2 de junho de 2011

QUADRINIZAÇÕES DE WESTERNS EM "CINEMIN" - 1.ª SÉRIE - ANOS 50

Os fãs da 7.ª Arte dos anos 50 iam pelo menos uma vez por semana ao cinema. Um grande número de cinéfilos, porém, ia duas vezes semanalmente pois os cinemas dos bairros em algumas cidades, mudavam a programação às segundas e às quintas-feiras. E os programas eram duplos. Era comum, portanto um cinéfilo assistir a uma média de 100 filmes por ano. Além dos filmes havia as revistas sobre cinema, todas elas mensais e o jornaleiro as guardava para aqueles fregueses cinemaníacos. Os fãs queriam ter fotos e artigos sobre seus ídolos, o que complementava a paixão dos cinéfilos. Entre as revistas sobre cinema naquela época havia a “Cinelândia” e a “Filmelândia”, publicadas pela Rio Gráfica Editora e a “Cinemin”, publicada pela Editora Brasil América - Ebal. O número um de “Cinemin” foi para as bancas em novembro de 1951, chegando ao n.º 100 em janeiro de 1960 que foi o derradeiro número da 1.ª série da revista. O diferencial de “Cinemin” é que ela publicava filmes quadrinizados.

O número um de “Cinemin” publicou o filme “Quando Canta o Coração”, com Ricardo Montalban e Jane Powell. Os fãs de faroestes ficaram aguardando avidamente que “Cinemin” quadrinizasse um western, mas isso não acontecia. A partir do número 27 a revista da Ebal mudou a linha editorial e passou a ser como a “Cinelândia” que publicava matérias variadas. Em agosto de 1956, no n.º 64, “Cinemin” voltou a publicar filmes quadrinizados e o escolhido foi “A Um Passo da Morte”, com Kirk Douglas. O n.º 67 trouxe a quadrinização de “Rastros de Ódio” e daí em diante outros 16 westerns foram quadrinizados por “Cinemin”, que inclusive fechou a 1.ª série com “Marcha de Heróis”.

Para que os cinéfilos daqueles anos matem a saudade publicamos todas as capas de “Cinemin” 1.ª série, edições que quadrinizaram faroestes. E temos certeza que muitos cinemaníacos compraram estas revistas nas bancas e com elas iam aos cinemas para o passatempo preferido que era assistir filmes, de preferência um bom western.
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Um comentário:

  1. Tenho vaga lembrança da Revista Cinemin. Mas a Filmelandia está mais viva em mim, já que era ela que me punha ao par das noticias que eu desejava saber sobre cinemma.
    Apenas para dar uma ilustração de como eu era viciado em cinema, vou demonstrar aqui um modesto e simples levantamento que eu passei a fazer a partir do ano de 1958 no referente a quantos filmes eu via por ano. Fiz este acompanhamento por seis anos, de 58 a 63, quando o abandonei por ser muito trabalhoso;
    em 1958 eu assisti a 281 filmes
    em 1959 foram 295
    em 1960 assusti a 226
    em 1961 foram 285
    em 1962 foram vistos 209 e en 1963 vi 110 filmes
    Eu ia ao cinema todos os dias e tinha dias de ir nos tres períodos (matinal, matinee e soiere)
    Eu tinha um serviço que fazia diariamente, sempre na parte da manha, que me rendia 50 (não sem bem que moeda era, mas era 50 todos os dias)
    E a entrada para o cinema custava 6. Então eu não apenas ia como levava´vários colegas comigo e ainda pagava merenda para eles. Nunca juntei um tostão. Meu dinheiro era todo gasto desta forma sem qualquer preocupação com o amanhã.
    Recordo que, quando não tinha mais filmes novos para ver eu ia repetindo os que já havia visto, preferindo sempre rever aqueles de ação, ou seja, faroestes, filmes de aventura e aquelas deliciosas comédias nacionais com Ankito, Grande Otelo, Oscarito, Adelaide Chiozzo, Ivon Cury, Eliana Macedo e Francisco Carlos. Isso era que era vicio. E que delicia de vício.
    Tenho até aqui comigo, até hoje, anotado todos os filmes que assisti, sem incluir filmes adultos, reprises e muitos que esqueci de anotar.
    Cinema ainda perambula vivamente em minhas artérias.
    jurandir_lima@bol.com.br

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