Jefferson C. Vendrame |
Um dos melhores blogs sobre filmes da
época de ouro da 7.ª Arte é o O CINEMA ANTIGO, editado por Jefferson Clayton
Vendrame. Paranaense de Paranavaí e estudante de História na Universidade
Federal do Paraná, Jefferson se confessa um apaixonado por quase tudo que
remeta ao passado, ainda que esse passado seja remoto como, por exemplo, o Antigo
Egito. Só há uma ‘coisa’ da qual Jefferson gosta mais do que conhecer museus,
casarões dos séculos passados e automóveis vintage ou dos tempos dos excessos
cromados. E essa ‘coisa’ chama-se cinema, com filmes como “Um Lugar ao Sol”
(seu preferido) e atores como James Dean (também seu preferido). Para compensar
o fato de ter nascido na penúltima década do século passado, Jefferson é um
ávido colecionador de tudo que se relacione com épocas em que seus pais nem
sequer haviam se conhecido ainda. Ou ainda muito antes disso. E entre os itens
que Jefferson coleciona com carinho estão os filmes que assiste sempre que
pode. Seu televisor sintoniza apenas telejornais pois Jefferson troca a
programação alienante por filmes e documentários, seja em DVD, BluRay ou mesmo
no agora também nostálgico VHS.
Tendo
passado boa parte de sua adolescência escutando Pink Floyd, Led Zeppelin,
AC/DC, Iron Maiden e outros grupos de rock, atualmente Jefferson prefere Zezé de
Camargo e Luciano, João Paulo e Daniel, Chitãozinho e Xororó e Christian e Ralf. O paranaense
estudante de História alimenta o sonho de conhecer o Egito. Enquanto isso não
acontece Jefferson se distrai levando seus profundos conhecimentos de cinema
antigo aos fãs desse segmento na Internet com o blog que edita. Lá pode-se aprender
muito através das postagens e resenhas nas quais Jefferson comenta filmes
maravilhosos de gêneros variados como “Amor, Sublime Amor”, “Ben-Hur”, "Quanto Mais Quente Melhor", “Fúria Sanguinária” e
faroestes como “Os Brutos Também Amam”, que ele ama igualmente. Os blogs O CINEMA
ANTIGO e WESTERNCINEMANIA são parceiros há quase dois anos e Jefferson atendeu
prontamente a solicitação deste blog para que relacionasse seu Top-Ten Westerns.
A seleta lista de Jefferson é acompanhada por seus comentários que comprovam
ser ele um daqueles cinéfilos com quem se pode conversar (e aprender) por horas
a fio sem se cansar.
TOP-TEN WESTERNS DE
JEFFERSON C. VENDRAME
JEFFERSON C. VENDRAME
Elaborar uma
listagem, selecionando nossos filmes, músicas ou livros preferidos, apesar de
parecer uma tarefa simples e prazerosa é muito mais difícil e complexa do que
podemos imaginar. O trabalho, que se torna ainda mais árduo graças às
indecisões causadas pela limitação do número de escolhidos, quase sempre gera
injustiças, no entanto, se faz necessário que realmente somente os melhores se destaquem, dessa forma, apresento
meu TOP–TEN, uma lista dos meus dez faroestes preferidos.
Rastros de Ódio (The Searchers), 1956 – John Ford
John Wayne |
Obra-prima atemporal de John Ford, “Rastros
de Ódio” conta a magnífica história de Ethan Edwards, um veterano confederado
da guerra de secessão que, após ter a família assassinada pelos selvagens
Comanches, segue ao lado do “meio sobrinho” Martin Pawley em busca de Lucy e
Debbie, as únicas sobreviventes do massacre. Filmado no cenário preferido do
mestre do faroeste, o Monument Valley,
no estado americano de Utah, esse clássico, apesar de não ter sido bem recebido
em seu lançamento, com o passar dos anos se tornou o maior western de todos os
tempos. Com legião de fãs em todo o mundo, Rastros de Ódio apresenta a
combinação de todos os ingredientes necessários para um excelente filme do
gênero, ou seja, aventura, drama, romance, humor e ação, muita ação no melhor
estilo Ford. John Wayne, sem dúvidas tem o melhor desempenho de sua longa
carreira, assim como Jeffrey Hunter, que alcançou sua quintessência através de
Martin Pawley mesmo tendo interpretado Jesus
Cristo cinco anos mais tarde em “O Rei dos Reis” de Nicholas Ray. A
magnífica trilha sonora do mestre Max
Steiner e a exímia fotografia de Winton
C. Hoch em VistaVision tornam “Rastros de Ódio” ainda maior. Indispensável
e obrigatório em qualquer coleção, “The
Searchers” é sem dúvidas, desde a minha adolescência quando o vi pela
primeira vez em VHS, o meu faroeste preferido.
Os
Brutos Também Amam
(Shane), 1953 – George Stevens
Alan Ladd |
Shane é um cavaleiro errante que
encontra abrigo no rancho de Joe Starrett, um colono que vive junto com a
esposa Marian e o pequeno filho Joey em uma fazenda no Wyoming. A região, que
antes servia somente para a criação de gado, é agora terrivelmente disputada
entre os colonos e os poderosos boiadeiros que não os aceitam ali. No entanto,
após a chegada de Shane, que traz consigo vestígios de um passado duvidoso, os
colonos organizam-se e decidem enfrentar, frente a frente seus inimigos,
principalmente o temido pistoleiro Jack Wilson, que a mando do líder dos
boiadeiros, Ryker, chega ao vale com a missão de exterminar Starrett e todos os
outros colonos “rebeldes”. Indiscutivelmente um dos melhores faroestes do
cinema, clássico e comovente o filme não envelheceu e continua até os dias
atuais encantando todos os públicos. Repetindo as sábias palavras de um
crítico; “Os Brutos Também Amam” é apenas um faroeste, assim como “Romeu e
Julieta” é apenas uma história de amor. Enfim, não é preciso dizer mais
nada, com exceção, que é ele há muitos anos, meu 2.º faroeste preferido.
Matar ou Morrer (High
Noon), 1952 – Fred Zinnemann
Gary Cooper e Grace Kelly |
É domingo de manhã em Hadleyville, o
ex-xerife Will Kane acaba de se casar com Amy e se prepara para sair em lua de
mel quando chega até ele um telegrama anunciando que Frank Miller, um bandido
que ele condenou anos atrás, esta chegando no trem do meio dia para vingar-se.
Aconselhado pelos amigos a fugir da cidade, Kane resiste à ameaça e sai em
busca de companhia para enfrentar o temido assassino e seus comparsas, mas para
sua decepção, não encontra ninguém capaz de ajudá-lo. Toda a ação do filme é em
torno dessa tensão, da busca de Kane por ajuda. Lançado no auge da fase de
‘Caça as Bruxas’, alguns o consideravam uma verdadeira alegoria ao macarthismo.
A declaração mais evidente dessa opinião foi dada por John Wayne em 1971 quando
ele disse em uma entrevista que o filme era “a coisa mais antiamericana
que ele já tinha visto”. Tendo esses ideais ou não, “Matar ou Morrer”
imortalizou-se como grande clássico do cinema, venceu quatro Oscar; melhor ator
(Gary Cooper), melhor montagem, melhor canção original (Do Not Forsake On My Darling) de Tex
Ritter e melhor trilha sonora (Dimitri Tiomkin). Indispensável, não me canso de
ver e rever esse ótimo faroeste que ocupa a 3.ª posição dos meus preferidos.
O
Homem que Matou o Facínora
(The Man Who Shot Liberty Valance), 1962 – John Ford
John Wayne |
Quando o senador Ransom Stoddard chega acompanhado da esposa
Hallie a um lúgubre funeral na pequena cidade de Shinbone, no oeste americano,
suas reminiscências são trazidas a tona através de uma longa entrevista
concedida a um curioso jornalista local.
Sem dúvidas, um dos melhores (e últimos) filmes de John Ford. John Wayne
e James Stewart demasiadamente brilham, da mesma forma Lee Marvin, como um dos
mais desprezíveis vilões que o velho oeste já viu. Comovente e arrebatador, “O
Homem que Matou o Facínora” é irrefutavelmente um dos melhores faroestes de
todos os tempos e o meu 4.º favorito do gênero.
Dança com Lobos
(Dances with Wolves), 1990 – Kevin Costner
Kevin Costner |
Apesar de algumas pessoas considerarem Dança com Lobos um
filme de aventura e drama, eu particularmente o vejo como um faroeste.
Obviamente que nele não temos maléficos vilões empoeirados, lindas garotas
dançando can-can e índios assassinos; Na verdade, esse vencedor de sete Oscar
nos apresenta os índios de uma forma completamente diferente do que estávamos
acostumados a ver desde os primórdios do cinema. Kevin Costner, que aqui
estréia na direção, interpreta magistralmente John Dunbar, um oficial da cavalaria
americana que após se destacar na guerra de secessão, escolhe a fronteira para
ser seu novo posto. Ali, completamente isolado da civilização, Dunbar
estabelece paulatinamente uma rica amizade com um lobo solitário, que ele
intitula de “duas meias” e mais tarde com toda uma comunidade de índios Sioux.
Banhado por uma trilha sonora marcante e uma fotografia inesquecível, “Dança
com Lobos” é, sem dúvidas, um dos melhores filmes dos anos 90 e o meu 5.º
faroeste preferido.
O Intrépido
General Custer (They Died with Their Boots On), 1941 – Raoul Walsh
Errol Flynn |
A história do General americano George
Armstrong Custer, apesar de não ser contada com veracidade, é retratada
minuciosamente nessa superprodução de Raoul Walsh. O filme, que pode ser
dividido em duas partes (Guerra e Western), aborda a vida do general a partir
de seu ingresso na academia militar de West Point. Enfatiza suas glórias na
Guerra de Secessão e finalmente o exalta como herói da fronteira, onde se
imortalizou na sangrenta batalha de Little
Big Horn. Errol Flynn, que está mais
do que à vontade, interpreta com maestria o intrépido General, da mesma forma
DeHavilland, que como esposa de Custer convence-nos através de uma
interpretação tocante e comovente. Os
coadjuvantes, Anthony Quinn, como o líder indígena Cavalo Louco e Charley Grapewin, como o marrento Califórnia Joe, em diversas seqüências
roubam a cena, ajudando a imortalizar ainda mais esse grande filme que ocupa a
6.ª posição de minha lista.
Rio Vermelho (Red
River), 1948 – Howard Hawks
Montgomery Clift |
Howard Hawks, em quase cinqüenta anos
de carreira, foi responsável por grandes sucessos em praticamente todos os
gêneros que dirigiu, dos dramas aos musicais, do noir aos faroestes, o legado
do diretor americano se tornou incontestável. “Rio
Vermelho”, que é um de seus primeiros faroestes, conta a empolgante história da
primeira condução de gado pela chamada trilha de Chisholm, do sul do Texas ao
Kansas em meados do século XIX. A bela fotografia e as performances do astro
John Wayne, do novato Clift e do veterano Brennan fazem desse clássico um filme
inesquecível e o meu 7.º preferido.
Era uma Vez no Oeste
(C’Era una Volta Il West), 1968 – Sergio Leone
Charles Bronson |
O primeiro da trilogia “Era Uma Vez...”
de Leone, esse filme que é um marco em vários sentidos, pode-se dizer é um dos
maiores e melhores western spaguetti já
realizados. Henry Fonda, que até então estava imortalizado no cinema sob o
estereótipo do bom moço, aqui vive Frank, um dos mais ardilosos vilões que o
faroeste já teve. Charles Bronson, em toda sua carreira, jamais conseguiu se
superar e seu personagem, misterioso e enigmático com sua gaita “quase
irritante” é sem dúvidas o ponto máximo desse grande sucesso que coloco em 8.º
lugar no meu ranking.
Onde
Começa o Inferno (Rio
Bravo), 1959 – Howard Hawks
Dean Martin |
Resposta direta de Hawks e Wayne à obra
prima (considerada por eles de apelo macartista) “Matar ou Morrer” de Fred
Zinnemann, “Onde Começa o Inferno” conta a história de John T. Chance, um xerife que
ao dispensar a ajuda de vários amigos, conta apenas com o auxilio de um
beberrão e de um velhote para enfrentar o temido rancheiro Nathan e seus diversos capangas. Anos mais tarde, Hawks filmaria
novamente outros faroestes que podem ser considerados seqüência desse, como “El
Dorado” (1967) e “Rio Lobo” (1970), no entanto, apesar de serem
bons filmes, sequer podem ser comparados com esse que é considerado por muitos,
um dos maiores faroestes de todos os tempos e o meu 9.º preferido.
Errol Flynn |
Uma
Cidade que Surge (Dodge
City), 1939 – Michael Curtiz
Primeiro faroeste estrelado pelo astro
da Warner Bros. Errol Flynn, “Uma Cidade que Surge” é um grande filme! Foi o
primeiro a reunir todos os clichês existentes em um bom western como os bons
mocinhos e os malvados vilões, os típicos saloons
com suas dançarinas de can-can,
diligências, perseguições e muito bang-bang!
Dirigido com maestria por Michael Curtiz o filme permanece entre os grandes
clássicos do cinema e é o meu 10.º colocado do gênero.
Mestre Darci,
ResponderExcluirEstou sem palavras e ao mesmo tempo com um longo sorriso estampado no rosto ao ler suas palavras mais do que gentis referente a minha pessoa, o meu blog e a parceria de "O Cinema Antigo" e o "Westercinemania".
Fiquei lisonjeado com seu post, muito bem montado e organizado, (sem contar a surpreendente rapidez e a agilidade que montou tudo...), com isso só pude comprovar o que eu à muito tempo já havia concluído, que você é o melhor editor de blog que já conheci.
Espero que tenha gostado do meu top-ten. Tenho certeza que você já viu todos os filmes listados, inclusive andei pesquisando no WCM e vi que também já escreveu muito bem sobre diversos deles.
Muito obrigado mais uma vez pela homenagem e pela oportunidade que me ofereceu em participar de sua excelente página. Fica aqui o meu forte abraço e os meus sinceros agradecimentos!
Até Mais!
Jefferson ! Parabéns pela lista. 10 obras-primas do gênero
ResponderExcluirestão na sua relação de preferidos!!
Tenho visto seu blog também !! Bem interessante ! Abraços !
Escolhas sensacionais. Da lista, só não vi O intrépido general Custer. Também gosto muito de Onde começa o inferno e da parceria entre John Wayne e Howard Hawks.
ResponderExcluirAbraços!
Boa lista Jeferson. achei falta de faroeste de antony mann que parece que voce não gosta muito. anisio fagundes.
ResponderExcluirO editor do westerncinemania,meu amigo Darci,deve estar feliz,
ResponderExcluirpois o Jefferson colocou em 1º "Rastros de ódio" e em 2º o "Shane" . Eu sempre contestei o Darci,pois acho o filme de
George Stevens muito melhor que o clássico de Ford !! Mas foi
sempre uma saudável rivalidade, assim como prefiro Nelson Gonçalves a Orlando Silva,o grande cantor preferido do editor !
Abraços a todos !! E viva o western !!!!!
Olá, Laudney
ResponderExcluirVocê situou exemplarmente a questão. Na minha opinião Shane está para Rastros de Ódio assim como Nelson Gonçalves está para Orlando Silva. Nelson Gonçalves marcou demais as vidas de quem cresceu ouvindo rádio no final dos anos 50 e primeiros anos da década de 60. Repentinamente descobre-se Orlando Silva e com ele a arte de cantar de forma sublime. Acho que nunca lhe disse que vi várias vezes Orlando Silva no programa de auditório que Moraes Sarmento fazia aos domingos às 20h30, na Rádio Bandeirantes, quando esta ainda funcionava na Rua Paula Souza, travessa da Rua Florêncio de Abreu. Nesse programa dominical que era antecedido por meia hora de música ao vivo com a Orquestra de Sílvio Mazzuca, compareciam sempre os astros do passado como Sílvio Caldas, Ciro Monteiro, Roberto Silva, Araci de Almeida, Carlos Galhardo e muita gente boa. Nelson Gonçalves que emplacava um primeiro lugar atrás do outro nunca compareceu, isto apesar de começar a cantar imitando Orlando Silva. E João Gilberto também tinha o Cantor das Multidões como modelo. Fazendo eco à sua exclamação, viva Orlando, viva Nelson e, claro, viva o Western.
Abraço do Darci
Muito bom e coerente rol. Quatro deles estão na minha lista de melhores, mas, todos são filmes respeitáveis. O único “estranho no ninho”, todos sabemos, é o western de Leone, presença justificada, entretanto, por sua inegável qualidade. Embora nada seja definitivo, e qualquer de nós possa mudar de preferência, parabéns pelo bom gosto e pela disposição em dizer que saiu do rock em direção ao sertanejo, uma nota de autenticidade e de boa capacidade de ressignificação! Ver os comentários sobre essas feras da música, que eu só comecei a conhecer melhor depois de sua época, me lembram meu pai herói, seu bom gosto musical e de como a nossa música já foi maravilhosa. Bons tempos! Muitas saudades de um tempo que eu não vivi!
ResponderExcluirAbraço a todos!
Vinícius Lemarc
Olá, Vinicius
ExcluirPaulinho da Viola disse certa vez que ele não vivia no passado e sim o passado é que vivia nele. E nosso passado musical é um dos tesouros maiores deste país. A geração de cantores que eu citei foi magnífica e seguida por uma que conseguiu superá-la em qualidade. Falo desses artistas de nossa música que hoje são setentões como o próprio Paulinho. Da geração seguinte, honestamente, quase nada ficou. Da atual, melhor não falar.
Um abraço do Darci
Olá, Jefferson
ResponderExcluirUm jovem escolhendo seus melhores faroestes, e a maioria são antigos. Você nem tinha nascido!
Assisti a todos os filmes que você citou. E gosto deles também.
Parabéns! É uma ótima lista.
Abraços!
Olá, Janete
ResponderExcluirPelos comentário postados neste blog percebe-se que o único faroeste deste novo milênio merecedor de elogios é Pacto de Justiça, de Kevin Costner. Quando o assunto é faroeste, é obrigatório mergulhar nas décadas passadas, bem antes do Jefferson nascer, os tempos em que homens iam ao cinema de terno e gravata e as mulheres com vestidos. Mesmo sendo louco por cinema, você acredita que desses dez filmes, nos cinemas eu assisti apenas cinco deles?
Um abraço do Darci
De fato,o grande western destes últimos tempos é"Pacto de Justiça" que eu e mais um frequentador do blog colocamos na lista dos 10 preferidos. Falam no novo "Django " mas está longe de ser uma obra prima como o filme de Kevin Kostner !!
ResponderExcluirAliás,vem aí o novo "LONE RANGER".Vamos ver como ficou o nosso cavaleiro mascarado e o novo 'TONTO'. Abraços !!!!!