Glenn Ford foi um dos grandes astros de
Hollywood, isto quando a concorrência tinha nomes como Burt Lancaster, Tyrone
Power, William Holden, Marlon Brando, John Wayne, Humphrey Bogart, Kirk
Douglas, Gregory Peck, Gary Cooper, Henry Fonda, Robert Mitchum, James Stewart,
Frank Sinatra e outros de igual e reluzente quilate. Ao contrário destes, poucas
vezes Glenn Ford foi dirigido por diretores de fato renomados e mesmo assim
muitos de seus filmes são hoje clássicos e sua presença na tela sempre foi
garantia de boa diversão. Do drama à comédia e especialmente em westerns, Glenn
Ford mostrou seus inegáveis predicados de ator e não por acaso esteve muitos
anos entre os campeões de bilheteria. Os faroestes de Glenn Ford eram dos mais
aguardados e na melhor fase de sua carreira ele se dedicou bastante ao gênero
que mais apreciava. Chegou mesmo a dizer que se pudesse faria somente westerns
pois sentia-se imensamente feliz nas pradarias e cavalgava como nenhum outro
ator famoso. A carreira do canadense Glenn Ford, nascido em 1.º de maio de
1916, durou exatos 54 anos, desde sua estreia em 1937 até seu derradeiro
trabalho como ator, em 1991. Dos 88 filmes que Glenn Ford fez, 24 foram
westerns, muitos deles considerados marcos do gênero, nos quais ele invariavelmente
usava seu chapéu de cowboy e jaqueta, ambos surrados como são as vestimentas de
autêntico homem do oeste. Injustiçado pela crítica que poucas vezes reconheceu
seu talento, Glenn Ford recebeu um único prêmio mais importante que foi o
Golden Globe de 1962 por seu desempenho na comédia “Dama por um Dia”. Recebeu também
o prêmio Bafta de 1958 como Melhor Ator Estrangeiro por sua atuação em “O
Irresistível Forasteiro”. Glenn recebeu ainda dois prêmios Golden Apple (1947 e
1958) como o Ator Mais Cooperativo. Abaixo todos os westerns de Glenn Ford,
impressionante conjunto de grandes filmes estrelados por um grande ator e incomparável
cowboy.
OS WESTERNS DE GLENN FORD
Gloriosa
Vingança (Texas), 1941, Dir. George Marshall – Primeiro western de
Glenn Ford, ao lado de outra jovem promessa da Columbia que era William Holden.
Amigos no início, passam a antagonistas quando se separam e Ford resolve ter
seu rancho, enquanto Holden se torna fora-da-lei entrando para o bando chefiado
por Edgar Buchanan. Claire Trevor é a mocinha indecisa entre os dois ex-amigos
neste filme de pequeno orçamento bem dirigido por George Marshall. Durante as
filmagens nasceu a grande amizade entre Glenn e Edgar Buchanan, amizade que
perduraria até a morte de Edgar em 1979 aos 76 anos.Western imperdível também
pela presença da magnífica Claire Trevor.
William Holden e Glenn Ford |
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Império
da Desordem (The Desperadoes), 1943, Dir.: Charles Vidor – Primeiro
filme em cores da Columbia, dirigido pelo mesmo diretor que realizaria “Gilda”,
encontro inicial de Glenn Ford com Rita Hayworth. Neste western o astro é
Randolph Scott como o sheriff de Red Valley e Glenn Ford um estranho com
passado comprometedor e acusado de um assalto a banco na cidade. Scott pouco
aparece e abre espaço para Ford se destacar, ficando ainda com a mocinha Evelyn
Keyes. Claire Trevor é uma condessa dona do bordel local. O ponto alto deste
filme é a sequência do ‘stampede’ (debandada) invadindo Red Valley, sequência
inteiramente dirigida por Budd Boetticher como diretor de 2.ª unidade.
Randolph Scott e Glenn Ford |
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No
Velho Colorado (The Man from Colorado), 1948, Dir.: Henry Levin – Reencontro
de Glenn Ford com William Holden, desta vez em história de Borden Chase que é
um estudo psicológico sobre os efeitos da guerra. Verdadeiro desafio para Glenn
Ford pois exigiu dele uma intensa interpretação como um ex-oficial da Cavalaria
que após a Guerra Civil torna-se um sádico assassino. Holden que era ajudante
de ordens de Ford assume a função de delegado da cidade e tenta mudar o
comportamento deste. Ellen Drew é a esposa de Ford que deixa o marido por
Holden. Edgar Buchanan também no elenco. Glenn Ford sai-se esplendidamente bem
interpretando um personagem detestável.
Glenn Ford e William Holden |
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Escravos
da Ambição (Lust for Gold), 1949, Dir.: S. Sylvan Simon – Certamente o
êxito de “O Tesouro de Sierra Madre” um ano antes motivou a filmagem desta
história real sobre a cobiça humana. Glenn Ford é o neto de um aventureiro
alemão que descobriu uma mina de ouro. Ida Lupino é a esposa de Gig Young,
ambos também envolvidos no encontro da mina nesta história contada em
flashback. George Marshall chegou a dirigir algumas sequências tendo que
abandonar a direção. Edgar Buchanan tem pequeno mas significativo papel num
elenco que conta com Jay Silverheels, Arthur Hunnicutt, Will Geer e intérpretes
dos western ‘B’ como Tom Tyler, Kermit Maynard, Trevor Bardette e outros.
Ida Lupino e Glenn Ford |
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A
Mensagem dos Renegados (The Redhead and the Cowboy), 1951,
Dir.: Leslie Fenton – A ruiva do título original é a linda Rhonda Fleming como
espiã confederada; Glenn Ford é o cowboy acusado de um crime e que para provar
sua inocência precisa do testemunho da ruiva. Edmond O’Brien é um agente da
União empenhado em caçar espiões neste western pequeno, divertido e bem
dirigido por Fenton, por sinal seu último filme. O elenco de apoio traz Ray
Teal e Morris Ankrum, uma ótima dupla de atores coadjuvantes, mas ainda há as
presenças de Alan Reed (a voz de Fred Flintstone da série de TV) e Ralph Byrd
(dos seriados 'Dick Tracy'). Este foi o primeiro western de Glenn Ford fora da
Columbia.
Rhonda Fleming e Glenn Ford |
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Sangue
por Sangue (The Man from the Alamo), 1953, Dir.: Budd Boetticher – Western
sobre o histórico cerco do Álamo mas cujo personagem principal não é Davy
Crockett, nem Jim Bowie e nem o Coronel Travis. O filme conta a história de
Niven Busch sobre um homem (John Stroud) interpretado por Glenn Ford que foi
escolhido para abandonar a fortificação e cumprir a missão de ajudar as
famílias dos homens que resistem no Álamo. As famílias foram dizimadas por
mexicanos, assim como todos que se encontravam na fortificação atacada pelas
tropas do Generalíssimo Sant’Anna. Excelente filme de Budd Boetticher em que a
estrela é a doce Julie Adams e Hugh O’Brian e Chill Wills são os inimigos de
Glenn Ford.
O diretor Budd Boetticher mostrando como queria o soco; Glenn Ford dando um cruzado de direita em Hugh O'Brian. |
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Um
Pecado em Cada Alma (The Violent Men), 1954, Dir.: Rudolph
Maté – O título que parece tirado das novelas radiofônicas dos anos 50 é
bastante apropriado para este western trágico dominado pela maravilhosa Barbara
Stanwyck. A grande atriz é a egoísta e oportunista esposa do barão de gado
aleijado Edward G. Robinson, a quem pensa ter matado num incêndio retirando-lhe
as muletas para que não consiga escapar ao fogo. Glenn Ford é um ex-oficial da União
ferido em combate e que procura o Oeste para se recuperar. Brian Keith é o
cunhado de Barbara usado por esta para matar o marido e Richard Jaeckel, como
não poderia deixar de ser é um capataz nervosinho sempre a provocar Glenn Ford.
Edward G. Robinson, Barbara Stanwyck, Brian Keith e Glenn Ford |
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O
Forasteiro (The Americano), 1955, Dir.: William Castle – Uma das
maiores aventuras de Glenn Ford não foi vivida nas telas mas sim ao vir para o
Brasil filmar esta curiosa história passada em Mato Grosso. Nada deu certo
nesta produção que pretendia fazer uso do exotismo imaginado pelos
norte-americanos sobre nossa terra e nossa gente. Iniciadas as filmagens em
1953 sob as ordens de Budd Boetticher, o elenco tinha Sarita Montiel, Arthur
Kennedy e Cesar Romero, além do protagonista Glenn Ford. Os trabalhos foram
interrompidos e do elenco original só permaneceram Ford e Romero, trocado
Boetticher por William Castle. O resultado final é aceitável, tendo inclusive
um subtexto homossexual.
Cesar Romero e Glenn Ford |
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Ao
Despertar da Paixão (Jubal), 1956, Dir.: Delmer Daves – Glenn
Ford não havia ainda sido dirigido por um grande nome do western e isso ocorreu
neste seu primeiro encontro com Delmer Daves. Adaptação para o gênero de
“Othello”, de William Shakespeare, traz para o Oeste a maldade e a inveja de
‘Iago’ personificado por Rod Steiger. Em mais uma brilhante atuação Ernest
Borgnine é ‘Othello’, enquanto uma diferente ‘Desdêmona’ é vivida por Valerie
French. Glenn Ford é o vaqueiro contratado por Borgnine e que desperta o ódio
de Steiger e o desejo da volúvel Valerie. Em meio a tantas intrigas Felicia
Farr mais parece um anjo em sua adorável ternura. No elenco os quase iniciantes
Charles Bronson e Jack Elam.
Charles Bronson, Ernest Borgnine e Glenn Ford |
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Gatilho
Relâmpago (The Fastest Gun Alive), 1956, Dir.: Russell Rouse – Mais
um filme na linha chamada ‘psicológica’ de “O Matador”. Glenn Ford é um famoso
pistoleiro em busca do anonimato, cuja fama é descoberta por Broderick
Crawford, chefe de uma quadrilha que aterroriza a pequena Cross Creek. Crawford
se considera o gatilho mais rápido do Oeste e não admite que exista alguém mais
rápido que ele. Por essa razão provoca Glenn Ford até que este reaja e prove
que Crawford estava errado, sucumbindo diante da destreza de Ford. Ao final o
ex-pistoleiro ‘morre’ e muda de nome, iniciando nova e tranquila vida. Faroeste
simples em preto e branco mas fascinante do princípio ao fim com ótima atuação
de Glenn Ford.
Glenn Ford e Broderick Crawford |
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Galante
e Sanguinário (3:10 to Yuma), 1957, Dir.: Delmer Daves – Eletrizante
western de Daves a partir de história de Elmore Leonard, narrando a dramática
condução do prisioneiro Glenn Ford a Yuma, levado por Van Heflin. Este é um
sitiante em dificuldades que aceita a difícil tarefa, arriscando a vida, para
poder pagar sua dívida de 200 dólares, sabendo que Glenn Ford é um fora-da-lei
aparentemente sem escrúpulos e perigoso. A integridade de Heflin comove Ford
que termina facilitando sua condução, num intenso duelo psicológico neste
claustrofóbico grande western. Felícia Farr é a boa moça que atrai Ford e Leora
Dana faz ao lado de Heflin o mais perfeito casal simples do Velho Oeste.
Outro triunfo de Ford.
Van Heflin e Glenn Ford |
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Como
Nasce um Bravo (Cowboy), 1958, Delmer Daves – Pela terceira vez Glenn Ford
é dirigido por Delmer Daves, tendo como coastro Jack Lemmon que nunca havia
atuado em um faroeste antes. E o filme é justamente sobre o aprendizado de um
jovem ávido por se tornar um cowboy. Lemmon passa de atendente de hotel a
vaqueiro sob as ordens de Glenn Ford que lhe ensina não só como lidar com gado
mas também a camaradagem que existe entre os cowboys. Conduzem juntamente com
outros vaqueiros um enorme rebanho por mais de três mil quilômetros. Anna
Kashfi e Brian Donlevy no elenco deste western que tem belíssima fotografia de
Charles Lawton Jr. Glenn Ford como cowboy não podia ser mais perfeito.
Glenn Ford e Jack Lemmon nas banheiras |
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O
Irresistível Forasteiro (The Sheepman), 1958, Dir. George
Marshall – Glenn Ford num western com nuances de comédia, em que ele se sai
bastante bem exibindo uma descontração inédita. Ford é um cowboy que cria
ovelhas numa região em que homem de verdade cria só gado e tem a audácia de
entrar num saloon e pedir... um copo de leite para espanto e reprovação dos
presentes. Shirley MacLaine, tão boa comediante quanto atriz dramática faz bela parceria com Ford que a rouba do namorado Leslie Nielsen, este também revelaria
quando veterano seu lado como comediante. Reencontro de Ford não só com o
diretor George Marshall mas também com seu amigo pessoal Edgar
Buchanan,igualmente muito engraçado.
Glenn Ford e Shirley MacLaine |
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Cimarron
(Cimarron), 1960, Dir.: Anthony Mann – Refilmagem do clássico de 1931 estrelado
por Richard Dix. Este épico de 147 minutos conta a saga de um homem
(‘Cimarron’) que parte para Oklahoma para participar da corrida por lotes de terras de
1889, momento culminante do filme. Ao custo de 5,5 milhões de dólares, teve a
participação de mil extras, 700 cavalos e 500 carroças, mas o resultado final
não foi convincente e o filme fracassou nas bilheterias. Anthony Mann foi
demitido em meio à produção e Charles Walters assumiu a direção. Russ Tamblyn e
Anne Baxter também no elenco. Glenn e Maria Schell viveram intenso romance durante
as filmagens, alimentando por meses as colunas de fofoca.
Glenn Ford e a 'landrush' em Oklahoma |
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Avance
para a Retaguarda (Advance to the Rear), 1964 – George
Marshall – Em plena guerra do Vietnã, Hollywood decidiu fazer comédias com a
Cavalaria norte-americana. Primeiro “Os Três Sargentos”, seguido deste filme
com Glenn Ford e depois “Nas Trilhas da Aventura”. Mais uma vez dirigido por
George Marshall, Glenn Ford é um capitão da Cavalaria enviado juntamente com um
Coronel (Melvyn Douglas), ambos ineptos para missões contra confederados ao
final de Guerra Civil. Os dois oficiais dão mais certo com as namoradas Stella
Stevens e Joan Blondell que nas tentativas de capturar espiões. No elenco deste
pouco visto western de Glenn Ford estão Alan Hale Jr., Jim Backus e Andrew
Prine.
Stella Stevens e Glenn Ford |
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Ginetes
Intrépidos (The Rounders), 1965, Dir.: Burt Kennedy – Glenn Ford e
Henry Fonda reunidos num western comédia que gostaram muito de fazer, parecendo
mesmo se divertirem mais que os espectadores. Isto apesar da boa direção de
Burt Kennedy que fez outros westerns-comédia. Os dois cowboys passam muito
tempo tentando domar um cavalo que insiste em não obedecê-los. Assim como em
seu western anterior, Glenn e seu companheiro Fonda tem namoradas interessantes
(Sue Anne Langdon e Hope Holiday). O ótimo elenco de coadjuvante conta com
Edgar Buchanan, Kathleen Freeman, Denver Pyle e Chill Wills. O público
começava a ficar saudoso dos westerns mais dramáticos de Glenn Ford.
Henry Fonda e Glenn Ford |
* * * * *
A
Grande Cilada (A Time for Killing), 1967, Dir.: Phil Karlson – Logo no
início deste western um muito jovem soldado confederado é condenado à morte
pelo exército da União e o pelotão de fuzilamento é formado somente por
soldados negros. Essa sequência dá o tom violento do filme de Karlson centrado
na busca e captura de um capitão confederado (George Hamilton) pelo major da
União vivido por Glenn Ford. Creditado como primeiro nome, Ford tem
participação menor que Hamilton que teve destacada atuação. A sueca Inger
Stevens está no elenco que tem uma participação pequena do então desconhecido
Harrison Ford. A produção é de Harry Joe Brown, ex-sócio de Randolph Scott.
Inger Stevens e Glenn Ford |
* * * * *
O
Pistoleiro do Rio Vermelho (The Last Challenge), 1967, Dir.: Richard
Thorpe – Em 1967 Glenn Ford era um grande astro em luta inglória para manter
seu status. Este western de pequeno orçamento é prova que os melhores dias de
Ford já haviam passado. A história é bastante parecida com muitos outros
westerns pois tem Ford como um ex-pistoleiro condenado que se torna xerife mas
que pretende se aposentar e viver tranquilamente ao lado de Angie Dickinson.
Surge então na cidade o pistoleiro Chad Everett disposto a desafiar Glenn Ford,
mas acaba se tornando amigo e orientado pelo xerife. Os ótimos Jack Elam e
Royal Dano no elenco deste que foi o ultimo filme dirigido por Richard Thorpe
cuja carreira se iniciou em 1923.
Angie Dickinson e Glenn Ford |
* * * * *
A
Pistola do Mal (Day of the Evil Gun), 1968, Dir.: Jerry Thorpe – O filho
de Richard Thorpe, Jerry, dirigiu este western cujo tema principal é o
antagonismo entre dois homens. Glenn Ford é um pistoleiro que ao retornar para
seu rancho, após três anos de ausência, o encontra destruído por apaches, que segundo
seu vizinho Arthur Kennedy, sequestraram sua esposa e duas filhas. Ford e
Kennedy saem em busca das mulheres e Ford descobre que Kennedy assediou sua
esposa que acreditava que o marido estivesse morto. O final, após resgatarem as
sequestradas, com confronto entre os dois homens é surpreendente. Este western
lembra “Rastros de Ódio” e Dean Jagger interpreta personagem parecido com o de Hank
Worden.
Arthur Kennedy, John Anderson e Glenn Ford |
* * * * *
Smith! (Smith!),
1969, Dir.: Michael O’Herlihy – Trabalhando pela primeira vez para os estúdios
de Walt Disney, Glenn Ford protagoniza o rancheiro do título que se une ao
velho índio Chief Dan George para defender um jovem pele vermelha acusado de
assassinato. Keenan Wynn é o xerife racista e que persegue o jovem
índio. Durante a sequência de tribunal Warren Oates funciona como intérprete e
se destaca neste western rodado no mesmo ano de “Meu Ódio Será Sua Herança”.
Estréia, aos 70 anos de idade, no cinema de Chief Dan George que brilharia em
“Josey Wales, o Fora-da-Lei”. Nancy Olson é a esposa de Glenn Ford e Dean
Jagger é o juiz. Jay Silverheels também atua, além de dirigir os atores índios.
Chief Dan George e Glenn Ford |
* * * * *
O Céu
a Mão Armada (Heaven with a Gun), 1969, Dir.: Lee H. Katzin – Novamente
os conflitos entre criadores de gado e de ovelhas num western com Glenn Ford. E
mais uma vez o ator interpreta um ex-pistoleiro que pendura as armas, aqui se tornando um pregador. O poderoso criador de gado John Anderson e seu sádico
filho David Carradine usam de todos os meios para impor suas vontades,
inclusive desafiando o ex-pistoleiro agora pastor de almas. Ford, no entanto,
resiste e ao final leva a melhor sobre pai e filho. Barbara Hershey, na vida real, viveu um
tempo com David Carradine, com quem teve um filho. Carolyn Jones é quem quer
acabar com o celibato do pastor e Noah Berry Jr. tem boa participação.
David Carradine e Glenn Ford |
* * * * *
Santee,
o Caçador de Recompensas (Santee), 1973, Dir.: Gary Nelson – Outro
western menos conhecido de Glenn Ford e que nenhum fã do gênero pode deixar de
assistir. Ford é um ex-criador de cavalos que se torna caçador de recompensas,
unindo-se ao jovem Michael Burns na busca de procurados pela justiça. Ocorre
que Ford matara o pai de Burns e este jurara vingança e mesmo assim Burns se
afeiçoa a Ford ao descobrir que ele é um homem sofrido por ter perdido seu
filho vítima de uma quadrilha. Juntos enfrentam o bando assassino. O elenco
traz Jay Silverheels e Robert Wilke, o que já bastaria como atrações extras,
mas há ainda a bela atriz alemã Dana Wynter como interesse romântico de Ford.
Michael Burns e Glenn Ford |
* * * * *
Em
Nome da Lei (The Sacketts), 1979 – Depois de seis anos longe dos
faroestes, período em que continuou a atuar sendo inclusive o pai adotivo de
Clark Kent, o Superman, Glenn Ford retornou ao gênero na mini-série para a TV
“The Sacketts”. Com quatro horas de duração a mini-série foi estrelada por Sam
Elliott, Tom Selleck e Jeff Osterhage, como os irmãos Sackett e o grande elenco traz Ben Johnson em
papel destacado, Gilbert Roland, Slim Pickens, Jack Elam, Gene Evans, John
Vernon, Mercedes McCambridge e até o escritor Louis L’Amour, autor da história.
Belos cenários excelentemente fotografados, direção segura de Robert Totten e
ótimas interpretações fazem valer as quatro horas do filme. Fuja das cópias
editadas.
Tom Selleck, Ben Johnson e Glenn Ford |
* * * * *
Border
Shootout (Border Shootout), 1990, Dir.: Chris McIntyre – Aos 74 anos
de idade Glenn Ford atuou em seu 24.º e último western, baseado em história de
Elmore Leonard. Segundo Peter Ford, filho de Glenn, em seu livro “Glenn Ford –
A Life”, este foi um filme sem inspiração e que o pai aceitou fazer por ter
sido creditado com destaque e por receber 75 mil dólares por uma semana de
trabalho. Rodado em Old Tucson, neste western Glenn interpreta um xerife
envelhecido, sendo substituído por seu constante dublê Bill Hart nas cenas em
que é mais exigido. Ford ainda faria seu derradeiro filme em 1991 encerrando
uma das mais brilhantes carreiras de um ator em Hollywood. Como cowboy
autêntico pode-se dizer que Glenn foi insuperável.
Glenn Ford e Michael Ansara |
Nunca havia prestado atenção nisso: Glenn Ford, ao menos nos westerns, raramente foi dirigido por algum grande diretor. Com a exceção de Delmer Davis e talvez, Budd Boetchier.
ResponderExcluirNenhum John Ford, Howard Hawks, John Sturges, Anthony Mann, Sam Peckinpah....
E no entanto foi bastante homogêneo na boa qualidade dos westerns em que atuou.
Olá, Otávio. Anthony Mann dirigiu a maior parte de Cimarron, até ser dispensado pela MGM. Portanto Glenn Ford foi sim dirigido por Mann em um western.
ExcluirConcordo com Darci;Otávio;Cimarrom foi um dos grandes faroeste de Glen Ford,filme foi quase todo dirigido por Anthony Mann,lembrava as aventuras do pequenos xerife da Editora Vecchi ,as história de "Kit o Pequeno Xerife"meu heròi de infância quando aprendi a ler e desenhar
ResponderExcluirParabéns Darci ,simplesmente em ler o blog ,apesar de não ser um fâ ardoroso de faroestes,mas seu conhecimento dos filmes e sua capacidade em saber contextualizar em relação a historia do cinema em geral e primorosa
ResponderExcluirDeveria ter escrito viciei-me ,mas acabei esquecendo,mas repetindo parabéns Darci e a todos que gostam do blog
ResponderExcluirGrato, Wellington, pelo elogio. Grande abraço.
ResponderExcluirParabéns. Não existe outro lugar para saber de faroeste como aqui neste blog. Até compartilhei no meu grupo de faroeste: https://www.facebook.com/groups/Froeste.Farwest
ResponderExcluirO Seriado Glenn Ford é a lei, ainda se encontra??
ResponderExcluir