José Tadeu Barros é daqueles leitores que transformam cada um de seus esperados comentários em pequenas lições de cinema. Lições inteligentes, redigidas com estilo pessoal, respeitando a gramática e sempre com uma dose de afiado humor. Feliz do blog que tem como leitor um cinéfilo como Tadeu. E a pedido do WESTERNCINEMANIA, José Tadeu Barros, lá da encantadora cidade de Poços de Caldas, listou, por ordem alfabética, os dez westerns que considera os melhores entre tantos já produzidos. A cada faroeste Tadeu faz um comentário que confirma ser ele um cinéfilo de alto calibre, ainda mais quando o assunto é seu gênero de filmes preferido, o western. E para alegria dos leitores Tadeu complementa sua lista com mais dez faroestes que, com pesar, ele deixou de fora e os quais considera todos como os décimos-primeiros de seu Top-Ten. Antes da lista, José Tadeu de Barros parafraseando John Ford, conta para os leitores do WESTERNCINEMANIA um pouco de sua trajetória como cinéfilo e como fã de música, quadrinhos e literatura.
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George Montgomery |
Meu nome é José Tadeu Barros. Eu assisto westerns... Como nasci em 1952,
não vivi a era dos seriados nem a dos faroestes B, de Buck Jones, Roy Rogers,
Durango Kid etc. Os primeiros filmes que assisti, pelas mãos de meus pais,
foram “A Primeira Missa” e “O Rei dos Reis”. Por vontade própria, o primeiro
foi uma “aventura de selva” chamada “O Leão”. Seguiu-se “O Menino e os Piratas”
e só depois dele vi meu primeiro faroeste. O nome? “Fúria
Negra/King of the Wild Stallions”, com George Montgomery. O assunto é meio infantil, sobre a amizade de
um menino e um cavalo. A produção, como quase tudo da Allied Artists, é
capenga. Nada disso importava na época, pois durante toda a projeção eu fiquei em êxtase absoluto e meus olhos
brilhavam como brilhavam os olhos de Joey ao ver Shane disparar seu revólver.
Dali em diante, foi filme do Audie Murphy um atrás do outro...
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Edições números um de 'Jerônimo, o Herói do Sertão' e de 'Flecha Ligeira'. |
Eu já lia quadrinhos, desde Jerônimo, O Herói do Sertão a Flecha
Ligeira, Zorro, Tarzan, Fantasma, Reis do Faroeste, Mandrake, todas elas. Lia
também as revistas da Ediex (Foto Aventuras, Foto West, Colt 45,
Superaventuras, Antar, Ultra Ciência etc) e muitos filmes que assisti depois,
eu conheci primeiro nelas: Último Trem de Gun Hill (Duelo de Titãs), O
Homem dos Vales Perdidos (Os Brutos Também Amam), Trem de 3:10 Para
Yuma (Galante e Sanguinário) etc. Ainda tenho muitas delas aqui em casa.
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The Lovely Emmylou Harris |
Bem, depois eu cresci, casei, fui professor e finalmente me aposentei
pela Caixa Federal, onde trabalhei trinta anos. Hoje em dia escrevo verbetes
para a Wikipédia lusófona. Já escrevi sobre Balzac, William Faulkner, Emmylou
Harris e outros, mas atualmente me concentro na Hollywood clássica. Escrevi
sobre diretores (Burt Kennedy, Budd Boetticher, Edward Dmytryk...), atores (Guy
Madison, Audie Murphy, Rhonda Fleming, Rod Cameron...), e dei uma geral nos
filmes da Paramount e da RKO. Atualmente estou envolvido com a filmografia de
Tarzan, um de meus heróis prediletos desde os tempos dos quadrinhos.
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Anthony Mann |
Não me entendam mal: eu não assisto só faroestes e outros filmes
antigos. Gosto muito dos atuais filmes de ação e ficção-científica, e também
algumas comédias e dramas. Até hoje ouço rock e MPB dos anos 1960-1970,
principalmente. E leio muito sobre cinema e música, além dos clássicos da
literatura. Mas não à noite. À noite eu assisto filmes, sobretudo - ainda que
não só - faroestes.
Minha seleção está em ordem alfabética de títulos nacionais. Ela não é
imexível, é um retrato do momento. Infelizmente, só podemos listar 10 filmes
(mas listei 20...) e tive de deixar de fora uma enormidade de títulos que me
deram/dão prazer. Para não me xingarem muito, peço-lhes considerar TODOS os
filmes que chamei de RUNNERS-UP como 11o. colocados, ok? Todos!
Fazer este Top Ten trouxe uma revelação para mim: eu sempre pensei que
meu diretor de westerns preferido fosse John Ford. Agora descobri que é
Anthony Mann.
... “and the road goes ever on.” (J. R. R. Tolkien)
Happy trails! - José Tadeu Barros
Cavalgada Trágica (Comanche Station),
1960 - Budd Boetticher
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Randolph Scott |
De 1946 em diante, Randolph Scott só fez faroestes. Com exceção dos
mocinhos dos Westerns B, como Roy Rogers e Buck Jones, ele foi o ator que mais
apareceu em filmes do gênero. A maioria é esquecível, apenas bang-bangs
rotineiros, mas não os sete que fez com Boetticher. Ao contrário de John Ford,
que traçava grandes painéis, com muitos atores e assuntos paralelos, os
faroestes de Scott-Boetticher pegam o herói em um momento decisivo de sua história.
Este é o último deles, com um Scott de cara mais granítica que nunca,
pateticamente percorrendo o Oeste prá ver se encontra sua mulher, raptada pelos
índios dez anos antes. Ele acaba encontrando outra - Nancy Gates - e a resgata,
mas tem de defendê-la de Claude Akins e seu bando. Sempre excelente como
bandido, Akins (Scott também?) pergunta-se porque o marido da moça prefere
oferecer uma recompensa a ir atrás dela. A resposta vem em um tocante e
revelador final.
Matar ou Morrer (High Noon), 1952 - Fred Zinnemann
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Gary Cooper |
No seu último dia como xerife, Will Kane (Gary Cooper) vai casar-se com
Grace Kelly, 28 anos mais jovem. Por azar, um bandido que ele mandara prá
cadeia deve chegar no trem do meio-dia, com vários capangas. O que eles querem?
Vingança, claro. Will Kane, então, pede ajuda à população. Todos se omitem,
cada um com uma desculpa diferente. filme
foi uma reação ao crescente conformismo da sociedade americana com as
perseguições e injustiças do mccartismo. O tempo passou e isso foi perdendo o
sentido, o que é uma característica de obras engajadas. Uma particularidade
sempre citada é que a ação é em tempo real, com relógios implacavelmente
marcando o tempo que falta para o confronto com os foras-da-lei. Sempre em
listas de melhores faroestes, Matar ou Morrer irritou John Wayne e Howard
Hawks, que acharam que xerife nenhum ia pedir auxílio aos concidadãos, porque
“a man’s gotta do what he’s gotta do”, uma coisa assim. Daí, eles fizeram “Onde
Começa o Inferno”! Uma ironia é que Gary Cooper era tão radicalmente direitista
quanto eles.
Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild Bunch), 1969 - Sam Peckinpah
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Ernest Borgnine |
Este também frequenta Top Ten após Top Ten, com toda a razão, pois é
uma obra-prima que influenciou muitos outros filmes que vieram depois,
faroestes ou não. O filme se passa
quando o mítico Velho Oeste já chegara ao fim. O “bando selvagem” do título,
envelhecido e desiludido, está deslocado no mundo de 1913. Perseguidos a
contragosto pelo ex-companheiro Deke Thornton, eles são tocados para o México
revolucionário, refúgio preferido dos derradeiros foras-da-lei enviados por
Hollywood. Estamos longe dos tradicionais filmes onde bandido é bandido e
mocinho é mocinho, enterrados em grande parte pelos spaghetti westerns. Aqui, a
grosso modo, ninguém presta. O que diferencia o bando de Pike da patrulha de
Deke e dos soldados do General Mapache é simplesmente um nunca mencionado
Código de Honra. O banho de sangue no final é antológico e visto como uma das
sequências mais impressionantes da história do cinema, mas minha cena favorita
eu nunca vi ninguém comentar. Dura só um pouquinho, é provável que vocês nem
tenham reparado nela, porém é um grande momento, cheio de sensibilidade, poesia
e camaradagem. É aquela em que o bando
vai passando a garrafa de uísque de mão em mão mas, só prá chatear, põe Warren
Oates na roda. Parecem crianças, mas crianças podem ser cruéis, conforme
mostrado nas cenas iniciais.
O Caminho do Diabo (Devil’s
Doorway), 1950 - Anthony Mann
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Robert Taylor |
Só porque serviu ao lado dos brancos na Guerra Civil e volta cheio de
medalhas, o índio Lance Poole acha que será bem aceito por todos. No entanto,
ele logo perde as ilusões ao ver que o preconceito contra sua raça está mais
vivo do que nunca. Mas o próprio Lance parece que não está imune: num primeiro
momento, ele não aceita seu advogado ao ver que se trata de uma mulher.
Instala-se uma luta pelas terras indígenas. Apesar do outro lado - criadores
de ovelhas - ter lá suas razões, Lance mostra-se inflexível na defesa de seu
povo. Sabemos que ele não tem chances de vencer, é um fato histórico. No final,
vestido com o uniforme do Exército, Lance se oferece em sacrifício, porque dali
a cem anos sua lição “poderá ter servido para alguma coisa”. Sabemos que não
serviu: cem anos depois, ainda enforcavam-se negros por dá cá aquela palha.
Mais cinquenta anos (isto é, hoje), as guerras de religião, guerras por
petróleo, guerras ideológicas etc atestam que nada mudou: o preconceito, a
intolerância e a ganância continuam a nortear a Sociedade, mostrando que as
questões levantadas pelo filme continuam mais vivas do que nunca. Este é um filme de tese, mas também de muita
ação e até um pouco de alívio cômico (meio sem graça), por cortesia da querida
Spring Byington. Tive dificuldades de reconhecer Edgar Buchanan atrás de um imenso
bigode, mas sua voz é inconfundível.
Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), 1959 - Howard Hawks
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John Wayne |
Todos sabem que o filme é uma resposta de John Wayne e Howard Hawks a
“Matar ou Morrer/High Noon”, que eles acharam vergonhoso para os EUA. Também
frequenta sempre o Top Ten daqui e de qualquer outro lugar, então não há mais
muito o que falar. Ao contrário de Gary Cooper naquele filme, John Wayne não
pede ajuda a ninguém, porque isso não é coisa que um homem da Lei faça - mas
tem, sim, a ajuda de um alcoólatra, um velho tagarela manco (Walter Brennan,
brilhante) e um jovem pistoleiro. Tudo
porque precisam impedir que Claude Akins, preso porque matou um cara, seja
resgatado pelo irmão John Russell. O filme é muito mais parado do que a gente
se recorda, mas sendo Hawks o cineasta da amizade masculina, o que mais nos
cativa é a interação entre os quatro companheiros. E por falar em John Russell,
aqui vai um sonho meu que nunca vai se
realizar: um filme com todos os cinco Johns coadjuvantes de tantos faroestes da
década de 1950: John McIntire, John Dehner, John Russell, John Carradine e John
Anderson. Já pensaram?
Os Brutos Também Amam (Shane), 1953 - George Stevens
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Alan Ladd |
Tudo já foi dito deste filme que é um dos preferidos de todo mundo,
exceto Rubens Ewald Filho (uma surpresa que ele revelou na entrevista que deu
para a Pardner, em 2003, recentemente reproduzida neste blog). O filme é uma
fábula contada de maneira realista (as mortes de Elisha Cook Jr. e Jack Palance
foram um marco na época, pela brutalidade com que são mostradas), a fábula do
herói misterioso vindo de lugar nenhum, que faz seu trabalho e parte outra vez
não se sabe prá onde. Shane, sem sobrenome ou passado, é o amigo que toda
criança gostaria de ter, daí tornar-se objeto de adoração do menino Joey. Segundo Sam Peckinpah, quando Jack Palance mata Elisha Cook Jr., as
coisas começaram a mudar. Ele tem razão: as coisas começaram a mudar, sim, mas
na maneira de fazer faroestes. Porque no mundo mostrado pelo filme, a
civilização já havia feito do Oeste uma terra de pequenos fazendeiros e
agricultores. Os índios, dizimados, já não representavam perigo. Shane e Jack
Wilson começavam a ficar anacrônicos. Um peixe fora d’água, Shane tem de ir
embora.
Os Profissionais (The Professionals),
1966 - Richard Brooks
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Lee Marvin |
“Sete Homens e um Destino” introduziu no faroeste (e não só nele, como
bem observou nosso colega Rafael Galvão) um tema novo, que é o de reunir um
grupo de especialistas para realizar uma missão. Aqui, um rico texano contrata
quatro homens para resgatar sua esposa, Maria, sequestrada pelo revolucionário
mexicano Jesus Raza. Estamos já em 1917, portanto o Oeste já foi domado e a esses mercenários
só resta mesmo um difuso código de honra. Um deles é bom com armas, outro com
explosivos, outro com cavalos e o último é mestre em atirar flechas com um arco
quase do tamanho dele. A missão parece simples, mas eles descobrem que a
história não está bem contada, porque Maria juntou-se a Jesus por livre e
espontânea vontade. Isso muda tudo e nossos homens têm de decidir entre um
capitalista mentiroso e um guerrilheiro (terrorista?) apaixonado. Burt
Lancaster tem uma frase bonita: “Talvez só exista uma revolução: a dos bons
contra os maus. A pergunta é: quem são os bons?” Bem, isso é o que eles
tentarão ser, pois aquele empoeirado código de honra ainda não está morto.
Pistoleiros do
Entardecer (Ride the High Country), 1962
Sam Peckinpah
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Joel McCrea e Randolph Scott |
Assim como “Os Profissionais” e
“Meu Ódio Será Sua Herança”, o filme é ambientado já no século XX,
quando os primeiros carros cruzavam as pradarias do Velho Oeste. Relíquias de
um tempo que não mais existe, Steve Judd (Joel McCrea) e Gil Westrum (Randolph
Scott) sentem-se deslocados em um mundo que já não é o deles. Falam de
reumatismos e netinhos, enquanto recordam histórias passadas... é o que lhes
resta. Quando aparece a chance de uma última aventura - buscar um pequeno
carregamento de ouro nas montanhas -, eles aceitam por diferentes motivos:
Judd quer reviver os bons tempos e Gil quer ficar com o ouro, ele que nunca
possuiu nada. Ao chegar ao destino, têm de enfrentar à moda antiga um selvagem
grupo de mineradores. No esplêndido final, Judd olha ainda uma vez as montanhas
onde passou toda a vida. Derradeiro filme de Scott, bem que poderia ter sido
também o último de McCrea. Assim, o título em Português teria um duplo (ou
triplo) sentido.
Rastros de Ódio (The Searchers),
1956 - John Ford
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John Wayne |
Ao contrário de 99,9% das pessoas, não sou grande fã do Monument Valley
(olha só a heresia!). Os filmes feitos ali sempre me deram a impressão de que
não saem do lugar, porque a paisagem é sempre muito parecida. Tenho
dificuldades em visualizar John Wayne e Jeffrey Hunter andando prá lá e prá cá
durante cinco anos, porque me parece que eles estão sempre ali pertinho da
velha fazenda. Paradoxalmente, sou apaixonado pela fotografia do filme. Gosto
quando, à aspereza da caçada de Ethan Edwards e Martin Pawley, Ford contrapõe
as cenas civilizadas do lar dos Jorgensen, onde Vera Miles tem de ler cartas
pessoais em voz alta! Gosto também de Hank Worden, em um papel maior que o
normal. Como sempre meio desequilibrado, ele proporciona bons momentos de
humor.
Aquele gesto de Wayne, de segurar o cotovelo esquerdo com a mão
direita, diante da porta, era típico de Harry Carey, seu velho amigo. Carey foi
casado até 1947 (quando morreu) com Olive Carey, a atriz que interpreta a
Senhora Jorgensen, que abre e fecha a porta para Ethan. Foi uma homenagem
bonita e tocante e diz muito de Wayne, um homem generoso e leal, malgrado seu
reacionarismo.
Região de Ódio (The Far Country),
1955 - Anthony Mann
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James Stewart |
Passado no Alasca de fins do século XIX, o filme tem um Walter Brennan
absolutamente impossível como a consciência boa de James Stewart (sem falar de
John McIntire, um de meus vilões preferidos). Stewart faz um sujeito intratável,
que só pensa em si, que não quer se meter na vida dos outros (o que é uma boa
coisa...), que não ajuda ninguém e acha que nunca vai precisar da ajuda de
ninguém. No final, ele descobre que a famosa frase de John Donne “nenhum
homem é uma ilha isolada” não é só uma frase bonita, é também uma lição
de vida. Note-se que Stewart está sempre ranzinza, reclamando ora disto, ora
daquilo, enquanto McIntire é só simpatia. Essa reversão de expectativas pode
ser notada também nos outros filmes que Stewart e Mann fizeram juntos. Em
pequenos papéis, estão grandes coadjuvantes: Harry Morgan, Jack Elam, Royal
Dano e Robert Wilke.
RUNNERS-UP:
A Face Oculta (One-Eyed Jacks),
1961 - Marlon Brando
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Marlon Brando |
Única experiência na direção de Brando, o filme nunca foi nenhuma unanimidade,
pelos seus maneirismos, longa duração e exageros. História de uma amizade que
não deu certo, o resultado, todavia, é bastante original, com sequências à
beira-mar, singular posicionamento da câmera e curioso fundo edipiano. Além
disso, nenhum dos personagens principais presta e há muita violência sádica,
numa antecipação involuntária (?) dos westerns spaghetti.
Butch Cassidy (Butch Cassidy and
the Sundance Kid), 1969 - George Roy Hill
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Redford e Newman |
Também situado no início do século XX, este é
um perfeito contraponto a “Meu Ódio Será Sua Herança/The Wild Bunch”, feito no
mesmo ano. Uma tendência forte nos anos 1960 foi a dos westerns cômicos, como
este. Butch Cassidy (Paul Newman) e Sundance Kid (Robert Redford, em ascensão),
personagens reais (coincidentemente, a quadrilha deles era conhecida como “the
wild bunch”, vejam só!), são ladrões desastrados que passam o filme todo
fugindo de uma incansável patrulha. O passeio de bicicleta de Butch e Etta (Katharine
Ross) tornou-se antológico, assim como a derradeira cena, com os dois
anti-heróis congelados no tempo e no espaço, para sempre vivos em nossas
mentes, enquanto ouvem-se tiros ao fundo.
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Gregory Peck |
Céu Amarelo (Yellow Sky), 1948
- William Wellman
Céu Amarelo é uma cidade fantasma que fica lá longe, no meio do
deserto. É a esse fim de mundo que chega uma quadrilha de ladrões de banco,
liderada por Gregory Peck. Sem nada prá fazer, eles ficam de olho em Anne
Baxter - e no ouro que ela e o avô, únicos habitantes do lugar, esconderam
numa mina abandonada. Exceto o final, que achei meio condescendente, todo o
resto é diamante puro.
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Clint Eastwood |
Josey Wales, o Fora-da-Lei (The Outlaw Josey
Wales), 1976 - Clint Eastwood
Meu filme favorito de Eastwood. Um sitiante deixa suas terras para
vingar a esposa e, em suas andanças, vai agregando outros proscritos que acabam
por constituir uma comunidade agrícola.
Esses párias não acreditam nos planos de vingança de Clint e, aos
poucos, ele começa a achar que, depois de tanto tempo e tantas mortes, isso
perdeu mesmo o sentido - e volta a cultivar a terra. No elenco estão o
desengonçado Royal Dano e Matt Clark, um coadjuvante muito ativo na década de
1970, mas que sumiu do radar.
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Gary Cooper |
O Homem do Oeste (Man of the West), 1958 – Anthony Mann
Um senhor de 51 anos dá cabo sozinho de uma quadrilha inteira de
ferozes bandoleiros (além de deixar Jack Lord quase nu, só com socos e
pescoções). O novo Rambo? Não, o velho Gary Cooper, De quebra, ele conquista o
coração da mocinha, 25 anos mais jovem que ele. Isto, meus amigos, é o que
chamamos de “a magia do cinema”. O filme foi mal recebido quando lançado, tanto
pela violência quanto pelo strip-tease de Julie London. Apesar de Cooper, quem
rouba a cena é Lee J. Cobb, como seu diabólico ex-chefe. Royal Dano também está
lá, mas não abre a boca.
O Homem que Matou o
Facínora (The Man Who Shoot Liberty Valance),
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Lee Marvin |
Outro campeão nas listas de melhores, o filme tornou famosa a frase
“quando a lenda se torna realidade, imprima-se a lenda”. Ramson Stoddard (James
Stewart) fica famoso como o homem que matou o feroz pistoleiro Liberty Valance
(excepcional trabalho de Lee Marvin). Por isso, é eleito senador, mas no
funeral de um tal Tom Doniphon (John Wayne), o verdadeiro matador do celerado,
ele revela a verdade. Stoddard ficou com a fama e com a namorada de Doniphon.
Por que será que Doniphon aceitou essa situação?
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Robert Ryan |
O Preço de um Homem
(The Naked Spur), 1953
Anthony Mann
Eu sempre tive uma queda por filmes com poucos personagens. Aqui são
apenas cinco (exceto alguns índios que entram mudos e saem calados - ou
melhor, mortos!). James Stewart, levemente fora de controle, e Robert Ryan, o
bandido cínico e manipulador, duelam
como personagens e como atores e (parafraseando os comerciais de TV) quem ganha
é o espectador. Considere a paisagem esplendorosa como o sexto personagem.
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Robert Duvall e Kevin Costner |
Pacto de Justiça (Open
Range), 2003 - Kevin Costner
Grande homenagem ao gênero, com uma fotografia deslumbrante. Uma
história clássica contada de um jeito moderno, o filme só tem um defeito -
assim como “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, ele tem finais demais.
Último grande western produzido, na minha opinião (não vi “Django Livre”, mas
duvido que Tarantino se interesse pela paisagem), voto em Kevin Costner para
dirigir a refilmagem de “Shane”, com Lau Shane Mioli, Janete Palma e Vin
LeMarc, conforme proposto pelo Darci.
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Steve McQueen |
Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven), 1960 - John Sturges
O filme que inaugurou e deu o tom para o faroeste da década de 1960.
Sua enorme influência pode ser sentida no spaghetti western, em outros faroestes
(alguns citados acima), em filmes de outros gêneros, e chega tão longe quanto
1986, com a ótima comédia “Três Amigos/Three Amigos!”. Em um Oeste civilizado,
já não há lugar para um punhado de pistoleiros (você já leu isso mais de uma
vez neste texto) e eles aceitam ajudar uns pobres coitados adivinhem onde....
pois é, no México. O filme transformou vários nomes do elenco em astros, deu a
trilha sonora para os cigarros Marlboro e fez a gente ter certeza de que, em filmes
com a mesma temática, vários membros do grupo fatalmente morrerão no final.
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James Stewart |
Um Certo Capitão
Lockhart (The Man from Laramie), 1955 -
Um filme complexo, com diversos subenredos, ecos do shakespeareano “Rei
Lear” e uma espécie de final feliz meio imprevisto. James Stewart é o capitão
que procura se vingar de quem matou seu irmão. Numa das cenas mais violentas
até então vistas no cinema, ele recebe um tiro à queima-roupa na mão. Esta foi
a última colaboração entre Stewart e o diretor Mann. Foram cinco filmes, cinco
obras-primas.
José Tadeu
ResponderExcluirPrimeiro, quero dizer que adorei o teu Top-Ten. E também a ideia de colocá-los na ordem alfabética. É difícil escolher os dez melhores, entre tantos faroestes maravilhosos, e mais difícil ainda colocar por ordem de preferência.
Não assisti a todos os filmes da tua lista, mas vou tentar procurar por eles.
Agora, quanto à uma refilmagem de Shane comigo mais Lau Shane Mioli e Vin Lemarc, e ainda dirigidos por Kevin Costner! Nossa!!! Fiquei nas nuvens!
Mas, terei que ir atrás de algumas dietas e plásticas para melhorar o visual! he he
Parabéns pela lista maravilhosa!
Um grande abraço!
Olá Jose Tadeu !! Lista quase irretocável . Interessante que vc citou 7 filmes de A.Mann na lista de 10. São ótimos filmes,e
ResponderExcluirtambém acho este diretor um grande mestre,junto com John Ford !!
Acho que nós dois fomos os únicos a colocar no TopTen o filme
de K.Costner,uma obra prima,que revejo a cada 15/20 dias. "Pacto
de Justiça" não fica atrás dos grandes westerns das décadas de 40/50.Sou apaixonado por este filme (e pela Annette) .Único reparo a meu ver, é Céu Amarelo ! Ainda
não me convenci que seja,um bom filme. Preciso rever esta obra de W.Wellman,quem sabe numa cópia melhor do que eu tenho !!
Parabéns !! E vamos refilmar SHANE !!
Desculpe-me mas vou dar o meu pitaco. O seu top ten saiu em 2011, depois dele o meu foi o primeiro a mencionar o filme Pacto de Justiça como um filmaço, o sr. inclusive fez um comentário em 05 de outubro de 2012. Fico feliz que o sr.José Tadeu tenha-o mencionado faço ate este comentário abaixo. Este é o meu reparo. Até derepente.
ExcluirCorrigindo !! São 7 "Anthony Mann" numa lista dupla,portanto de 20 filmes relacionados .
ResponderExcluirAbraço a todos !!
JANETE: obrigado pelos elogios. Quanto às plásticas, não se preocupe: mesmo que vc. precisasse ( o que não é seu caso), o cinema opera milagres: até Stallone e Schwarzzzzennnnnneggggggger (devo ter errado em algum momento...) ficam bonitos.
ResponderExcluirLAU SHANE: O filme do Costner é muito bacana mesmo. Pena que ele ande meio esquecido por aqui (mas ainda vai ser descoberto, tenho certeza). Céu Amarelo me conquistou desde a primeira cena (O OESTE...), com Richard Wydmark roubando todas as cenas de Gregory Peck. Assista de novo prá vc. ver. Se não mudar de opinião, não tem importância, não é?
Agora, acho que você se equivocou: eu só citei cinco filmes do Anthony Mann. De onde vc. tirou sete? (Bem, é claro que eu posso estar pirando, mas...).
Quanto à refilmagem de Shane, se precisarem de um roteirista prá fazer o Shane ficar com a garota no final, contem comigo! Já sei direitinho como fazer isso...
Abraços
Gostei muito do top do Tadeu. Cheio de observações inteligentes sobre aspectos sutis e enriquecedores dos filmes. Outra coisa que chama a atenção é a contextualização histórica muito boa, cotejando com propriedade questões antigas e atuais. Lendo a respeito do autor, percebemos que o western também é um gênero de quem conhece, tem bom gosto, visto com olhos sagazes, sem deixar de ser, digamos, simples e acessível , pelo menos em parte, a todos. Só uma coisa que eu tenho visto em várias participações, é que muitos tem evitado dizer qual o seu preferido, 1, 2, 3..., na ordem. Eu sei que é difícil para cada um de nós escolher, mas eu acho que fica ainda mais gostosa a brincadeira. Acredito que ninguém aqui tem a pretensão de dizer quais seguramente são os melhores filmes, acho que está mais para preferidos, então qualquer top deve ser entendido assim. Um cowboy tem que encarar esse desafio. Tem que sacar a resposta para a curiosidade dos amigos. As divergências fazem parte da diversão. Quanto aos filmes, na minha opinião, só filme bom. Só aí 20, e ainda faltou um punhado de filmes.
ResponderExcluirAssino embaixo a indicação de Costner para o nosso Shane tupiniquim, Tadeu! Parece que o restante do elenco também aprovou o nome do grande especialista em western. Mas acredito que nem isso o salvaria, sabe como são esses remakes... O último trabalho dele no gênero que eu vi foi Hatfields & McCoys, uma minissérie que creio você já deve ter visto, e que dá pro gasto.
Ah, Tadeu, se você tivesse que escolher um desses para levar para uma espécie de “Arca de Noé”, para representar e resguardar a espécie, ou o gênero, qual você escolheria??? Precisa responder não, é só brincadeira amical.
Um abraço a todos!
Vinícius Lemarc
Vinícius, vou te dar uma resposta de mineiro, uai: se eu tivesse que levar um desses filmes aí prá uma ilha deserta, eu levaria..... qualquer um do Anthony Mann. Gostou?
ExcluirNo mais, obrigado pelos elogios. Não assisti ainda o Hatfields & McCoys, umas críticas negativas me desanimaram. Talvez no futuro.
Um abraço
Tadeu
beleza essa lista do Jose. escreve demais. liçao de cinema de pessoa boagente. e gostei mesmo.anisiofagundes
ResponderExcluirObrigado, Anísio. De tudo que você falou, o que mais gostei foi do "boa gente", de que você, certamente, também merece ser chamado.
ExcluirAbraços
Tadeu
Olá, Vinicius
ResponderExcluirGostei do desafio feito ao José Tadeu que espertamente se esquivou. Estou com você e também penso que todos nós temos o faroeste preferido. Veja você que aquele cinéfilo de Indaiatuba (SP), se apelidou Lau Shane, já declarando seu western preferido.
E estou com você até porque uma classificação geraria mais discussões e certamente haveria quem reclamasse: "Mas como? 'Região do Ódio' ser melhor que 'Shane'..." Ou "Na minha opinião jamais 'Rastros de Ódio' pode ser melhor que 'Pistoleiros do Entardecer'..." E vai por aí.
Lapidar sua frase 'As divergências fazem parte da diversão', frase que reflete bem a intenção do blog.
Um abraço do Darci
PS - Veja você, Vinicius, que se fosse para levar discos de rock para a a Arca de Noé, já sabemos que o José Tadeu levaria LPs, CDs e MP3 do The Who...
Olá a todos,
ResponderExcluirMeu nome é Norberto, tenho 52 anos, moro na cidade de Serra, município do estado do Espírito Santo, e, como todos, sou fã incondicional de faroeste.
Por acaso descobri este Blog, e nunca mais deixei de acessa-lo, lendo atentamente todos os comentários.
Eu não tenho o conhecimento que todos possuem, mas estou me deliciando com tantas informações. Parabéns a todos.
De todos os top-tens, este do José Tadeu realmente foi magnífico, não desmerecendo os outros.
Na década de 1970, eu era frequentador assíduo do Cine Alba, um cinema localizado em Baixo Guandu/ES, cidade onde eu nasci, e foi neste lugar que me apaixonei pelo faroeste, assistindo os filmes: O Dólar Furado, Django, Shalako, Sete Homens e um Destino, Rastros de Ódio, Um Homem chamado Cavalo, etc.
Sou amante das revistas em quadrinhos Tex Willer, Epopéia Tri, e do seriado "Zorro" interpretado por Guy williams.
Favor comentar sobre um filme de nome "Tunco Maclóvio". Esse filme eu assisti nesse cinema e nunca mais ouvi falar dele.
Darci, parabéns pelo excelente Blog.
Um abraço a todos.
Prezado Tadeu
ResponderExcluirOs seus dezenove westerns escolhidos são todos da melhor qualidade, não importando os orçamentos e astros de maior e menor brilho cinematográfico, são produções que refletem a sua concepção no momento. Também, não gosto de colocá-los por ordem porque seria uma ordenação subjetiva ou forçada.
Dos filmes listados somente "Butch Cassidy & Sundance Kid" , apesar de ter sido grande sucesso no "Boxe Office"e de crítica, em todo o mundo, é o que eu gosto menos porque, sempre me pareceu um western hibrido que ficou devendo alguma coisa no roteiro para torná-lo mais convincente.
Tudo de bom,
Mario Peixoto Alves
Olá, Norberto, bem-vindo a este saloon onde o assunto é só faroestes.
ResponderExcluirProcurei no site IMDb e descobri que El Tunco Maclóvio é um faroeste mexicano produzido em 1970. Acredito que não tenha sido lançado no Brasil em DVD.
Pela lista de filmes que você citou seu 'aprendizado' de faroeste foi bastante eclético, o que é muito interessante.
Obrigado pelo elogio ao blog e não deixe de dar suas opiniões.
Um abraço do Darci
Olá, Mário
ResponderExcluirConforme comentei com o Vinicius, acredito que a 'ordenação subjetiva ou forçada', como você chamou uma lista classificatória, seja uma forma de levar o autor da lista a um exercício de depuração. Vejo isso como algo até mesmo prazeroso.
Um abraço do Darci
José Tadeu ! A propósito da sua lista,onde cita filmes de John Ford e Antonny Mann,lanço aqui uma questão . Será que os
ResponderExcluirpersonagens de James Stwart em "Região do òdio",Um certo capitão LO..",e O preço de Homem" não são melhor elaborados que
os personagens de FORD em 'O homem que matou..." ,em Rastros de òdio,este com o próprio John Wayne?
Robert Ryan e Gary Cooper,nos filmes O preço de um homem " e " O homem do oeste" de Antonny Mann , não
lhe parece personagens mais fortes,bem mais vigorosas ,diferente dos personagens de Ford ,embora este seja o grande diretor de todos os tempos ? Abraços !
( sua correção é perfeita , são 5 e não 7 filmes de A.M.)
NORBERTO:
ResponderExcluirMuito obrigado pelos seus elogios. Eu gostaria de ver um Top Ten seu, que é tão eclético, como bem disse o Darci.
DARCI:
Cuidado, tem gente reclamando que este blog tem falado demais de rock...
LAU SHANE:
Concordo com você. Os personagens de Mann são mais profundos que os de Ford. Acho que as preocupações de Ford eram outras. O que ele queria mesmo era mostrar a chegada do progresso no Oeste e como isso foi conseguido (matança de índios, com consequente conquista da terra, eliminação dos pistoleiros, as escolas e igrejas, que são elementos civilizatórios, o exército etc. Quer dizer: grandes panoramas).
Já Mann não tem tanta ambição: ele só quer contar pequenos incidentes dessa enorme História. Filmes assim tendem a ter poucos personagens, acho eu, então o aprofundamento na psicologia deles é praticamente inevitável (é claro que isso não vale pros pequenos bang-bangs sem ambição, como os de George Montgomery, Audie Murphy, Guy Madison e outros, não é?)
Mal comparando com literatura, Ford seria o romancista, enquanto Mann (e também Boetticher nos filmes com Randolph Scott), o contista. Será que eu viajei muito?
Gostei dessas suas questões, questões assim nos fazem pensar, heim?
Abraços a todos
Tadeu
MÁRIO:
ResponderExcluirObrigado pelos elogios. Sobre o Butch Cassidy, é questão de gosto mesmo. As obras de arte nos tocam de maneiras diferentes, não é? Tem gente que até chora quando ouve Roberto Carlos, mas outros não o suportam e choram com Milton Nascimento. É assim mesmo.
Mas vc. já percebeu que o Paul Newman fez vários faroestes e todos eles são bastante singulares? O cara era inteligente, além de grande ator.
Um abraço
Tadeu
A diferença entre Ford e Mann, é agora prá mim ,bastante visível,especialmente quando o foco são os perfis dos personagens . Está clara sua análise. São duas visões diferentes de como colocar na tela a história americana,em especial na conquista do oeste !
ResponderExcluirAbraços !!
Lendo agora, assim, de repente esse artigo, me lembro de pelo menos tres Westerns que gosto muito e que não estão nessa lista:Consciências Mortas, Da Terra Nascem os Homens(para mim também é a melhor música) e um mais recente com o Tom Selleck: Contratado Para Matar.
ResponderExcluirAliás, o Darci,editor do blog poderia fazer uma matéria com
ResponderExcluiro Tom Selleck, e seus westerns. Li alguma coisa que
Selleck é apaixonado pelo gênero.Dirigiu e atuou em alguns!!
Qdo houver espaço na pauta,está aí uma sugestão !!! Abraços !!
Uma lista bem interessante. Muitos Anthony Mann mas o principal não está: O Homem dos Olhos Frios. Fiquei satisfeito de conhecer mais mum amante do magnifico western Pacto de Justiça, mas colocar Butch Cassidy como um dos melhores foi muito forte. O que mais gostei foi você ser diferente de todos e listar western menores. Com relação ao comentário de Shane MIOLI, pedir alguma coisa de Tom Selleck e colocar o genero num nivel bem baixo.
ResponderExcluirAlo Valerio. Não sei se você está desvalorizando o Tom Selleck, porque seu "e" não está "craseado". Mas as vezes uma antipatia com algum ator, faz com que você perca a chance de assistir grandes filmes, com o por exemplo o excelente: Monte Walsh-O Último Cowboy, também com ele. Um abraço
ExcluirSr. Roque. Como a maioria deste blog me detesta pelos meus comenta´rios criticos, o que tenho a dizer é que os filmes de Tom Selleck são muito ruins ( sem ser antipatico). A estoria de contatando para matar não tem nehuma logica e o Monte Walsh sugiro que o sr. veja o original co m Lee Marvin. Pode me malhar pois já estou acostumado neste blog. THING OVER, deixe de mao westerns menores. Vamos ao seu top ten. Até derepente. Não sei quem é Valerio, mas ele tem total razão. Esta estoria de que Spielberg quewria ele em Indiana Jones é lenda. O cara é muito ruim. Não conheço nada de bom com ele a não ser o o portentoso bigode. Até derepente
ExcluirDepois do meu top ten publicado que causou tanta polêmica (não sei por que) resolvi ler todos os topicos da semana toda sexta feira, mas o seu mereceu de mim algumas obsrvações. Primeiro te elogiar por fazer um top ten com titulos inexpressivos (Cavalgada Trágica. Segundo te elogiar pela lembrança de um titulo esquecido (que acredito muitos não assistiram) O CAMINHO DO DIABO. Atraves de Claude Chabrol no semanario Cahiers du Cinema este filme fez muito sucesso na França e para mim foi muito bem lembrado por você. Deve ser assistido por todos, por mostrar um Robert Taylor em um dos seus melhores momentos na tela. Mais uma vez o western mostra o tema intolerancia em toda a sua plenitude. Louis Calher magnifico e o que falarf de Paula Raymond. Vou rever este filme com muito carinho, pois foi muito marcante na minha infancia e posteriormente na adolescencia. Por ser um filme curto (84 minutos) a estoria flui e voce desfruta dele na sua totalidade. Parabens pela lembrança. E finalmente aparecer poutro fã do clássico Pacto de Justiça. Um filme para se assistir embasbacado pelas tomadas, pelo ritmo da narrativa (ora lento, ora agil e extremamente violento em outros. Meus parabens de um modo geral pela lista. Só um comentário, deixe sempre o leitor na expectativa do que acontece no filme. Quem não conhece o filme, deixe ele ter vontade de assistir, nunca relate com detalhes o enredo. PARABENS-PARABENS pela lista. Até derepente
ResponderExcluirLau Shane
ResponderExcluirMuito boa a sua sugestão. Vale lembrar que Tom Selleck recebeu em 1992 o prêmio 'Golden Boot', o mais prestigiado laurel para artistas que se destacam pela significativa contribuição ao gênero Western. Esse prêmio é outorgado pela Golden Boot Awards desde 1983 e, infelizmente, desde 2006 deixou de ser entregue pois não há mais atores que, como Tom Selleck, tenham feito tantos faroestes e, como você lembrou, é um apaixonado pelo gênero. Tom Selleck completou 68 anos em janeiro último.
Darci
Lau Shane
ResponderExcluirAinda sobre Tom Selleck e talvez muito mais importante, Tom foi conduzido ao Hall of Fame, do National Cowboy and Western Heritage Museum. Vale lembrar que entre os artistas ainda vivos que mereceram a mesma honraria estão Clint Eastwood, Robert Duvall, Kirk Douglas, James Drury, Sam Elliott e Clint Walker. Entre os falecidos estão naquele Hall of Fame Roy Rogers, William 'Hopalong Cassidy' Boyd, John Wayne, Rex Allen, Henry Fonda, Glenn Ford, Joel McCrea, Barbara Stanwyck, Ernest Borgnine e não muitos outros. Poderia haver honra maior para um ator de uma geração em que o Western era já quase que apenas uma lembrança?
Darci
Alo Darci. O Tom Selleck é mesmo admirador do gênero. Ele fez também, entre outros, Monte Walsh-O Último Cowboy que é excelente. Um abraço
ExcluirOlá, Roque
ResponderExcluirTom Selleck já não é nem o caso de ser 'descoberto'. Mas confesso que ainda não vi essa versão de "Monte Walsh". Vale lembrar que a versão de 1970, com Lee Marvin e Jack Palance é um dos western preferidos do Mário Peixoto, uma autoridade em faroestes. Torna-se obrigatório conferir o de Tom Selleck.
Um abraço do Darci
ROQUE AR:
ResponderExcluirVocê tem toda razão: Da Terra Nascem os Homens é um filmaço mesmo. Infelizmente, não é fácil escolher dez (ou vinte) sem deixar grandes filmes de fora. Não assisti Consciências Mortas, por incrível que pareça, mas pretendo ver um dia. Um abraço.
VALÉRIO:
Obrigado pelos elogios. O Homem dos Olhos Frios é mesmo magnífico (como Minha Vontade É Lei, também com Henry Fonda), mas como disse pro Roque, tente fazer uma lista de vinte sem deixar grandes filmes de fora. Impossível. Quanto mais a gente pensa, mais a gente se emaranha numa teia sem fim. Quanto ao Butch Cassidy, eu já falei sobre isso mais acima, na resposta que dei pro nosso colega Mário.
JOSÉ FERNANDES:
Fiquei especialmente satisfeito por vc. ter aprovado minha lista, porque vc. é muito rigoroso, então seu elogio vale por dois (sem desmerecer os outros colegas, claro). Como vc. vê, nós dois não estamos sozinhos quando se trata de Pacto de Justiça: outros leitores também já manifestaram seu apreço pelo filme, que é mesmo demais e chegou a fazer um certo sucesso nos EUA, apesar da estrela do Kevin Costner ter-se apagado.
Quanto a contar o enredo (e até o final, imagine!!!), eu hesitei muito, porque eu tenho um irmão que tem a mania de contar o final dos filmes que ele assiste e quando isso acontece, todo mundo quer matar ele! E com razão! Mas imaginei que os filmes que relacionei já tivessem sido assistidos por todos que lêem o blog (engano meu, como descobri imediatamente) e acabei mesmo falando demais, ou melhor escrevendo demais (isso de escrever demais é defeito meu. Veja só tamanho deste post até aqui). Portanto, quero me desculpar com você e com todos que se sentiram incomodados com esse fora meu.
Sobre O Caminho do Diabo, parabéns pelo tê-lo visto na infância, no calor do lançamento. Eu, infelizmente, só pude assisti-lo há alguns anos (mas li a revista SuperAventuras ou Foto West quando era criança (título: Eu Vi a Morte. Nunca me esqueci. Era criança mas sabia que tava diante de uma obra-prima).
PS - Só não entendi porque Cavalgada Trágica é um "título inexpressivo". Como é isso?
Abraços calorosos
SOBRE O TOM SELLECK:
Vi há anos Contratado Para Matar, que, salvo engano, se passa na Austrália. Fiquei bastante impressionado -- positivamente -- com o que vi e não tinha atentado para o fato dele ter feitos outros westerns. Então, ele merece uma matéria, não é?
Ja vi que o sr. é boa pessoa. Fiquei maltame4nte satisfeito com os seus comentários. Malhar, criticar os outros é muito fácil. Quando o sr. fez seu top ten e3sperava elogios e criticaS. Meus parabens. Infelizmente fui uma pessoa execrada no meu top ten mas o seu comentário me deu um novo alento. O) fato da minha pessoa não gostyar de Cavalgada Tragica não significa nada para o sr. Foi só um comentário,. O sr. provou que tem categoria e aceita os comentarios sem desfaze-los. Repito. GOSTO È GOSTO devemos respeitá-los e estarmos sujeityo a criticas.Adorei quando o0 sr. falou quen hesitou em falar sobre a estória dos filmnes. Nestes anos que sigo este blog o sr. foi a melhor pessoa que aceitou os comentários. Detestyo quando todos nelogiam por elogiar. A sua humildade foi o melhor deste top ten. Pena que outr4os não tenham entendido o meu. Que Deus te abençoe em todas as suas caminhadas. Gostei muito de te-lo conhecido. Não sou rigoroso em nada, mas o seu comportamento foi n ota dez. Cade as pessoas que me malharam por não colocar nenhum western italiano no meu top te. Aguarado com muito prazer o seu comentariuo no meu top ten. Deus te abençoe por tudo. Em tempo não sou crente por falar assim. Um abraço e até de repente.
ExcluirEntendo que o blog está aberto a tudo que se refira ao gênero western. Até os 'bezinhos'" de baixa produção e qualidade discutível devem ser objeto de matéria. Gostar ou não ,isto é com cada um. Creio que Tom Selleck merece uma matéria,sobre os filmes que fez.Os "westerncinemaníacos", somos apreciadores do bang-bang e tudo que
ResponderExcluira êle se refira. Aqui neste blog já vi grandes comentários,interessantes,inteligentes sobre filmes que não são meus preferidos e nem sempre são de boa qualidade. Mas é assim !
Eu por mim,gostaria de rever todos.A avaliação fica por conta de cada um.O gênero me agrada muito.
Sr. José Tadeu, gostei muito de sua lista, ainda mais quando resgata o muito bom filme "Josey Wales, o Fora-da-Lei" e o diferente em cenário "A Face Oculta". Quanto ao seu comentário por "Rastros de Ódio", fico muito temeroso da reação dos participantes deste blog no que vou aqui escrever, pois ao contrário da "grande maioria" não o considero um grande, mas tão somente um bom filme (o revi recentemente e confirmei essa minha impressão). Quanto a "Região de Ódio" não assisti, portanto nada posso falar, somente que não gosto do James Stewart, mas isso não me impede de vê-lo com isenção.
ResponderExcluirOutros colegas, ainda bem, gostei, citam o Tom Selleck, pois sendo bom ou mau ator/diretor, ainda tenta manter o gênero em evidência, e só por isso já tem elogios e gratidão.
Grato.
Francisco.
Olá, Francisco
ResponderExcluirSeu temor é infundado. Podemos ou não gostar deste ou daquele filme sem que isso provoque reações contrárias. O importante é justificar as opiniões. Simpatia por determinados atores é também algo que pode ou não ocorrer, mas no caso de James Stewart, sua longa lista de filmes mostra que ele merece ser lembrado como um dos grandes atores da história do cinema norte-americano.
Darci
Eu tiraria "Butch Cassidy" da lista, não que não seja um bom filme, porém é inferior aos demais, e incluiria o ótimo, segundo minha opinião "MINHA VONTADE É A LEI" de Edward Dmytryk, que tem no elenco Henry Fonda, Anthony Quinn e Richard Widmack.
ResponderExcluirTemos algumas coisas em comum, nasci em 1952, sou aposentado da Caixa Economica Federal, solicito sua ajuda quando tinha + ou - 12 a q14 anos assisti um faroeste onde no final o heroi estava. Encurralado, e aparecem varios herois, oara ajuda-lo, roy rogers, cavaleiro negro, zorro etc., Poderia me ajudar?
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