Tyrone Power e Basil Rathbone |
Depois do faroeste, o gênero
cinematográfico mais apreciado por crianças e adolescentes nas cinco primeiras
décadas do cinema era o capa-e-espada. Entre os grandes espadachins da tela,
destaca-se Tyrone Power, o melhor de todos, segundo a opinião de Basil
Rathbone. O ator inglês, que era exímio esgrimista, enfrentou Errol Flynn e
Tyrone Power em filmes e quando perguntado qual o melhor dos dois respondeu: “Tyrone Power era perfeito, sem dúvida, o
melhor”. E a imagem mais lembrada de Tyrone Power é aquela de “A Marca do
Zorro” ou ainda a das várias aventuras em que Ty enfrentou os vilões com sua
espada. Por obra do destino foi uma espada que contribuiu para sua morte aos 44
anos de idade durante as filmagens de “Salomão e a Rainha de Sabá”. Nesse
filme, quando se defrontava com George Sanders, cada um segurando uma
pesadíssima espada, o coração de Tyrone Power não suportou o esforço. Um ataque
cardíaco fulminante acabou com a magnífica carreira do ator que fascinou as
mulheres nos 20 anos em que brilhou no cinema. Nascido no dia 5 de maio de
1914, comemora-se hoje o centésimo aniversário de nascimento de Tyrone Power,
um dos mais queridos atores de seu tempo.
Tyrone Power Sr. e Jr. |
Origens
artísticas - Tyrone Edmund Power Jr. nasceu em Cincinatti, Ohio, filho
de um casal de atores, ele Tyrone Power Sr. e ela Helen Emma Power. O primeiro
ano de vida do pequeno Tyrone foi muito difícil pelos problemas de saúde que acometeram a criança, até que, por conselho médico, a família se mudou para a Califórnia,
em 1915. Lá Tyrone Power Sr. se tornou conhecido ator também de cinema, ele que
passava longos períodos longe da família em turnês teatrais. O casal, que havia
tido uma menina, a irmã de Tyrone, finalmente se separou e Helen retornou a Cincinatti,
sustentando os filhos ministrando aulas de dicção a estudantes de Arte
Dramática. Crescendo em meio a artistas, Tyrone Power apareceu pela primeira
vez em um filme aos 11 anos, em “Escola para Esposas”, comédia de 1925. Depois
disso Tyrone se concentrou nos estudos na Purcell High School, em Cincinatti.
Aos 17 anos Tyrone se reencontrou com o pai que lhe ensinou os segredos da Arte
Dramática, ele que era um respeitado ator teatral. Quando Tyrone Power Sr.
estava filmando “The Miracle Man”, sofreu um ataque cardíaco vindo a falecer
nos braços do filho presente nos sets de filmagens acompanhando o trabalho do
pai. Esse fato foi um incentivo ainda maior para que Tyrone sucedesse o pai
como ator e em 1932 ele conseguiu uma participação no filme “Cadete de Honra”,
produção da Universal Pictures. Em 1934 Tyrone fez uma ponta em “Miss
Generala”, musical estrelado por Dick Powell. Em 1935 o jovem pretendente a
ator teve outro pequeno papel, desta vez num western do incansável Sam Newfield,
com Kermit Maynard como astro, filme que se chamou “Fronteiras do Norte”
(Northern Frontier). Foi quando Tyrone assinou contrato com a 20th Century-Fox,
estúdio no qual conheceria o diretor Henry King, importantíssimo em sua
carreira.
Tyrone Power ainda menino; numa rara foto com o pai e em uma das primeiras fotos para publicidade na 20th Century-Fox. |
Tyrone Power com Madeleine Carroll (acima); Tyrone Power e Norma Shearer . |
O
rival de Robert Taylor - Foi Henry King quem insistiu com o
chefe de produção do estúdio, Darryl F. Zanuck, para que Tyrone Power Jr. (como
ainda era creditado) fosse escolhido para um dos principais papéis de “Lloyd’s
de Londres”. Esse filme lançado em 1936 deu fama instantânea a Tyrone Power,
que então retirou o ‘Jr.’ do nome artístico. Depois de uma série de filmes
medianos como ator principal, Tyrone voltaria a filmar sob as ordens de Henry
King no musical “No Velho Chicago” (1937), filme que fez enorme sucesso. Êxito maior
ainda foi “A Epopéia do Jazz” (1938), também com direção de Henry King e
desenhava-se uma parceria parecida com a de Michael Curtiz-Errol Flynn na
Warner Bros. Mas o que a 20th Century-Fox queria mesmo era ter como astro
alguém que rivalizasse em beleza com Robert Taylor, contratado da MGM, então
considerado o rosto masculino mais bonito do cinema. E, de fato, Taylor e Power eram dois
jovens e sedutores galãs. Uma das grandes estrelas da MGM no final dos anos 30, a atriz Norma Shearer, exigiu que seu galã em “Maria Antonieta” fosse ninguém menos que Tyrone Power. Estranhamente o estúdio dirigido por Zanuck permitiu que Tyrone
Power fosse emprestado à MGM e “Maria Antonieta” foi outro grande sucesso de
público. De retorno à Fox, Tyrone brilhou novamente no drama histórico “Suez”.
Depois de tantos sucessos a 20th Century-Fox reservava para Tyrone outro filme
importante, desta vez um western.
Tyrone como Jesse James. |
Tyrone
vira Jesse James - Em 1939 o western não era o gênero de
filme que os atores mais apreciassem fazer, o que mudou bastante depois de “No
Tempo das Diligências” (Stagecoach). Nesse mesmo ano Darryl F. Zanuck entendeu
que poderia filmar a vida do bandido Jesse James, romanceando-a e transformando
os irmãos James em simpáticos personagens de ficção para agradar ao público.
Reuniu então Tyrone Power (Jesse) e Henry Fonda (Frank) e um grande elenco sob
a direção de Henry King, em belíssimo Technicolor que realçava a beleza de
Tyrone. O resultado foi um enorme sucesso de bilheteria que fez com que Tyrone
Power ficasse atrás apenas de Mickey Rooney como o ator que mais atraía público
aos cinemas. Em 1939 Tyrone Power, um dos solteiros mais cobiçados de Hollywood
casava-se com a atriz francesa Annabella, com quem havia contracenado em
“Suez”. Os filmes seguintes de Tyrone foram “Johnny Apollo” (policial) e a
biografia do líder mórmon Brigham Young, “O Filho dos Deuses”. Esses filmes
precederiam dois estrondosos sucessos de Tyrone que foram “A Marca do Zorro” e
“Sangue e Areia”.
Tyrone Power com Nancy Kelly (acima à esquerda) e com Jane Darwell; abaixo com Nancy Kelly e Henry Fonda; Tyrone e John Carradine. |
Tyrone Power como Don Diego Vega. |
Imortalizando
O Zorro no cinema - “A
Marca do Zorro” foi uma refilmagem do sucesso de Douglas Fairbanks em 1920 e
Tyrone Power demonstrou o quanto era ágil e elegante empunhando uma espada. Aos
26 anos de idade, interpretando Don Diego
Vega, o personagem criado por Johnston McCulley, Tyrone alcançava a glória
como ator. E o estúdio que o mantinha sob contrato não perdia tempo rodando
em seguida “Sangue e Areia”, baseado no romance de Vicente Blasco Ibañez, dirigido
pelo mesmo diretor de “A Marca do Zorro”, Rouben Mamoulian em 1941. Mesmo tendo
uma boa interpretação como o toureiro Juan,
Tyrone Power teve que se render à irresistível dupla Anthony Quinn e Rita
Hayworth que brilhou mais que ele no filme. Com a Guerra Mundial em curso
Tyrone Power filmava sem parar, atuando em três filmes nos primeiros seis meses
de 1942, dois deles capa-e-espadas: “Ódio no Coração” e “O Cisne Negro”, filmes
que mais aumentaram a fama de Tyrone junto ao público. Nesse mesmo ano, com os
Estados Unidos já envolvido no conflito mundial, Tyrone se alistou na Marinha
que o cedeu em 1943 para a Fox rodar um filme-propaganda, para ajudar no
recrutamento de voluntários, filme que se chamou “Mergulho no Inferno”. Tyrone aparece creditado como ‘Tyrone Power U.S.M.C.R’ (United States Marine Corps Recruit). Tyrone
permaneceu por quatro anos no Exército, participando ativamente como piloto da
Guerra do Pacífico, dando baixa com a patente de capitão e diversas medalhas recebidas
por bravura. Finda a guerra acabou-se também o casamento de Tyrone e Annabella
e o argumento dele era que a esposa não lhe dera o esperado filho. Annabella,
por sua vez, não aceitava mais as infidelidades do marido, a principal delas
com Judy Garland.
Tyrone Power como piloto da Marinha norte-americana. |
O primeiro casamento com Annabella e o segundo com Linda Christian. |
Tyrone em cenas de "Sangue e Areia", com Rita Hayworth e Anthony Quinn; com Rita Hayworth nos braços; abaixo como o toureiro Juan. |
Tyrone com Susan Hayward; abaixo em "O Soldado da Rainha". |
Segundo
western na carreira - O retorno de Tyrone ao cinema se deu
com os dramas “O Fio da Navalha” e “O Beco das Almas Perdidas” (este um filme
noir). Tyrone retornaria ao mar, sol e espada em aventuras como “O Capitão de
Castela” (1947), “O Favorito dos Bórgias” e “A Rosa Negra”, estes de 1949. Os
dois primeiros dirigidos por Henry King e “A Rosa Negra” dirigido por Henry
Hathaway. Depois de viver um rumoroso romance com Lana Turner, Tyrone Power casou-se
novamente em 1948, desta vez com a atriz mexicana Linda Christian, que lhe
daria as esperadas filhas Romina e Taryn. Em 1951 Tyrone Power faria seu
segundo western como ator principal, dirigido por Henry Hathaway no excelente
“Correio do Inferno” (Rawhide), com Susan Hayward como sua leading-lady. Mais
uma vez sob as ordens de Henry Hathaway, Tyrone filmou o ótimo suspense “Missão
Diplomática em Trieste”, em 1952. Nesse mesmo ano, novo western para Tyrone, o filme
intitulado “O Soldado da Rainha” (Pony Soldier) com Penny Edwards, atriz de
muitos faroestes B, no principal papel feminino. Esse filme desgostou Tyrone
que pediu à 20th Century-Fox que o liberasse para atuar numa produção da
Universal Pictures, com que a Fox concordou pois os filmes recentes de Tyrone
não atraíam tanto público como na década anterior .
Tyrone e Kim Novak |
Novo
e último casamento - Na Universal, recebendo porcentagem
sobre os lucros do filme, Tyrone atuou em “O Aventureiro do Mississippi” (The
Mississippi Gambler), que fez razoável sucesso e aumentou a conta bancária de
Tyrone. O que não ia bem era a vida conjugal do ator pois enquanto ele
continuava a ter aventuras extraconjugais, Linda vivia um romance com Edmund
Purdom. O casamento resistiu até 1955, quando Tyrone mantinha um longo caso
amoroso com a atriz sueca Mai Zetterling. Linda acabaria se casando anos depois
com Edmund Purdom e Tyrone se casaria pela terceira vez, em 1957, com Deborah Ann
Minardos. Em 1955 Tyrone Power foi dirigido por John Ford em “A Paixão de uma
Vida” (The Long Gray Line) e mais uma vez por Henry King em “Duelo de Paixões”,
em que contracenou com Susan Hayward. Em 1956 Tyrone Power atuou em seu último
grande sucesso que foi “Melodia Imortal”, a biografia do pianista Eddy Duchin,
de quem Tyrone havia sido amigo na vida real. Nesse filme Ty contracenou com
Kim Novak, uma das mais requisitadas atrizes daqueles anos.
Tyrone entre Piper Laurie e Julie Adams em "O Aventureiro do Mississippi"; abaixo com John Wayne e Patrick Wayne num intervalo de filmagem de "A Paixão de uma Vida". |
Ty com Ava Gardner |
Reconhecimento
como ótimo ator - Em 1957 Tyrone Power trabalhou
bastante liderando os elencos de três filmes, nos quais aparece com evidentes
sinais de cansaço e um precoce envelhecimento, resultado do inseparável cigarro
e dos excessos com a bebida. Esses filmes foram “Barco sem Rumo”, com Mai
Zetterling e “Agora Brilha o Sol”, o 11.º e último em que foi dirigido por seu
amigo Henry King. No elenco de “Agora Brilha o Sol” estavam também um
envelhecido Errol Flynn e Ava Gardner. O terceiro filme de Tyrone Power em 1957
foi um dos pontos altos de sua carreira, o drama “Testemunha de Acusação”, com
Ty interpretando um cínico criminoso e dividindo a tela com Charles Laughton e Marlene
Dietrich, dirigidos pelo incomparável Billy Wilder. Com essa atuação Tyrone
demonstrou àqueles que nunca o levaram a sério como ator, que era também um
ótimo intérprete. E seus trabalhos esporádicos em palcos já haviam comprovado
esse fato. Tyrone participou da montagem inglesa de “Mister Roberts”, entre
outras vezes que esteve num palco.
Tyrone e Marlene Dietrich e cínico diante de Charles Laughton em cenas de "Testemunha de Acusação". |
Tyrone em seu último trabalho a lado de Gina Lollobrigida. |
A morte
empunhando uma espada- O último filme de Tyrone Power foi
“Salomão e a Rainha de Sabá”, dirigido por King Vidor e com Gina Lollobrigida e
George Sanders no elenco, película rodada em Madri, na Espanha. Após filmar
cerca de 75% das sequências em que Salomão aparece, Tyrone que interpreta o
justo rei de Israel, faleceu, assim como o pai, vitimado por um ataque cardíaco
enquanto atuava. A esposa Deborah, como que pressentindo o que poderia acontecer
com Tyrone, pediu-lhe que descansasse, mas o ator precisava trabalhar. John Wayne,
James Stewart, Henry Fonda e até o adoentado Gary Cooper, todos mais velhos que ele continuavam em plena
atividade. Mas o peso das vestes, a espada com que duelava com Sanders e o sol
escaldante de Madrid em muito contribuíram para a morte de Tyrone. O mundo do
cinema ficou chocado especialmente por Tyrone Power estar ainda com apenas 44
anos de idade. Ty foi substituído por Yul Brynner que usa uma peruca porém em
muitas sequências filmadas à distância percebe-se nitidamente a figura de
Tyrone Power. Sua esposa Deborah deu à luz ao primeiro filho de Tyrone dois
meses após o falecimento do ator. O menino recebeu o nome de Tyrone Power IV.
Tyrone Power sente-se mal durante as filmagens de "Salomão e a Rainha de Sabá"; socorrido, morreu a caminho do hospital. |
Da esquerda para a direita Taryn Power, a esposa de Tyrone Power IV, o único filho de Tyrone e Romina Power. |
Tyrone Power |
A
bissexualidade de Tyrone Power - Por muito tempo foi bastante
discutida a bissexualidade de Tyrone Power. As mulheres com quem ele se
relacionou jamais aceitaram ou acreditaram que ele pudesse ter uma vida sexual
dupla, mas diversos depoimentos comprovam ser verdade o fato de Tyrone se
relacionar também com homens. O mais conhecido dos amigos de Tyrone foi César
Romero, homossexual assumido, com quem Tyrone partiu para uma viagem de 40 dias
pela América do Sul após se divorciar de Annabella. Outro amigo famoso com quem
Tyrone se relacionou foi o compositor Lorenz Hart, também homossexual. Eram
ainda amigos constantes de Tyrone o diretor George Cukor e os atores Clifton
Webb e Van Johnson, reconhecidos gays da capital do cinema. Hollywood sempre procurou
ocultar esse lado obscuro da vida de seus astros pois o público poderia não
aceitar essas particularidades de seus ídolos. À parte essa questão explorada
pelos tabloides sensacionalistas daquele tempo, um dos maiores reconhecimentos
sobre a importância de Tyrone Power talvez seja estar ele entre as muitas
figuras famosas que fazem parte da capa do álbum “Sargeant Pepper”, dos
Beatles. Não por acaso, pois Tyrone foi um dos grandes astros da tela e um dos
rostos masculinos mais admirados pela legião de fãs que teve nos anos em que
enfileirava um sucesso após o outro no cinema. E para os fãs de faroestes, até
hoje o mais marcante Jesse James da tela.
Tyrone na foto maior e em duas fotos com o amigo Cesar Romero durante a longa viagem que fizeram juntos pela América do Sul. |
Tyrone e Henry King, o diretor que lhe abriu as portas para o sucesso; em duelo com Basil Rathbone. |
O mais inesquecível Zorro do cinema. |
OI, DARCI!
ResponderExcluirTYRONE POWER FOI UM TÍPICO ASTRO DO PRIMEIRO MEIO SÉCULO DO CINEMA, OU SEJA, SOFREU DO PRECONCEITO QUE POR SER BONITO DEMAIS, NÃO TINHA TALENTO INTERPRETATIVO E FOI VÍTIMA DE EXCESSOS, ASSIM COMO CLARK GABLE, GARY COOPER, HUMPHREY BOGART E OUTROS QUE NÃO PASSARAM DOS 60 ANOS, QUE NAQUELES TEMPOS ERAM CONSIDERADOS CHARMOSOS, BEBER DEMAIS E FUMAR DEMAIS, QUE HOLLYWOOD PROPAGANDEAVA EM DEMASIA. VEJA O CLÁSSICO ROMÂNTICO “A ESTRANHA PASSAGEIRA” EM QUE O GALÃ PAUL HENREID ACENDIA DOIS CIGARROS SIMULTANEAMENTE PARA DAR UM A SUA AMADA BETTE DAVIS, POR ANOS ESSE GESTO FOI CONSIDERADO UM DOS MAIS ROMÂNTICOS DO CINEMA, HOJE O CARA SERIA CONSIDERADOS COMO DUAS COISAS AO MESMO TEMPO, UM SUICIDA E UM HOMICIDA. QUANTOS AOS FILMES DE POWER, QUE EU ASSISTI, “A MARCA DO ZORRO” É UMA DAS MELHORES AVENTURAS DE CAPA-E-ESPADA DO CINEMA, COM O VIBRANTE TEMA COMPOSTO POR ALFRED NEWMAN E UM TRIO DE PROTAGONISTAS IMPECÁVEL, MOCINHO-DONZELA-VILÃO, OU MELHOR, TYRONE POWER-LINDA DARNELL-BASIL RATHBONE; O “CISNE NEGRO” É OUTRO CAPA-E-ESPADA MUITO BOM, INFELIZMENTE MEIO ESQUECIDO, POIS QUANDO SE FALA DO TÍTULO, MUITOS SÓ SE LEMBRAM DO DRAMA COM A NATALIE PORTMAN; ”NA VELHA CHICAGO” É UM PRECURSOR DO CINEMA-CATÁSTROFE, IRREGULAR, MAS BOM DE SE ASSISTIR; E “JESSE JAMES”, QUE É UM WESTERN FANTASTICAMENTE EMPOLGANTE, ONDE TUDO PARECE TER DADO CERTO, CLARO, MENOS PRO COITADO DO CAVALO QUE MORREU NA FAMOSA CENA DA FUGA COM QUEDA NO RIO. JÁ CONSIDERAR POWER O MELHOR JESSE JAMES É FÁCIL, UMA PELO ENORME CARISMA E TALENTO DO ATOR E OUTRA PELA VISÃO ROMÂNTICA DADA NO FILME SOBRE O PERSONAGEM E SUA TRAJETÓRIA. SÓ ESSE PONTO DE VISTA IDEALIZADO O COLOCA A FRENTE, POIS ATRAI A SIMPATIA DO PÚBLICO, AO CONTRÁRIO DOS DEMAIS “JESSES”, QUE EM SUA MAIORIA, FORAM VERSÕES DESMISTIFICADORAS, COMO ROBERT DUVALL EM “SEM LEI E SEM ESPERANÇA” E BRAD PITT EM “O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD”. JÁ “QUEM FOI JESSE JAMES?”, QUE É UMA REFILMAGEM DO FILME DE HENRY KING, MAS QUE ACHO MUITO BOA, COM O DIRETOR NICHOLAS RAY DANDO-LHE CERTA PERSONALIDADE PRÓPRIA, ROBERT WAGNER APANHA BONITO EM COMPARAÇÃO COM POWER, O CARISMA NEM DE LONGE É COMPARÁVEL E NA ATUAÇÃO, WAGNER SEMPRE FOI MEIO CANASTRA, NÃO PASSANDO NATURALIDADE OU PASSANDO UMA ENERGIA MAIOR POR SEUS PERSONAGENS. JEFFREY HUNTER, QUE FAZ FRANK JAMES NESSA SEGUNDA VERSÃO, ESSE SIM, NA MINHA OPINIÃO, FOI UM ATOR SUBESTIMADO, QUE FOI EVOLUINDO DE FILME PRA FILME, MAS INFELIZMENTE FEZ, OU FIZERAM PRA ELE, ESCOLHAS POR MUITOS PROJETOS ERRADOS, CONTUDO, SE PENSARMOS BEM, DEIXOU MAIS OBRAS CINEMATOGRÁFICAS SIGNIFICATIVAS DO QUE WAGNER, AFINAL, PARA MUITOS ELE FOI O MELHER JESUS DA SÉTIMA ARTE EM “REI DOS REIS”, O INTEGRO E OBSTINADO TENENTE CANTRELL DE “AUDAZES E MALDITOS” E O ETERNO MARTIN PAWLEY DE “RASTROS DE ÓDIO”, CUJO O FILME NÃO SERIA O MESMO SEM ESSA ANTÍTESE, OU “GRILO FALANTE”, DE ETHAN EDWARDS. POR FALAR NA CENA DA FUGA QUE TERMINA COM A QUEDA NO RIO COM CAVALOS E TUDO, PRESENTES TANTO NO FILME DE KING COMO NO DE RAY, ELES REFIZERAM A CENA OU A REUTILIZARAM, DARCI? SÃO PRATICAMENTE IGUAIS. ABRAÇOS.
ROBSON
Outro incrível comentário do amigo Róbson Wan-Kenobi. O 'mardito' cigarro ceifou muitas vidas precocemente e Tyrone jamais poderia ter ido tão cedo. Preciso rever o filme de Nicholas Ray (minha cópia é uma indecência) e não me lembro da cena por você citada, da queda dos cavalos. Como ambos os filmes são da Fox é bem possível que tenha havido o uso de cenas de arquivo. Também acho que Jeffrey Hunter era melhor ator que Wagner, além de ter atuado em Rastros de Ódio, o que enobrece qualquer ator. Se ele foi o melhor Jesus eu não posso afirmar, mas que foi o Nazareno mais boa pinta do cinema, isso foi rsrsrs.
ExcluirAbraços do Darci
Belíssima homenagem feita ao inesquecível Tyrone Power. Sou fã tanto dele como de Henry King, um dos maiores diretores da era de ouro de Hollywood conhecido por ser um "artesão" e meticuloso sempre em sua direção durante sua longa carreira. Abraço a todos!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO lindo Tyrone Power foi um artista completo e tbém um tremendo garanhão,ele conseguiu passar o rodo nas mais belas atrizes americana. A mídia fala demais por não ter nada a dizer. Tyrone Power gay?? Never!!
ResponderExcluirTEM RAZAO,HOJE 60 ANOS!!!
ExcluirNa minha humilde opinião Tyrone Power foi o mais belo e perfeito ator de todos os tempos. Tenho todos os filmes dele.♥♥
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