Asa Earl Carter, que assinava livros como Forrest Carter. |
Quando Clint Eastwood assumiu a direção
de “Josey Wales, o Fora-da-Lei”, em 1975, a crítica cinematográfica já reconhecera
seu talento também atrás das câmaras. Clint havia dirigido quatro outros filmes
e dois destes - “Perversa Paixão” (Play Misty for Me), sua estreia como
diretor, e “O Estranho Sem Nome” (High Plains Drifter) - foram filmes de
inegável qualidade artística. A revista ‘Time’ relacionou “Josey Wales, o
Fora-da-Lei” entre os dez melhores filmes norte-americanos lançados em 1976 e,
para muitos críticos, este é o melhor faroeste dirigido por Eastwood, acima
mesmo do premiado “Os Imperdoáveis” (Unforgiven). Em 1996 a Biblioteca do
Congresso dos Estados Unidos selecionou “Josey Wales, o Fora-da-Lei” para que o
filme fosse preservado, por aquele órgão, por sua importância cultural,
histórica e estética, honraria reservada a poucos westerns. “Josey Wales, o
Fora-da-Lei” interessou a Clint Eastwood assim que leu “The Rebel Outlaw: Josey
Wales”, de autoria de Forrest Carter. Esse livro foi relançado posteriormente
com o título “Gone to Texas” e pelo seu conteúdo ninguém poderia supor que
tivesse sido escrito por alguém que pertencera à ‘Ku Klux Klan’. O verdadeiro
nome de Forrest Carter era Asa Earl Carter, e foi descoberto ser ele um
extremado racista nascido no Alabama e que, entre uma e outra ação
segregacionista, escrevia os discursos do governador do Alabama George Wallace.
Ficou famoso o slogan criado por Asa Earl Carter com o qual Wallace fechava
seus discursos durante suas campanhas políticas nos anos 60: “Segregation today, segregation tomorrow,
segregation forever!” Paradoxalmente, “Josey Wales, o Fora-da-Lei” pode ser
visto como um filme com intenções pacifistas.
Bill McKinney e Clint Eastwood |
O
rebelde vingador - A história de Forrest/Asa Earl
Carter foi adaptada para o cinema por Phil Kaufman e Sonia Chernus. Transformada
em roteiro narra a jornada de Josey Wales (Clint Eastwood) que busca vingar a
morte de sua esposa, filho e a destruição de sua pequena propriedade no Missouri.
Vivia-se o final da Guerra Civil e um grupo de soldados da União apelidados de
‘Redlegs’ comandados pelo sanguinário Capitão Terrill (Bill McKinney)
exterminava e destruía o que encontrava pelo caminho que percorria. Durante o
ataque dos Redlegs ao rancho dos Wales, Terrill corta com sua espada o rosto de
Josey que no entanto sobrevive. Recuperado Wales se junta ao grupo de sulistas liderado
por Bloody Bill Anderson (John Russell). Esses homens praticam guerrilhas
contra as forças da União e, com a morte de Anderson num desses embates, o
Capitão Fletcher (John Vernon) assume o comando do grupo. Quando ocorre a
rendição Fletcher faz com que seus comandados se entreguem mas estes são
covarde e impiedosamente assassinados por ordem dos oficiais no Exército da
União. Josey Wales consegue escapar milagrosamente, agora com duplo motivo para
se vingar de Terrill (e também do ‘judas’ Fletcher) passando à condição de
renegado. Atemorizado o Senador Lane (Frank Schofield), responsável pela contenção
de ações violentas de sulistas inconformados com a derrota, incumbe o Capitão Terrill
de perseguir e matar Josey Wales. Durante as andanças do rebelde Wales
juntam-se a ele o velho índio cherokee Lone Waite (Chief Dan George), a índia
navajo Little Moonlight (Geraldine Keams), uma velha senhora do Kansas de nome Sarah
(Paula Trueman) e sua neta Laura Lee (Sondra Locke). Mais tarde os
remanescentes da cidade-fantasma de Rio Santa se agregam a Josey Wales que se vê às voltas com
comancheiros, caçadores de recompensas e índios comanches. O grupo que o
acompanha se instala em um rancho no Texas onde é atacado por Terrill e seus
homens. No confronto Wales mata Terrill mas o já lendário rebelde do rosto
marcado continua sendo procurado por Texas Rangers. E é o próprio Fletcher quem
se redime da traição ao afirmar diante dos Texas Rangers que Josey Wales está
morto, permitindo assim que ele possa iniciar nova vida.
Ainda como rancheiro no Missouri, Josey Wales ao lado do filho, interpretado por Kyle Eastwood, filho verdadeiro de Clint. |
Chief Dan George e Clint; abaixo Paula Trueman, Sondra Locke e Geraldine Keams. |
Josey
Wales e seu grupo desigual - Quando Josey Wales inicia sua
odisseia de vingança vem a impressão de nova aventura do personagem do Estranho
Sem Nome criado por Sergio Leone para Clint Eastwood. Mais ainda com a aparência
mística de divindade adquirida com os cabelos mais longos, a economia de
palavras e a mesma invulnerabilidade diante dos sempre mais numerosos
oponentes. Na falta da cigarrilha Josey Wales masca tabaco e cospe em insetos,
em homens mortos, no cão que o acompanha e no traje branco de um vigarista
ambulante. Vem então à lembrança o jovem Henry Fonda que mascava e cuspia em westerns
e a essa altura já se sabe que Wales terá sempre companhia, mesmo nos embates
travados a bala. Primeiro o jovem soldado confederado Jamie (Sam Bottons) que
mesmo ferido cavalga com Josey Wales e o ajuda no enfrentamento dos pretensos e
miseráveis caçadores de recompensas. O índio Lone Waite é o companheiro de jornadas
da língua afiada com frases irônicas e zombeteiras. Engraçado como um sidekick
dos antigos faroestes B. A distância do personagem principal da Trilogia dos
Dólares aumenta à medida que novos personagens entram na história e o seguem,
uma referência ao heterogêneo grupo de “Onde Começa o Inferno” (Rio Bravo). São,
no entanto, tipos fordianos como a irascível avó Sarah, crítica dos costumes do
Oeste, especialmente de quem vem do Missouri; Ten Spot (Royal Damo), o jogador
mentiroso; o barqueiro sarcástico (William O’Connell). Outra citação a um
western clássico ocorre no final quando Wales passa por Wilson (referência ao
Jack Wilson de “Shane”) e se afasta sangrando como o próprio Shane. Ao
contrário do cavaleiro dos vales perdidos, Josey Wales parte rumo a uma nova
vida pacífica junto à comunidade que começa a se formar. E lá está Laura Lee,
nova companheira.
Clint e Chief; William O'Connell e Woodrow Parfey. |
Acima Will Sampson; abaixo Sondra Locke na sequência de estupro. |
Morrendo
com a maldita guerra - Josey Wales, o Fora-da-Lei” traz,
além de Lone Waite e Little Moonlight, outro personagem nativo, o temido chefe
comanche Ten Bears. Amigo de comancheiros e inimigo mortal dos ‘bluebelly’
(soldados da União), Ten Bears ouve e aceita o que Wales pensa dos homens
brancos que levam a desgraça aos índios. Decididamente pró-índio, o filme de
Eastwood os mostra conscientes diante dos belicosos túnicas azuis que os tornou
‘civilizados’ como irônica e tristemente se intitula Lone Waite. A índia Little
Moonlight é vítima de tentativa de estupro por parte de homens brancos, o mesmo
ocorrendo com a jovem Laura atacada por comancheiros mas que deve ser
preservada para o chefe Ten Bears. E ao chegar a uma cidade é oferecido a Wales
escalpos legítimos de índios massacrados por brancos. Wales passa de
perseguidor a perseguido, continuando o mesmo homem que, sedento por vingança,
diz que “... não há como esquecer”,
expressando mais tarde que “todos morrem
um pouco com a maldita guerra”. Wales, sabedor que ninguém escapa de ser
vítima da bestialidade dos conflitos.
'Não há como esquecer' / 'Penso que todos morremos um pouco nesta maldita guerra'. |
Josey/Jesus -
Com 135 minutos de duração, “Josey Wales, o Fora-da-Lei” jamais cansa e as
sequências de ação surgem magnificamente encenadas com Clint Eastwood exibindo
seu incrível carisma com os revolveres nas mãos. Certo que o número de
adversários, invariavelmente maior, possa criar uma sensação pouco verossímil,
mas a aura de Eastwood é suprema e seus Colts Navy não deixam margem a duvidar
de sua frieza e pontaria certeira. Ao se defrontar com quatro soldados yankees Wales
pergunta “Vocês vão sacar ou assobiar o
Dixie?”, nuance dos westerns europeus, presente mais especialmente na
sádica execução de Terrill que ouve o metálico e torturante ruído dos
revólveres que não disparam pois os tambores foram esvaziados. E outras duas
armas sacadas por Wales igualmente supliciam Terrill sem que o tiro de
misericórdia seja disparado, até que sua própria espada penetre suas entranhas
consumando a vingança. ‘Os que empunham a espada pela espada morrerão’
biblicamente insinua o gesto do rebelde com o corte no rosto com a figura ainda
mais enlevada. Não por acaso de nome ‘Josey’, próximo a ‘Jesus’ e inusitado
para um homem do Oeste.
Terrill e a morte pela própria espada. |
Acima o vingador e seu sidekick; abaixo John Vernon; com os corpos enterrados John Verros e Sheb Wooley. |
Chief
Dan George, o sidekick cherokee - A vida em comunidade impõe a
presença feminina e Clint Eastwood impôs a presença da atriz Sondra Locke que,
ainda bem, participa apenas da parte final de “Josey Wales, o Fora-da-Lei”.
Infeliz escolha do ator-diretor-produtor que nem sempre prima por um rosto de
mulher bonito em seus filmes que já tiveram Frances Fischer, Jessica Walter,
Verna Bloom e Carrie Snodgress entre outras mulheres que não podem ser chamadas
de lindas. Sondra não é bonita para os padrões de Hollywood e atriz fraca para
qualquer padrão interpretativo. E se Paula Trueman mostra-se excessiva como a faladora
avó Sarah, o ótimo índio canadense Chief Dan George, que já havia se destacado
em “O Pequeno Grande Homem” (Little Big Man), é um perfeito contraponto à sisudez
de Eastwood. O também ator índio Will Sampson, com o rosto coberto pela pintura
de guerra, nem de longe lembra o maravilhoso ator de “Um Estranho no Ninho”. Bill
McKinney é o Capitão Terrill da barba ruiva que passa todo o filme todo com
imutável e cansativa expressão de maldade. John Vernon é presença forte que
merecia ser melhor desenvolvida pois trai e salva Josey Wales. E John Russell,
outra figura marcante, é visto por poucos minutos na tela vivendo ‘Bloody’ Bill
Anderson, personagem real da Guerra Civil. Sam Bottons não conseguiu dar maior
relevância ao jovem companheiro confederado de Wales. Entre os muitos rostos impressivos
de atores pouco conhecidos estão os de Richard Farnsworth, um dos comancheiros;
Royal Dano, Sheb Wooley, Matt Clark são alguns dos poucos homens de Rio Santa; John
Mitchum (irmão de Bob Mitchum), John Quade (da Clint Eastwood Stock Company) e
John Davis Chandler que morrem pelas balas de Josey Wales.
Sondra Locke; cena de amor entre Sondra e Clint. |
Personagem
épico - Assim como só tardiamente John Wayne foi reconhecido como
ótimo ator, o mesmo ocorreu com Clint Eastwood, ainda que Clint mostrasse em
muitos filmes que era muito mais que apenas um ‘Estranho Sem Nome’ ou um ‘Dirty
Harry’. Eastwood está perfeito como Josey Wales com seus gestos discretos e
lentos e o olhar profundo e boca que dizem mais que as poucas palavras que seu
personagem pronuncia. Clint deu a Josey Wales uma dimensão épica
excepcionalmente aproveitada pela arte dos pôsteres do filme. A trilha sonora
musical de Jerry Fielding é, bem ao estilo do compositor, menos musical e mais
incidental lembrando mais do que devia o trabalho do autor para “Meu Ódio Será
Sua Herança” (The Wild Bunch). A cinematografia é de Bruce Surtees, parceiro de
Eastwood incontáveis vezes. As paisagens de Utah, Arizona e Wyoming capturadas
pelas câmaras de Surtees são belíssimas integrando personagens aos cenários. O
trabalho de Surtees destaca-se ainda mais quando se sabe que Clint Eastwood,
como diretor-produtor, não gosta de perder tempo com preciosismos desse tipo.
Entre
Ford e Leone – Circula uma cópia de “Josey Wales, o Fora-da-Lei” com 105
minutos de duração e que deve ser evitada a todo custo não só por comprometer o
entendimento do filme, mas também por alterar seu formato tirando muito da
beleza do filme. “Josey Wales, o Fora-da-Lei” foi um dos raros faroestes dos anos 70 que
tiveram boa bilheteria, rendendo 14 milhões de dólares em seu primeiro ano de
exibição nos Estados Unidos. Nada mal para um filme que custou apenas quatro
milhões de dólares e foi rodado em oito semanas e meia. Mesmo assim Clint
Eastwood somente voltaria ao gênero que o consagrou em 1985 com o excelente “O
Cavaleiro Solitário”. Num tempo em que se produzia cada vez menos westerns,
“Josey Wales, o Fora-da-Lei” forma com “O Último Pistoleiro” (The Shootist), os
dois melhores faroestes dos anos 70, colocando lado a lado Clint Eastwood e
John Wayne, justamente os dois grandes nomes do gênero. Sem atingir o status de
obra-prima, “Josey Wales, o Fora-da-Lei” é um filme fascinante, violento como a
época impunha, oscilando entre as influências estéticas de Sergio Leone e um
surpreendente otimismo típico de John Ford.
OI, DARCI!
ResponderExcluirDE TODOS OS FAROESTES COM E DE EASTWOOD, O QUE EU MENOS ASSISTI, FOI "JOSEY WALES", ESTE E “O CAVALEIRO SOLITÁRIO” SÃO OS ÚNICO QUE NÃO TENHO EM DVD, MAS EM COMPENSAÇÃO O SEGUNDO O TENHO GUARDADO NA MEMÓRIA DE TANTO QUE O ASSISTI NAS VÁRIAS REPRISES, NOS 1990, QUE O SBT FEZ NAS EXTINTAS SESSÕES “CINEMA EM CASA” E “SESSÃO DAS DEZ”. JÁ NO CASO DE "JOSEY WALES", SÓ O ASSISTI UMA ÚNICA VEZ, NA RECORD, NUMA NOITE LÁ NO FINAL DOS ANOS 1980, MINHA AVÓ E EU. SÓ ME LEMBRO DE CENAS ESPORÁDICAS E QUE NÓS GOSTAMOS MUITO. MAS, PROVAVELMENTE, ASSISTIMOS A VERSÃO DE 105 MINUTOS OU A EMISSORA CORTOU AS SEQUÊNCIAS MAIS POLÊMICAS, AFINAL, NÃO ME LEMBRO DAS TAIS CENAS DO ESTUPRO E DE SEXO ENTRE OS PROTAGONISTAS, CASO CONTRÁRIO, MINHA VÓ, MANDARIA A FAMOSA (AQUI EM CASA) FALA DELA: “MAS QUE ‘POCA’ VERGONHA É ESSA? PODE TIRAR DAÍ (DA EMISSORA), QUE EU NÃO QUERO ESSAS ‘COISA’ NA MINHA CASA, NÃO!” HEHEHE! O SENHOR NÃO IMAGINA QUANTOS FILMES QUE EU PERDI POR CAUSAS DESSAS “POCA VERGONHA”, AINDA MAIS NOS 1980 E 1990, ONDE FILMES REPLETOS DESSAS CENAS PICANTES ERAM ABUNDANTES NA TELEVISÃO, SE LEMBRA QUE ATÉ “CALÍGULA” TENTARAM EXIBIR, MAS A EMISSORA (GAZETA / CNT) FOI IMPEDIDA POR UMA LIMINAR? AGORA, FALANDO EM JOHN FORD, QUANDO PUDER, POR FAVOR, SEU DARCI, FAZ UMA MATÉRIA DE COMO FOI A FAMOSA REUNIÃO NA SCREEN DIRECTORS GUILD EM QUE JOHN FORD FEZ SUA FAMOSA APRESENTAÇÃO, CITADA NA MATÉRIA ANTERIOR. E FALANDO EM JOHN FORD E DA GUERRA CIVIL AMERICANA, FINALMENTE ASSISTI “MARCHA DE HERÓIS”, QUE HÁ TEMPOS EU VINHA NA “CAPTURA”. CARAMBA, QUE FILMAÇO! TÁ, EU SEI, COMO DIZEM OS CRÍTICOS, É UM “FORD MENOR”, MAS ATÉ ESSES MENORES SÃO FILMAÇOS. A IMPRESSÃO QUE EU TIVE, É O DE UM FILME COMPOSTO MAIS DE GRANDES MOMENTOS, MAS CUJO RESULTADO NÃO FORMOU UM GRANDE FILME EM SUA UNIDADE, PELO MENOS NÃO DO PORTE DE UM “O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA”, “PAIXÃO DE FORTES”, “CARAVANA DE BRAVOS” E OUTROS. PELO QUE PESQUISEI NA WEB, PROVAVELMENTE FOI PELO DESINTERESSE QUE MESTRE FORD ADQUIRIU PELA OBRA APÓS O TAL ACIDENTE COM O DUBLÊ E COM OS DESENTEDIMENTOS COM WILLIAM HOLDEN, O QUE É UMA PENA, POIS TUDO INDICAVA QUE TUDO ESTAVA PREPARADO PARA MAIS UMA OBRA-PRIMA. MESMO ASSIM SAIU UM FILMÃO, QUE QUANDO TERMINOU, ATÉ ME PERGUNTE, “MAS JÁ?”, SÓ DEPOIS NO CONTADOR DO DVD, QUE EU VI QUE SÃO 2 HORAS DE FILME. E, JOHN WAYNE? O CARA TAVA INSPIRADO, MAIS NA SUA PERSONA BRUTA QUE NUNCA, COMO RI COM A IMPACIÊNCIA DELE: É CHUTANDO UM BALDE QUANDO O MÉDICO DIZ QUE UM SARGENTO TERÁ QUE FICAR ACAMADO; QUEBRANDO UMA GARRAFA DE BEBIDA DEPOIS DE TOMÁ-LA DE UM SARGENTO BÊBADO E AO TENTAR BEBER, PERCEBE QUE O NEGÓCIO NÃO PRESTA; QUANDO O SARGENTO ESTÁ BATENDO EDUCADAMENTE NA PORTA DO CASARÃO, WAYNE CHEGA E DÁ LOGO UM PONTAPÉ ARREBENTANDO TUDO. MAS ESSA MESMA BRUTALIDADE FOI USADA DE FORMA COMOVENTE NA CENA DA BEBEDEIRA NO HOSPITAL IMPROVISADO, APÓS A BATALHA NA CIDADE. E TODA SEQUÊNCIA DOS MOLEQUES, DOS CADETES, RUMANDO PRA BATALHA E ELES COLOCANDO OS CONFEDERADOS PRA “CORRER”, QUE MARAVILHA, ESSA NÃO SAI MAIS DA MINHA CABEÇA, ASSIM COMO OUTRAS. MAS PRA MIM O MELHOR DE TUDO FOI CONSTANCE TOWERS, ME SURPREENDI COMPLETAMENTE COM ELA, ROUBANDO A CENA. EU SÓ A CONHECIA PELA PUDICA MARY DE “AUDAZES E MALDITOS”, MAS AQUI ELA ARREBENTA. TODAS AS CENAS DO CASARÃO, COM ELA FINGINDO AMABILIDADE COM OS SOLDADOS, SÃO IMPAGÁVEIS, PRINCIPALMENTE NA CENA DO JANTAR, QUANDO ELA PERGUNTA, TODA SINUOSA, PRA WAYNE, “O QUE O SENHOR PREFERE? A COXA... OU O PEITO?”, MOSTRANDO O GENEROSO DECOTE DELA, PENSEI QUE O DUKE IA TER UM INFARTO, ENGRAÇADO DEMAIS. MAS QUANDO A CENA EXIGIA DRAMATICIDADE COMO NA CENA DA JÁ CITADA BEBEDEIRA DE WAYNE, EM QUE CONSTANCE É SUA CONFIDENTE OU NA DESPEDIDA AO FINAL, ELA TAMBÉM TÁ PERFEITA. SHOW! DESCULPA MISTURAR “ALHOS COM BUGALHOS”, SEU DARCI, MAS COMO O SENHOR CITOU MESTRE FORD NA MATÉRIA E FIQUEI EMPOLGADO COM “MARCHA DE HERÓIS”, NÃO RESISTI ESCREVER UM POUCO SOBRE O FILME. É FORD, É FORD!
ROBSON
Olá, Robson
ExcluirTambém gosto muito de Marcha de Heróis que, como você disse, é sempre lembrado como um 'Ford menor' mas que seria grande em qualquer outra filmografia.
São duas as sequências de estupro em Josey Wales: a de Little Moonlight e a de Laura Lee, esta última mais atrevida, digamos assim. Não tenha dúvidas! Compre o DVD de Josey Wales (e de O cavaleiro Solitário também, claro) pois é um grande filme de Clint Eastwood, como a resenha procura mostrar.
Darci
O melhor filme que já assisti
ResponderExcluirConheci em 2012, revi em 2017 e ontem!
ResponderExcluirEmbora não goste muito do ritmo, da trilha, e da edição, e de algumas outras coisas, tem pontos positivos: bons tiroteios, e alguns bons diálogos, etc! Enfim, gosto, mas não é dos meus favoritos, dentre os faroestes que atuou/dirigiu!
Será que algum dia, este filme será exibido em algum canal de tv, aberto ou fechado?
ResponderExcluirPra mim foi o melhor de todos os faroestes que já assisti!