John Wayne e Rod Taylor; abaixo ensaio de "Os Pássaros" com Rod Taylor e o Mestre do Suspense. |
O ator
australiano Rod Taylor, nascido em Sidney em 11/1/1930, fez
carreira nos Estados Unidos e alcançou relativo sucesso no início dos anos 60.
Após atuar como coadjuvante em inúmeros filmes, Rod estrelou “A Máquina do
Tempo” em 1960, seguindo-se “Os Pássaros”, um dos ais famosos thrillers de
Alfred Hitchcock. Simpático e viril, o australiano foi por duas vezes galã de
Doris Day e escolhido para estrelar “O Rebelde Sonhador”, filme iniciado por
John Ford e concluído por Jack Cardiff. A essa altura de sua carreira Rod
Taylor decidiu criar sua própria produtora e escolheu um faroeste intitulado
“Chuka” como o primeiro filme a ser por ele produzido. Rod havia atuado, em
1955, em “Ágil no Gatilho” (Top Gun), pequeno western de Ray Nazarro estrelado
por Sterling Hayden. Já nos anos 70 Rod Taylor passou a atuar mais em filmes de
aventuras, retornando vez ou outra aos faroestes como em “Os Chacais do Oeste”
(The Train Robbers) com John Wayne e “Fúria no Sangue” (The Deadly Trackers),
ao lado de Richard Harris. “Chuka” recebeu no Brasil o título “O Revólver de Um
Desconhecido”, tendo sido dirigido por Gordon Douglas e lançado em 1967. A
partir do ano 2000 Rod Taylor passou a atuar cada vez menos e seu último
trabalho foi em “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, filme em que Rod
interpretou Winston Churchill. Rod Taylor faleceu no dia 7 de janeiro último, quatro dias antes de completar seu 85.º
aniversário.
Rod Taylor e John Mills |
Cerco motivado pela fome - Richard
Jessup, o autor da história e do roteiro de “Chuka” inspirou-se, sem dúvida em
filmes como “O Sabre e a Flecha” (Last of the Comanches) e nas versões para o
cinema do cerco do Álamo. Assim como nesses filmes, alguns civis são forçados a
permanecer em um forte prestes a ser atacado por inimigos em muito maior
número, no caso de “Chuka” índios Arapahoes. Chuka (Rod Taylor) é um pistoleiro
de passado obscuro que, diante da fraqueza do Coronel Valois, (John Mills)
comandante do Forte Ciendennon, assume a liderança dentro da fortificação. O
ano é o de 1876 e os Arapahoes não estão em guerra contra os brancos, mas sim
famintos e tudo que querem é saciar a fome saqueando o forte. Chuka sabe disso
e diz ao Coronel Valois que entregar comida e armas para os Arapahoes é a única
saída para ele pois o forte dispõe de apenas duas dezenas de soldados. Valois
entende que aceitar a sugestão de Chuka é infringir o Regulamento Militar, e
acaba sendo vítima de um motim por parte da pequena tropa que se sabe incapaz de
enfrentar os índios. Chuka consegue acalmar os amotinados mas o enfrentamento
desigual leva à destruição do Forte Ciendennon. Apenas Chuka e a jovem mexicana
Helena Chavez (Victoria Vetri) são deixados vivos.
Rod Taylor;na foto maior Ernest Borgnine, Joseph Sirola, John Mills e James Whitmore. |
Luciana Paluzzi e Victoria Vetri com Rod Taylor; abaixo Marco Lopez. |
Clichês, clichês e mais clichês - “Chuka” é
um verdadeiro álbum de clichês em que não faltam o comandante cruel e desumano;
o estranho corajoso e digno, ainda que seja ele um pistoleiro com histórico de
muitas mortes; o sargento violento e irascível (Ernest Borgnine); duas mulheres
delicadas e aristocráticas que sabe-se lá por qual razão atravessam território
hostil numa diligência; claro que o pistoleiro e uma das mulheres se enamoram
para que a história tenha um toque romântico; se o leitor pensou no excêntrico
batedor, acertou pois ele também está na história, quase sempre com uma garrafa
na mão; e há a amizade e respeito que o pistoleiro consegue num momento
fortuito em que encontra o chefe Arapahoe; e que não se pense em um chefe índio
como o ‘Cicatriz’ de “Rastros de Ódio” (The Searchers), por exemplo, pois o bravo
Arapahoe é capaz de arrancar mais suspiros das espectadoras que o próprio
Chuka. Filmes podem, é certo, fazer referências a clássicos sem, no entanto,
perder a linha narrativa própria, o que não é o caso de “Chuka”. Dirigido por
Gordon Douglas – aquele que em cada 20 filmes acerta em um – o western
produzido por e para Rod Taylor chega a ser até divertido na previsibilidade
das ações da história.
Ernest Borgnine e John Mills; abaixo o desatinado John Mills. |
Do Sudão para o Oeste - Para se
assistir a “Chuka” é necessário, inicialmente que o espectador aceite que um
oficial do Exército Britânico que tenha lutado no Sudão e tenha sido expulso do
Exército de Sua Majestade por covardia, acabe como comandante de um forte da
U.S. Cavalry. É o caso do Coronel Valois (John Mills), que, não bastasse essa
implausibilidade, é um homem atormentado, especialmente por ter sido mutilado
em sua genitália no Sudão. E acompanhou Valois nessa trajetória internacional o
rude Sargento Hansbach (Ernest Borgnine), a quem Valois teria, num ato de
coragem, salvado a vida numa batalha no Sudão. Hansbach, por uma dessas
incríveis coincidências, também esteve lutando por lá e sempre sob o comando do
refinado Valois que admira igualmente bons vinhos e mulheres bonitas. O Coronel
Valois convida a elegante Señora Veronica Kleitz (Luciana Palluzzi) para
jantar, ele que se diz cansado de apenas se alimentar. Vinhos e brandy são
servidos no jantar em que Valois resolve destilar seu ódio pelos seres humanos
‘normais’ humilhando a todos que estão à mesa, exceto as duas convidadas. E
patético é o servilismo do Sargento Hansbach, mesmo diante da crueldade e
inconsequência de Valois.
A bela italiana Luciana Paluzzi numa cena de amor com Rod Taylor; abaixo Louis Hayward com Herlinda Del Carmen. |
Reduto de covardes - Mas o
filme não é do Coronel Valois e sim de Chuka e para isso Rod Taylor se esmera
em fazer a mais áspera voz de homem do Oeste, como se a voz refletisse coragem
e determinação. E coragem é o que não falta a Chuka, seja para enfrentar o
brutamontes Sargento Hansbach ou para resgatar o batedor Trent (James Whitmore)
em poder dos índios. E não é que os brutos também amam mesmo, pois Chuka ainda
está loucamente apaixonado pela Señora Veronica, a quem já conhecia (e tome
coincidência) de outros tempos. É explicado que a moça se casara por interesse
fazendo com que o desprezado Chuka iniciasse sua vida itinerante de pistoleiro.
Confuso o roteiro? Para o Forte Ciendennon parece que foram enviados quase
todos os covardes da Cavalaria norte-americana pois além do próprio Coronel
Valois, outros oficiais tem em suas fichas atos de covardia. O Major Benson
(Louis Hayward) não é citado por covardia, mas sim por ser um desonesto jogador
de pôquer e, pior ainda, mantém como amante no forte uma bela índia Arapahoe. E
Chuka é o homem sobre quem recaem todas as esperanças de salvação, até o
inesperado final deste filme do inefável Gordon Douglas.
Victoria Vetri e Rod Taylor |
Western de final aberto - Nos anos
60 os faroestes foram se tornando mais e mais amargos e os heróis pareciam
envergonhados de serem assim chamados, assumindo a condição de anti-heróis.
Amorais e mercenários, lhes restava quase sempre uma dose mínima de honradez e
assim é com Chuka que apenas aceita ajudar a salvar o Forte Ciendennon pelos
200 dólares (adiantados) que recebe do Coronel Valois. E para que Chuka quer
esse dinheiro? Para reconstruir sua vida ao lado da amada e agora disponível
Señora Veronica. Mas os faroestes se tornaram amargos e Veronica é morta quando
do ataque dos Arapahoes. Chuka protege então a Señorita Helena, apontando-lhe o
revólver à cabeça quando o chefe índio Hanu (Marco Lopez) os descobre
escondidos ao fim do massacre. Chuka jamais permitiria que a jovem caísse em
mãos dos Arapahoes e ambos são deixados à própria sorte por Hanu. ‘Western
moderno’, “Chuka” tem final aberto, como era moda naqueles anos e o mistério se
instala com o relatório feito pelo Capitão Foster (Ford Rainey). O capitão
deixa no ar o que poderia ter acontecido, pois do pistoleiro Chuka apenas o
revólver foi encontrado. E assim como havia feito John Ford em “Crepúsculo de
uma Raça” (Cheyenne Autumn), o cinema revisa a ‘selvageria’ dos índios que
apenas queriam sobreviver, direito que os brancos com a Cavalaria à frente
sempre lhes negou.
Acreditem, Chuka sobreviveu... |
Clímax chocho - Filmado quase que
inteiramente em estúdio, “Chuka” não propicia ao espectador sequer a tão comum
beleza das paisagens do Oeste com suas pradarias, rios e montanhas. Pior ainda,
o clímax do filme que seria o ataque mortal dos Arapahoes dura menos de dois
minutos sem a menor dramaticidade comum nesse tipo de sequência. Duas coisas
devem ter faltado: dinheiro para uma produção melhor e inspiração para o sempre
pouco inspirado Gordon Douglas. Durante o ataque Chuka é trespassado por uma
lança que lhe fura o abdome. Morte certa para qualquer mortal, mas Chuka
consegue retirar a enorme lança que aparentemente não produziu muitos estragos
no pistoleiro. Incomparavelmente melhor que a sequência da batalha final é a
briga entre Chuka e o Sargento Hansbach, com duração até maior que o ataque
Arapahoe ao forte. Ernest Borgnine e Rod Taylor evitaram até onde puderam a
substituição por dublês e travam uma encarniçada luta que se transforma no grande
momento do filme. Luta sem vencedor, ou melhor, em que sai vencedora a amizade
e respeito entre os dois exaustos homens. Ah, já vimos isso muitas vezes no
cinema e o leitor deve estar lembrando de “Da Terra Nascem os Homens” (The Big
Country) com a luta entre Charlton Heston e Gregory Peck. E, sem dúvida, de
“Depois do Vendaval” (The Quiet Man) com a interminável e inesquecível briga
entre John Wayne e Victor McLaglen.
Luta entre Ernest Borgnine e Rod Taylor. |
Rod Taylor |
Rod Taylor matando de riso - Rod
Taylor se esforça o quanto pode em “Chuka” para entrar para a seleta lista dos
grandes canastrões do cinema e merece menção honrosa. Rod não nasceu para
faroestes e a sequência em que ele desesperado após a morte de Veronica atira
com seu revólver contra os Arapahoes é de matar de riso. O excelente John Mills
cria um afetado e desatinado comandante, mas o problema é que nada em “Chuka” é
convincente. Ernest Borgnine repete mais uma vez o tipo repulsivo-simpático que
interpretava melhor que ninguém no cinema, isto desde sua inesquecível criação
como o Sargento Fatso em “A Um Passo da Eternidade”. Assistir Borgnine vale
qualquer filme, mesmo que seja dirigido por Gordon Douglas. Luciana Paluzzi
desfila seu belo e impassível rosto pelo filme que tem ainda James Whitmore e
Louis Hayward. O ótimo Whitmore é um desses atores que passaram a vida inteira
à espera da grande oportunidade, ficando no mais das vezes relegado a papéis
inexpressivos como o do batedor em “Chuka”. Louis Hayward, num de seus últimos
trabalhos no cinema é uma lembrança do espadachim de tantas aventuras dos anos
40 e 50. Mas só isso.
Diretor sofrível e burocrático - Após
assistir “Chuka” é inevitável a reflexão de como pôde esse mesmo diretor –
Gordon Douglas – ter filmado “Rio Conchos” três anos antes, este sem dúvida um
dos grandes westerns dos anos 60. Os tantos filmes fracos de Douglas atestam
ser ele um diretor sofrível e burocrático e “Chuka” é exatamente isso: sofrível
e monótono. Ponto negativo na carreira de Rod Taylor que será sempre lembrado
como um ator correto que se sentia muito melhor em filmes de guerra ou
conquistando com sua simpatia as leading-ladies.
Rod Taylor |
Não conhecia o CHUKA , filme com o Rod Taylor ,comentado neste blog !!
ResponderExcluirNa verdade Cris Cardoso sou eu Aurélio Cardoso meu caro Darci Fonseca.. lembra que eu disse que ia dar uns pitacos.. é minha esposa e ela tem como comentar..
ResponderExcluirTinha um famoso critico de Sâo Paulo, não sei se o Rubem Biáfora que adorava os filmes de Gordon Douglas e este Chuka.
ResponderExcluirQuando pré adolescente vi no cinema este Revólver de Um Desconhecido e lembro não ter entendido nada com flash back indo e voltando. como não podia entrar nos westerns italianos que eram todos 18 anos via os americanos que eram 10 anos ou 14 anos..
Olá, Aurélio (e Cris) - Você lembrou bem... Os spaghetti eram tão violentos para a época que muitos recebiam censura de 18 anos. O flashbacj único é o do Capitão historiado o que se passou no forte dizimado pelos Arapahoes. - Abraço do Darci
ExcluirCris-Aurélio - Não creio que o Rubem Biáfora tivesse gostado de 'Chuka'. E menos ainda do Gordon Douglas. O gosto dele, Biáfora, era mais para filmes de arte. Mas não custa pesquisar o que ele falou quando do lançamento desse filmes. O Rubem fazia uma resenha semanal dos lançamentos da semana nas edições dominicais do jornal O Estado de S. Paulo.
ExcluirAbraços do Darci
Cris, Gordon Douglas nunca foi unânimidade (mas Orson Welles e Hitchcock, pra ficar em só dois exemplos) também nunca foram. No Brasil há defensores enérgicos de Douglas, como Luiz Carlos Merten (que anda insuportável de se ler desde que Dilma Roussef e o PT escorreram ralo abaixo). Merten diz que "Douglas, é o menos conhecido e mais desvalorizado dos grandes diretores do cinema (e não apenas Hollywood)"
ExcluirRecentemente a revista francesa "Positif", tão importante quanto a Cahiers, fez uma reavaliação positiva do diretor.
Quando adolescente meu pai sempre comprava o Estadão aos domingos e a primeira coisa que eu fazia era ler a coluna dos lançamentos do BIÁFORA.. sempre polêmico mas me indicou o caminho para gostar de obras de PECKIMPAH e JOHN BOORMAN mas seu gosto era mesmo pelo filmes do KHOURI e japoneses.. que adorava..
ResponderExcluirPercebo uma certa má vontade por estas plagas com o Gordon Douglas. De fato, foi um diretor subestimado por muito tempo. Mas lembremos que Cidadão Kane, por exemplo, desde sua estreia e por muitos anos foi apedrejado. E hoje encabeça qualquer lista como o grande filme do cinema.
ResponderExcluirFelizmente, há uma certa revisão de Gordon Douglas por aí. Filmes como Rio Conchos, Barqueiro, Crime sem Perdão, Corações Enamorados...e Chuka já são vistos como obras acima da média.
Quem estiver afim de conferir, recomendo ler os textos de Luiz Carlos Merten sobre o diretor. Como este, por exemplo:
http://cultura.estadao.com.br/blogs/luiz-carlos-merten/gordon-douglas-em-dvd/
Otávio, 'estas plagas' tem o nome Westerncinemania. Leitor do excelente Luís Carlos Merten que você é, certamente sabe que 'Cidadão Kane' foi alvo do maior boicote que se conhece no meio cinematográfico, não podendo sequer ser citado na rede de jornais do ofendido William Randolph Hearst. Esse fato explica porque tão poucos críticos citavam 'Kane', filme que lançado em 1941, vinte e um anos depois (1962) era já o número um da lista decenal da revista Sight and Sound. Por sinal já não encabeça mais essa prestigiosa lista, tendo perdido a primazia para 'Vertigo' em 2012. Pode ser então que com as revisões de Gordon Douglas que ocorrem 'por aí', como você diz, reconheça-se todo o talento desse diretor, assim como ocorreu em muito menos tempo com Welles. O último filme de Douglas 'Viva Knievel' é de 1977, portanto lá se vão 40 anos que ele encerrou sua extensa obra como diretor e confesso que não o vejo ser tão lembrado 'por aí'. Creio mesmo que 'estas plagas' seja um dos espaços dedicados ao cinema em que ele Douglas mais seja citado, ainda que se considere os textos de Merten sobre esse diretor que, aliás, você usa 'estas plagas' para indicar. Em tempo: sou fã de Doris Day e de Sinatra e 'Corações Enamorados' é um desperdício dos grandes talentos dos dois atores-cantores. Para cada 'Rio Conchos' dirigido por Douglas há sempre filmes como 'Semeador da Felicidade' para lembrar o quanto esse diretor era sofrível. Se 'Kane' é um dos melhores filmes de todos os tempos, 'Semeador da Felicidade' é um dos piores. - Darci Fonseca
ResponderExcluirDarci meu querido. Sei bem que estas plagas tem o nome de westerncinemania, de longe o melhor site sobre o western na internet que conheço.
ResponderExcluirMas parece que vc não sabe bem o que significa "plaga". É a única explicação que encontro para ter ficado tão ofendido.
Plaga: região, espaço de um território. Ou, combinado mais com o western: extensão de terra.
Traduzindo a minha frase: "Percebo uma certa má vontade neste espaço, por aqui, com o Gordon Douglas"
Quanto ao "por aí" me referia, por exemplo, à revista francesa ‘Positif’ que tem uma seção intitulada Cinéma Retrouvé assinada pelo critico Jean-Pierre Coursodon, que em Janeiro de 2010 rasgou a maior seda para Gordon Douglas em filmes como ‘Resistência Heróica’, ‘Rio Conchos’, ‘Revólver de Um Desconheciodo’, ‘Crime sem Perdão’ (The Detective), ‘O Mundo em Perigo’ (Them!) e .........‘Corações Enamorados’ (Young at Heart)
Tá vendo Darci, não é porque você "não o vê ser tão celebrado por aí", que ele efetivamente não o esteja sendo.
Otávio, sou do tempo das muitas HQs voltadas para o Velho Oeste nas quais o termo 'plaga(s)' era bastante comum. Hoje anda um tanto anacrônico mas ainda assim com ironia eu o usei na minha resposta ao seu comentário, o que me parece você não percebeu pois se prontificou a didaticamente a explicar o significado.
ResponderExcluirClaro que gostaria que o blog fosse chamado pelo nome pelo qual é conhecido, daí ter chamado a atenção para o 'esquecimento' que por sinal se deu também com meu nome, certamente não proposital penso eu.
Leitor da Positif que você é, deve conhecer também outras opiniões em outras publicações sobre Gordon Douglas, por exemplo as opiniões de Andrew Sarris e do nosso Rubens Ewald Filho, opiniões estas muito mais próximas às minhas que as da Positif e a de Luís Carlos Merten. Este crítico deve também ler essa conceituada publicação, ele que todo ano cobre o Festival de Cannes para o Estadão.
Depois de suas observações fui ler as resenhas que escrevi sobre westerns de Gordon Douglas, algumas de fato críticas e outras elogiosas como a feita para "Investida de Bárbaros". E até hoje ainda não fiz nova resenha para "Rio Conchos' por não possuir uma cópia de melhor qualidade desse filme.
Já chamei Douglas de 'pau para toda obra' e merece esse tratamento alguém que já dirigiu de tudo na vida. O estúdio precisou de um diretor? Chama o Douglas e lá vai ele fazer seu trabalho em nome da necessidade de dinheiro, como ele próprio afirmou, lembrando em seguida que assistir a muitos de seus filmes pode levar alguém a nunca mais ir ao cinema... Assim é a vida e outros diretores aceitavam qualquer trabalho pois eram contratados de seus estúdios. Lembro de cara de Henry King, Michael Curtiz e o próprio John Ford. Há alguns títulos melhores na filmografia de Gordon Douglas, mas a meu ver insuficientes para que ele seja classificado como um grande diretor e distante do panteão em que estão os três citados acima.
Quanto aos franceses nem tudo que eles 'descobrem' merece crédito indiscutível. Jerry Lewis, muito mais importante que Douglas, foi considerado nos anos 60 um gênio do cinema por boa parte da crítica francesa. Glauber Rocha também foi elevado à condição de gênio pelo pessoal do Cahiers.
Nestas plagas Gordon Douglas continua sendo um diretor que mais erra que acerta, parecendo mesmo que seus acertos são exceções à regra. - Darci Fonseca
Tenho um monte filmes clasicis dvd x coleccionista
ResponderExcluirOlá grande amigo Darci Fonseca, que prazer retornar nesta oportunidade ao Blog WESTERCINEMANIA, que tanto me esclareceu em suas resenhas todas as dicas das curiosidades dos grandes Western no Blog. venho agora, após terminar de assistir o filme Chuka, Western que me deixou cheio de dúvidas, pois, em certas cenas parecia uma beleza de filme, e em outros momentos absurdos, como; uma cena em que acaba a munição do revolver, e se esconde, e com a arma carregada, ou mostrando-se em movimentos atirando mas, parece que não há explosão de tiros saindo da arma. Darci, recorri ao Blog, e fiquei maravilhado coma a sua resenha, como sempre, mas, eu queria era entender, e você destrinchou todas as minhas dúvidas, até fatos que você conhecia do filme e não ficaram esclarecidos no desenrolar da filmagem. Como você encerra a a resenha, filme frio e cheio de falhas, sem emoção e falta de ação, talvez por falta de dinheiro, que pode ter intercedido na falta de pagamento dos atores. Darci, se fosse para relatar detalhadamente cena por cena do filme, sobraria quase nada de bom de CHUKA... Abraços Amigo. Boa noite. bom sono.
ResponderExcluirOlá Darci Fonseca, boa noite amigo.Ontem já estava tarde, quando enviei a mensagem sobre o filme CHUKA, e esqueci de me identificar, ao encerrar. Darci, sempre de boa qualidade as suas resenhas, e esta do filme CHUKA, bem detalhada, era o que eu queria ver. Do Mineiro...Paulo Roberto...Parabéns amigo.
ResponderExcluirCada um tem seu ponto de vista,eu assisti a chuka, e não considero um filme fraco.
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