UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

5 de julho de 2012

KATY JURADO, 'LA SEÑORA' DOS FAROESTES


O cinema mexicano teve nas décadas de 40 e 50, uma constelação de estrelas de fazer inveja à própria Hollywood. Nesse período chamado de ‘a época de ouro do cinema mexicano’, atuavam nos Estudios Churubusco mulheres bonitas e sedutoras como Dolores Del Río, María Félix, Columba Domíngues, Silvia Pinal, Maria Elena Marqués, Elsa Aguirre, Lilia Prado e ainda as igualmente belas ‘importadas’ Marga López, Miroslava, Sara Montiel, María Antonieta Pons, Ninón Sevilla, Rosita Quintana e Libertad Lamarque. Para se sobressair em meio a uma constelação dessas precisava ter beleza e talento como Katy Jurado que não só se tornou grande estrela do cinema mexicano mas ultrapassou fronteiras e brilhou intensamente no cinema norte-americano. E Katy Jurado foi a atriz latina pela qual os fãs de faroestes tiveram mais carinho do que por qualquer outra.

Acima Katy e Gilbert Roland em "Paixão de
Toureiro"; abaixo Grace Kelly e Gary Cooper
com Katy em "Matar ou Morrer".
OFUSCANDO GRACE KELLY - Katy Jurado já havia atuado em 18 filmes no México quando foi convidada por John Wayne e Budd Boetticher para participar de “Paixão de Toureiro”, rodado no México em 1951. John Wayne era o produtor daquele filme sobre touradas dirigido por Boetticher. Duke, que vivia uma guerra sem tréguas com sua esposa mexicana ‘Chata’ (Esperanza Baur), sempre teve um fraco por latinas calientes e chegou a cortejar Katy Jurado durante as filmagens. O namoro com Duke foi uma espécie de passaporte para Hollywood e já em 1952 Katy estreava no cinema norte-americano. E que estréia! O western foi “Matar ou Morrer” e Katy Jurado interpretou ‘Helen Ramírez’, deslumbrando público e crítica com sua soberba atuação que ofuscou a mocinha do filme, a delicada Grace Kelly. Ninguém duvidava que Katy Jurado se tornaria uma grande estrela nos Estados Unidos, desde que, é claro, superasse a quase intransponível barreira étnica que limita os latinos a papéis de índios ou de mexicanos mesmo. E interpretando uma mexicana Katy Jurado fez outro western, “A Bandeira da Desordem”, estrelado por Rod Cameron. A seguir Katy foi uma mestiça ao lado de Charlton Heston em “O Último Guerreiro”. 


Katy Jurado e Charlton Heston em "O Último Guerreiro".

Katy sendo maquiada para
"A Lança Partida", com Robert
Wagner e Spencer Tracy.
A SURPRESA DE SPENCER TRACY - Não seria fácil Katy Jurado encontrar outro personagem como o de ‘Helen Ramirez’, então a determinada atriz mexicana decidiu brigar para interpretar a esposa índia de Spencer Tracy. O papel era para ser de Dolores Del Río que acabou desistindo, dando início a uma disputa entre várias atrizes que queriam ser a Señora Devereaux. Katy se ofereceu e o produtor Sol C. Siegel até que gostou dela, mas o diretor Edward Dmytryk e Spencer Tracy deram o contra. Tracy chegou a dizer que Katy iria parecer sua neta, não sua mulher. Siegel fez um teste com Katy devidamente maquiada para que parecesse alguns anos mais velha O teste surpreendeu o veterano ator que convencido do talento da atriz mexicana elogiou a escolha do produtor. Cercada por atores como Tracy e Richard Widmark, Katy Jurado teve brilhante desempenho que lhe rendeu uma indicação para o Oscar, por sinal, a primeira indicação de uma atriz mexicana a esse prêmio. Esse fato só seria repetido 50 anos depois quando Salma Hayek também recebeu uma indicação.

Acima Katy com Anthony
Quinn; nas demais fotos
com Ernest Borgnine.
ERNEST BORGNINE, O ‘BULLITO’ - Em 1956 Katy Jurado esteve ao lado do também mexicano Anthony Quinn no ótimo pequeno western “Blefando a Morte”. E o grande Tony Quinn teve que se desdobrar para superar a excelente atuação de Katy. No ano seguinte Katy participou do western “Pagaram com o Próprio Sangue” (Dragoon Wells Massacre), estrelado por Barry Sullivan. 1958 reservava para Katy Jurado um momento importante em sua vida ao participar do western “o Homem das Terras Bravas”, estrelado por Ernest Borgnine e Alan Ladd. E o próprio Borgnine é quem conta que todos durante as filmagens diziam que ele e Katy haviam nascido um para o outro e que deveriam se casar pois se identificavam completamente. Falavam essas coisas a todo momento, tanto que Ernie e Katy decidiram mesmo se casar. Ela havia sido casada, no México, com o ator Victor Velásquez, com teve dois filhos. Katy chamava Borgnine de ‘Bullito’, que significa ‘Tourinho’ e o casamento deles se assemelhava mesmo a uma tourada em que Ernest levava até mesmo chifradas pois Katy voltara a se relacionar com um antigo namorado chamado Marlon Brando. Ernie e Katy se separaram em 1961 e se divorciaram em 1963. Em sua biografia Ernie lembra que Katy era uma mulher belíssima, mas se comportava como se fosse um tigre, sempre pronta para atacar.


Alan Ladd e os namorados Katy Jurado e Ernest Borgnine durante
 as filmagens de "O Homem das Terras Bravas".

Acima Katy e o namorado Marlon
Brando; com Chuck Connors; na
foto menor o escritor Louis L'Amour.
VAI-E-VEM COM BRANDO - Marlon Brando tinha entre suas namoradas latinas Movita Castañeda, Rita Moreno e Katy Jurado. O mais curioso é que esses namoros que ocorriam simultaneamente pareciam nunca terminar, ou se terminavam recomeçavam sempre, como acontecia com Katy Jurado. Para facilitar as coisas Brando Chamou Katy para atuar em “A Face Oculta”, o belíssimo western em que ela interpretou a esposa mexicana de Karl Malden. Katy jurado confessou certa vez que seu verdadeiro amor na América foi o escritor de história ambientadas no Velho Oeste Louis L’Amour. Katy disse que conservava um precioso tesouro que eram as cartas de amor que o autor de “Hondo” lhe escrevera. Depois do faroeste dirigido por Brando, Katy Jurado atuou em “Smoky”, western sobre um cavalo naquela linha de Walt Disney, não por acaso estrelado por Fess Parker. Em 1968 Katy Jurado teve que engordar vários quilos para interpretar a madrasta mestiça de Elvis Presley no musical-comédia rural “Joe é Muito Vivo” que nem de longe parece um western. Katy Jurado raramente emprestava seu conhecido nome a séries de televisão, em participações especiais, aparecendo num episódio da série “O Homem do Rifle”, estrelada por Chuck Connors.

Katy Jurado em "Pat Garrett & Billy the Kid" e
ao lado de Elvis Presley em "Joe é Muito Vivo".
UMA CENA COM PECKINPAH - Em 1973 Katy Jurado participou pela última vez de um faroeste que foi “Pat Garrett & Billy the Kid”, sob a direção de Sam Peckinpah, diretor que propiciou a Katy a melhor sequência de sua carreira no cinema norte-americano. Ao som de “Knockin’ on Heaven’s Door”, uma já madura Katy Jurado vê seu marido no filme (Slim Pickens) morrer com a barriga cheia de chumbo, em uma das mais poéticas e pungentes sequências que um western mostrou. Peckinpah, o responsável por haver mudado o gênero, foi também quem presenteou Katy naquele que seria o adeus (dela e de Sam) ao faroeste.

Acima cena de "El Bruto", com Katy e Pedro
Armendáriz; abaixo Katy com Miroslava em
"Cárcere de Mulheres"; à direita 'El Índio'.
DESCOBERTA POR ‘EL ÍNDIO’ - Katy Jurado nasceu com o pomposo nome de María Christina Estela Marcela Jurado García no dia 16 de janeiro de 1924, na cidade de Jalisco, em Guadalajara (outras fontes indicam a Cidade do México como local de nascimento). O pai de Katy era um grande proprietário de terras que viu sua fortuna diminuir com a Revolução Mexicana que lhe tomou parte do extenso patrimônio. Ainda assim Katy não teve do que se queixar na infância e adolescência, vindo a estudar Jornalismo num tempo em que poucas mulheres mexicanas iam à escola fundamental. Certo dia Katy disse aos pais que havia sido convidada por Emílio Fernández para ser atriz. Como o país inteiro conhecia a má fama de ‘El Índio’ os pais de Katy rechaçaram a ideia como se isso fosse suficiente para que ela desistisse da proposta. Apresentada por Fernández, Katy aos 19 anos estreou como atriz em 1943 no drama “No Matarás”, casando-se em seguida com o ator Victor Velásquez. Entre os muitos filmes feitos por Katy no México, destacam-se “Cárcere de Mulheres”, em que dividiu cela com Sara Montiel e Miroslava e "El Bruto". Este último foi dirigido por Luís Buñuel e deu a Katy Jurado a oportunidade em papel intensamente dramático interpretando a volúvel e possessiva 'Paloma' que leva à desgraça Andrés Soler e seu amante 'El Bruto', interpretado por Pedro Armendáriz.

Katy com Burt Lancaster em "Trapézio".
EXUBERANTE E CALIENTE - Ao contrário das muitas atrizes do cinema mexicano, Katy se destacava pela feição com acentuados traços típicos dos índios, além de ser sensual e exuberante como a própria ‘La Doña’ María Félix. Dona de personalidade forte Katy transferiu para seus personagens essa sua característica e interpretava invariavelmente mulheres possessivas que devoravam os homens sempre mais frágeis que ela. Ao se transferir para o cinema norte-americano Katy, mesmo tendo que interpretar personagens geralmente aviltados pelos poderosos homens brancos, jamais deixou de levar mulheres fortes para as telas. Katy Jurado atuou em três não-westerns que merecem ser lembrados: “A Fúria dos Justos”, com Glenn Ford; “Caminhos Sem Volta”, com Kirk Douglas, sobre corridas de automóveis com o também mexicano Gilbert Roland no elenco. O terceiro é “Trapézio”, com Burt Lancaster, Tony Curtis e Gina Lollobrigida.

Katy com o marido Ernie em 1961; abaixo em
"À Sombra do Vulcão".
FILMES NA EUROPA, NOVELAS NO BRASIL - Quando não havia bons papéis para ela nos Estados Unidos, Katy Jurado atravessava a fronteira e voltava para o México, onde nunca deixou de ser reverenciada como uma grande dama do cinema. Em 1963 Katy Jurado atuou em “La Bandida”, drama que teve no elenco María Félix, Pedro Armendáriz, Emílio Fernándes e Lola Beltran. Além do México, Katy filmou também na Itália, país em que atuou duas vezes com o marido Ernest Borgnine em “Barrabás”, protagonizado por Anthony Quinn e em “I Briganti Italiani”, com Vittorio Gassman e Rossana Schiaffino. Em 1978 Katy Jurado atuou mais uma vez ao lado de Anthony Quinn no filme mexicano “Os Filhos de Sánchez”, com a divina Dolores Del Río também no elenco. Divorciada de Ernest Borgnine, Katy Jurado não mais se casou e em 1981 sofreu um grande abalo com a morte do filho Victor Hugo num acidente de automóvel no México. Aos 60 anos de idade, em 1984 Katy Jurado interpretou ‘Señora Gregória’ em “A Sombra do Vulcão”, de John Huston. Voltando a residir em seu país, Katy Jurado fez todo tipo de trabalho, desde os filmes de terror tão ao gosto dos mexicanos (“La Puerta”, “La Mujer Del Carnicero”, “Hasta el Viento Tiene Miedo”) até as novelas de televisão que têm público igual ou maior que no Brasil. Depois de ver Katy tantas vezes em filmes, a atriz podia ser vista na TV brasileira, na rede SBT, que exibia as novelas produzidas no México.

Katy Jurado e Gary Cooper; abaixo Katy e o
Silver Ariel que ela recebeu quatro vezes.
PREMIADÍSSIMA ATRIZ - Em 1974 Katy Jurado atuou no filme mexicano “Fé, Esperança e Caridade” e sua interpretação nesse filme lhe valeu o ‘Silver Ariel’ (o Oscar mexicano), prêmio de Melhor atriz do Ano que já havia recebido em 1953 por “El Bruto”, de Buñuel. Em 1999, aos 75 anos de idade Katy Jurado recebeu outro ‘Silver Ariel’, desta vez como Melhor atriz Coadjuvante no filme “El Evangelio de las Maravillas”. Um quarto ‘Silver Ariel’ foi dado à atriz em reconhecimento ao seu trabalho no Exterior. Nos Estados Unidos, Katy recebeu um ‘Globo de Ouro’ por sua atuação em “Matar ou Morrer”, sendo a primeira atriz latino-americana a receber esse prestigioso prêmio. Igualmente importante para Katy Jurado foi receber o ‘Golden Boot Awards’ que lhe foi outorgado em 1992, prêmio que homenageia aqueles que contribuíram para a grandeza dos faroestes. Em Hollywood, Katy Jurado tem a sua estrela na Calçada da Fama, outra justa homenagem que lhe foi prestada em 1994. Os últimos trabalhos de Katy Jurado no cinema foram “The Hi-Lo Country”, em 1998, filme que Sam Peckinpah passou anos tentando inutilmente fazer. Em 2002, já bastante adoentada, Katy se despediu das telas no drama mexicano “Um Secreto de Esperanza”, fazendo o papel principal. Nesse mesmo ano de 2002, aos 78 anos de idade, Katy Jurado faleceu em Cuernavaca, Morelos (México), no dia 5 de julho vítima de problemas cardíacos e respiratórios. Há exatos dez anos o cinema perdeu uma atriz excepcional que interpretava como poucas mulheres fortes a quem os homens respeitavam. Uma atriz que com igual facilidade ser digna ou a mais cruel vilã, aquela que com um simples arquear de sua sobrancelha e seus profundos e enormes olhos negros intimidava hombres valientes ou mocinhos como Gary Cooper.


Álbum para tirar as dúvidas sobre a beleza de Katy Jurado.


8 comentários:

  1. Parabéns Darci pela bela homenagem prestada a essa grande atriz, Katy Jurado.
    Seu trabalho em Matar ou Morrer é realmente merecedor de muito destaque e sem dúvidas nesse ela se sobressai a pálida Grace Kelly.
    Eu não sabia que Jurado foi namorada de Brando, na verdade eu não sei quem NÃO foi namorada dele pois devem ter sido tantas... enfim

    Ótimo texto, ótima matéria, ótimo Post

    Grande Abraço

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  2. Uma leitura que me encheu de surpresas. Eu, que tinha a impressão que conhecia tudo da Katy.

    - Katy Jurado e Duke amantes! Jamais tinha ouvido falar da ocorrencia. Embora ja conhecesse a queda do cawboy por latinas.
    - Sobre Trapézio, jamais saberia que a Katy esteve na fita, já que Lancaster, Curtis e Lolo eram os nomes conhecidos e famosos à época.
    - Apesar de poder imaginar, desconhecia também que Matar ou Morrer foi seu primeiro filme nos EUA. Estreia de mestre.
    - Mesmo A Lança Partida sendo um dos filmes que mais falo dele, principalmente pela interpretação de Tracy, não conhecia que a bela Katy havia sido submetida a maquiagem para ser a esposa do Tracy nem que foi indicada, e com todo merecimento, ao oscar por sua linda interpretação.

    É melhor eu parar de mostrar as coisas que desconhecia, senão somente falarei delas, já que esta biografia compacta da Katy mostra o quanto ela foi mulher, atriz, amante, esposa, enfim, mostra o quanto esta mulher foi mulher.

    Entretanto não vou deixar de ressalvar o quanto o grande Quinn deve mesmo ter de se desdobrar em atuação para acompanhar o otimo desempenho da Katy em Blefando com a Morte, um faroeste bem feito, coerente, com ótima direção e interpretações maravilhosas.

    Como, aliás, foram todos os seus trabalhos participados, já que ela era uma atriz de mão cheia, uma mulher de gênio forte e que, por todas as suas qualidades, abocanhou formidáveis papéis, que se tornam desnecessários enumerá-los, já que esta resenha descreve tudo muito perfeitamente.

    Puxa vida! Que mulher, que vida, que atriz, quantos premios, quantos filmes, quantos paises tiveram o privilégio de te-la em seus filmes, enfim, que presente o México emprestou ao mundo!

    Infelizmente temos de lhe dizer o adeus que jamais desejariamos dizer, se assim pudessémos. Mas somos também felizes e muito privilegiados pela herança que herdamos de anos e anos de um profissionalissimo e arrojado trabalho.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  3. Jefferson?

    Não notou que eu parei de enumerar as novidades sobre a vida desta mulher sensacional?
    Comecei a enumerar o que desconhecia e, quando dei por mim, somente falava destas coisas. Então parei.
    Uma grande atriz e mulher, não?
    Vê porque é bom gostar de cinema? Como saberiamos de tudo isso não fosse nosso amor pela arte? Perderiamos, não?
    Forte abraço, amigo.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  4. Darci?

    Eu tinha resolvido não mais lhe parabenizar por qualquer trabalho seu no blog. Claro, pois são todos formidáveis.
    Mas este está sobrando, caro companheiro! Uma matéria de fazer o cinéfilo não conseguir fazer mais nada até devorar a ultima palavra da resenha.

    Então, fugindo à regra que estebeleci, parabens amigo. Te aperto a mão e o congratulo por mais este magnifico trabalho.
    Um compacto formidávelmente bem feito da vida inteira de uma atriz sem medidas.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  5. Obrigado Jurandir - Pessoas como você reconhecendo as matérias do Westerncinemania representam o maior dos incentivos. E você sabe, quando gostamos de um artista parece que a postagem sai melhor. Darci

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  6. Caro Darci, sempre surpreso com seus escritos sobre os westerns, torno a afirmar: vc merece um Oscar da academia de cinema tal a importancia do seu trabalho.!! De todas as divas do cinema (realmente de todas) Foi Katy Jurado a minha paixão.Fiquei muito feliz com a sua biografia a qual vc magistralmente nos apresentou. Abraços amigo Darci, com admiração.

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  7. Olá, Duílio
    Obrigado pelo elogio que vindo de você tem imenso valor. desconhecia sua paixão por Katy Jurado que foi uma atriz admirável.
    Grande abraço do Darci

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  8. "Cawboy".......sei......sei.....

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