O jornal paulistano “Folha da Manhã” criou na década de 50 uma Bolsa de Cinema para ajudar o público a escolher os filmes em exibição nos cinemas da cidade. A partir de 1960 a “Folha da Manhã” mudou o nome para “Folha de S. Paulo”. À entrada dos cinemas os espectadores recebiam, no primeiro dia de exibição de um filme, cupons para avaliar os filmes para serem preenchidos ao final da sessão. As menções podiam ser Ótimo, Bom, Regular ou Mau. No dia 13 de setembro de 1971 a Bolsa de Cinema publicada mostrava o western “Mato em Nome da Lei” (Lawman) avaliado com 23,5% ótimo - 47,8% bom – 16,5% regular – 12,2% mau.
Foram também avaliados os westerns “Barquero”, de Gordon Douglas com Lee Van Cleef e Warren Oates, que recebeu respectivamente 16% - 39,4% - 36,2% - 8,4%; “Cheyenne” (Cheyenne Social Club), de Gene Kelly, com James Stewart e Henry Fonda, com 17,9% - 46,4% - 30,4% - 5,3%; o spaghetti-western “Dólares de Sangue para McGregor” recebeu respectivamente 19,6% - 29,9% - 36,8% - 13,7%. Os filmes melhor avaliados com a soma de ótimo e bom foram “Deu a Louca no Mundo” com 96,8%; “A Filha de Ryan” com 96,4%; “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, com 95,1%.
Interessante este tipo de pesquisa, acredito que eram feitas no cinemas do centro de SP.
ResponderExcluirPeguei ainda a fase final destes cinemas nos anos oitenta, cheguei a assistir filmes no cines Ipiranga, Comodoro, Marabá e Olido.
Abraço
Muito bacana essa curiosidade, Darci.
ResponderExcluirVer imagens como essas e lembrar que faroestes eram rotina nos cinemas e também muito apreciados pelo público dá uma sensação estranha.
Parece que isso aconteceu numa outra vida, num outro planeta. Como o mundo mudou. E a preferência do público também.
Não é saudosismo, até porque reconhecço que o cinema continua a produzir obras importantes, tanto em termos de qualidade artística quanto de mera diversão, mas nada me tira a impressão que no passado a qualidade existia em maior quantidade.
Edson Paiva
Hugo, a pesquisa da Folha era feita só nos cinemas lançadores, que ficavam no centro (Av. Ipiranga X Av. São João e imediações). Meus cinemas preferidos eram o Ipiranga, o Boulevard e o Marrocos que era luxuosíssimo.
ResponderExcluirÉdson, essa pesquisa é de 1971. Na década de 50 deveria haver muito mais lançamentos de faroestes. Era só escolher... O saudosismo existe sim pois era um tempo muito mais romântico, quase poético. Quanto à qualidade artística é só ver as relações dos melhores que são feitas em todo canto e onde predominam filmes feitos há 40, 50, 60 e até 60 anos atrás.