o ‘Rancho Dragoon’ para prender Swain e não se intimida com o aparato montado por Jessica . Mesmo em lados opostos Jessica enamora-se de Griff mas não consegue convencê-lo a fazer seu jogo. Jessica tem um irmão jovem e irresponsável chamado Brockie Drummond (John Ericson), que mata Wess Bonnell. Então Griff investe contra a estrutura do império de Jessica Drummond, conseguindo desmontar esse império. Ao final Griff mata Brockie e Jessica empobrecida procura ficar na companhia de Griff Bonnell.

Jessica admirando a arma de Griff.
DISTANTE DA MORALIDADE DOS FAROESTES - Cada um dos personagens principais expressa um componente psicológico de sua personalidade. Jessica é o mais complexo deles com sua suprema arrogância e a frieza de seus gestos. No entanto ela se transforma ao passar de dominadora a dominada pelo desejo que passa a sentir por Griff. Compõem também esse quadro de diferentes comportamentos a rebeldia de Brockie, a inveja e ciúmes do sheriff Logan, a determinação do delegado Griff. “Dragões da Violência” fica longe da moralidade comum aos westerns quando Griff claramente cumpre sua obrigação de matar se necessário (“Há dez anos não mato ninguém”, diz), não hesitando em atirar em Jessica usada como escudo por seu próprio irmão Brockie. “Dragões da Violência” é um filme atrevido, com inúmeras insinuações fálicas como quando Jessica acaricia a arma de Griff ou quando Louvenia se excita com o rifle de Wes. Afinal “Dragões da Violência” é um filme da década de 50, antecipando corajosamente essas metáforas sexuais.



AULA DE COMPOSIÇÃO CINEMATOGRÁFICA - Essa história nada simples serve para Samuel Fuller executar um dos mais notáveis exercícios de estilo já visto em um western. Inspiradíssimo e criativo, Fuller coloca na tela cenas de grande efeito visual, a começar pela antológica sequência de abertura do filme com Jessica Drummond inteiramente vestida de preto cavalgando um cavalo branco seguida pelos seus ‘40 dragões da violência’. A câmara posicionada acima dos cavaleiros cria um efeito ainda mais impressionante que a própria grandeza do conjunto filmado em Cinemascope. Passando ao lado da charrete em que estão os irmãos Bonnell, não fica nenhuma dúvida do poder e autoridade daquela mulher. Magnífica também a cena em que o ajudante de sheriff John Chisum (Hank Worden) tenta enxergar com a visão turva pela sua cegueira produzindo trágico e notável efeito. Travellings longos nunca foram apropriados para westerns (a não ser os de Sérgio Leone) e neste pequeno western há um travelling com uso de dolly (espécie de elevador que sobe e desce a câmara) de três minutos que culmina com Jessica a cavalo seguida por seus dragões em tropel pela rua principal de Cochise. E as cenas de efeito com incessantes e espetaculares movimentos de câmara vão se sucedendo como a do jantar na mansão de Jessica; as mortes de Swain (Chuck Roberson), mais tarde a de Savage (Chuck Hayward) e o suicídio de Ned Logan com a visão macabra de seu corpo balançando e as pernas batendo contra a parede.


FAROESTE INOVADOR - Em outra sequência há uma tomada, em que o rosto de Louvenia (Eve Brent) é visto de dentro do cano do rifle, cena que entraria para a história do cinema, sendo imitada inicialmente por Godard em “Acossado” e pelos filmes de James Bond. Bastante imitada também a exposição do corpo de Savage colocado verticalmente dentro de um caixão na vitrine da funerária. E Fuller sabe também ser engraçado ao mostrar o movimento conjunto dos cowboys nas tinas de banho. Em “Dragões da Violência” Fuller cria uma bela cena de suspense quando da emboscada sofrida por Griff com inusitadas tomadas feitas de ângulos geometricamente estudados. E uma das grandes sequências do filme é quando o tornado atinge e arrasta Jessica, Griff, cavalos e charrete, bem como a cena final com Jessica sendo friamente baleada por Griff. A cinematografia de Joseph F. Biroc sob o comando de Samuel Fuller é ainda mais extraordinária por seus movimentos incansáveis passarem quase despercebidos pelo espectador, a não ser que este se detenha mais detalhadamente sobre os aspectos técnicos e estéticos do filme. “Dragões da Violência” é o “Cidadão Kane” dos westerns quanto ao trabalho de iluminação e principalmente de câmara. E o ritmo do filme é ditado por cortes até bruscos, deliberadamente malfeitos, em contraponto com longos usos de travellings. O roteiro provoca o espectador por não ser linear mas incapaz de confundi-lo neste western curto, de apenas 79 minutos que é uma aula de cinema moderno.

Cena de violência com o personagem cego
interpretado por Hank Worden.
MARAVILHOSA BARBARA - “Dragões da Violência” é dominado porBarbara Stanwyck. Dispensável falar da excepcional atriz, perfeita na criação de Jessica Drummond (futuro modelo para Victoria Barkley de “Big Valley”). Impossível não exaltar a estupenda profissional, perfeita e elegante amazona. Barbara está sensual, bonita e arrojada. Atriz humilde o bastante para fazer por três vezes, a pedido de Fuller, as cenas que as próprias dublês se negaram a fazer na sequência do tornado, em que Barbara é arrastada pelo cavalo. Barry Sullivan interpreta Griff Bonnell do modo como o faria Gary Cooper em seus melhores dias, ou seja, discreto e altivo. E assim como ‘Will Kane’ de “Matar ou Morrer”, nunca monta a cavalo, usando sempre uma charrete. “Dragões da Violência” abre espaço pequeno mas precioso para Hank Worden demonstrar o excelente ator que é longe dos tipos caricatos que invariavelmente foi obrigado a fazer. E Fuller promove a atores os stuntmen Chuck Roberson e Chuck Hayward, especialmente o ‘Bad Chuck’ Roberson, com rara oportunidade de atuar, enquanto o ‘Good Chuck’ Hayward mais uma vez demonstra o fantástico dublê que era.

Barbara e John Ericson
CONCESSÃO À FOX - Fuller usa exemplarmente o processo de Cinemascope e Jessica Drummond e os 40 dragões serpenteando pela amplitude da tela larga é impactante. Uma pena que “Dragões da Violência” tenha sido lançado em DVD em formato tela cheia, o que prejudica impiedosamente a concepção fílmica do Cinemascope. Sorte daqueles que guardaram uma cópia exibida nas dimensões originais pelo Canal Telecine há alguns anos. Com tudo que foi escrito aqui, “Dragões da Violência” não é uma obra-prima. Entre seus defeitos está a interpretação de Gene Barry usando seus esgares com exagero e uma das canções do filme (a de Victor Young) aparece deslocada além de a canção principal utilizada nos créditos não possuir a força necessária. O defeito maior deste western certamente reside em Fuller ter aceitado a imposição da 20th Century-Fox de alterar o final original em que o personagem de Barry Sullivan atira para matar Jessica Drummond (Barbara), usada como escudo por seu irmão Brockie. O final feliz imposto pelo estúdio macula “Dragões da Violência” que ainda assim é um dos westerns mais importantes dos anos 50. E não é que o maluco do Godard estava certo...

11 comentários:

  1. Antonio Nahud Jr. – 13/7/2011
    É um dos meus faroestes favoritos, Darci. Assisti-o achando que não daria nada por ele e como me enganei. A Barbara, como sempre, rouba a cena.
    Tô homenageando Glenn Ford no meu blog. Apareça.
    O Falcão Maltês
    Abração


    Faroeste – 14/7/2011
    Está neste aspecto, observação de detalhes e apuros técnicos dentro de uma pelicula, as diferenças entre o simples assistente de filmes e os criticos dos mesmos. É esta uma ocorrencia que nasce tão naturalmente em determinados cinéfilos, que este se perde em apanhar detalhes, imperceptiveis ao normal assistente, e quase não assiste ao filme como um natural aprecidor na arte.
    Eu, por exemplo, já há algum tempo, sou um deste. Me perco catando detalhes, movimentos de câmeras, atuação de atores, cenários, etc. Às vezes me aborreço comigo mesmo por prestar tanto àtenção nestes detalhes e quase deixo de lado a captação natural da fita.
    Preciso, urgente, rever este filme. Quando o vi não tinha a percepção da atual e deixei passar tudo isso, muito bem explicito no trabalho do Darci. E sei que deve ser exatamente este filme o que é descrito, já que Fuller me havia sido atentado em Casa de Bambu (com Robert Stack) e Mortos que Caminham (fita fatal para J Chandler).
    Também por minha memória gravar o titulo desta fita, Dragões da Violencia, com uma certa reserva de positividade. Vou então lutar para rever o filme e então porei um outro comentário a respeito.
    jurandir_lima@bol.com.br



    Anônimo29 de janeiro de 2012 00:15
    Barbara Stanwyck foi uma estrela de cinema de talento impar, suas performances tanto como mulher fatal ou heroina estão entre as mais emocionantes e perfeitas do cinema mundial. Sua
    carreira foi bastante diversificada, mas em todos os papeis que
    interpretou soube emprestar aos seus personagens grande qualidade artistica. Tanto nos dias de hoje como em seu tempo
    houveram poucas atrizes a sua altura. sidcosta5@hotmail.com



    Darci Fonseca – 29/1/2012
    Olá, Sid. Não sem razão Barbara é considerada por este blog "A Rainha dos Faroestes" e não há quem não tenha trabalhado com ela que não ressalte seu profissionalismo, simplicidade, generosidade e acima de tudo extraordinário talento como atriz. Acima dela só mesmo Katharine Hepburn.

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  2. Gostei muito do texto, está aprofundado, informativo e faz justiça a este grande filme. Só há uma discrepância. Segundo Fuller, Marilyn procurou-o já depois de saber que o papel era de Stanwyck, mas o realizador convenceu-a de que não seria certa para o papel. O mesmo aconteceu em Pickup on South Street. Escrevi sobre isso no tributo que fiz a Marilyn no meu site, há dias. (Não ponho aqui link para não parecer qualquer 'golpe de autopromoção'.) Mas agora fiquei na dúvida. Não acho que Fuller fosse mentir acerca disso. Abraço.

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  3. Olá, David
    Essa informação sobre a preferência de Darryl Zanuck por Marilyn Monroe está na biografia de Barbara Stanwyck escrita por Axel Madsen. Foi Fuller quem impôs o nome de Barbara. Isso é estranho pois todos sabemos como era o chefão da Fox. Talvez tenha caído na realidade. Não dá para imaginar MM como Jessica Drummond.
    Um abraço do Darci

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  4. Olá, Darci. Exato. Esse pormenor não sabia. Obrigado. Fuller diz que queria Stanwyck e recusou Monroe, embora se desse bem com ela. Vários produtores tentaram impor atores a Fuller, ou sugerir, mas este recusava, se não os achava certos para os papéis. Ele tinha uma habilidade para se mover dentro do studio system, sem seguir as suas regras. O Zanuck era firme, mas era amigo de Fuller e respeitava-o. Abraço, David.

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  5. Revirando meus arquivos manuais, onde tenho meus controles sobre o mundo do cinema, observei que Dragões da Violencia consta dos filmes que assisti, que é dirigido por Fuller e que é de 1957.

    Entretanto, não tenho a menor lembrança de nada referente ao mesmo.
    Devo te-lo assistido na época em que saida de um cinema e entrava no outro, vendo filmes a valer, gostando da arte, mas não administrando muitos detalhes das peliculas.

    No entanto tenho mais lembrança do Fuller no filme Mortos que Caminham, mesmo sendo de 1962, por ter lido algo sobre o acidente gravissimo de Jeff Chandler (e que terminou levando-o à morte) com um jipe, durante as filmagens.

    Tenho certeza que já li e comentei neste blog uma matéria sobre este filme, não recordando qual postagem tenha sido.

    De qualquer forma é uma fita com a fantastica Barbara Stanwick, atriz que brilha onde apareça e que, tenho certeza, nesta pelicula não fez por menos.

    Tenho uma relação enorme de filmes para rever. E Dragoes da Violencia está entre eles. Principalmente por uma historia bem tramada como a desta fita e com a Barbara no comando de um exercito daqueles.

    Stanwick resplandece quando aparece no comando. E, com sua personalidade forte, quando ela não está nesta posição privilegiada, ela então luta para estar.
    E são nestes instantes que vemos a explosão que era esta grandiosissima atriz.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  6. David Furtado;

    Não da mesmo para imaginar a Marilyn fazendo um papel que a Barbara interpretou. São otimas atrizes´porém, a Barbara abusava de ser boa.

    Entretanto, a razão da satisfãção de me dirigir a ti, dá-se por sua noticia que, se não for a real, e esta, a real, ser a posta pelo Darci, de qualquer forma é interessante, inédita para meu saber e não sem importancia no caso de se ter mais apuro desta informação.

    É como diz o ditado; onde tem fumaça, tem fogo.
    Portanto achei bacana a colocação de sua novidade e gostaria de saber qual o seu site, já que frisou evitar po-lo no comentário.
    Se não desejar po-lo no comentário, conforme explicita, meu email está abaixo.

    Sou adorador de cinema e o que houver de novidade sobre a arte é de meu interesse.
    Assim, fineza me por esta informação.
    Grande abraço
    jurandir_lima@bol.com.br

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  7. Carci;

    Conforme já citei mais de uma vez, jamais leio os comentários antes de por o meu.
    Atuo desta forma com a finalidade de não sofrer qualquer influencia sobre o que irei dizer sobre determinada matéria.

    No entanto, desta vez me arrependo por não os ter lido. Assim eu teria observado que transpuseste algo que comentei a respeito desta mesma pelicula em outra postagem, e isto mais de um ano atrás (14/07/11).

    Achei fantástica esta idéia, já que recordava que havia feito comentário sobre Dragoes da Violencia e não consegui acha-la, mesmo procurando em diversos locais, como; Barbara, Fuller, Sullivan, como Dragões da Violencia, etc.

    Mais uma vez parabens pelo ineditismo do ato.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  8. Jurandir, o blog do David Furtado chama-se Wand'rin' Star. Só pela criatividade do nome do blog já vale visitar. Esse é o título da canção que Lee Marvin interpreta em Aventureiros do Ouro e que fez enorme sucesso na Inglaterra. O endereço esytá abaixo. - Darci
    http://davidlfurtado.wordpress.com/

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  9. Obrigado a Jurandir e Darci pelo interesse. O endereço é esse.

    É natural que biografias diferentes - em especial, sobre filmes antigos - mostrem versões diversas. Acho que Marilyn Monroe não seria adequada para este papel, nada mesmo. É um grande filme.

    Obrigado pelo elogio ao nome do blog. Bem tento seguir este, que é excelente, como já disse, mas há tanta coisa que me interessa que nem sei por onde começar... além do mais, é fundamentado. Encontra-se aqui mais informação do que em alguns sites oficiais.

    Parabéns novamente pelo trabalho incansável de Darci Fonseca. E um abraço da estrela errante, (Wand'rin' Star).

    David

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  10. Olá amigos, como cinéfilo, fã de westerns e fã de Marilyn Monroe,penso diferente de muitos aqui. Na minha opinião, Marilyn teria sido uma extraordinária Jessica Drummond pelos seguintes motivos: 1) a atriz passou a vida inteira atrás de papéis dramáticos que a livrassem da imagem de símbolo sexual; 2)Samuel Fuller era um cineasta compreensível, criativo e ousado. Como colocou muito bem o David Furtado, Fuller " tinha uma habilidade para se mover dentro do studio system, sem seguir as suas regras ". Era de um diretor assim que ela precisava e poucos lhe deram esse espaço ( basicamente John Huston e Joshua Logan. Billy Wilder a moldou como comediante, explorando a imagem de loura ingênua e disponível ); 3)E, é claro, o filme ganharia muito com o magnetismo e a beleza de Marilyn. Barbara Stanwyck foi uma excelente atriz. Marilyn foi uma lenda viva. Tudo o que ela fez, por mais " B " que fosse, hoje vale ouro! Mesmo na época, " Forty Guns " teria tido uma outra recepção com Monroe!

    ( Adriano Miranda-Franca-SP )

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  11. Olá, Adriano - Marilyn Monroe como Jessica Drummond jamais daria certo. Marilyn era jovem demais para o papel, não sabia montar e Fuller gostava de filmar rápido, enquanto Marilyn se tornou conhecida pelos muitos problemas que criava nos sets de filmagem. É inimaginável Marilyn se submetendo, como o fez Barbara Stanwyck, àquilo que o filme exigia. Não fosse o símbolo sexual em que foi transformada, MM não teria sido a 'lenda viva' que você afirmou que ela era. Marilyn foi mais um produto do star-system de Hollywood e os fatos que envolveram sua morte prematura ajudaram na formação do mito que ainda hoje vende milhões em todo tipo de produto. MM forma, juntamente com Elvis, Michael Jackson e James Dean, o mais lucrativo quarteto de 'imortais' do mundo artístico. - Darci Fonseca

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