Poucos atores atuaram mais no cinema
que Robert J. Wilke que participou de quase 200 filmes e mais 21 seriados. E
quando a TV passou a roubar espectadores do cinema, Robert J. Wilke estava a
postos, já em 1950, vindo a atuar em episódios de perto de uma centena de
séries diferentes até o final de sua carreira em 1981. Mesmo assim Wilke disse
a seu amigo Claude Akins, que, em 45 anos atuando ininterruptamente como ator,
havia ganhado menos que em suas participações como jogador de golfe, hobby que
acabou se tornando atividade semiprofissional. Robert J. Wilke se tornou bastante
conhecido por aqueles cinéfilos que reconhecem os atores secundários
importantes como era Wilke. Nascido em 18 de maio de 1914, completou, dia 18
último, 100 anos do nascimento de Bob Wilke, cuja carreira merece ser lembrada.
Bob Wilke nos tempos da Republic Pictures. |
Tempos
da Republic Pictures - Robert Joseph Wilke nasceu em
Cincinatti, no Estado de Ohio, filho de alemães que imigraram para os Estados Unidos.
Um dos muitos trabalhos do jovem Robert foi como guarda-vidas em Miami, na
Flórida, onde foi notado por seu físico e convidado a atuar no cinema. A
estreia de Wilke ocorreu em 1936, aos 24 anos, em “A Cidade do Pecado”, com
Clark Gable e Spencer Tracy. Depois disso foram 15 anos de trabalho árduo, ou
como stuntman ou como ator, quase sempre como homem mau sendo invariavelmente
surrado ou morrendo por um tiro certeiro do mocinho. Durante quase dez anos
Robert trabalhou na Republic Pictures, nunca porém obtendo a oportunidade de
ser um dos top vilões do estúdio que tinha Roy Barcroft e LeRoy Mason como
expoentes máximos da maldade. No início de carreira Robert usava o nome
artístico ‘Bob Wilke’. Mais tarde
mudou para ‘Robert Wilke’ e chegou a
ser creditado como ‘Bob Wilkie’, ‘Robert Wilkie’, ‘Robert Wilke’ e mesmo ‘Robert
J. Wilke’. Na Republic
Pictures Bob Wilke enfrentou alternadamente os mocinhos Allan ‘Rocky’ Lane,
‘Wild’ Bill Elliott, Sunset Carson e Roy Rogers. Só no ano de 1944 Bob
Wilke atuou em 19 filmes na Republic e em quatro seriados desse estúdio que
foram os seguintes: “Capitão América”, “A Mulher Tigre”, “O Chicote do Zorro” e
“O Porto Fantasma”.
Exército norte-americano só no cinema para Bob Wilke. |
Uncle Sam doesn’t want you -
Embora norte-americano de nascimento e possuidor de físico invejável (1,88 de
altura), a origem germânica de Robert Wilke fez com que a U.S. Army sequer
cogitasse convocá-lo para lutar contra as forças do Eixo. Wilke continuou
filmando sem parar e a partir de 1946 passou a ser visto também nos westerns B
de Charles Starrett, na série “Durango Kid” e em muitos faroestes da série
final estrelada por Allan Lane, então como ‘Rocky Lane’. Atores louros eram
muito cotados, por razões óbvias, para interpretar bandidos nos anos seguintes
ao final da II Guerra Mundial e Robert Wilke participou de inúmeros policiais,
ainda que no policial-noir “Selos da Morte” Wilke aparecesse como agente da lei.
Com 15 anos de experiência como ator, Robert Wilke aguardava por uma grande
oportunidade e o que não faltou foram filmes de qualidade mas com Bob Wilke
sempre em papéis insignificantes. Foi assim em “Astúcia de uma Apaixonada”
(River Lady), com Yvonne De Carlo; “Duelo Sangrento” (The Kid from Texas), com
Audie Murphy como Billy the Kid; “O Gavião do Deserto”, com Yvonne De Carlo;
“Ousadia/O Vale da Vingança” (Vengeance Valley), com Burt Lancaster; “O Melhor
dos Homens Maus” (Best of the Badmen), com Robert Ryan; “Dupla Redenção”
(Carbine Williams), com James Stewart; “Rebelião de Bravos” (Indian Uprising),
com George Montgomery.
Destacado
‘golf player’ - Robert Wilke parecia predestinado a não ter destaque em
filme algum, isto apesar de jamais lhe faltar trabalho, fazendo pequenas
participações indistintamente em westerns com Charles Starrett, Bill Elliott e
Gene Autry, passando também pela RKO, onde o principal mocinho era Tim Holt que
enfrentou diversas vezes o badman Bob Wilke. O próprio Wilke contou que a vida
de ator de faroestes não era nada fácil pois ele se apresentava no estúdio às
5:30 da manhã para ser levado para as locações onde seriam filmadas as
externas. As refeições que o estúdio fornecia eram muito ruins, mas era comer
ou passar fome e depois de 14 horas ou mais de trabalho Bob retornava extenuado
pois quase sempre tinha que apanhar dos mocinhos. Não se sabe ao certo quando
foi que Robert Wilke começou a jogar golfe, esporte notoriamente praticado por
pessoas abastadas e que começou a render alguns dólares a mais para o ator que
levava jeito no golfe. Como ‘artista de cinema’ Bob era ainda praticamente um
desconhecido cujo nome sequer aparecia nos créditos dos filmes em que
participava. Mas isso mudaria com dois filmes importantíssimos nos quais Robert
Wilke começaria a ser notado.
O grande público passava a conhecer Robert Wilke ("High Noon" e "From Here to Eternity"). |
Escalado
para matar Will Kane - Em 1952 o diretor Fred Zinnemann
escolheu Robert Wilke para ser um dos quatro bandidos que deveriam matar Will
Kane (Gary Cooper) em “Matar ou Morrer” (High Noon). Dos quatro assassinos do
filme dois se destacaram mais que os outros: Lee Van Cleef e Robert Wilke. A
maré boa para Wilke prosseguiu com o mesmo Zinnemann o chamando novamente,
desta vez em 1953, para um filme que metade de Hollywood disputava um lugar no
elenco, o hoje clássico “A Um Passo da Eternidade”. Não chegava a ser um grande
papel o do Sargento Henderson que coube a Wilke, mas esse drama de guerra que
teve como pano de fundo o bombardeio de Pearl Harbour foi um colossal sucesso
de bilheteria e isso interessava muito ao ator para ficar ainda mais conhecido.
Também em 1953 Bob Wilke atuou em “O Último Guerreiro” (Arrowhead), com
Charlton Heston e Jack Palance e em “A Trilha da Amargura” (War Paint), com
Robert Stack. Já com o nome aparecendo nos créditos destes últimos filmes,
Wilke atuava muito também na televisão, como na série “The Roy Rogers Show”, em
que foi visto em quatro episódios.
Bandidos à espera de Will Kane (Gary Cooper) em "Matar ou Morrer": Lee Van Cleef, Bob Wilke e Sheb Wooley. |
Cena de "Região do Ódio" vendo-se Ruth Roman, John McIntire, Wilke e Jack Elam; abaixo Wilke em "20 Mil Léguas Submarinas". |
Desconhecido
como Clint Eastwood - Em 1954 Bob Wilke atuou em quatro
filmes: “Até o Último Tiro” (The Lone Gun), com George Montgomery e Dorothy
Malone; “Região do Ódio” (The Far Country), com James Stewart; “20 Mil Léguas
Submarinas”, grande produção da Disney e com o nome de Robert Wilke vindo em
quinto lugar nos créditos, atrás apenas de Kirk Douglas, James Mason, Paul
Lukas e Peter Lorre. Como imediato do Capitão Nemo (James Mason), Bob Wilke
desfere um violento tapa em Kirk Douglas e os dois se engalfinham numa luta
brutal no Nautilus que começa a afundar. Em seguida Douglas reage e derruba o
corpulento Wilke. O quarto filme em que
Wilke atuou em 1954 foi o célebre “Pistoleiro por Equívoco” (Two Guns and a
Badge), com Wayne Morris, considerado o último faroeste B produzido em série.
Wilke interpreta um vilão apropriadamente chamado ‘Outlaw Moore’. Em 1955 não
ocorreu a ascensão que Wilke esperava em sua carreira e, apesar de ter atuado
em muitos filmes, nenhum deles foi de fato superior, exceção feita a
“Tarântula”, clássico de sci-fi em que nem Wilke e nem Clint Eastwood tiveram
seus nomes nos créditos. Os demais filmes foram “Fuga Heroica”, com Dana
Andrews e “O Filho de Sinbad”, com Dale Robertson. Além destes Wilke atuou nos
westerns “O Vício Singra o Mississipi” (The Rawhide Years), com Tony Curtis;
“Uma Estranha em Meu Destino” (Strange Lady in Town), com Dana Andrews;
“Escreveu Seu Nome a Bala” (Shotgun), com Sterling Hayden e “Choque de Ódios”
(Wichita), com Joel McCrea.
Algumas sequências de "20 Mil Léguas Submarinas" com Robert Wilke contracenando com Kirk Douglas e James Mason; reparem no violento tapa que Wilke desfere em Kirk Douglas. |
Bob Wilke em "Atirar para Matar". |
Novamente
com Douglas Sirk - Em 1957 Robert Wilke apareceu em
nada menos que sete filmes: os westerns “Punido pelo Próprio Sangue”
(Backlash), com Richard Widmark; “Zorro e o Ouro do Cacique” (The Lone Ranger),
com Clayton Moore; “O Rio dos Homens Maus” (Canyon River), com George
Montgomery; “Onda de Paixões” (Raw Edge), com Rory Calhoun; “Atire em Todos/Atirar
para Matar” (Gun the Man Down), em que literalmente ‘engole’ o astro do filme
James Arness. Os não-westerns foram “O Rei Vagabundo”, musical em que Wilke tem
pequena participação e “Palavras ao Vento” dirigido por Douglas Sirk. O alemão
Douglas Sirk é considerado como o diretor que fez de Rock Hudson um bom ator, o
que pode até ter fundamento, mas foi também Sirk quem percebeu que Robert Wilke
era um coadjuvante que dava maior relevância a seu personagem. Em “Palavras ao
Vento”, ao lado de Hudson está Dorothy Malone, premiada com o Oscar de Melhor
Atriz Coadjuvante por seu trabalho nesse filme. Depois de “Palavras ao Vento”,
Douglas Sirk convocou Robert Wilke para participar de seu melodrama seguinte
que foi “Almas Maculadas”, também com Rock Hudson e ainda a sensualíssima Dorothy
Malone.
Bob Wilke com Rock Hudson e com a jovem Angie Dickinson. |
"Punido pelo Próprio Sangue": Wilke com Jack Lambert e Harry Morgan; ameaçando Donna Reed nesse mesmo western. |
Reencontro de atores dos tempos dos seriados da Republic Pictures entre Clayton Moore e Bob Wilke, apanhando, para variar em "Zorro e o Ouro do Cacique". |
Bob Wilke na TV na série "Zorro"; |
Séries
e séries de TV - Estava difícil e aparecer outro “High Noon” e Robert Wilke
se contentava em atuar em westerns como “A Passagem da Noite” (Night Passage),
com James Stewart e Audie Murphy e “Return to Warbow”, com Philip Carey. Até
que veio “O Homem do Oeste” (Man of the West), o soberbo wstern de Anthony Mann
com Gary Cooper, com perfeita atuação de Wilke. Em 1959 produzia-se cada vez
menos westerns para o cinema mas as séries westerns de TV batiam recordes a
cada ano e Bob Wilke atuava em praticamente todos como ator convidado. Na série
“Zorro”, com Guy Williams, Bob Wilke interpretou o Capitão Salvador Mendonza em
quatro episódios da temporada 1959. Wilke atuou repetidas vezes em séries
campeãs de audiência como “Procurado Vivo ou Morto”, “O Texano”, “Bonanza” (em
que atuou duas vezes como... xerife), “Laramie”, “Rawhide”, “O Paladino do
Oeste”, “Caravana” e outras . É de 1959 “O Rei da Zona”, musical com James
Cagney em que Wilke interpreta um gângster, claro
Wilke em "Sete Homens e um Destino". |
Duelo
revólver X faca - 1960 reservava presença em dois
grandes filmes para Robert Wilke. Foram eles “Spartacus”, com Kirk Douglas, em
que Wilke não teve destaque e aquele que foi um dos grandes westerns de todos
os tempos, “Sete Homens e um Destino” (The Magnificent Seven). A sequência em
que Bob Wilke (com revólver) desafia James Coburn (com faca) é antológica e das
melhores do filme. O policial “Os Escorpiões do Crime” é notável na carreira de
Bob Wilke por seu nome ser o segundo do elenco, atrás do quase desconhecido J.
Pat O’Malley. Outra produção barata foi o western “O Laço Ameaçador” (The Long
Rope), com o nome de Wilke vindo em terceiro lugar nos créditos e com Hugh
Marlowe como ator principal. Na série de TV campeã de audiência “Os Intocáveis”,
Bob Wilke interpretou o famoso gângster George ‘Bugs’ Moran por duas vezes e em
uma terceira participação Wilke foi o gângster germano-norte-americano Arthur
‘Dutch Schultz’ Flegenheimer. Ambos deram muito trabalho a Eliot Ness.
Duelo entre James Coburn e Robert Wilke que vai levar a pior. |
O índio Robert Wilke e um champagne. |
Campeão
entre artistas - O golfe passou a consumir boa parte do tempo de Robert
Wilke que recebia muitos convites para participar de torneios com a presença de
astros do cinema que pretensamente eram bons golfistas. Wilke ganhava sempre,
mesmo dando quatro a cinco buracos de handicap a gente mais famosa que ele como
James Garner, Dean Martin, Bing Crosby, Donald O’Connor, Vic Damone, Glen
Campbell e outros. Um dos mais afamados torneios de golfe, o de Peeble Beach na
Califórnia, contou diversas vezes com a presença de Wilke que comprovava ser um
fantástico jogador, isto apesar de sua grande compleição física. Alguns amigos
o chamavam de ‘Bob Bear’ (Urso) devido a seu tamanho e força. Wilke atuou nos
anos 60, entre outros, nos filmes “The Gun Hawk”, western com Rory Calhoun;
“Condenado por Vingança”, com Stuart Whitman; “Morituri”, com Marlon Brando e
Yul Brynner; “Smoky”, western com Fess Parker e “Tony Rome”, policial com Frank
Sinatra. A produção mais cara que Wilke participou neste período foi o
fracassado western-comédia “Nas Trilhas da Aventura” (The Hallelujah Trail),
filme de John Sturges estrelado por Burt Lancaster. Wilke como um chefe índio
beberrão mostra que é capaz de fazer rir também.
Cenas de "Nas Trilhas da Aventura", vendo-se o índio Robert Wilke com o também índio Martin Landau. |
Robert Wilke em final de carreira num belo momento em "Cinzas do Paraíso". |
Um papel à altura - Nos anos 70 Robert Wilke prosseguia
em sua carreira fazendo cada vez menos filmes entre eles o western-comédia
“Cheyenne” (The Cheyenne Social Club), com Henry Fonda e James Stewart; “O
Duelo” (A Gunfight), com Kirk Douglas e Johnny Cash; “Santee, o Caçador de
Recompensas” (Santee), com Glenn Ford. E veio, em 1978, aquele que poderia ter
sido o glorioso adeus da carreira de Robert Wilke, no cult “Cinzas do Paraíso”,
de Terrence Malik, estrelado por Richard Gere. Nesse drama Bob Wilke interpreta
magnificamente um velho fazendeiro num papel-chave do filme. Certamente o filme
em que Robert Wilke pode melhor mostrar seu talento como intérprete. Haveria
ainda trabalho no cinema para Wilke em “The Sweet Creek County War”, western
com os também veteranos Richard Egan, Slim Pickens e Albert Salmi. Em 1981
Wilke interpretou um general na comédia “Recrutas da Pesada”, com Bill Murray e
Warren Oates. O último trabalho de Wilke como ator foi no western feito para a
TV “The Texas Rangers”, em que interpretou um maquinista de trem, filme
estrelado por Richard Farnsworth.
Despedida do grande vilão. |
Um
amigo querido - Robert Wilke foi casado com Patricia Wilke e os Wilkes
tiveram um filho de nome Bob. Após se retirar do cinema Wilke abriu um bar na
Ventura Boulevard, próximo à Universal City, em Los Angeles, onde recebia
muitos dos antigos amigos mantendo com eles longas, nostálgicas e bem humoradas
conversas. Claude Akins, William Witney, Harry Lauter, Pierce Lyden, Sheb
Wooley e todos que conheceram Bob Wilke são unânimes em afirmar que dentro
daquele corpanzil habitava uma enorme alma de um ser gentil, alegre e bom papo.
Bob Wilke faleceu de câncer no pulmão em 28 de março de 1989, aos 74 anos, em
Burbank, Califórnia. Sem dúvida Robert J. Wilke foi um dos melhores homens maus
do cinema, especialmente dos faroestes, colecionando muitos fãs que se lembram
dele na passagem do centenário de seu nascimento.
Bob Wilke era um rosto frequente nas séries de TV. À esquerda como o gângster Arthur ‘Dutch Schultz’ Flegenheimer em "Os Intocáveis". |
Gostei muito do artigo. Bob wilke, sem duvida, enriquecia os filmes com seu talento. E entre tantos filmes, considero a sua melhor participação em `` A um passo da eternidade´´ e ``O vale a vingança´´.
ResponderExcluirDagmar.
Oi, Darci!
ResponderExcluirFama é um negócio esquisito. Nunca se sabe quem e quando vai ser atingido por ela. Robert J. Wilke nunca chegou ao estrelato, apesar de tantos filmes, nem mesmos nas produções bs, em compensação dois colegas seus, que começaram depois dele, inclusive, conseguiram o estrelato: Ernest Borgnine e Lee Van Cleef. Borgnine que também fez um sargento em “A Um Passo da Eternidade” em dois anos estaria recebendo um Oscar de melhor ator por “Marty”, depois teria uma brilhante carreira, tanto no cinema como na televisão, antológica, como pode ser conferido na biogrfia dele aqui no blog. Já Van Cleef, o caso chega a ser mais irônico, pois enquanto Wilke continuou sempre com a carreira de ator, eu li numa recente biografia de Clint Eastwood, que Lee Van Cleef lá pelo meio dos anos 1960, tinha abandonado a carreira de ator, desgostoso com a falta de oportunidades, e estava se dedicando a pintura (!), mas apareceu Sergio Leone, que o convidou para ser o Coronel Mortimer de “Por Uns Dólares a Mais” e em seguida o “Olhos de Anjo” de “Três Homens em Conflito” e lá veio a fama do até então “ex-ator” Van Cleef, o tornando um dos maiores astros do faroeste do fim dos anos 1960 e de toda década seguinte. E nem se pode dizer que isso só acontece com esses atores especializados em “durões” e “vilões”, quantos atores e atrizes “bonitinhos”, cujos estúdios investiam forte em suas carreiras, inclusive lhes dando papéis de protagonistas a frente de nomes consagrados em muitos filmes, mas a coisa não ia pra frente, aqui mesmo no blog pode se vistos alguns exemplos, como Julie Adams. Edmond Purdom quem se lembra dele? O cara que foi escolhido como protagonista do épico “O Egípcio”, após a recusa de Marlon Brando, no final que rouba a cena é o chamado canastrão Victor Mature e Peter Ustinov. E Roberte Wagner? Que foi um dos preferidos da Fox em investimento pra ser um astro. Os filmes que lembro com ele como “A Lança Partida” é por causa dos grandes Spencer Tracy e Richard Widmark, “Quem foi Jesse James?” me lembro mais por ser um western dirigido por Nicholas Ray e “ O Mais Longo dos Dias”, bom, esse tem um monte de astros pra lembrar antes de Wagner, cuja carreira só deu certo mesmo na televisão com “O Rei dos Ladrôes” e, principalmente, por “Casal 20”, mesmo assim tem gente que vai dizer que foi por ter a Stefanie Powers ao lado dele. Hehehe! Bom, ainda bem que tem gente como seu Darci, grande fã de cinema e western, para resgatar a memória de gente como Robert J. Wilke, que não merecem ser esquecidos.
Abraços.
Robson
P.s.: Não tenho nada contra Robert Wagner, apesar de parecer. Rs
Olá, Robson
ResponderExcluirA sorte nunca sorri igualmente para todos. Mas sorte à parte, Ernest Bognine era mais ator que Van Cleef e Wilke, além da radiante simpatia. Borgnine podia ser bom ou mau com a mesma competência. Seu sucesso foi mais que merecido. Os estúdios investiam fortemente nos futuros ídolos pois sabiam que eles é que atraíam o público. Robert Wagner é um excelente exemplo e a Fox fez de tudo para torná-lo um astro como haviam sido Tyrone Power e Henry Fonda, naquela mesma casa. Agora que você tem uma birra com Bob Wagner, isso parece inegável. Por acaso você gosta muito da Natalie Wood? rsrsrsrs
Abraço do Darci
ROBERT J.WILKE É UM ATOR QUE NÃO PODEMOS ESQUEÇER JAMAIS.SEMPRE EM ÓTIMOS PAPÉIS DE VILÃO.SEMPRE ADMIREI O TRABALHO DELE EM FILMES DE TODOS OS GENEROS.
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