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26 de abril de 2014

TOP-TEN WESTERNS DE CELSO GHELARDINO GUTIERRE, O ‘ROCKY LANE’ DE SÃO PAULO


Celso por ocasião da primeira
comunhão.
Celso Ghelardino Gutierre se apaixonou por faroestes assistindo às séries de televisão nos anos 60. Entre as séries favoritas desse paulistano nascido no Ipiranga, o bairro da Colina Histórica, estavam “Roy Rogers”, “The Lone Ranger” “Rin-Tin-Tin” e “Fury”, e Roy Rogers era o herói preferido do menino Celso. Quando Celso estava com três anos sua família se mudou para o progressista município de São Bernardo do Campo, onde foram implantadas as primeiras fábricas de veículos automotores nacionais. Em São Bernardo Celso frequentou quando criança o Cine Anchieta, cineminha que resistiu até quando pode, até dar lugar a uma filial das Lojas Riachuelo. Celso possuía dois revólveres com cabos brancos e, excetuado o horário de escola, o garoto passava praticamente o dia todo com o cinturão e revólveres na cintura, que o faziam sentir-se o próprio Roy Rogers. Mas havia um momento em que, obrigatoriamente Celso devia tirar o cinturão e isso ocorria na ‘Hora da Ave Maria’, quando a religiosa mamãe do Celso não admitia que ele portasse aqueles brinquedos, ao menos naqueles minutos. Obediente, Celso pendurava seu cinturão, acompanhando atentamente a ‘interminável’ oração ouvida pelo rádio e, quando era pronunciado o Aaaaam... Celso já havia colocado o cinto com coldre e revólveres de espoleta, enquanto o padre prolongava o mééééém... final. Não havia dúvidas que aquele menino iria gostar muito de westerns e das coisas voltadas para a história do Velho Oeste.

O maior menino da turma, Celso era
escalado no gol nas peladas que
disputava em São Bernardo do Campo.
Reencontro com Roy Rogers - Passada a despreocupada fase da infância, o adolescente Celso Ghelardino Gutierre dedicou-se com afinco aos estudos, ingressando na concorrida Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), formando-se Engenheiro Mecânico. Alguns anos mais tarde e Celso era um bem sucedido executivo que, mesmo ocupando importante função numa grande empresa, não conseguia esquecer das séries que assistira na TV. Essas séries de faroestes já haviam desaparecido da televisão mas Celso alimentava a remota esperança de um dia poder rever Roy Rogers, o cavaleiro mascarado Lone Ranger e os demais mocinhos. E eis que no início dos anos 80 ocorre a revolução do VHS e com ela a onda de nostalgia trazendo de volta aqueles personagens que nunca se apagaram das memórias de muitos então senhores como o próprio Celso. Foi quando Celso ficou sabendo que havia em São Paulo uma confraria criada por um lendário médico paulistano de nome Aulo ‘Doc’ Barretti. Celso se agregou ao famoso grupo para, aos sábados à tarde ao lado de outros quarentões, cinquentões e até sexagenários, assistir às aventuras vividas por Roy Rogers, Tim McCoy, Durango Kid, Buck Jones, Hopalong Cassidy e demais mocinhos, filmes exibidos sempre num barulhento projetor de 16 mm. Isso vinha acontecendo desde a criação da confraria em 1977. Com o advento das novas tecnologias de vídeo, Celso se tornou um pequeno colecionador e em seu acervo luziam prioritariamente os ‘Bezinhos’, especialmente os da Republic Pictures. Com que alegria Celso adquiriu os westerns de John Wayne produzidos nos anos 30 e os de Roy Rogers também feitos para o cinema. Mas na confraria criada pelo ginecologista Dr. Barretti, Celso iria encontrar um novo herói que ele conhecia só dos gibis e que elegeria como o mocinho de quem mais gostava.

Cowboys mais baixos como Lazinho Kid Blue
e Kit Hodgkin 'crescem' nas fotos ao lado
de Celso Rocky Lane.
Conhecendo Rocky Lane - Naquele grupo de aficionados por faroestes era regra cada membro escolher o seu patrono e Celso, que gostava de Roy Rogers, sabia que o dono do Trigger era o patrono de um sócio que vinha ao clube lá da cidade de Campinas (SP). Esse sócio era Lázaro Narciso Rodrigues, o Rei dos Cowboys Brasileiros. Celso então chegou a pensar em adotar ‘Tim McCoy’ como patrono para constar em sua identidade da confraria. Num certo sábado Nelson Pecoraro, o programador de filmes do grupo, disse a Celso que ele iria assistir a um B-western que ele iria gostar bastante. Foi projetado, para alegria e estupefação de Celso, “Estalagem Misteriosa” (Marshal of Amarillo) com Rocky Lane e com Roy Barcroft, a habitual vítima dos punhos desse mocinho cujo cavalo se chamava Blackjack. Nascia naquela tarde ‘Celso Rocky Lane’, cognome pelo qual até hoje Celso gosta de ser chamado. E chega a haver, de fato, certa semelhança entre Celso e Rocky Lane, especialmente nas magníficas e estudadas poses que costuma fazer empunhando suas inconfundíveis e reluzentes réplicas de Colts. Alto como Rocky Lane, Celso não guarda, porém, as tão comentadas características negativas da personalidade do ator Allan Lane, estando mais para o perfil de Roy Rogers. Assim como Roy, Celso é boníssimo, generoso, educado, verdadeiro gentleman, dando inteira atenção a seus interlocutores e sempre ouvindo mais do que fala. Quando Celso se expressa fica patente sua inteligência e cultura, sendo daquelas pessoas com quem todos gostam de conversar e que raramente usa frases na primeira pessoa ou procura demonstrar superioridade em qualquer assunto. Um exemplo da generosidade de Celso é demonstrada quando ele faz questão de emprestar seus magníficos Colts para os amigos serem fotografados com as réplicas. E nas fotos tiradas em duplas e trios, se houver algum cowboy mais baixinho, Celso flexiona um pouco as pernas para reduzir a própria altura e ‘aumentar’ o tamanho dos amigos menores que ele. Coisa de um espírito nobre e solidário.

Responda rápido, caro leitor: quem é o verdadeiro Rocky Lane?

A semelhança entre Celso e seu ídolo
musical, o beatle Paul McCartney,
nos tempos de 'Let it Be'.
Celso, o cowboy-galã - Se um dia fosse produzido um filme com os membros da confraria dos amigos do oeste, o mocinho não poderia ser outro pois Celso Ghelardino Gutierre é o que se costuma chamar de boa pinta. Nos tempos de ginásio e colégio, Celso era apelidado de ‘Paul McCartney’, tamanha a semelhança e também pela paixão pelo FabFour de Liverpool, de quem possui todos os álbuns e DVDs. Celso realizou o sonho de assistir a um show de McCartney e Banda quando o célebre cantor-compositor se apresentou em São Paulo, em 1994. Entre os muitos amigos de Celso Ghelardino Gutierre está Carlos Miranda, o Eterno Vigilante Rodoviário da inesquecível série de TV. Essa amizade teve início quando numa das formaturas do aluno Celso, o paraninfo era o conhecido ator-tenente coronel da Polícia Militar, o Vigilante Rodoviário em pessoa. Celso e Carlos se reencontraram em muitas outras ocasiões solidificando uma amizade que o tempo e a distância não conseguiram diminuir. A figura do Vigilante Rodoviário remete ao automóvel Simca Chambord e outra paixão de Celso é o antigomobilismo. E como Celso entende de automóveis antigos! Certa ocasião o editor do WESTERNCINEMANIA publicou um vídeo da grande exposição bienal de Araxá (MG) e, em meio a dezenas de automóveis mostrados nesse vídeo havia uma Chevrolet Woody cujo ano de fabricação estava identificado equivocadamente. Até meio sem jeito Celso lembrou que aquele era um Chevrolet Freetline Woody Wagon, citando também o ano correto de fabricação do veículo. Graças a ele o erro foi corrigido. Entre os veículos que Celso possui está uma réplica do ‘Little Bastard’, o Porsche 550 Spyder, copiado daquele automóvel que pertenceu a James Dean.

Celso pilotando seu Porsche 550 Spyder.

Celso e suas magníficas réplicas de Colts Peacemakers.

John Ford
John Ford domina o Top-Ten Westerns de Celso - Assim é o Celso Ghelardino Gutierre, pessoa que sabe de muita coisa mas que precisa ser ‘cutucado’ para mostrar seu conhecimento. E WESTERNCINEMANIA decidiu que era hora de ‘cutucar’ o Celso, até porque desde fevereiro último ele passou a ser mais um brasileiro no time dos aposentados e agora com mais tempo para ver e rever muitos westerns. Rápido no gatilho Celso Rocky Lane listou os dez westerns que mais admira ilustrando cada filme com pequenos comentários. Henry Fonda (e não John Wayne) é o ator que aparece em maior número de filmes da lista de Celso e outra curiosidade é que Celso tem especial preferência pelos faroestes mais antigos. Sua lista é composta por quatro filmes dos anos 40, três dos anos 30 e três dos anos 50. E contrariando norma do blog, o editor se permite um comentário sobre o Top-Ten de Celso Ghelardino Gutierre: Uma lista que tem, entre os cinco primeiros filmes, quatro de John Ford, sem dúvida alguma, lista de um profundo apaixonado pelo melhor do faroeste. Eis o Top-Ten Westerns de Celso Ghelardino Gutierre:


1.º) Os Brutos Também Amam (Shane), 1953 – George Stevens
Alan Ladd
A abertura já é marcante, o pistoleiro solitário diante da imensidão agreste do Wyoming ao som da belíssima música de Victor Young. Um bom elenco, bem dirigido e uma ótima história transformaram Shane em um dos melhores westerns já produzidos, um clássico! Alan Ladd no papel de Shane está perfeito, sem exageros ou estereótipos. Van Heflin, Jean Arthur estão ótimos, Jack Palance no papel do pistoleiro Jack Wilson está tão bem que é a própria personificação do mal. E o final com um duelo antológico entre Shane, Wilson e os irmãos Riker é magistral e Shane percorrendo o mesmo caminho em que chegou ao Vale, como que fugindo do próprio destino. Muito bem produzido e dirigido por George Stevens, um grande diretor.

2.º) Rastros de Ódio (The Searchers), 1956 – John Ford
John Wayne
Um western forte com personalidade, marca de John Ford. Tem uma interpretação perfeita do maior cowboy do cinema, John Wayne. Aliás, Wayne no final faz uma singela homenagem a Harry Carey - ator que começou no cinema mudo -, quando ao postar-se à porta do rancho segura o braço esquerdo à altura do cotovelo, tal qual Carey costumava fazer em muitos filmes. “Rastros de Ódio” é um filme imperdível para os amantes do gênero e para os que não o são, é uma obra-prima do genial John Ford. Vale ressaltar que o consagrado diretor e produtor Orson Welles quando indagado em uma entrevista sobre os três maiores diretores de cinema, respondeu: “1.º John Ford; 2.º John Ford e 3.º John Ford”.

3.º) No Tempo das Diligências (Stagecoach), 1939 – John Ford
O Duke como 'Ringo Kid'
Filme que colocou John Wayne entre os maiores nomes do cinema e deu dignidade aos westerns, os transformando em arte! Ford sob a paisagem do Monument Valley retrata com poesia a vida do oeste através de seus habitantes, a diligência, a agitação da cidade, os passageiros da diligência cada um com seus problemas, defeitos e virtudes. O encontro com Ringo Kid (Wayne) e a partir daí seus desdobramentos quando da ameaça dos índios até culminar com o duelo entre Ringo e seus inimigos. Outra obra-prima de Ford!

4.º) Paixão dos Fortes (My Darling Clementine), 1946 – John Ford
O melhor de todos os Wyatt Earp:
Henry Fonda
Dinâmico western estrelado por um dos maiores atores americanos do século XX, Henry Fonda e dirigido nada mais nada menos do que por John Ford, o mestre dos westerns. Relata a história do famoso e verídico duelo ‘OK Curral’, travado em Tombstone pelo xerife Wyatt Earp (Fonda), seus irmãos e Doc Holliday (Victor Mature) contra a família Clanton. Ford dizia que baseou este filme em depoimentos do próprio Earp, que nos anos 1920 frequentou os estúdios onde Ford iniciava sua carreira, mas como o próprio Ford tinha como máxima: “Se a lenda for mais convincente do que a história, imprima-se a lenda”, não se sabe se foi assim mesmo que ocorreu. De qualquer forma o filme é ótimo e tornou-se outra obra-prima do conceituado diretor!

5.º) Sangue de Heróis (Fort Apache), 1948 – John Ford
Henry Fonda
O primeiro filme da trilogia de John Ford sobre a Cavalaria Americana, estrelado por dois grandes nomes: Henry Fonda e John Wayne. O palco é a luta dos soldados contra os Apaches. Paralelamente ao conflito com os índios há o conflito entre o Capitão (Wayne) soldado experiente e o Coronel (Fonda), extremamente teórico e arrogante. Vale salientar que o filme demonstra claramente o enaltecimento do exército americano, bem como dos Estados Unidos, mas não deixa de ser ótimo filme.

6.º) Jesse James (Jesse James), 1939 – Henry King

Henry Fonda e Tyrone Power
Estrelado por Tyrone Power (Jesse James) e por Henry Fonda (Frank James), dirigido por Henry King, o filme conta a história dos irmãos James desde a infância e os motivos que os levaram a tornarem-se famosos bandidos. Sem dúvida é uma história romanceada, mas se não é totalmente fiel à realidade é um ótimo filme em todos os sentidos.

7.º) A Volta de Frank James (The Return of Frank James), 1940 – Fritz Lang
Henry Fonda (Frank James) vai vingar a morte, praticada pelas costas pelos irmãos Ford, de seu irmão Jesse. Essa sequência, dirigida pelo diretor Fritz Lang, não fica nada a dever ao primeiro filme “Jesse James”, é tão bom ou até melhor do que o primeiro. Um dos pontos fortes do filme é sem dúvida a interpretação impecável do extraordinário Henry Fonda.
Na foto ao lado Henry Fonda como Frank James

8.º) Buffalo Bill (Buffalo Bill), 1944 – William A. Wellman 
Joel McCrea e Anthony Quinn
Estrelado por Joel McCrea é um western biográfico, claro que somado à realidade, também, há lenda, mas com muito critério, resultando em uma obra belíssima. Retrata desde seu período como batedor até quando, já no século XX, começa a levar seu Show do Western em seu Circo pelo mundo afora. Retrata seus dramas pessoais, derrotas e vitórias e termina no picadeiro, quando já idoso, faz sua despedida do público de forma emocionante. Um grande filme!

9.º) Homem sem Rumo (Man Without a Star), 1955 – King Vidor
Aqui o tradicional cowboy errante não começa cavalgando pelas pradarias montado em seu cavalo, mas as cruza em um trem. Kirk Douglas contribui muito com sua interpretação para transformar um “homem sem uma estrela” que o guie, em um western de primeira! Não se pode deixar de considerar também a direção competente de King Vidor. Imperdível para quem gosta de western!
Kirk Douglas como o homem sem rumo

10.º) Uma Cidade que Surge (Dodge City), 1939 – Michael Curtiz
Olivia de Havilland e Errol Flynn
O primeiro western do maior ator de aventuras do cinema, considerado o maior espadachim da tela, Errol Flynn, com uma atuação convincente e dirigido por um grande diretor de cinema, que fez muitos filmes com Flynn, Michael Curtiz. Traz também a presença de Olivia de Havilland, que fazia par constante com Flynn. O filme retrata a vida em uma cidade, onde a lei ainda não havia se instalado, agitada e violenta. Um filme gostoso de assistir, bem como muito bem produzido.

O maior cowboy do cinema observa o cowboy Celso Rocky Lane.

Celso Ghelardino Gutierre que poderia ser mocinho de faroestes
made-in Hollywood.

5 comentários:

  1. Celso Ghelardino Gutierre - Esse é o Cara: É um grande conhecedor de cinema , tem tudo e mais um pouco e ainda é uma das pessoas mais humildes que conheci até hoje , sempre tem uma palavra amiga e em matéria de gentileza existem poucos iguais a ele : Excelente filho, pai e amigo , é muito bom ser amigo de Celso, Gostei do seu Top-Ten . Um grande abraço meu amigo
    Joaquim

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  2. Gostei do TOP-TEN do Celso !! E o Shane na ponta dos preferidos,é muito bom ! Um abraço ao grande "mocinho" !!

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  3. Oi, Darci! Oi, Celso!
    “Assim como Roy, Celso é boníssimo, generoso, educado, verdadeiro gentleman, dando inteira atenção a seus interlocutores e sempre ouvindo mais do que fala.” O legal deste Top é que a maioria dos protagonistas das obras escolhidas parece que refletem a personalidade do seu autor, de acordo com a descrição do Darci. Vejam: Shane é o pistoleiro mais cavalheiro da história do “bang-bang”; Ethan Edwards podia ser um verdadeiro selvagem em muitas ocasiões, mas foi um dos românticos mais abnegados da sétima arte, ou seja, no fundo, alguém generoso; Ringo Kid era a verdadeira personificação da educação e da generosidade, principalmente com os excluídos, a sua amada Dallas e Doc Boone; o Wyatt Earp (de Fonda e Ford) foi o cowboy mais gentleman que houve, só aquela seqüência em que ele oferece o braço respeitosamente a sua amada Clementine, tirando-a para dançar, a conduzindo até o palco com toda pompa, dançando tentando não olhar muito para o rosto dela, e, por fim, se inclinando para ela, agradecendo-a, é de um romantismo cavalheiresco, que há muito se perdeu; já o capitão York e o coronel Thursday podiam ser opositores em quase tudo, mas não no “Código de Cavalheiros”, a cena que em que York joga a luva no chão desafiando Thursday para um duelo, exemplifica bem isso, além disso, o capitão era um líder generoso que dava total atenção aos seu comandados, sempre os ouvindo; os irmãos James (nos filmes de King e Lang) eram a verdadeira personificação do” gentleman sulista”. Taí, uma personalidade exposta em suas escolhas. Essa Freud explicava com facilidade. Abraços gente.
    Robson

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    Respostas
    1. Olá, Robson
      Esse foi o comentário mais psicológico feito neste blog. Mas e a ferocidade de Kirk Douglas em Homem Sem Rumo? Não sem razão Henry Fonda é o ator que mais apareceu na lista do Celso. E Fonda era a dignidade em pessoa. Abraço do Darci

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  4. o cowboy e brilhante mocinho das matines e dos gibis da rge chama se allan rocky lane vibrei muitos com seus filmes e ,maginnificos gibs. era dee ouro inesquecivel dos gibis de faroeste e filmes notadamente os chamados westerns b abraços edgar do caw

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