26 de março de 2011

O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL, POÉTICO TÍTULO ARDUAMENTE ESCOLHIDO

A escolha de títulos de filmes nem sempre é tarefa fácil. Um bom exemplo dessa dificuldade foi o título de um faroeste que a Bryna Productions procurou para um western rodado em 1960 e que se baseou no livro “Sundown at Crazy Horse”, de autoria de Howard Rigsby e que teve roteiro de Dalton Trumbo. O filme foi dirigido por Robert Aldrich e Kirk Douglas e Rock Hudson encabeçam o elenco. Eis a tradução de alguns dos títulos cogitados para esse belo western: “Dois Homens Magníficos”, “Brutos e Majestosos”, “Brutos e Trágicos”, “Revólveres Flamejantes”, “Rajada de Trovões”, “Dois para Odiar”, “Conversa de Gatilho”, “Morte é meu Nome do Meio”, Encontro com um Sol Morto”, “Emoção ao Pôr-do-Sol”, “Longo Dia, Rápido Poente”, “Todas as Garotas Usam Vestidos Amarelos”, “Minha Arma, Minha Vida”, “Flores de O’Malley”, “O Combustível e o Fogo”, “Um Leão no meu Caminho”. Ainda bem que a Universal Pictures, que dava a última palavra em relação ao título, optou por “The Last Sunset”, poeticamente traduzido para “O Último Pôr-do-Sol”. E curiosamente nenhum spaghetti-western utilizou os pouco inspirados demais títulos desse atrevido faroeste. Na foto acima vemos Dorothy Malone (Belle Breckenridge), esbanjando sensualidade como poucas vezes se viu num western.

2 comentários:

  1. Inacreditável como o cinema gerou, até a decada de 60, aquele emaranhado de mulheres extrema e exageradamente belas, como até nestes novos anos não consiguimos ver, ou as vemos com raras excessões. Possivelmente as belas, ou ditas divas de hoje, precisassem passar pelo crivo do cinema preto e branco para serem melhor avaliadas. As cores e as condições técnicas de hoje, ajudam, e em muito, a engrandecer belezas que maquiagens e demais artifícios colocam nas fotos para alavancar a beleza de muitas ditas deusas do cinema. Também bons angulos e novos recursos criados pelos genios da fotografia enlevam belezas que, se em preto e branco, até conseguiriam ruborizar de vergonha rostos de agenciadores, de produtores e procuradores.
    Cristo! Como eram lindas aquelas mulheres!!! Parecia até que o Criador vinha à terra e punham em cada uma delas um "que" que as faziam monstros de belezas! E tudo muito simples, muito natural, apesar de se maquiarem também para fotos e filmagens.
    No entanto eram mulheres que, até o momento, você não consegue compará-las, em nada, com estas deusas atuais, que eles criam, apenas com a finalidade de lhes proporcionarem cifras.
    Não vamos falar de muitas. Citaremos apenas algumas poucas para ilustrar este comentário. Quem não se lembra da lindeza das ruivas Rhonda Fleming e Virginia Maio? E aqueles candores morenos, e loucuras, que eram Loretta Yaoung, Jane Russell e Donna Reed? Vai se achar mulher mais linda, sem muito vasculhamento, do que Donna Reed? E o vulcão da Loretta? E a demolição da Russel. Quem pode dizer que aquela dupla de Amar foi minha ruina, com Jeanne Crain e Gene Tierney não foi de duas mulheres estarrecedoramente belas? Quem pode esquecer de uma Monroe, uma Novak, uma Kelly? E vejam que, para não me espichar, pois este não é o tema do comentário, nem estou falando da mulher mais bela que o cinema já produziu, que foi, sem qualquer duvida, Ava Gardner. Aquilo não era bonita, nem bela, nem demoniaca. Aquilo ali era alguma coisa de fora deste planeta!
    Então, deixando de citar muitas outras belezas, Dorothy Malone nunca ficou atrás destas em beleza. E a infernal mulher (esqueci da Loren e da Lolobrigida. Desculpem e desculpas por dezenas de muitas outras)ainda era uma atriz, de ter que se tirar o chapeu para ela, quando lhe davam papeis que exigissem de seu talento. Quem não viu, claro que em primeira escala, Palavras ao Vento e Almas Maculadas? Quem teve o azar de não assistir à Minha vontade é lei, O ultimo por de Sol e A morte espera no 322, com Fred MacMurray?
    Dorothy era tão bela que mesmo já madura se pode avaliar a beleza de sua juventude no pequeno papel que fez em Instinto Selvagem. Vê-se ainda os traços de uma mulher que deve ter desfeito lares, que arrebentou corações, que desiludiu muitos apaixonados e que fez tremer estruturas, numa Hollywood onde "mulheres bonitas" era coisa normal e corriqueira. Não conheço sua historia, porque não comento fazendo pesquisas, mas ela deve ter demolido campeões, como o fez a mais bela mulher do mundo, que foi Ava Gardner!!!
    Rendo aqui minha apreciação eterna pela boa atriz Malone e pela belissima fera que foi como mulher.
    Deus lhe renda ainda muitos mais anos de vida.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  2. Para mim a adolescente Carol Lynley é quem rouba a cena em O último por do sol...filmaço!

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