Se tivessem de ser apontadas duas razões principais que contribuíram para o sucesso de “Sete Homens e Um destino”, certamente seriam lembrados o bandido ‘Calvera’ e o escore musical. Difícil imaginar outro vilão que não Eli Wallach e impossível o impacto do faroeste de Sturges sem a música de Elmer Bernstein.
Eli acima com Carroll Baker em "Boneca de Carne"; abaixo com Rod Steiger e Edward G. Robinson em "Os Sete Ladrões" |
DA BROADWAY PARA UM FAROESTE - Quando fez sua estréia no teatro, em 1945, o ator novaiorquino Eli Wallach não era nenhum garoto pois estava já com 30 anos de idade. Nos dez anos seguintes Eli se transformou num dos mais aplaudidos atores da Broadway interpretando algumas vezes Tennessee Williams (Eli criou no palco o personagem 'Alvaro Mangiacavallo' na peça "A Rosa Tatuada" que foi interpretado no cinema por Burt Lancaster) e fazendo parte do grupo de teatro de Elia Kazan que foi seu professor no Actor's Studio. Mesmo assim só chegou ao cinema em 1956, pelas mãos do próprio Elia Kazan, com uma arrebatadora atuação em "Boneca de Carne" (Baby Doll), isto aos 41 anos de idade. Em seguida Wallach foi o vilão no policial "O Sádico Selvagem" de Don Siegel, em 1958. No ano seguinte Eli interpretou um saxofonista que passa por um barão alemão em "Os Sete Ladrões", de Henry Hathaway. Esses três filmes resumiam a experiência cinematográfica de Eli Wallach quando ele foi estranhamente lembrado para participar de "The Magnificent Seven", portanto sem nenhuma experiência em faroestes na sua curta carreira de apenas três filmes.
Toshiro Mifune (acima) e El Índio Fernández (abaixo) |
E NASCE 'CALVERA' - Eli havia assistido "Os Sete Samurais" de Kurosawa, e ficara fascinado com o personagem 'Kikuchiyo', o samurai amalucado interpretado por Toshiro Mifune e acreditou que esse seria seu papel na versão norte-americana. Quando John Sturges disse a Eli que ele iria interpretar 'Calvera' o chefe dos bandidos que aterrorizavam a pequena aldeia, o ator ficou desapontado pois ele lembrava que no filme japonês esse personagem tinha pequena participação. Eli se animou um pouco mais quando Sturges informou que 'Calvera' teria bastante destaque mesmo não sendo um dos sete magníficos. Contrato assinado, Eli Wallach disse a Sturges que nos muitos faroestes que assistira desde criança os bandidos roubavam bancos, assaltavam diligências, roubavam gado, mas estavam sempre mal vestidos. Eli achava que 'Calvera' devia ser um bandido com boas roupas, muitos anéis nos dedos, bastante ouro nos dentes e uma bela sela enfeitada com prata. Sturges concordou e quando chegaram ao local das filmagens, no México, o diretor logo apresentou Eli Wallach a Emílio Fernández (El Índio), o assistente de direção designado não pela The Mirisch Company ou pela United Artists, mas sim pelo Governo Mexicano. Entre outras coisas El Índio seria o responsável pela indumentária imaginada por Eli, inclusive o sombrero. (Leia mais sobre isso no post Eli Wallach e o Sombrero de Calvera, neste blog.)
ELI E O CAVALO 'FREDERICO' - Para este primeiro western de sua carreira Wallach deveria ter muitas cenas a cavalo. Eli havia dito a John Sturges que vivera alguns anos no Texas, onde aprendera a montar, mas na primeira vez que subiu num cavalo na frente de Sturges, o diretor logo percebeu que o novaiorquino Eli precisaria de muitas aulas de equitação. Sturges explicou que 'Calvera' teria aparições de grande impacto visual comandando seu bando de 40 homens, todos a cavalo, invadindo a aldeia e que ele, Eli Wallach, teria que aprender a montar muito melhor. Como 'Calvera' tinha uma participação pequena na primeira metade do filme, Sturges mandou Eli se juntar aos mexicanos de seu bando, todos excelentes cavaleiros, para ir treinando. Eli Wallach pediu para ser levado até o curral onde estavam as montarias e disse ao tratador que queria o cavalo mais bonito, mas que o animal devia ser também o mais gentil, o mais amigo e que saísse bem nas fotos. O tratador respondeu que tinha um cavalo de sete anos chamado 'Frederico' que preenchia todos aqueles requisitos. Eli e 'Frederico' passaram oito semanas juntos e pode-se dizer que se deram bem, mas segundo Eli tudo poderia ser bem melhor. Durante as filmagens ninguém tinha idéia de como seria o escore musical de 'The Magnificent Seven' e quando Eli Wallach viu o filme pronto com a música acompanhando suas cavalgadas ficou maravilhado e sempre repetiu que se pudesse ouvir aquele acompanhamento musical durante as filmagens teria cavalgado muito, mas muito melhor. Eli se referia à genial trilha sonora criada por Elmer Bernstein.
Bernstein com Sinatra (acima) e com Cecil B. DeMille (abaixo) |
O JOVEM COMPOSITOR ELMER BERNSTEIN - Aos 31 anos, em 1953 um jovem maestro chamado Elmer Bernstein compôs as trilhas musicais para dois filmes de ficção-científica de baixíssimo orçamento ("Mulheres Gato da Lua" e "O Monstro Robô"). Dois anos depois esse compositor assombrava o mundo com uma trilha sonora altamente dramática e cujo inusitado tema principal chegou às paradas de sucesso, composição para 'O Homem do Braço de Ouro', primeiro filme norte-americano a falar abertamente do tema drogas, dirigido por Otto Preminger e estrelado por Frank Sinatra. Em 1956, aos 34 anos, Bernstein foi o compositor escolhido por Cecil B. DeMille para musicar a superprodução "Os Dez Mandamentos'. Já consagrado e nome importante entre os maestros que compunham para filmes, Bernstein trabalhava sem parar com vitalidade só comparável à qualidade de sua música, compondo também para westerns como "Drango", com Jeff Chandler, "O Homem dos Olhos Frios" (The Tin Star), com Henry Fonda e "Irmão contra Irmão", com Robert Taylor. Mas Elmer Bernstein não era o compositor de preferência de John Sturges e de Walter Mirisch para criar a trilha sonora musical de "The Magnificent Seven", escolha que recaíra sobre o premiado Dimitri Tiomkin. Sturges havia trabalhado com Tiomkin em "Sem Lei e Sem Alma" (Gunfight at the OK Corral), "O Velho e o Mar" e "Duelo de Titãs" (Last Train from Gun-Hill). Tiomkin que já havia recebido três Oscar por suas trilhas sonoras queria abrir "The Magnificent Seven" com uma canção que narrasse o western, como havia feito em "Matar ou Morrer" (High Noon), em "Sangue da Terra" (Blowing Wild), em "Sem Lei e Sem Alma" e em outros filmes. Sturges não concordou e se desentendeu com Tiomkin, dispensando os serviços do maestro russo, chamando o novaiorquino Elmer Bernstein. Assim como Eli Wallach, Bernstein era também judeu e de Nova York.
STURGES FAZ UM DESENHO MUSICAL - Quando John Sturges começou a trabalhar com Bernstein, o maestro esperava que o diretor lhe mostrasse o roteiro, dando uma idéia passo a passo, do que pretendia com a música. Ao invés disso, Sturges passou toda a tarde falando do filme, dos personagens e das situações principais, indicando que haveria necessidade de passagens musicais mais vigorosas e outras que realçassem alguns personagens. Bernstein percebeu que Sturges sabia o que queria ainda que demonstrasse não conhecer quase nada de música, mas à medida que Sturges falava as idéias iam brotando na imaginação musical de Bernstein que teve total liberdade criativa. Apenas não precisava exagerar na criatividade... O cinema já havia apresentado anteriormente escores musicais verdadeiramente deslumbrantes para faroestes, sendo o mais lembrado aquele composto por Jerome Moross para "Da Terra Nascem os Homens" (The Big Country). Porém nunca se havia ouvido nada parecido com o trabalho de Bernstein para "The Magnificent Seven".
BERNSTEIN, UM NOME DE TALENTO - O filme se inicia com um tipo de fanfarra que lembra o tema principal de "Da Terra Nascem os Homens" ao som de cinco compassos vigorosos que se repetem enquanto surgem as cordas executando a forte melodia, passando depois para os instrumentos de sopro. A cada um dos temas como "Bandidos", "The Journey", "Battle" e "In the Trap", a música de Bernstein desce dos estrondosos tambores para a total delicadeza dos violinos e flautas. Bernstein faz uso perfeito de instrumentos nunca antes registrado em trilhas para westerns como congas, marimbas e outros instrumentos de percussão dando ao faroeste o caráter da latinidade necessário. Um ano depois o cinema teria outra trilha musical fantástica assinada por outro Bernstein (Leonard) para "Amor, Sublime Amor" com profusão de uso de instrumentos de percussão latinos. Não há nenhum parentesco entre Leonard e Elmer Bernstein, apenas o talento e a criatividade une os dois maestros. Quando assistiu a "The Magnificent Seven" pela primeira vez, antes de compor a trilha musical, Elmer Bernstein achou o filme um tanto lento sentindo a necessidade de fazer com que a música desse a idéia de um ritmo mais acelerado, o que conseguiu brilhantemente. O tema principal (main title) de "The Magnificent Seven" insistia em permanecer na cabeça de quem assistia ao faroeste, denunciando que aquela seria mais uma música que marcaria o gênero. Certamente a canção mais bonita do filme é "Petra's Declaration", o tema de 'Petra' a jovem mexicana que conquista o pistoleiro "Chico". A comovente delicadeza dessa despretensiosa canção dá ao filme o tom elegíaco que contrasta com a força dos demais temas.
A MÚSICA DO MARLBORO - Havia mais de dez anos que a Philip Morris tentava fazer da sua marca de cigarros Marlboro a campeã de vendas, o que só veio a conseguir quando a publicidade da figura do cowboy fumando Marlboro chegou à TV acompanhada do tema principal de "The Magnificent Seven", em 1963. Se lamentavelmente a marca de cigarros aumentou suas vendas gerando muito mais doenças fatais nos fumantes, por outro lado fez também com que ninguém mais se esquecesse daquele western. Até mesmo quem não o havia assistido sabia que aquela era a música do já famoso filme dos sete homens magníficos. Se alguma dúvida poderia existir a respeito de qual tema principal de faroeste é o mais marcante no gênero, depois do sucesso da campanha publicitária a composição de Elmer Bernstein reina soberana acima de qualquer outra criada para um western. Merecido prêmio para um dos mais criativos compositores que o cinema já teve e, por sorte, mais inspirado ainda quando compõe para faroestes.
O TEMA MUSICAL ETERNO - Outra trilha inesquecível de Elmer Bernstein no gênero western foi a igualmente vibrante, mas menos inspirada, composta para "Os Filhos de Katie Elder" (The Sons of Katie Elder). Elmer Bernstein ainda compôs para outros westerns de John Wayne, como "Bravura Indômita" (True Grit), "Os Comancheiros" (The Comancheros) e "Jake, o Grandão" (The Big Jake). Em 1961 a Academia de Artes de Hollywood apresentou os cinco indicados para o Oscar de Melhor Escore Musical que foram os seguintes: "Sete Homens e um Destino", de Elmer Bernstein; "O Álamo", de Dimitri Tiomkin; "Entre Deus e o Pecado", de André Previn; "Spartacus", de Alex North; e "Êxodus", de Ernest Gold que acabou levando o prêmio. Porém o prêmio da imortalidade ficou mesmo com Elmer Bernstein pois mais de 60 anos depois de composta, a música de "The Magnificent Seven" ainda ecoa maravilhosamente no mundo inteiro. O próximo capítulo de "A SAGA DOS SETE HOMENS" falará do que aconteceu nos bastidores deste lendário faroeste.
Maravilhoso, Darci. Merecida homenagem para Berstein.
ResponderExcluirJá que citastes "Petra's Declaration", faço uma referência e reverência a "Strange Funeral/After the Brawl". Sequência em que White Bissel aprendeu que nem mesmo em um túnel do tempo encontrará homens como Chris e Vin.
Muito obrigado pela trilogia.
Consegui errar o nome de todos:
ExcluirBernstein!
Ao tentar homenagear o general e sua série, errei
seus dois nomes:
Whit Bissell!
Não bebo! Não fumo! Ah, achei uma desculpa:
Às vezes, não durmo.
Olá Darci, voltei
ResponderExcluirElmer Bernstein era um ótimo compositor para Westerns, tão certo como Miklos Rozsa era para os épicos, entretanto também acredito que SETE HOMENS E UM DESTINO não teria, possivelmente, tanto impacto se não fosse esta trilha sonora, que ficou associada ao gênero Western. Mas graças a publicidade da Marlboro, também ao cigarro.
Elmer Bernstein foi escolhido por DeMille para compor a trilha de OS DEZ MANDAMENTOS, depois que o compositor preferido do cineasta, Victor Young, adoeceu e veio a falecer pouco tempo depois. Foi a primeira grande consagração desta então promessa dos Scores para a Sétima Arte.
Quem não conhece muito de cinema, certamente já ouviu a trilha de OS SETE MAGNÍFICOS graças ao comercial da Marlboro pela TV, e as vezes, como já vi, nem associam a marca do cigarro...só sabem que é de algum cigarro, e infelizmente, nem associam à um filme. Mas quem conhece um pouco mais, sabe que o comercial, apesar dos estragos para a saúde (ainda bem que deixei de fumar há 15 anos, imortalizou de vez este clássico dos westerns e do cinema.
Parabéns por tão empenhada pesquisa.
Abraços
Paulo Néry
PS: Eli Wallach é o vilão DURÃO superior ao tempo. 96 anos não é para qualquer um!!!
ExcluirPaulo, o texto da Saga dos Sete Homens sobre Elmer Bernstein não podia deixar de lembrar a desgraça que o tabagismo representa. Bernstein ao assistir o filme, antes de musicá-lo sabia que teria que trabalhar e bem. A competência foi tanta que muitos consideram que ao invés de a música de Bernstein ser a trilha sonora musical de um filme, virou quase ao contrário; Sete Homens e um Destino é o faroeste daquela trilha sonora espetacular de Elmer Bernstein...
ResponderExcluirCaro Darci,
ResponderExcluir"The Magnificent Seven" é um filme magnífico. Uma excelente trilha sonora, como você bem pontua na série, e que se tornou uma das trilhas mais características do western e do cinema; uma reunião de atores maravilhosa, liderados por Yul Brinner em uma interpretação na medida, além de tudo que envolve sua produção, destacam-no do interior do gênero, como um dos seus maiores êxitos. Gosto de todos aí, mas esse Eli Wallach é isso mesmo que pudemos ler no texto, capaz de receber um limão e criar uma bebida sofisticada. Rod Steiger em "Giù la testa" tem uma de suas melhores performances, sob a batuta do mestre Leone. Mas, ainda assim, fico imaginando como o filme seria com o Eli. Até em "A conquista do oeste" ele pega um papelzinho minúsculo, mas aparece na tela dando aquele brilho que todos conhecemos.
Muito boa essa série. Que venham as próximas.
Abraço!
Lemarc
O Wallach é sensacional. Uma trajetória discreta e super talentosa.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Olá, LeMarc. Foi mesmo o que ele fez com o limão que lhe deram, ainda que seu Calvera não seja nada sofisticado como os bandidos clássicos de alguns faroestes. E esse bandido ainda está vivo e filmando, concorrendo com outro bandido eterno que é o Ernest Borgnine. Um abraço.
ResponderExcluirOlá, Nahud, embora Eli Wallach seja mais lembrado pelos (poucos) westerns que fez, ele bem merecia um texto com a sua pena. Um abraço - Darci
ResponderExcluirConfesso que aguardei com ansiosidade a parte 3 deste artigo.
ResponderExcluirMe impresionei com a pouca experiencia do Wallach com o cinema. Mas me impressionei mais ainda com aquela bela caracterização e interpretação do bandido temerário do filme, mesmo com toda sua inexperiencia no genero.
Porém, quando entrou a parte que falava da musica, eu preferi lê-la ouvindo-a. Assim, enquanto acompanhava com os olhos a leitura, meus ouvidos captavam a sonorização da maravilhosa composição de Bernstein.
E ocorreu algo fantástico, fantasiado, claro, ou criado, por minha mente; eu estava vendo o filme passar diante de meus olhos. E eu ia confirmando, para mim mesmo, que tudo o que eu lia era uma cópia do que aconteceu,verdadeiramente, na pelicula sensacional de Sturges.Isto porque a leitura com a musica juntos me condicionavam a armar algo na minha memória, que era o filme propriamente dito. No entanto eu, de repente, parava a musica e seguia lendo. Aí tudo mudava, ficava algo como se morto, sem vida, sem o valor real que damos ao filme.
E a conclusão a que cheguei foi que, sem a beleza da musica do Elmer Bernstein, certamente esta fita não estaria fadada a sobreviver tantos anos.
Tenho um arquivo que contem musicas de filmes. É um arquivo composto das musicas de filmes que mais me despertaram a atenção. Não apenas de faroestes, mas tem as de Ben Hur, El Cid, O Rei dos Reis, E o Vento Levou, Suplicio de uma Saudade, e muitos outros. Mas, voltando ao faroeste: então eu fiz uma comparação da musica de Bernstein com a do Moross, de The Big Country. Fiz o mesmo com as belissima musicas de Morricone de Era Uma Vez no Oeste e também a de Quando Explode a Vingança. Ouvi todas elas uma atrás da outra.
A conclusão foi inegável. A musica de Bernstein é mais valente, mais vigorosa, tem mais densidade, é mais insinuante e a que mais brota na memória quando se fala de musicas de faroestes. Porém, a musica do Moross é linda demais! E duas de Morricone, mesmo sem terem caracteristicas específicas para filmes de faroeste, elas são duas das coisas mais belas que meus ouvidos já captaram. Falo, principalmente, da musica de Era Uma Vez no Oeste, mas também a de Quando Explode a Vingança.
Valorizamos extensamente o Elmer, por toda sua obra mas, principalmente, pela composição feita para Sete Homens e um Destino. Porém, eu considero que é nosso dever, como bons e sinceros cinéfilos, atentar para um "desperte" das composições do italiano Ennio Morricone. Ele é um genio. E para um genio é justufucável que seu trabalho tenha mais divulgação.
Concluindo; não fica qualquer duvida quanto ao valor da fita do Sturges, cujo roteiro o careca Yul Brynner surrupiou do Quinn. É um faroeste inesquecivel, se não imortal. Tudo nele é perfeito, deste todas as interpretações, cenários, fotografia, musica e direção, etc. Sem esquecer que muitas outras mãos mais estiveram trabalhando para que esta magnifica película fosse confeccionada.
jurandir_lima@bol.com.br
Sabe, amigo Darci?
ResponderExcluirTenho quase certeza que a escolha de Leone por Wallach para o papel de Tuco em Tres Homens em Conflito, teve muito a ver com seu trabalho em Sete Homens e um Destino.
Sem falar que, em Tres Homens em Conflito, ele tem muito mais oportunidade para mostrar seu talento que em Sete Homens e um Destino. E ele, o Wallach, não se faz de rogado; fez um Tuco para ninguém jamais poder por um defeito.
Abraço.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, a parada aí é dura entre esses grandes compositores. Só mesmo fazendo como você fez e analisando o chamado 'conjunto da obra', mas duvido que alguém conheça bastante bem todas as grandes trilhas compostas por Bernstein e por Morricone. Melodicamente me parece que Morricone é imbatível (ouça os temas de Cinema Paradiso e Era Uma Vez na América, por exemplo). Mas ambos eram geniais na criatividade. Esse território da música é muito vasto e requer conhecimento mais específico para melhor falar de gente como Mancini, Steiner, Nino Rota, Miklos Rosza e tantos outros. Tenho uma entrevista do Elmer Bernstein dada para o Paulo Perdigão na revista Filme Cultura e Bernstein diz que aprendeu tudo com Aaron Copland de quem ninguém fala. Copland recebeu um Oscar pelo escore de "Tarde Demais". E John Williams é quem toca piano na orquestra de Bernstein em "Sete Homens e um Destino". Sabe qual eu acho uma das mais sensacionais trilhas sonoras já feita para o cinema? Aquela de Henry Mancini para "Hatari". E se um dia você puder escutar a de Mancini para "Escravas do Medo" (Glenn Ford), me fale se Mancini era ou não um gênio.
ResponderExcluirÉ verdade, Darci. É verdade.
ResponderExcluirE a maior verdade de todas é observar como assunto puxa assunto. E isto é uma beleza!
Falei de tantos e bons compositores e deixei de citar os nomes de outros tão grandes nomes, como o John Williams e o Mancini. Como pus de lado, sem intenção de faze-lo, os nomes de geniais como; Miklos Rozsa, Victo Young, Max Stainer, Dimitri Tiomki e muitos e muitos outros.
Incrivel como a vida é sempre um aprendizado. O John Williams fazendo parte da orquestra do jovem Elmer na época da composição da musica de Sete Homens e Um Destino. Quem diria?!
No entanto, como o próprio Elmer citou, naquela entrevista, que tudo o que sabia houvera aprendido com Copland. Um nome estranho também para mim. Porém, tudo isto deve ser coisa muito comum.
Cada qual aprende na vida alguma coisa com cada qual. E isto é explicito pois, tudo o que sabemos aprendemos com alguém.
Grifando o que observou nosso querido Ivan Peixoto, "que valeu a trilogia", endosso sua fala porque, veja quantos debates (comentarios correlatos) ela alavancou. O que é Magnifico, uma vez que eu mesmo desconhecia sobre o Brad Dexter e o Sinatra,tópico do grande Nery, assim como muitas outras coisas paralelas que flutuaram nos comentários.
Abraço, amigo. E valeu mesmo a trilogia.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, pretensiosamente estas postagens são intituladas de "Saga" e não vão ficar numa mera trilogia. Ainda há postagens sobre "Sete Homens e Um Destino" e futuramente outras sobre as três sequências e a série de TV. Lembre-se que há faroestes que deram o que falar e alguns como "Shane" viraram até livro...
ResponderExcluirUm abraço.
obrigado por estar entre os seguidores desse monumental blog um abraço do amigo josé simões filho
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