9 de julho de 2012

ERNEST BORGNINE – BRUTAL E SÁDICO, TERNO E ENGRAÇADO



Ernest Borgine começou no cinema aos 34 anos, idade em que muitos astros de sua geração como Charlton Heston, Tony Curtis, Rock Hudson, Robert Wagner e outros já haviam se tornado ídolos e eram capas de revistas especializadas. Por sinal Ernie nunca foi capa de revista alguma pois de galã ele não tinha nada. Mas se lhe faltava um rosto bonito, Borgnine possuía talento de sobra, o que lhe permitiu compensar sua estréia tardia no cinema com uma carreira de mais de 60 anos. Ontem o cinema perdeu Ernest Borgnine, um dos grandes atores daquelas memoráveis décadas de 50 e 60 e da qual hoje sobrevive apenas Kirk Douglas.

O bebê Ermes Borgnino com seis meses;
com mama Anna; Ermes aos 16 anos;
sargento na U.S. Navy.
BAMBINO AMERICANO - Os pais de Ernest Borgnine eram oriundos do Norte da Itália e radicados nos Estados Unidos, onde chegaram no início do século passado, se conheceram e se casaram. Anna, cujo avô era um conde da cidade de Carpi, gostou de Camillo Borgnino mesmo sabendo que ele gostava de beber e de jogar dados. O casal que vivia na cidade de Hamden, Connecticut, teve no dia 24 de janeiro de 1917 o filho Ermes Effron Borgnino. Camillo trabalhava numa fábrica de tijolos e com seus maus hábitos acabou cansando a esposa que um dia pegou o filho ainda pequeno e embarcou num navio de volta para Carpi. Em 1923 Anna retornou com Ermes aos Estados Unidos num navio chamado ‘Dante Alighieri’, e se reconciliou com o marido. O casal foi então morar na cidade de New Haven, em Connecticut. A mãe de Ermes queria que ele se tornasse barbeiro mas no colégio o adolescente gordinho tomou gosto pelo boxe e mais ainda pelo teatro. Ermes chegou a fazer barbas durante uma semana, trocando esse emprego pelo de vendedor de frutas. Um dia, em 1935, quando empurrava o carrinho de frutas, Ermes leu um cartaz que dizia: “Entre na Marinha e conheça o mundo”. E foi o que ele fez, alistando-se na U.S. Navy, passando o velho navio ‘Chaumont’ a ser sua casa. Em 1942, em plena guerra, ele se mudou para outro navio, o moderno vaso de guerra USS ‘Lamberton’. Ermes especializou-se no disparo de canhões.

Ernest Borgnine no teatro com
Brandon De Wilde e Hellen Hayes.
Abaixo com a esposa Rhoda.
TORPEDEIRO DE VERDADE - As Forças Armadas são um bom emprego somente em tempos de paz e quando Roosevelt declarou que os Estados Unidos estavam em guerra contra o Eixo, Ermes partiu para a luta como sub-oficial do ‘Lamberton’. Era ele quem comandava os disparos dos torpedos que punham a pique os navios dos japs e chucruts. Findo o conflito mundial, Ermes estava cansado dos longos períodos em alto-mar e pediu desligamento da Marinha. Sua próxima atividade foi dirigir pesados caminhões pelas highways norte-americanas e nas rodas de caminhoneiros todos queriam escutar suas histórias vividas na guerra. Ermes fazia isso de forma tão pródiga e interessante que arrebatava sua ‘platéia’, cujos ouvintes sempre lhe diziam que ele era um ator nato e deveria tentar o cinema. Ermes matriculou-se então na Randall Scholl of Dramatic Arts, em Hartford (Connecticut). Quando passou a atuar, interpretou o personagem que James Stewart havia consagrado na Broadway na peça “Harvey”, aquela do coelho. Em 1949 Ermes já havia se casado com uma ex-companheira de Marinha, a enfermeira Rhoda Kemins, mais gordinha do que ele e com quem teve uma filha. Para sobreviver conseguiu alguns trabalhos na televisão, aparecendo duas vezes na série de TV “Captain Video”, interpretando um personagem chamado ‘Nargola’ no ano de 1951.

Ernest Borgnine em "O Incógnito",
acima com Broderick Crawford,
abaixo com Neville Brand.
BORGNINO VIRA BORGNINE - Ermes era um homem simpático, alegre e atencioso, mas a primeira impressão que causava era a de alguém abrutalhado, mal-encarado e irritadiço. O agente cinematográfico de Ermes ficava imaginando o que fazer com um ator com aquela cara e ainda mais chamado Ermes Borgnino. A primeira providência foi mudar aquele nome para Ernest, afrancesando o ‘Borgnino’ para ‘Borgnine’, muito mais simpático e menos intimidador. A segunda providência do agente foi avisar àquele pretendente a ator de cinema que, com aquela cara e corpo ele só conseguiria papéis de bandidos que morrem sempre antes do filme acabar. A estreia no cinema de Ernest Borgnine aconteceu em “Corsário Chinês”, aventura com Jon Hall, em 1951. Nesse mesmo ano Ernest fez pontas em “O Direito de Viver”, com Lilian Gish e em “O Incógnito”, com Broderick Crawford. No elenco de “O Incógnito” estavam também dois iniciantes que se tornariam muito conhecidos no cinema, os igualmente mal-encarados Neville Brand e Charles Bushinsky (Bronson). Veio depois outro pequeno papel para Ernest em “O Tesouro do Pequeno Condor”, estrelado por Cornel Wilde. Era o ano de 1953, que reservava agradáveis surpresas para a carreira de Borgnine.

'Fatso' em luta com Maggio (Sinatra);
abaixo com Lee Marvin em "O Pistoleiro".
O SÁDICO ‘FATSO’ - Em 1953 Ernest fez seu primeiro western que se chamou “O Pistoleiro”, estrelado por Randolph Scott e que tinha no elenco Lee Marvin, outro tipo durão igual a Borgnine e cujas carreiras se cruzariam outras vezes. Mas as coisas começaram a melhorar mesmo quando o agente de Borgnine conseguiu colocá-lo no elenco de um filme predestinado ao sucesso que se chamou “A Um Passo da Eternidade”, baseado em um livro que havia comovido os Estados Unidos. Os papéis desse drama passado na II Grande Guerra (ataque aéreo a Pearl Harbor), já haviam se transformado em outra verdadeira guerra, sendo bastante conhecida a história como Frank Sinatra ‘roubou’ o papel de ‘Maggio’ de Eli Wallach. No elenco estariam Burt Lancaster, Montgomery Clift, Joan Crawford (substituída por Deborah Kerr) e outros nomes, tudo apontando para um grande êxito nas bilheterias. Ernest Borgnine teria uma pequena participação como ‘Fatso Judson’, o cruel sargento que leva ‘Maggio’ à morte. Acontece que em meio a tantos excelentes atores Borgnine como o sádico ‘Fatso’ se destacou e ajudou “A Um Passo da Eternidade” a se tornar um enorme sucesso de público e de crítica. Depois disso só restava a Ernest colher os frutos que não demoraram a chegar.


Ernest Borgnine como 'Marty' com Betsy Blair;
abaixo na cerimônia do Oscar com Jo Van Fleet,
Jack Lemmon, Grace Kelly e Marisa Pavan.
BATENDO TRACY, CAGNEY, SINATRA E JAMES DEAN - A maré para o rotundo Borgnine era de muita sorte e a seguir ele atuou em “Demétrios, o Gladiador” e em “Sábado Violento”, com Victor Mature, sendo que Ernest se reencontrou neste último pela segunda vez com Lee Marvin. E logo depois Ernest estaria de novo com Marvin em “Conspiração do Silêncio”, dirigido por John Sturges e considerado por muitos como um western moderno. Sempre como coadjuvante, Ernest Borgnine esperava uma oportunidade para estrelar um filme em que pudesse mostrar que era muito mais que mais um rosto feio na tela e essa oportunidade veio com “Marty”. A televisão norte-americana dos anos 50 foi rica em produzir excepcionais trabalhos realizados pelos talentos que nela militavam, especialmente nos teleplays, espécie de teatro feito ao vivo. Um desses teledramas, escrito por Paddy Chayefsky, contava a história de ‘Marty’, um homem comum, açougueiro no Bronx, bairro pobre de Nova York. Com o título “Marty”, a telepeça foi protagonizada por Rod Steiger. Percebendo o potencial do texto, a produtora Hetch-Lancaster adquiriu os direitos e o levou para o cinema. Burt Lancaster sabia que Ernest Borgnine seria um açougueiro mais convincente que Rod Steiger e o contratou para interpretar ‘Marty’. Ernest se entregou de corpo e alma ao papel mesmo sabendo que o filme não seria nenhum sucesso, já que não seria rodado em Cinemascope, nem em cores e não tendo nenhum grande nome para resplandecer nas marquises dos cinemas. O filme custou menos de três milhões dólares em valores atuais e rendeu 52 milhões de dólares só no primeiro ano de exibição, sendo até hoje o filme que mais lucro deu ao produtor Burt Lancaster. Quanto a Ernest, sua interpretação lhe valeu todos os prêmios de interpretação do ano, entre eles o Oscar, que venceu numa disputa com Spencer Tracy (”Conspiração do Silêncio”), James Cagney (Ama-me ou Esquece-me”), Frank Sinatra (“O Homem do Braço de Ouro”) e com o fantasma de James Dean (“Vidas Amargas”). Para vencer Borgnine bateu monstros e mitos com a sua criação do enternecedor e tímido açougueiro.

Borgnine como o viking 'Ragnar'.
DE COWBOY A VIKING - Como se fazia muitos e bons westerns naquela década, Ernest Borgnine atuou numa espetacular sequência de faroestes que começou com “Vera Cruz”, seguido de “Johnny Guitar”, “Feras Humanas” (com Randolph Scott), “Ao Despertar da Paixão” (com Glenn Ford), “Fora das Grades” (com James Cagney), “A Última Barricada” (com Sterling Hayden). E como não era todo dia que aparecia um personagem como ‘Marty’, Borgnine voltou para a condição de coadjuvante em filmes como “Brutos em Fúria” (com Tony Curtis), “Festa de Casamento” (com Bette Davis), “Difamação de um Homem” (com Ray Milland), “O Encanto de Viver” (musical com Gordon MacRae), “Torpedo” (com Glenn Ford). Em 1958 Ernest Borgnine interpretou o viking ‘Ragnar’, pai de ‘Einar’ (Kirk Douglas) em “Vikings, os Conquistadores”. Curiosamente, Douglas era um mês mais velho que Borgnine na vida real o que não impediu que essa empolgante aventura fosse um dos maiores sucessos daquele ano.  


Ernest em "Johnny Guitar"; com Glenn Ford em "Ao Despertar da Paixão".

Ernie e Katy quando tudo era azul; abaixo
com Gina Lollobrigida em "Nua no Mundo".
ENCONTRO COM A TIGRESA MEXICANA - Em 1958 o casamento de Ernest com Rhoda havia terminado em divórcio e nesse mesmo ano Ernest atuou no faroeste “O Homem das Terras Bravas”, com Alan Ladd e Katy Jurado. A atriz mexicana jogou seu charme e intensa sensualidade para cima de Ernest que não resistiu e se casou com Katy Jurado, naquele que seria um dos mais tempestuosos casamentos de Hollywood. Segundo contou Borgnine, todos queriam vê-los casados, inclusive a imprensa que não parava de falar sobre o assunto. Quando se deram conta, Ernest e Katy já eram marido e mulher, em 1959, e daqueles casais que brigavam por qualquer coisa. Tanto que depressa bateram o recorde de separações e reconciliações. Em sua autobiografia intitulada “Ernie”, o ator fala até com certa ternura de Katy, dizendo que ela era “bonita mas também uma verdadeira tigresa”. A década de 50 terminou com Borgnine voltando à condição de astro principal em três filmes: “The Rabitt Trap” e “Summer of the Seventh Doll”, pequenas produções que quase ninguém viu e ainda no policial “Paga ou Morre”. Ernest voltou, no entanto à condição de coadjuvante em “Nua no Mundo”, drama com Gina Lollobrigida.

Comandante Quinton McHale.
DE VOLTA À MARINHA - Atraído por melhores ofertas de trabalho, Ernest Borgnine foi para a Itália onde atuou nos filmes “O Rei dos Ladrões”; “O Juízo Universal”, de Vittorio De Sica; “Legenda Heróica”, com Vittorio Gassman; “Barrabás”, com Anthony Quinn. Nestes dois últimos filmes Borgnine atuou com Katy Jurado, mas a fase européia apenas ajudou a comprovar que não haviam mesmo nascidos um para o outro e veio o divórcio. Voltando a Hollywood, Ernest aceitou atuar em uma série de TV, não só porque o salário era bom e ele seria o principal ator mas também porque a série intitulada “McHale’s Navy” seria ambientada na vida na Marinha e nos contratorpedeiros, relembrando uma fase de aventuras de sua vida. Essa série em tom de comédia se transformou em grande sucesso, emplacando quatro temporadas num total de 138 episódios e rendendo ainda um longa-metragem com Ernest como o engraçado ‘Comandante Quinton McHale’.

Ethel Merman, esposa por 21 dias.
ETHEL MERMAN, AQUELA PÁGINA EM BRANCO - Em 1964 Borgnine cometeria uma das maiores erros de sua vida ao se casar com Ethel Merman. Apesar da fama dos dois, um não reconheceu o outro quando se conheceram numa festa em 1964. Trocaram telefones e como ela morava em Nova York, namoraram um mês por telefone, até que ele propôs casamento. Ethel viajou até Los Angeles e se casou com Ernest no dia 27 de junho de 1964, praticamente sem se conhecerem. O roteiro da lua-de-mel foi Honolulu, Tóquio e Hong-Kong e quando o casal chegava a esses locais os fãs assediavam Ernest Borgnine enquanto ninguém sabia quem era a senhora que o acompanhava. Ethel tinha nove anos a mais que Ernest mas parecia mãe do ator. E teve início uma irrefreável ciumeira por parte de Ethel, inconformada com o fato de Ernest ser tão famoso naqueles lugares onde ninguém a reconhecia. Na lua-de-mel, ao invés de carinhos e juras de amor ocorriam brigas diárias que conturbavam a vida dos hotéis que não viam a hora daquele estranho casal ir embora. Após uma das brigas Ethel fez as malas e voou sozinha para sua casa em Nova York. Cada um procurou seu advogado e o divórcio foi consumado em 28 de julho. Ernest e Ethel viveram maritalmente por apenas 21 dias. Quando Ethel escreveu suas memórias dedicou um capítulo chamado “Ernest Borgnine” ao ex-marido. Esse capítulo é composto por uma única página em branco. Ernest voltaria a se casar com Donna Rancourt, com quem teve três filhos num casamento que durou sete anos.

Ernest Borgnine em "The Wild Bunch".
DIRIGIDO POR PECKINPAH - O trabalho de Borgnine na série “McHale’s Navy” o afastou um pouco do cinema. Mesmo assim Ernest atuou no bom “O Vôo da Fênix” (com James Stewart), no fraco “O Oscar” (com Stephen Boyd) e no faroeste “Revólver de um Desconhecido” (com Rod Taylor). O próximo filme de Borgnine, em 1967, marcou um novo encontro com Lee Marvin em “Os Doze Condenados”, uma volta de Borgnine a um filme de estrondosa bilheteria. Seguiram-se “A Lenda de Lylah Clare”, com Kim Novak; “Estação Polar Zebra”, com Rock Hudson; “O Mundo dos Aventureiros”, com Candice Bergen; “The Split”, com Jim Brown; e o western espanhol “Uma Bala para Sandoval”, com Borgnine interpretando ‘Don Pedro Sandoval’. Em 1969 Ernest atuou naquele que pode ser considerado o grande filme de sua carreira, “Meu Ódio Será Sua herança”, a obra-prima de Sam Peckinpah. Depois desse western Ernest poderia até se aposentar, mas continuou sua carreira em filmes que nunca mais atingiriam a grandeza de “The Wild Bunch”, coisa que poucas vezes o próprio cinema conseguiu.

Borgnine em luta mortal contra o amigo
Lee Marvin em "O Imperador do Norte".
CARREIRA AO LADO DE BELAS MULHERES - Posteriores a “Meu Ódio Será sua Herança” na carreira de Borgnine merecem ser lembrados “Hannie Caulder”, com Raquel Welch; “Comboio”, outra vez dirigido por um menos inspirado Sam Peckinpah; “O Príncipe e o Mendigo”, com Charlton Heston. “O Destino do Poseidon”, com Gene Hackman foi talvez o filme de maior sucesso de bilheteria em que Borgnine atuou e ele declarou que se “Marty” representou o Oscar, se “The Wild Bunch” foi o grande clássico, “O Destino do Poseidon” foi o maior de todos os sucessos em que atuou. Em 1973 Borgnine contracenou pela quinta e última vez com o amigo Lee Marvin em “O Imperador do Norte”. Para compensar a sina de ter atuado com o durão Marvin tantas vezes e outras com os nada gentis Jack Elam e Charles Bronson, Ernest Borgnine pode se orgulhar de ter trabalhado com algumas das mulheres mais bonitas do cinema. Entre elas estão Kim Novak, Deborah Kerr, Susan Hayward, Candice Bergen, Stella Stevens, Gina Lollobrigida, Silvana Mangano, Ali McGraw, e Raquel Welch.

Tova e Ernie, a mais feliz união.
TOVA, O GRANDE AMOR - Em 1980 Ernest Borgnine participou de um disaster-movie que foi um dos mais retumbantes fracassos de bilheteria de todos os tempos, filme intitulado “O Dia em que o Mundo Acabou”, com Paul Newman, William Holden e grande elenco. Poderia ter sido o adeus ao cinema de Ernest, mas ele continuou a trabalhar mesmo que em filmes como “A Próxima Missão”, “Missão Mortal” e “Missão Fatal”, três sequências dispensáveis de “Os Doze Condenados”. Porém “Fuga de Nova York”, com Kurt Russell, Lee Van Cleef e Donald Pleasence pode ser considerado o último trabalho verdadeiramente notável de Ernest Borgnine, isto no que se refere à qualidade do filme pois em todos seus trabalhos no cinema ou na TV Borgnine sempre brilhou com seu talento. Mesmo com idade avançada, Ernest atuou até o final de sua vida, estando pronto para ser lançado o western “O Homem que Apertou a Mão de Vicente Fernandez”, rodado em 2012. Em sua vida pessoal Ernest Borgnine finalmente encontrou a felicidade ao lado de Tova Borgnine, com quem se casou em 1973, sendo ela 23 anos mais nova que ele. Tova, uma uma bem sucedida empresária do ramo de cosméticos, deu a Ernest uma velhice romântica e apaixonada. Ernie, como os amigos o chamavam, declarou que se sentia apaixonado por Tova a cada dia que acordava. O último dia em que Ernest acordou foi 8 de julho de 2012, quando faleceu em razão de insuficiência renal aos 95 anos de idade em Los Angeles, cidade em que morava. Isto depois de quase 40 anos de felicidade ao lado de Tova e de mais de 60 anos em que levou alegria aos seus fãs com seus filmes, muitos deles inesquecíveis. Vigoroso, brutal, terno e engraçado, assim era o grande ator Ernest Borgnine.

12 comentários:

  1. Desculpe-me pelo sumiço. Estava enrolado com o lançamento de dois livros.Mas já estou de volta! ... e assim partiu o veterano Ernest, sensacional em MARTY.

    O Falcão Maltês

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  2. Borgnine deixou um belíssima e longa carreira. Pouquíssimo atores chegaram trabalhando com mais de noventa anos.

    Abraço

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  3. Esse é o Westerncinemania, competente e rápido no gatilho pra fazer esta bela homenagem ao querido Borgnine. Às vezes, não consigo entender como ficamos realmente entristecidos ao ver esses “cowboys” de tanto sucesso, e presentes por meio da magia do cinema em nossas vidas, partirem. Acho que, além de tudo que isso significa, talvez pareça a nós que levam mais um pedacinho do western. Só podemos agradecer por tudo que fizeram pelo cinema e pelo gênero. Eles deixaram pra nós momentos maravilhosos, que continuarão fazendo parte de nossas vidas, e, de certo modo, não os vamos deixar ser esquecidos assim, facinho. Matéria excelente!

    Abraço, Darci!

    Vinícius Lemarc

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  4. Olá, Vinicius - Salvo engano daquela turma boa só restou Kirk Douglas, mas atores como Ernest Borgnine estarão sempre em nossas telas. Um abraço - Darci

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  5. Li vários textos sobre o Borgnine esses dias. Nenhum como esse. Mais uma vez grato a você, Darci, pela bela homenagem a um de nossos atores preferidos.

    Vi Bornine faz um mês em "Red", uma filme pipoca desses de ação tão corriqueiros hoje em dia. Filme até bacana e com um elenco afinado.
    Ernie tem uma pequena e marcante participação, contracenando com Bruce Willis. Li uma entrevista com o Willis onde este se dizia feliz por ter tido a honra de estar ao lado do Borgnine no filme.
    O carequinha subiu vários pontos em meu conceito com a declaração.

    Edson Paiva

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  6. Ernest Borgnine está mais na ativa do que nunca.
    Conversei com ele à dias atrás e quem quiser pode pedir um contato de amizade no Facebook e ele mantém contato on line ou dependendo de sua disponibilidade a qualquer momento.
    É o milagre da internet realizando sonhos.
    www.bangbangitaliana.blogspot.com

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  7. Amigão me desculpe, mas não estava acreditando na notícia e é verdade mesmo, mas enfim consegui um contato com ele antes de sua morte e isso já faz feliz.
    Ele estava a todo vapor com a galera no facebbok a dias atrás e não caiu a ficha ainda.
    O meu preferido era "O imperador do Norte".
    www.bangbangitaliana.blogspot.com

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  8. Ernest !! A gente torcia por ele,mesmo quando bandido nos inúmeros westerns que fez, e que são sempre lembrados por nós,
    amantes do gênero.Borgnine tinha carisma,o grandalhão simpático
    de Vera Cruz,Meu ódio....e tantos outros filmes. Mais um grande ator que deixa saudade.
    Lau Shane Mioli (Indaiatuba)

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  9. Grande, magnifico, versátil, incomparável.
    São apenas alguns poucos titulo com os quais posso e devo qualificar este dragão da sétima arte.

    Não acredito haver no mundo alguém que conheça cinema e que não amasse Ernest Borgnine. Foi um ator acima de querido e amado em demasia.

    Doce como um anjo em Marty e em Ao Despertar da Paixão.
    Perverso como um demonio em O Imperador do Norte e A Um Passo da Eternidade.
    Equilibrado e convincente em Meu Ódio Será Sua Herança e O Destino do Poseidon.
    Bandido encarnado em Johnny Guitar e Vera Cruz.
    Deslumbrante em Viking, Os Conquistadores, em Homens das Terras Bravas e em tudo o mais que fez.

    Quando o vi pela primeira vez como Barriga em A Um Passo da Eternidade, percebi logo que aquele ali era alguém que ainda veria muito mais e em muitos mais bons momentos.
    E não errei.
    É possivel que o filme de Zinnemamm seja o que é por sua incomparável presença nele e o deslumbrante trabalho deste ator, mesmo no pouco tempo em que esteve em cena. Grandioso!

    Depois o vi receber um soco do Gary Cooper dentro do saloon e ir parar no meio da rua.
    Em seguida vi Sterling Heyden dar-lhe um chute no traseiro, que o fez ir parar a uns dez metros dali e se esborrachar no chão, totalmente lerdo.
    Ainda vi Spencer Tracy, com um braço apenas, fazer dele um saco de pancadas. E o vi morrer daquela forma no maravilhoso filme de Peckinpah.
    Mas o vi também espetacular ao lado de Douglas, com seu Ragnar em Viking, Os Conquistadores, uma fita belissima do Fleisher.
    Este foi um filme onde ele teve boas chances de mostrar seu lado ator, num de seus melhores momentos no cinema.
    Suas cenas ao lado de Douglas, seu filho Einar, apenas fez juntar o bom ao delicioso, para transformar aquela fita num dos mais belos filmes de aventuras.

    É isso aí. Se der asas ao desejo de falar do Borgnine, sei que não vou conseguir parar, tanto ainda tenho para dizer.
    Assim, acho que ele cumpriu seu papel por aqui, nos dando prazer e muita alegria vendo-o interpretar.
    Que agora tenha seu merecido descanso.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  10. Paiva;

    Verdade pura, amigo; acabamos de ler uma pequena biografia do nosso querido Ernest Borgnine.
    Um trabalho perfeito para nosso prazer e degustação.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  11. Lemarc;

    O sentimento de perdas assim, reflete em nós como se perdesemos um ente familiar, tal a dor na qual ficamos envolto ao ter noticias deste porte.
    Uma perda dolorida, embora saibamos que a vida corre correlata com a morte.
    Mas, o difícil é aceitá-la sem severas exposições sentimentais.
    Forte abraço do amigo
    jurandir_lima@bol.com.br

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  12. Completa e excelente matéria sobre a vida e a obra deste inesquecível e centenário ator que será tema da próxima sondagem de Clássicos do Cinema. Como bem citou Vinícius Lemarc, o Darci foi rápido no gatilho ao realizar esta publicação apenas um dia após a passagem do Ernest. E agora o tempo é de comemorações. Parabéns e um abraço!

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