Henry Silva |
Na enquete realizada por WESTERNCINEMANIA para apontar os ‘Melhores Homens Maus’ dos faroestes, Henry
Silva foi o oitavo colocado. Silva ficou abaixo de Lee Marvin, Lee Van Cleef,
Jack Elam, Jack Palance, Dan Duryea, Eli Wallach e Ernest Borgnine, todos
vilões extraordinários do cinema. Muito justo Henry Silva ter ficado entre os
grandes bandidos da tela, ele que será sempre lembrado pelos fãs de westerns
por seus excelentes desempenhos em filmes do gênero, geralmente infernizando a
vida dos heróis. Silva, que nasceu no dia 15 de setembro de 1928, atuou
pela última vez em 2001, fazendo uma pequena aparição em “Onze Homens e Um Segredo” e
deixou uma certeza: o cinema não encontrou substituto para este ator de rosto
invulgar, riso perverso, olhar sinistro, especializado em tipos multirraciais.
Acima Elia Kazan; abaixo Henry Silva. |
Escolhido
entre 2.500 - Nascido no Brooklyn (Nova York), Henry Silva sempre
afirmou ser descendente de mãe espanhola e pai italiano, tendo ainda ancestrais
russos. Porém uma pesquisa no censo de Manhattan do ano de 1928, apontou que os pais de Henry
Silva nasceram mesmo foi em Porto Rico, o que ele nunca confirmou, sabe-se lá
por qual razão. Falando sobre sua vida antes de se tornar ator, Henry Silva
conta que abandonou a escola as 13 anos para trabalhar num restaurante como
lavador de pratos, passando depois para a função de garçom. No início dos anos
50 nove entre dez jovens queriam se tornar ator e em Nova York comentava-se
muito sobre uma escola que adotava um método revolucionário de atuar. A escola
chamava-se Actors Studio e fora fundada em 1947 por Elia Kazan, um imigrante turco
filho de gregos. Quando o Actors Studio decidiu abrir um concurso para fornecer
cinco bolsas de estudos a jovens pobres de Nova York, 2.500 pessoas se
inscreveram e fizeram testes. Ao final Henry Silva estava entre os cinco
escolhidos e já em 1950 aquele novaiorquino de olhos puxados conseguiu
participações em séries de TV. Em 1952 Elia Kazan foi o responsável pela
estreia de Henry Silva no cinema, dando a ele um pequeno papel em “Viva
Zapata!”, justamente numa sequência em que, como camponês, contracena com
Marlon Brando, outro ator oriundo do Actors Studio.
Henry Silva com Marlon Brando em "Viva Zapata!". |
Henry Silva |
Do
palco para a tela - E Kazan foi também o padrinho de
Henry Silva nos palcos, com a peça de Tennessee Williams “Camiño Real”,
dirigida por Kazan e com Eli Wallach, Jo Van Fleet, Frank Silvera, Nehemiah
Persoff e Martin Balsam no elenco ao lado de Henry Silva. Em 1955 o Actors
Studio decidiu encenar a peça “A Hatful of Rain”, só com atores da célebre
escola e o elenco foi formado por Shelley Winters, Anthony Franciosa, Frank
Silvera, Harry Guardino e outros. Henry Silva ficou com o papel de ‘Mother’. A
peça fez grande sucesso, permanecendo um ano inteiro em cartaz e ainda
excursionando por várias cidades. Em palcos de outras cidades Anthony Franciosa foi
substituído por Steve McQueen, contracenando com Henry Silva. Os direitos
cinematográficos da peça foram adquiridos pela 20th Century-Fox que produziu,
em 1957, o filme que no Brasil se chamou “Cárcere Sem Grades”. Dirigido por
Fred Zinnemann, o elenco do filme contou apenas com Anthony Franciosa e Henry
Silva, entre os atores que participaram da montagem original. Após “Cárcere Sem
Grades” Henry Silva participou de “Resgate
de Bandoleiros” (The Tall T), um dos clássicos da série dirigida por Budd
Boetticher e estrelada por Randolph Scott. Silva teve desempenho marcante como
membro do bando liderado por Richard Boone.
Folheto informativo da apresentação teatral de "A Hatful of Rain"; nas outras duas fotos Henry Silva em "Resgate de Bandoleiros". |
Henry Silva |
Sequência
de westerns - Em 1958 Henry Silva atuou em nada menos que três
westerns, um muito bom, outro que se tornou clássico e um inferior. “Duelo na Cidade Fantasma” (The Law and
Jack Wade), do especialista John Sturges, tinha no elenco Robert Taylor e
Richard Widmark, com destaque para Henry Silva como um dos homens refugiados no
claustrofóbico saloon abandonado. Esse western toca num assunto até então tabu
que é o homossexualismo no Velho Oeste. Veio depois o excelente “Estigma da Crueldade” (The Bravados),
de Henry King, com Gregory Peck vingando-se dos assassinos de sua esposa,
vingança equivocada e incompleta ao poupar o índio interpretado com
perfeição por Henry Silva. O terceiro dos westerns que Silva filmou em 1958 foi
“Na Rota dos Proscritos” (Ride a
Crooked Trail), no qual Audie Murphy é o astro assistindo Walter Matthau e
Henry Silva lhe roubarem o filme.
Henry Silva com Richard Widmark; à direita Henry Silva com Walter Matthau e Audie Murphy. |
Henry Silva em "Estigma da Crueldade" com Alícia Del Lago e com Gregory Peck. |
Acima Henry Silva com Jerry Lewis em cena de "Cinderelo Sem Sapato"; abaixo Silva como 'Maximilian' no mesmo filme. |
Comédia
com Jerry Lewis - Em 1959 Henry Silva interpretou um
nativo da América do Sul no drama “A Flor que Não Morreu” e um fora-da-lei em “A Encruzilhada dos Facínoras” (The
Jayhawkers), western estrelado por Jeff Chandler. Mais uma vez Silva mostrou
que era ótimo como bandido. Em 1959 Henry Silva interpretou um dos membros da
quadrilha de Frank Sinatra que planeja e executa um roubo num cassino em Las
Vegas no policial “Onze Homens e um Segredo”. Nesse mesmo ano Henry Silva atuou
na comédia “Cinderelo Sem Sapato”, adaptação de Cinderela, no caso
‘Cinderfella’, interpretado por Jerry Lewis. Silva é ‘Maximilian’, um dos
irmãos arrogantes e invejosos da história. Quando não atuava no cinema, Henry Silva participava como
convidado especial de séries de TV. Entre as muitas séries em que ele atuou
estão “Os Intocáveis” e “Caravana”, três vezes em cada uma delas. Henry Silva
se divorciara da primeira esposa em 1955 e em 1959 contraiu matrimônio com
Cindy Conroy, casamento que também durou pouco, acabando em 1962.
Os onze homens detentores do segredo; Henry Silva ao telefone. |
Jeff Chandler e Henry Silva; Henry Silva e Nicole Maurey; fotos de "Encruzilhada dos Facínoras". |
O
gângster Johnny Cool - Durante as filmagens de “Onze Homens
e um Segredo” Henry Silva fez amizade com Frank Sinatra e o ‘The Voice’ chamou
Silva para participar de seus próximos filmes em 1962. Estes foram “Os Três Sargentos” (Sergeants 3)
western-comédia pouco engraçado dirigido por John Sturges em que Silva
interpreta um chefe índio. O outro filme foi um clássico do suspense, que se
tornou cult, intitulado “Sob o Domínio do Mal”, de John Frankenheimer, filme
sobre lavagem cerebral durante a guerra fria e com esplêndida atuação de Henry
Silva como um comunista coreano. Em 1963 Silva atuou em “Águia em Alerta”,
drama de guerra com Rock Hudson. Nesse mesmo ano, pela primeira vez em sua
carreira, Henry Silva deixava de ser coadjuvante, protagonizando o gângster
‘Johnny Cool’ no policial do mesmo nome e que no Brasil se intitulou “O
Mensageiro da Vingança”. “Johnny Cool” levou muita gente aos cinemas e os
críticos elogiaram a ótima atuação de Henry Silva. Em 1964 Silva fez apenas um
filme como coadjuvante, que foi “Invasão Secreta”, de Roger Corman. Ao
contrário do que se poderia esperar, Silva não se firmava como astro principal em Hollywood.
Veio em seguida o estranho e pouco visto western “Viagem para a Morte” (The Reward), estrelado pelo sueco Max von
Sydow e com Silva como sétimo nome do elenco. Foi então que ele percebeu que
deveria procurar novos ares para sua carreira, ares europeus.
Henry Silva como 'Johnny Cool' com Sammy Davis Jr.; à direita cena de "Viagem para a Morte", vendo-se Gilbert Roland, Max von Sydow, Henry Silva, Nino Castelnuovo e Emílio Fernandez. |
Henry Silva (com Frank Sinatra) em "Os Três Sargentos". |
Henry Silva |
Gigantesco
Mr. Moto - Na França Henry Silva liderou o elenco do policial “Atiro
Primeiro, Pergunto Depois” (1965) e na Inglaterra Silva reviveu o detetive
oriental ‘Mr. Moto’, criado por Peter Lorre na década de 30. O filme se chamou
“O Retorno de Mr. Moto” e ficou apenas nesta aventura, ao contrário da série de
Peter Lorre que resultou em oito filmes. Criado pelo norte-americano John P.
Marquand, o detetive japonês Kentaro Moto era um homem elegante e de pequena
estatura e ao contrário de Peter Lorre (1,61m), Henry Silva tinha 1,88m de
altura. Ainda na Europa, Henry Silva fez seu primeiro western-spaghetti, o excelente
“Sangue nas Montanhas” (Un Fiume di
Dollari), de Carlo Lizzani, com Dan Duryea e a bela Nicoletta Machiavelli. Aclamado
inclusive pela crítica, “Sangue nas Montanhas” foi o filme que decididamente
chamou a atenção dos produtores europeus para o nome de Henry Silva.
Henry Silva em "Sangue nas Montanhas". |
Henry Silva como 'Mr. Moto' e Peter Lorre, o primeiro 'Mr. Moto'. |
‘Chato’,
um índio bom - Casando-se novamente, desta vez com a atriz Ruth Earl,
Henry Silva retornou aos Estados Unidos para interpretar mais um nativo
norte-americano, o chefe ‘Crazy Knife’ numa versão de “Jornadas Heróicas” (The
Plainsman), de Cecil B. DeMille. O novo “The Plainsman” se chamou “Respondendo à Bala” no Brasil, com Don
Murray como ‘Wild Bill Hickok’ no papel que foi de Gary Cooper. Em seguida
Henry Silva foi coadjuvante em “Como Roubar Milhões Sem Fazer Força”, com Jack
Elam, Edward G. Robinson e Slim Pickens no ótimo elenco. “Cinco Homens Selvagens” (The Animals) foi uma espécie de versão
feminina de “Estigma da Crueldade”, com Michele Carey (de “El Dorado”) no papel
de vingador que pertenceu a Gregory Peck e com Henry Silva como o índio
‘Chato’. Ao contrário do filme de Henry King, desta vez Henry Silva (‘Chato’),
sem falar uma única palavra em Inglês, não é fora-da-lei e é quem resgata a
mocinha Michele Carey. Quando tentaram fazer de Bill Cosby um astro cinematográfico,
ele atuou em “Man and Boy”, com Henry Silva como coadjuvante. As séries de TV
continuavam a contar com a presença de Henry Silva, forma de valorizar os
episódios.
Henry Silva com Beba Loncar. |
Com
a lei e contra ela - Percebendo que na Europa seu nome
tinha maior apelo entre o público que em seu próprio país, Henry Silva passou a atender aos insistentes convites europeus. Veio então uma longa série de
filmes policiais estrelados por Henry Silva até 1980, quando o western-spaghetti
já deixara de atrair público: “O Incomparável Espião” (outra vez com Nicoletta
Machiavelli); “Cruel Sentença de um Assassinato”, com Henry Silva num papel
duplo; “Quella Carogna dell’Ispettore Sterling”, que pode ser traduzido por ‘A
Carcaça do Inspetor Sterling’, protagonizado por Henry Silva; “Por Ordem da
Cosa Nostra”, com a presença do também norte-americano Woody Strode no elenco;
“L’Insolent” (este uma produção francesa); “Il Boss”, com Silva e Richard Conte
como mafiosos; “Morte ao Sol” (Les Hommes), coprodução França-Itália; “Zinksärge
für die Goldjungen”, coprodução Alemanha-itália; “Quelli Che Contano”, com
Barbara Bouchet; “Milano Odia, La Polizia non Puó Sparare”,”Il Trucido e lo
Sbirro”, ambos coestrelados com Tomas Milian; “Fatevi Vivi, la Polizia non
Interverrá”, com Phillipe Leroy; “L’Uomo della Strada fa Giustizia”, com
Luciana Palluzzi; “Poliziotti Violenti”, com Antonio Sabato; “Napoli Spara!”,
cujo título já indica muita violência. Se os filmes policiais ganhavam bastante
com a expressiva feição de Henry Silva, em outros gêneros ele se saia
igualmente bem, como no filme de guerra “Probabilidade Zero” e na aventura
“Zona Bianca Alla Riscosa”, filmado nos alpes austríacos.
Acima e abaixo pôsteres de filmes europeus com Henry Silva. |
Henry Silva com Pamela Hensley. |
Brilhando
em ficção-científica - No final da década de 70 Henry Silva
deu adeus à Europa para interpretar, nos Estados Unidos, uma série de papéis
que demonstravam sua versatilidade. Foi o tempo do suspense “Shoot”, com Ernest
Borgine e Cliff Robertson; “Amor e Balas”, policial da grande fase de Charles
Bronson; na sci-fi “Buck Rogers no Século XXV”, Henry Silva é o diabólico ‘Kane’,
encontrando-se com outro arquivilão que era Joseph Wiseman; “Ânsia”, outra
sci-fi com David Hemmings no elenco; “O Dia do Assassino”, policial com Glenn
Ford e Chuck Connors; o terror “O Jacaré Assassino”, na trilha do sucesso de
“Tubarão”; a aventura “Caçada em Atlanta”, dirigido e estrelado por Burt
Reynolds, então a maior bilheteria de Hollywood; também com Burt Reynolds,
Henry Silva apareceu em “Um Rally Muito Louco”; na comédia “O Homem com a Lente
Mortal” com o ex-007 Sean Connery; novamente como astro principal, Henry Silva
estrelou o suspense “Trapped”; outra sci-fi foi
“O Esquadrão do Terror”, com Michael Beck; o policial “Correntes do
Inferno” teve no elenco Henry Silva e também Stella Stevens e ainda Linda
Blair. Uma curiosidade é o fato de Henry Silva ter feito nada menos que cinco
filmes sob a direção de Fernando Di Leo, escritor e diretor italiano
especializado em filmes policiais. Os últimos filmes que reuniram Silva e Di
Leo foram “Missão Implacável”, de 1984 e “Killer Contro Killers”, de 1985, ambos com
Henry Silva como ator principal.
Henry Silva com Chuck Norris (acima) e com Steven Seagal ao fundo (abaixo). |
Silva
nos traços de Chester Gould - Henry Silva voltaria a atuar em um
western em 1985, em um dos mais escrachados filmes do gênero que foi “A Louca Corrida do Ouro” (Lust in the
Dust), com o travesti Divine, Tab Hunter, César Romero e Geoffrey Lewis
tentando provocar risadas num fracasso de bilheteria. Mas o próximo filme de
Henry Silva, nas pegadas de Indiana Jones, fez relativo sucesso e foi
intitulado “Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido”, com Richard
Chamberlain e Sharon Stone; veio em seguida “À Prova de Bala”, aventura com
Gary Busey e “Treinado para Matar” com Chuck Connors. Outro Chuck, o Norris, já
fazia sucesso quando filmou “Código do Silêncio” e tinha a incômoda companhia de
Henry Silva como vilão. Para rivalizar com Chuck Norris, Hollywood lançou um
novo ator que usava mais sua arma que a força de seus músculos, e tinha o nome
de Steven Seagal. O primeiro filme de Seagal foi “Nico Acima da Lei” e Henry
Silva é o agente da CIA ‘Kurt Zagon’ para pôr à prova o novo herói. O mais
pretensioso filme dessa fase foi “Dick Tracy”, tentando colocar na tela
personagens o mais parecido possível com os vilões criados por Chester Gould.
Para interpretar ‘Influence’ foi escolhido Henry Silva, ao lado de astros como
Al Pacino e Dustin Hoffman, além de Warren Beatty e Madonna. Infelizmente “Dick
Tracy” ficou longe do sucesso merecido.
Ocaso
da longa carreira - Nova década (a de 90) e novo retorno
ao exterior, com Henry Silva emprestando seu nome a filmes como “La Via Della
Droga”, “Cyborg, o Guerreiro de Aço”, “White Cobra Express”, “L’Ultima Meta” e
“Fists of Steel”. “Anatomia de um Crime”, filmado e 1992 nada tem a ver com o
clássico de Otto Preminger e nesse “Anatomia” Henry Silva desempenha um
detetive; “Três Dias para Matar” e “South Beach” foram dirigidos e estrelados
pelo astro negro Fred Williamson que chamou Henry Silva para reforçar o elenco;
na comédia “Loucos, Birutas e Debilóides” Silva é um chefe de polícia, em meio
a inúmeros convidados especiais. Aproximando-se dos 70 anos, Henry Silva
aceitou atuar em filmes que talvez nem ele mesmo seja capaz de lembrar os
títulos e indignos de seu nome, entre eles “Fatal Choise”, “Drifting School”,
“The Prince”, e “Uncondicional Love”. “Prazer em Matar-te” pelo menos tinha atores
importantes como Richard Dreyffus, Gabriel Byrne e Burt Reynolds no elenco, ao
lado de Henry Silva.
Boneco com a figura de Henry no filme "Buck Rogers no Século XXV", item de colecionadores; no centro Silva em "Um Rally Muito Louco"; à direita Silva em foto recente. |
Ator
nunca esquecido - No final de sua vida artística,
Henry Silva teve oportunidade de ser dirigido por renomados diretores como Wim
Wenders em “O Fim da Violência” e Jim Jarmusch em “Ghost Dog”. Outro diretor
expoente de sua geração é Steven Soderbergh que refilmou “Onze Homens e Um
Segredo”, com George Clooney, Brad Pitt e grande elenco. O espectador que
prestar atenção verá Henry Silva assistindo à luta de boxe, nesse filme de 2001
e que representou a despedida do ator cujos olhos puxados e riso cínico foram
vistos nas telas dos cinemas do mundo inteiro por 50 anos. O terceiro casamento
de Henry Silva acabou em 1987 depois de dar a ele os filhos Michael e Scott, seus únicos filhos em três casamentos. Os verdadeiros cinéfilos, antigos ou jovens, não se esquecem de
Henry Silva e os westernmaníacos lembram-se com carinho desse amedrontador mas
simpático vilão, capaz de conquistar o espectador mesmo interpretando um
fora-da-lei como o fez em “O Estigma da Crueldade”. Parabéns, Henry Silva!
Na fileira de baixo. no quadro à esquerda, Henry Silva ao lado de Muammar al-Gaddafi, líder líbio com quem o ator tinha uma acentuada semelhança. |
Olá, Darci!
ResponderExcluirQuem diria que o mais completo espaço da internet sobre Henry Silva estaria num blog brasileiro?! Mais um ponto para você e o WCM. Hoje revi o terror de baixo orçamento "O Jacaré Assassino" (Alligator, 1980), de Lewis Teague, onde Silva interpreta um tipo sarcástico que tem um fim trágico nas mandíbulas do réptil gigante. Conta com atores veteranos, incluindo Dean Jagger (premiado com Oscar de Coadjuvante por "Almas em Chamas", 1949, de Henry King), Michael V. Gazzo (indicado ao Oscar de Coadjuvante por "O Poderoso Chefão II", 1974, de Francis Ford Coppola) e Sue Lyon, a "Lolita" de Stanley Kubrick. Quando eu era moleque esse filme costumava ser exibido no canal do Seu Silvio.
Aquele abraço!
Super-lenda! Descanse em paz!
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