10 de junho de 2019

OS CHACAIS DO OESTE (THE TRAIN ROBBERS) – JOHN WAYNE VENCIDO PELA ESPERTEZA FEMININA


Burt Kennedy e John Wayne

Muitos críticos entendem que na década de 70 os faroestes nos quais John Wayne atuou perderam qualidade, especialmente se comparados aos melhores de sua carreira. O ‘Duke’, porém, sempre se esforçou para manter o bom nível de seus filmes, mais ainda quando ele mesmo os produzia. Este foi o caso de “Os Chacais do Oeste”, produzido pela sua Batjac e escrito e dirigido por Burt Kennedy. Após a série de cinco westerns que roteirizou para a parceria Budd Boetticher-Randolph Scott, Burt Kennedy passou também a dirigir westerns, entre eles “Gigantes em Luta” (The War Wagon) e as elogiadas comédias “Uma Cidade Contra o Xerife” (Support Your Local Sheriff!) e “Latigo, o Pistoleiro” (Support Your Local Gunfighter). E John Wayne voltou a trabalhar sob as ordens de Kennedy em “Os Chacais do Oeste” também por ele escrito. Para este western a Batjac reuniu um elenco com astros que desfrutavam de sucesso naqueles anos, como Rod Taylor e Ann-Margret, além dos experientes Ricardo Montalban e Ben Johnson. Como já ocorrera em outros filmes estrelados por John Wayne, este contou com a presença de um jovem astro da música norte-americana, Bobby Vinton, que já atuara com Wayne em “Jack, o Grandão” (Big Jake).


Ann-Margret; John Wayne, Rod Taylor,
Ben Johnson, Bobby Vinton e
Christopher George
Uma viúva e muito dinheiro - Em Liberty, no Texas, o cowboy Lane (John Wayne) junta-se aos antigos amigos Grady (Rod Taylor) e Jesse (Ben Johnson) e mais três novos companheiros, reunidos com a missão de prestar ajuda a uma viúva, a senhora Lowe (Ann-Margret). Matt Lowe, seu finado marido assaltara um trem anos atrás e escondera o produto do roubo num local remoto que somente ela conhecia. São 500 mil dólares que, devolvidos à estrada de ferro, renderiam uma recompensa de 50 mil dólares. O grupo se divide entre os que pensam em ficar com os 500 mil dólares e os que se satisfazem com a recompensa. Porém a senhora Lowe pretende devolver o produto do roubo para assim limpar o nome do marido, ao mesmo tempo que precisa de dinheiro para educar o filho de seis anos, criança que não é vista com ela. Partem então para o deserto mexicano onde o dinheiro está escondido dentro de um cofre no forno de uma locomotiva abandonada. Durante a caminhada percebem que são seguidos à distância por outro grupo de 20 homens comandados por um misterioso e elegante líder também armado (Ricardo Montalban). Após encontrar o cofre e se apoderar do dinheiro, Lane e seus homens são atacados pelo pequeno exército, conseguindo reduzi-lo à metade na troca de tiros. Lane e seu grupo retornam então a Liberty onde voltam a ser atacados pelos sobreviventes do grupo que, afinal, são exterminados. De comum acordo Lane e seus companheiros decidem que a senhora Lowe fique com o dinheiro roubado para entregá-lo à ferrovia e assim receber a recompensa. Só então é revelado pelo misterioso atirador que a mulher era uma farsante e que eles foram por ela enganados.

Ann-Margret; John Wayne
A mulher mais esperta do Oeste - “Os Chacais do Oeste” se inicia com uma imagem evocativa de outros westerns famosos, com o cowboy Jesse aguardando pacientemente a chegada de um trem à estação da pequena Liberty, no Texas. Imediatamente o espectador se lembra de “Matar ou Morrer” (High Noon) e também de “Era Uma Vez no Oeste” (C’Era Uma Volta Il West), clássicos do gênero. Com o desenrolar da história percebe-se ressonâncias com outros roteiros de Burt Kennedy feitos para filmes de Boetticher nos quais há também a presença de uma única mulher (Maureen O’Sullivan, Karen Steele, Nancy Gates, Gail Russell) em meio a um grupo de brutos. Desta vez, porém, os homens demonstram altruísmo ao abrir mão dos 50 mil dólares de recompensa em favor da viúva e de seu filho, atitude inútil pois ocorre uma inesperada guinada na história. O grupo de homens ter sido enganado por uma farsante é o ponto insólito do roteiro que é previsível durante o transcorrer de todo o filme. Relativamente curto em seus 92 minutos de duração, Kennedy abriu mão de uma conclusão o que frustra o espectador uma vez que a falsa viúva não escaparia tão facilmente. Kennedy preferiu a blague final em tom de ironia num western que passa longe de ser exatamente uma comédia.

John Wayne; Ricardo Montalban
Tiroteio entre as dunas - Burt Kennedy conseguiu excelentes momentos de ação quando o incansável grupo de duas dezenas de perseguidores alcança os homens liderados por Lane. Inicialmente o ataque ocorre num deserto, no México, onde uma locomotiva enferruja em meio às dunas em impressionante e rara imagem com as duas dezenas de cavaleiros surgindo no horizonte numa espécie de Lawrence da Arábia em Durango. A sempre brilhante cinematografia de William H. Clothier ganha contornos dalinianos ao mostrar a semidestruída locomotiva e restos de vagão encobertos pelas dunas. E é nesse cenário que Lane comanda a defesa que rechaça o ataque impondo-lhe a considerável baixa. E é onde brilha o time de stuntmen dirigido por Cliff Lyons. John Wayne já esteve inúmeras vezes em desertos mas jamais como mostrado neste western. O segundo grande confronto ocorre à noite em Liberty com intenso tiroteio e explosões de dinamite que exterminam de vez com o misterioso contingente, o que poderia encerrar a aventura que no entanto reserva ainda a grande surpresa.

Ben Johnson, Christopher George e Rod Taylor;
John Wayne e Bobby Vinton
Heróis caridosos - Em meio à perseguição, a falsa Senhora Lowe tenta se insinuar junto a Lane, ocasião em que este diz à mulher “Moça, minha sela é mais velha que você...”, a melhor frase do filme e que expressa com felicidade que Lane/Wayne há tempos deixara de ser o galã das heroínas jovens de seus filmes. O que seus personagens nunca perderam por que o ator impunha essa condição era uma certa abnegação, generosidade e mesmo sacrifícios, como fez Ethan Edwards ao renunciar a entrar na casa dos Jorgensens ao final de “Rastros de Ódio” (The Searchers). Após Sam Peckinpah e Sergio Leone, principalmente, os homens do Oeste incorporaram o cinismo e a amoralidade às suas personalidades nos westerns, distanciando-se dos exemplos altruísticos dos personagens de John Ford e outros diretores. Eis que em “Os Chacais do Oeste”, enquanto Lane e os demais cowboys se mostram capazes de um gesto filantrópico, a sordidez está escondida na infeliz senhora Lowe. Como a mais perfeita atriz, ela, saída de um saloon, ludibria a todos mostrando que a patifarias não são exclusivas dos homens. Hilário é o quadro com os rostos dos cowboys ao serem avisados da farsa de que foram vítimas.

John Wayne, Rod Taylor e Ben Johnson; Ann-Margret

John Wayne
Faltou Jack Elam - John Wayne ainda estava relativamente bem aos 65 anos de idade e após a retirada de um pulmão e exibe razoável boa condição física neste western em que é o John Wayne de sempre, isto é, um ator que enche a tela com sua personalidade mostrando que ele é o filme. Ann-Margret por mais que se esforce não consegue se fazer passar por boa moça, o que ao final revela-se que não é, muito pelo contrário. Ainda assim tem bons momentos quando dialoga sob as estrelas com Ben Johnson e com Wayne. Johnson já havia provado que era um excelente ator que passara a maior parte da carreira mostrando sua habilidade como cavaleiro. Difícil saber em qual arte era melhor. Inicialmente Jack Elam interpretaria ‘Grant’, mas ocorreu o veto de John Wayne que sabia que Elam poderia roubar-lhe o filme. Rod Taylor ficou com o papel numa escolha equivocada que desperdiçou um bom personagem.

Burt Kennedy
Burt Kennedy, um resistente - Dominic Frontiere é o responsável pela ótima trilha sonora que cria a atmosfera perfeita para as sequências no deserto, casando-se com rara felicidade às imagens de Bill Clothier.  Frontiere era um acordeonista que tornou-se maestro-compositor. Entre os poucos westerns para os quais compôs trilha musical está “A Marca da Forca” (Hang ‘em High), que marcou o retorno de Clint Eastwood aos westerns hollywodianos. De conceituado roteirista de westerns, Burt Kennedy tornou-se um dos últimos diretores do gênero western que já se exaurira e nunca mais teria o apogeu das décadas anteriores. Este “Os Chacais do Oeste” é agradável de se assistir mas deixa a impressão que poderia ser bem melhor. John Wayne ainda faria mais três westerns antes de descer definitivamente da sela, quando já era uma lenda viva do cinema.

Rod Taylor, John Wayne, Ann-Margret e Ben Johnson; Ricardo Montalban

4 de junho de 2019

A PASSAGEM DA NOITE (NIGHT PASSAGE) – JAMES STEWART COMO IRMÃO DE AUDIE MURPHY


James Neilson;
Anthony Mann

Anthony Mann foi, reconhecidamente, o grande cineasta do gênero western nos anos 50, década em que realizou uma dezena de faroestes, muitos deles clássicos. A parceria de Mann com James Stewart é ainda uma das mais famosas do cinema entre ator-diretor, resultando em nada menos que oito filmes, cinco deles westerns. Em 1956, enquanto aguardava o início das filmagens de “Vertigo” (Um Corpo que Cai), Stewart aceitou participar de um novo faroeste roteirizado por Borden Chase, desde que o filme fosse dirigido por seu amigo Anthony Mann. Logo de início o diretor não gostou do projeto porque entendeu ser incoerente Stewart interpretar um irmão de Audie Murphy pois ambos são inteiramente diferentes. Mann também não gostou do excessivo número de sequências em que o personagem de James toca um acordeão. Em sua juventude Stewart aprendeu a tocar o instrumento e o que mais o atraiu nesse filme foi justamente a oportunidade de poder demonstrar sua habilidade musical. Para atrapalhar ainda mais as coisas Mann começou a filmar pelas sequências que mais exigiam fisicamente de Stewart, o que gerou discussões entre eles. Mais poderoso que o diretor, pois tinha interesse financeiro na produção, o ator exigiu do produtor Aaron Rosenberg que despedisse sumariamente Anthony Mann. Embora haja versões que relatem que Mann foi quem abandonou as filmagens, prevalece a contada por James Stewart. Esse incidente colocou fim a uma amizade que parecia duradoura e, enquanto Mann com satisfação foi filmar “O Homem dos Olhos Frios” (The Thin Man), James Neilson foi chamado para substituí-lo. Neilson nunca havia dirigido um longa-metragem e sua experiência era toda dos trabalhos em TV e ainda como cinegrafista que foi durante a II Guerra Mundial. “A Passagem da Noite” recebeu críticas pouco elogiosas e o público não se interessou muito por esse western, mesmo com elenco encabeçado pelos nomes e Stewart e Audie Murphy.


James Stewart e Audie Murphy
Irmão reencontra irmão - Grant McLaine (James Stewart) é uma ex-empregado de uma ferrovia, onde atuava como espécie de segurança dos valores transportados. Acusado de conivência em um assalto faciltando a fuga de um bandido, afasta-se da função por cinco anos após o que é recontratado porque o bandido Whitey Harbin (Dan Duryea) e seu bando têm praticado reiterados assaltos roubando o pagamento dos trabalhadores da ferrovia. Como primeiro trabalho na nova fase McLaine deve, fazendo-se passar por passageiro anônimo no trem, transportar dez mil dólares para efetuar o pagamento há meses devido aos trabalhadores. Faz parte do bando de Whitey um jovem bandido apelidado The Utica Kid (Audie Murphy), cujo nome verdadeiro é Lee McLaine e que é, de fato, irmão de Grant. Acompanhava o bando de Whitey o menino órfão Joey Adams (Brandon De Wilde), protegido de The Utica Kid. O novo assalto é praticado mas os dez mil dólares escondidos numa caixa de sapatos que está o tempo todo em poder do pequeno Joey não são descobertos. Trava-se uma luta desigual entre Grant e a quadrilha, com Grant levando a melhor com a ajuda de seu irmão Lee que decide mudar de lado. No entanto Lee é alvejado por Whitey e morre, enquanto o bandido é também morto por Grant que leva os dez mil dólares para o acampamento dos ferroviários.

James Stewart; Audie Murphy
Audie Murphy como vilão sarcástico - Entre as queixas de Anthony Mann em relação à história, estava também o personagem do garoto carregando o tempo todo uma caixa com dez mil dólares sem levantar suspeitas. Mas bem pior que isso são os diálogos travados entre os bandidos Whitey e The Utica Kid, diálogos que visam criar um clima de antagonismo divertido mas que apenas conseguem ser deslocados, para não dizer bizarros. Dan Duryea está seguramente entre os melhores vilões que Hollywood apresentou, com seu tão imitado riso cínico e fria crueldade homicida. Mas nada disso se vê no bandido Whitey porque parece que Dan Duryea a todo momento vai gargalhar vendo Audie Murphy interpretar um fora-da-lei pretensamente sarcástico. Mann sabia das limitações de Murphy como ator e pressentiu que aquele tipo de personagem não seria apropriado para o mais condecorado herói de guerra norte-americano transformado em astro de cinema. E James Stewart nos remete aos tempos dos pequenos faroestes da Republic, estrelados por Roy Rogers, Gene Autry e Rex Allen, nos quais pelo menos meia dúzia de vezes os mocinhos interrompiam suas cavalgadas, lutas e tiroteios para... cantar. Stewart toca seu acordeão a todo momento e sob qualquer pretexto para que ele demonstre seus dotes musicais. Anthony Mann sabia que “A Passagem da Noite” tinha tudo para não dar certo.

James Stewart e Audie Murphy

Audie Murphy com Elaine Stewart;
Dianne Foster
Personagens incoerentes - Sem ser complexo, este enredo de Borden Chase é tão confuso quanto inconsequente, colocando em cena as presenças de duas mulheres que no passado conheceram os irmãos McLaine. Uma delas, Verna Kimball (Elaine Stewart), é casada com o velho o dono da ferrovia (Jay C. Flippen) e a outra, Charlotte (Dianne Foster), é eterna apaixonada por The Utica Kid. Verna é daquelas mulheres insatisfeitas que se insinuam junto ao homem que estiver mais próximo a ela, frustrando-se inteiramente pois, mesmo prisioneira do grupo enorme de bandidos, nem Whitey e nem The Utica Kid se interessam em disputá-la. Isto após ser rejeitada também por Grant. Já a íntegra Charlotte, mal o corpo de seu amado Kid esfriou e ela termina o filme de mãos dadas com o irmão deste, partindo para uma vida comum com o quase futuro cunhado. Atenção, o autor do roteiro é Borden Chase, ele que demonstrou saber conceber tipos femininos mais interessantes, como a pouco escrupulosa criadora de gado de “Homem Sem Rumo” (Man Without a Star) interpretada por Jeanne Crain; ou as mulheres que assediam Gary Cooper e Burt Lancaster em “Vera Cruz” (Sarita Montiel e Denise Darcell). Tanto Verna Kimball como Charlotte Drew, a rigor, pouco acrescentam à história sendo apenas o contraponto feminino ao vastíssimo elenco masculino. Sem esquecer das presenças, estas sim, marcantes de Olive Carey e Ellen Corby que poderiam ser mais e melhor aproveitada.

James Stewart e Audie Murphy
Exterminando a grande quadrilha – Muito boa a sequência de assalto ao trem em movimento, mas o momento com mais ação de “A Passagem da Noite” é o enfrentamento do solitário herói Grant McLaine contra a numerosa quadrilha chefiada por Whitey. Destoando do inconvincente desenvol-vimento deste western, o tiroteio é bem encenado, valorizado pelas presenças de diversos stuntmen que atuam como membros do bando de Whitey. Entre eles Chuck Roberson, Boyd Stockman, Henry Wills e John Daheim, que morrem com ‘gusto’, o mesmo ocorrendo com Dan Duryea na sequência em que é abatido por Stewart. Do bando composto por dez malfeitores, um a um vão sendo postos fora de combate por Grant, assistido do alto de um morro por seu indeciso irmão. Até que finalmente participa da troca de tiros. Essa sequência compensa a frustração de ver tanta música e bandidos com tão pouca inteligência que jamais desconfiam da caixa de sapatos que o garoto Joey carrega para todo lado. O início da ‘conversão’ de The Utica Kid foi imaginada como uma sequência comovente quando através de uma canção tocada e cantada pela família Grant, o jovem bandido repensa sua vida. No entanto produz efeito contrário, resultando no momento mais piegas deste western.

Dan Duryea
Elenco sem maiores destaques - Os personagens criados por James Stewart em westerns de Anthony Mann são geralmente homens torturados psicologicamente pelo passado e fisicamente no presente, enfrentando quase sempre solitariamente os desafios. Grant McLaine, sem qualquer profundidade psicológica, é seguramente o mais vazio de todos os tipos vividos por Stewart na série de faroestes que ele filmou na década de 50. Do mesmo modo Dan Duryea deixa saudades do sádico vilão que comumente interpreta, como o ‘Fred McCarthy’ de “Homens Indomáveis” (Silver Lode). Audie Murphy inteiramente fora do tipo que pouco dele exigia para interpretar os westerns da Universal em que atuava. A reunião de vilões que compõem o bando de Whitey só permite maior destaque para Robert J. Wilke, desperdiçando Jack Elam. Brandon De Wilde depois de ter que gritar ‘Shaaaaaane’ interminavelmente em “Os Brutos Também Amam” teve que carregar uma caixa de sapatos o tempo todo em “A Passagem da Noite”, não tendo oportunidade para demonstrar o ótimo ator infanto-juvenil que era. O elenco de coadjuvantes traz ainda Paul Fix como marido da ciumenta Ellen Corby em sequências cômicas e Olive Carey com seu tipo único é sempre presença agradável na tela.

Sing, Stewart, Sing - Dimitri Tiomkin é o autor da trilha musical, com duas canções que são “Follow the River” e “You Can’t Get Far Without a Railroad”. A primeira demais pomposa e por isso mesmo pretensiosa; a segunda cantada por James Stewart com sua voz anasalada em arranjos mais lento e acelerado, com ele acompanhando-se ao acordeão. Nenhuma das canções tornou-se memorável. Salienta-se mais que tudo neste filme as belíssimas imagens de Williams H. Daniels no processo Technirama feitas nas locações no Colorado e na Inyo National Forest, na California, cenários tão apreciados por Anthony Mann. O diretor James Neilson não fez carreira no cinema e “A Passagem da Noite” deixa a impressão que poderia ser bem melhor pelas mãos do diretor dispensado pelo egocentrismo que dominou James Stewart (na foto à esquerda) neste western.

Brandon De Wilde e James Stewart; o acordeão sendo queimado.