16 de agosto de 2011

LEE VAN CLEEF DESAFIA O MOCINHO JOHN WAYNE... E VENCE!!!



Lee Van Cleef conheceu John Wayne em 1956 quando com ele atuou em “Sangue de Bárbaros”, produção famosa por ser considerado o pior filme da carreira de John Wayne e também porque quase metade das pessoas que nele trabalharam faleceram vítima de câncer. Segundo se conta, artistas e técnicos foram contaminado pelas areias das dunas de um local chamado Snow Canyon, no Deserto de Escalante, em St. George, Utah, situado a 200 quilômetros de onde eram realizados testes nucleares. As areias teriam sofrido efeito da radiação atômica. John Wayne teve câncer em um pulmão e depois no estômago, falecendo aos 72 anos em 1979. Lee Van Cleef jamais teve câncer, mas morreu aos 64 anos, em 1989, vitimado por um ataque cardíaco. Em “Sangue de Bárbaros” Lee interpreta ‘Chepei’ enquanto John Wayne interpretou ‘Temujin’ depois transformado no temido bárbaro ‘Gengis Khan’. Para muitos esse filme é um western passado na Idade Média. John Wayne e Lee Van Cleef se reencontrariam em 1962 num western de verdade, uma das obras-primas de John Ford, que foi “O Homem Que Matou o Facínora” (The Man Who Shot Liberty Valance).

Lee Van Cleef não chegou a entrar para o time dos grandes amigos de John Wayne, mas certo dia, quando aguardavam para rodar uma cena, Duke confidenciou a Van Cleef que não estava gostando nada daquele filme. Disse que as melhores cenas eram as de James Stewart e as de Lee Marvin, enquanto ele, John Wayne, parecia fazer parte do cenário, indo pra lá e pra cá sem nada de mais importante. Lee Van Cleef então respondeu que ele, Van Cleef, já estava acostumado com aquilo e era o que ele mais fazia no cinema. E disse ainda que na maioria dos filmes sequer pronunciava uma única palavra. A única coisa certa é que ele morreria antes do final do filme. O roteiro de “O Homem Que Matou o Facínora” pedia que eles fizessem uma cena juntos depois da morte de Liberty Valance. Foram ensaiar e Duke brincou perguntando a Van Cleef se magrinho como ele era conseguiria sacar aquele revólver pesado. Lee Van Cleef respondeu que sacava muito rápido. E provocou John Wayne dizendo que ele sacaria o Colt do coldre antes que Duke conseguisse bater as palmas das mãos. John Wayne retrucou que aquilo era uma bravata e falou: “Vamos lá, então, Lee. Vale uma garrafa de tequila, OK?” Van Cleef concordou e todos que estavam próximos, inclusive Lee Marvin, pararam para assistir ao desafio pois achavam impossível Van Cleef ser tão rápido quanto dizia. John Wayne abriu os braços na largura de sua cintura, aproximadamente uns 70 centímetros e pediu a Lee Marvin para contar até três. Marvin começou: “Um, dois, três!” e espantosamente as mãos de John Wayne bateram no cano do revólver que Lee Van Cleef havia sacado com impressionante rapidez. John Wayne então falou: “Você ganhou. Eu estou me tornando cada dia mais lento. Mas por favor, na nossa cena que vamos fazer tente sacar mais devagar para ajudar este velho cowboy...” A cena saiu conforme o roteiro com John Wayne sendo mais rápido que Lee Van Cleef e no final do dia a garrafa de tequila foi bebida tão rápido quanto era Lee Van Cleef.


5 comentários:

  1. Preciso fazer uma observação àqueles que lêm ou que não lêm meus comentários. É que tenho o hábito de me dilatar um pouco neles, já que arrasto comigo um hábito; gostar de escrever e falar com detalhes de filmes, além de ser um escritor, o que me pôs no hábito. Desculpem.
    Quanto a estes episódios, eles são narrações pitorescas de bastidores de filmagens e que todos cinefilos adoram saber.
    Verdade que Lee era de pouca compleição e que morria em todos os filmes. Vezes morria cedo demais (Sem Lei e em Alma), ou morria mais tardiamente (Estigma da Crueldade e Matar ou Morrer). Mas em Matar ou Morrer ele jamais dá uma palavra. E isso deve ter ocorrido em muitos outros filmes onde participou. Afinal, era este o seu trabalho.
    Quando a Duke, acho que reclamou com razão de O Homem que Matou o Facinora. Faz mesmo um papel completamente superado pelas presenças e talentos de Stewart e Marvin, que tinham melhores e mais cenas.
    Mas, o que importou foi o resultado final. Lybert Valence foi o faroeste, no meu parecer, que Ford pode coloca-lo no primeiro lugar de sua vasta lista de titulos.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  2. Comecei recentemente a explorar mais a fundo o western e estou a gostar muito. Sei que a minha opinião não é nada ortodoxa, mas o meu western favorito é The Harvey Girls, porque é uma fusão com o meu género de eleição, musical. Calamita Jane, The outlaw e Liberty Valente são outros que aprecio em diferentes medidas. Boa continuação. O site é muito completo

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  3. Ótimo filme! Na minha opinião não acho que o ator John Wayne aparece pouco no filme,as cenas em que ele aparece são fundamentais ao enredo ,causando um forte impacto com sua marcante e carismática presença, mostrando a coragem e firmeza dos últimos cowboys de uma era que se findava, em contraste com o idealista e íntegro , mais aparentemente frágil personagem do ator James Stewart o salvando do vilão, ao levá-lo a fama e acensão, sendo Jonh Wayne(no seu também importante personagem) fundamental ao desenrolar da estória!!!

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  4. Ele fazia um Ninja em um seriado de TV.

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